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Vídeo: Bolso Família, o programa da família Bolsonaro

Não é rachadinha do clã, é grossa corrupção. É formação de quadrilha, peculato, improbidade administrativa, roubo do erário.

Assista:

*Da redação

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Virou piada: Campanha de Guedes e Michelle Bolsonaro arrecada 148 agasalhos

Agora, no Brasil, ninguém mais vai sentir frio.

Um post em que o Ministério da Economia divulga o resultado de uma campanha de arrecadação de agasalhos entre os servidores da pasta viralizou nas redes nesta segunda-feira. Em uma foto divulgada nas redes, o ministro Paulo Guedes e a primeira-dama Michelle Bolsonaro agradecem a doação de 148 agasalhos para a campanha “Pátria Voluntária”. Os internautas questionaram a necessidade de divulgação por causa do número baixo de roupas arrecadadas.

“148 itens? Um mês de rachadinha da família Bolsonaro compra milhares de vezes isso daí”, escreveu o deputado estadual Flávio Serafini (PSOL-RJ).

“Qualquer organização social arrecada bem mais do que isso em 24hs. E tá fazendo muito mais do que isso sem verba pública. Publicar isso como se fosse um grande feito é até vergonhoso”.

*Com informações do Extra

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Chinelada: Lula venceria a eleição no segundo turno por 58% a 25%, diz Ipsos

Pesquisa Ipsos encomendada pelo DEM mostra ainda que Lula venceria em uma disputa direta contra todos os nomes da “terceira via”.

Pesquisa Ipsos encomendada pelo DEM mostra que o ex-presidente Lula possui ampla vantagem sobre Jair Bolsonaro em um eventual segundo turno.

Na disputa direta entre os dois, o petista tem 58% a 25% dos votos. Brancos e nulos somam 13%. 4% não responderam.

No primeiro turno, Lula aparece com 48% das intenções de voto, contra 22% de Jair Bolsonaro.

Atrás de Bolsonaro, estão Sergio Moro, com 5% das intenções de voto, Ciro Gomes, com 4%, e João Doria, com 2%.

Guilherme Boulos, Luiz Henrique Mandetta, Luiza Trajano e João Amoedo aparecem empatados, com 1% das intenções de voto.

Lula venceria também em uma disputa direta contra todos os nomes da “terceira via”. Contra Sergio Moro, seria 57% a 20%. Contra Mandetta, o resultado seria 60% a 12%.

*Com informações do 247

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CPI da Covid: documento do Coaf aponta transferências atípicas de dono da Precisa para ex-diretor da Petros, réu na Lava-Jato

Segundo órgão de combate à lavagem de dinheiro, Francisco Maximiano transferiu mais de meio milhão de reais para ex-diretor do fundo de pensão dos funcionários da Petrobras; advogados negam irregularidade.

Segundo matéria de Paulo Cappelli e Leandro Prazeres, O Globo, relatório do Coaf, órgão de combate à lavagem de dinheiro, enviado à CPI da Covid revela movimentações consideradas atípicas envolvendo Francisco Maximiano, dono da farmacêutica Precisa, que assinou um contrato de R$1,6 bilhão sob suspeita para fornecer a vacina indiana Covaxin ao Ministério da Saúde. O documento sigiloso, obtido pelo GLOBO, aponta que empresas controladas por Maximiano teriam repassado mais de meio milhão de reais para Newton Carneiro da Cunha, ex-diretor da Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, e réu na Operação Lava-Jato.

A defesa de Francisco Maximiano disse que manteve uma “relação privada, de prestação de serviços” com Newton Carneiro da Cunha, mas não explicou que serviços seriam esses. Procurada, a defesa de Newton Carneiro da Cunha disse que entrou em contato com o ex-diretor da Petros, mas que ele ainda não havia se manifestado sobre o assunto.

Em um relatório de 16 páginas, o Coaf mapeou negócios e pessoas ligadas a Maximiano. Dentre as operações que chamaram atenção do órgão de combate à lavagem de dinheiro, estão repasses feitos pelas empresas Precisa e 6 M Participações, de Maximiano, para Newton Carneiro da Cunha no valor total de R$ 514 mil. O documento, que analisou transações realizadas entre outubro de 2015 e dezembro de 2020, não especificou a data exata da operação considerada atípica.

Alvo da Operação Lava-Jato, Newton Carneiro da Cunha chegou a ser preso em 2018 por suspeita de fraude no fundo de pensão dos funcionários da Petrobras (Petros). Ele foi denunciado e virou réu por supostamente integrar uma organização criminosa que desviou dinheiro da construção da sede da Petrobras em Salvador. Maximiano, por sua vez, já foi alvo de investigação por suspeitas de irregularidades no fundo de pensão dos Correios (Postalis).

Além de dono da Precisa, Maximiano é sócio da Global Gestão em Saúde, que, em 2015, firmou um contrato de R$ 549 milhões com a Petrobras para fornecer remédios a funcionários da estatal. A Petrobras, porém, rescindiu o acordo por entender que o programa de medicamentos continha falhas. Em janeiro deste ano, a empresa multou a Global em R$ 2,3 milhões e a proibiu a de firmar novos contratos.

Maximiano ganhou notoriedade após uma de suas empresas, a Precisa, assinar em 25 de fevereiro deste ano um contrato de R$ 1,6 bilhão com o Ministério da Saúde como intermediadora da vacina indiana Covaxin. A aquisição do imunizante, considerado o mais caro, entrou na mira da CPI da Covid após virem à tona denúncias de suspeitas de irregularidades — e foi suspenso pelo governo Bolsonaro. O acordo previa o fornecimento de 20 milhões de doses.

Por conta da suspeita de irregularidades na aquisição da Covaxin, Maximiano chegou a ser convocado para depor na CPI da Covid. Após a Polícia Federal instaurar um inquérito para apurar o caso, o empresário, porém, conseguiu no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito a permanecer em silêncio na comissão parlamentar para não se autoincriminar.

Com a decisão do STF, os senadores da CPI da Covid avaliaram que não fazia mais sentido convocar Maximiano para prestar depoimento, já que ele poderia ficar em silêncio. Entre os questionamentos que seriam feitos, está a relação do empresário com o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), e com o senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ).Procurada, a defesa de Maximiano negou qualquer irregularidade nas transações financeiras apontadas pelo Coaf.

“Trata-se de uma relação privada, de contratação de prestação de serviços. O fato de o senhor Newton Carneiro ter sido citado pela Lava Jato não o impede de trabalhar. Pelo contrário: presumir que alguém não possa trabalhar porque foi investigado pela Lava Jato é fruto de uma mentalidade que já se provou excessiva e danosa para nosso país, além de ser uma forma de condenação antecipada”, dizem em nota os advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso. Newton Carneiro da Cunha ainda não se manifestou.

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O silêncio de Bolsonaro e filhos sobre o áudio da ex-cunhada mostra que o seu governo acabou

Não importa o que Arthur Lira diz, que ainda não há elementos para abrir o impeachment de Bolsonaro. Sua rejeição dispara, ou seja, sua queda de popularidade despenca como um bonde descendo a ladeira na banguela, e sem freio mesmo, porque ontem não só Bolsonaro, os filhos e os “jornalistas” pagos com dinheiro público da Secom, tiveram sequer coragem de tocar no assunto que envolve a ex-cunhada, Andrea Siqueira Valle, que, em áudios vazados, delata o esquema corrupto em que o irmão e o tio, oficial do exército, faziam parte da estrutura corrupta de Bolsonaro. Estrutura ampliada pelo mesmo esquema adotado pelos filhos.

Flávio foi o único que mencionou o caso, praticamente confirmando tudo o que ali foi dito, quando reclama  que a justiça não deveria permitir que um áudio como esse vazasse. Em momento nenhum ele desmentiu o conteúdo do áudio.

Para piorar, está estampado em vários sites e blogs que a ex-mulher, ou seja, a irmã da personal, conforme reportagem da Época, enquanto casada com Bolsonaro, comprou 14 imóveis, sendo parte deles com dinheiro vivo.

Ou seja, o mesmo modus operandi que o MP do Rio mostrou no caso que envolve Flávio Bolsonaro e sua imobiliária com dinheiro da loja de chocolate, assim como a mansão de Brasília.

O fato é que a rede de corrupção de Bolsonaro, como vem revelando a CPI, é muito maior que a do Ministério da Saúde. E não há dúvidas de que Ricardo Salles, do Meio Ambiente, era um mero pau mandado de Bolsonaro, assim como Pazuello, em todas as formas de crimes de corrupção que cometeu à frente da pasta.

O fato é que Bolsonaro está completamente nulo e, por mais que arrote golpe, por puro diversionismo, ele sabe, assim como os filhos, que está com os dias contados.

Os áudios da ex-cunhada de Bolsonaro foi o tiro de misericórdia num governo empencado de denúncias de corrupção das mais variadas em que só os coronéis envolvidos já passam de 5, o que está sendo exposto pela CPI ao sol do meio dia.

Daí que, falar do clã Bolsonaro e seu esquema de rachadinhas que, na verdade, é peculato, lavagem de dinheiro e roubo do erário, é eufemismo.

O governo que aí está, ao que tudo indica, é corrupto do que toda a corrupção somada da história da República. Isso fica cada dia mais evidente.

O destino de Bolsonaro rumo ao cadafalso, está selado e ele não tem mais para onde fugir.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Ex-mulher comprou 14 imóveis, parte deles em dinheiro vivo, enquanto foi casada com Bolsonaro

Ana Cristina Siqueira Valle entrou sem nada em sua união com o hoje presidente. Uma década depois, a mágica: saiu da relação com patrimônio milionário.

Durante a década em que esteve com Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, a segunda ex-mulher do presidente, conquistou uma significativa evolução patrimonial. Sem nenhum imóvel dos anos 1990, uma vez vivendo uma união com Jair Bolsonaro, ela se transformou em uma ávida negociadora imobiliária, como revela um levantamento do portal Época feito com base em quase 40 escrituras de compra e venda e 20 registros em cartórios no Rio de Janeiro e em Brasília.

Do final de 1997, quando se envolveu com o então deputado federal, até 2008, momento do ruidoso rompimento, Ana Cristina comprou, com Jair, 14 apartamentos, casas e terrenos, que somavam um patrimônio, em imóveis, avaliado em cerca de R$ 3 milhões na data da separação — o equivalente a R$ 5,3 milhões em valores corrigidos pela inflação.

A reportagem também informa que Bolsonaro, quando se uniu a ela, também estava longe de possuir o patrimônio atual. Na época, tinha apenas dois apartamentos no Rio e um terreno onde depois construiu uma casa, na Vila de Mambucaba, em Angra dos Reis. Um deles ficou com a primeira mulher, Rogéria Nantes Bolsonaro. Tudo havia sido adquirido entre 1996 e 1997, ano em que se separou de Rogéria. Foi na década seguinte, a mesma em que se concentra parte da investigação das rachadinhas (a conhecida prática de devolução de salários de assessores aos políticos que os contrataram) nos gabinetes de Flávio e Carlos, que a carteira imobiliária de Ana Cristina se multiplicou.

Nas escrituras guardadas há quase 20 anos, há informações que despertam a atenção: na compra de cinco desses 14 imóveis, o pagamento ocorreu “em moeda corrente”, ou seja, em dinheiro vivo. Foram duas casas, um apartamento e dois terrenos — tudo feito em negociações separadas ocorridas entre 2000 e 2006, que somam R$ 243.300, em dinheiro da época. Hoje, esse montante somaria R$ 680 mil, com a inflação corrigida pelo IPCA de acordo com a data de cada compra.

Depois da separação, ela ficou com nove imóveis. Entre os bens mantidos por Ana Cristina, havia cinco terrenos em Resende que levam a outras transações incomuns. No total, o casal declarou ter adquirido o conjunto de terras por R$ 160 mil em 2006, quando ainda estava junto. Após o litígio, cinco anos depois, ela revendeu os terrenos por R$ 1,9 milhão.

*Com informações do 247

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Assista ao depoimento servidora do Ministério da Saúde que aprovou compra da Covaxin, mesmo com irregularidades

A CPI da Covid, no Senado, ouve nesta terça-feira a servidora do Ministério da Saúde Regina Célia Silva Oliveira, fiscal do contrato para compra da Covaxin e que aceitou dar continuidade ao processo de aquisição da vacina mesmo após constatação de irregularidades na documentação. O nome da servidora entrou na rota da investigação após Miranda responsabilizá-la pelo avanço nas tratativas que incluíam o pagamento antecipado de US$ 45 milhões para a Madison Biotech, uma subsidiária em Cingapura da farmacêutica Bharat Biotech.

Assista:

*Da redação

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Mensagens mostram negociação informal e paralela entre ex-diretor da Saúde e vendedora de vacinas

Conversa entre Roberto F. Dias e representante da Davati ocorreu antes de a empresa apresentar proposta oficial ao governo Bolsonaro.

Segundo Constança Rezende, Folha, trocas de mensagens obtidas pela Folha mostram uma negociação informal e paralela do Ministério da Saúde com a Davati Medical Supply antes mesmo de a empresa apresentar proposta oficial ao governo Jair Bolsonaro para o fornecimento de vacinas contra a Covid-19.

As conversas não oficiais envolvem Roberto Ferreira Dias, exonerado no último dia 29 da função de diretor de Logística do Ministério da Saúde, Cristiano Carvalho, representante da Davati no Brasil, e Marcelo Blanco, coronel da reserva e ex-assessor de Dias no Ministério da Saúde.

Em uma das conversas, Blanco cita Luiz Paulo Dominguetti, intermediário da Davati nessas negociações, que afirmou em entrevista à Folha na dia 29 ter recebido um pedido de propina de US$ 1 por dose de vacina por parte de Dias, em um restaurante num shopping em Brasília, em 25 de fevereiro deste ano.

A versão foi repetida em depoimento à CPI da Covid na última quinta-feira (1º). Demitido horas após a publicação da entrevista à Folha, Dias nega a acusação.

Na manhã de 26 de fevereiro, Herman Cardenas, CEO da Davati nos Estados Unidos, encaminhou por email a Dias uma proposta formal para o fornecimento de 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca —que nega ter dado autorização para a oferta.

Naquela tarde, houve uma reunião no ministério para tratar do assunto, com a presença de Dominguetti, denunciante do pedido de propina.

As trocas de mensagens, no entanto, revelam que as negociações começaram antes, sem registros oficiais —indicando uma pressa da pasta em acelerar as conversas, enquanto, como mostrou a CPI da Covid, houve lentidão por parte do governo nas tratativas feitas diretamente com laboratórios, como ocorreu com a Pfizer.

No dia 3 de fevereiro, Dias entrou em contato com Cristiano, por mensagem de WhatsApp, às 19h10, apresentando-se como diretor de Logística do ministério.

Depois disso, os dois trocaram mensagens, Dias fez ligações para Cristiano e disse que estava aguardando o seu contato. Não atendido, mandou uma nova mensagem, dizendo, no mesmo minuto, “quando puder me ligue”.

Em 4 de fevereiro, às 11h53, Cristiano encaminhou para o WhatsApp de Dias documentos sobre autorização para a venda de vacinas. Um deles tinha o título “Gov_Hos Letter of Authorization (2) (1).docx, outro “LOI Vaccine Template.docx”.

Após isso, Cristiano mandou: “Bom dia, Roberto. Desculpe, estava negociando para o MS Brasil. O preço ficou US$ 12,51 por dose FOB (Europa). Preciso da LOI e Gov Authorization”’. Em seguida, Carvalho lhe encaminhou um documento de título “AstraZeneca_3E_Procedures_Price.pdf”.

Em 9 de fevereiro, eles conversaram novamente, e Dias ligou três vezes para Cristiano e não foi atendido. Então escreveu: “Quando puder retorne. Obrigado”.

Às 18h41 do mesmo dia, Cristiano mandou uma mensagem de áudio de 20 segundos a Dias. Às 20h11, o então diretor do Ministério da Saúde telefona por duas vezes para o representante da Davati no Brasil. Não é atendido e, em seguida, escreve “quando puder retorne”.

Procurado, Dias afirmou à Folha que “os contatos com o senhor Cristiano já haviam sido confirmados e nunca omitidos”.

“Inclusive, conforme os prints [das conversas] demonstram, me identifico formalmente com nome e cargo. As ligações com pouco tempo entre elas mostram conhecido desencontro entre ligações de WhatsApp quando duas pessoas se ligam simultaneamente.”

​”As ligações se devem ao momento em que tomei conhecimento da existência do quantitativo de vacinas e tinham o cunho de esclarecer a existência ou não das doses”, disse.

A Folha também teve acesso a conversas de Cristiano Carvalho com o coronel Blanco, que foi assessor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde e depois diretor eventual do setor.

Segundo Dominguetti, Blanco estava presente ao jantar de 25 de fevereiro em que, diz, foi feito o pedido de propina por parte de Dias. Conforme revelou o Painel, da Folha, na véspera daquele encontro, Blanco abriu uma empresa de representação comercial de medicamentos.

O coronel se apresentou ao representante da Davati em mensagem enviada na tarde de 1º de março, dizendo que quem passou seu contato foi Dominguetti.

“Cristiano, boa tarde! Aqui é Blanco, ligo aqui de Brasília, e seu contato me foi passado pelo Dominguetti. Tentei contato agora pra entrarmos juntos numa ligação com o Roberto, pois recém falei com ele. Aguardo um ok pra retomar a ligação. Abraço”. Minutos depois ele escreve “podemos fazer uma call”.

Cristiano, em seguida, manda um print para Blanco com o email encaminhado pelo CEO da Davati a Dias, no dia 26 de fevereiro, com a proposta de venda de vacinas e uma série de documentos da empresa.

Blanco respondeu: “Já vi aqui” e encaminha um print com a resposta de Dias ao email do diretor da Davati, pedindo documentos à empresa, ao que Cristiano agradece.

No dia 3 de março, Cristiano encaminhou mais documentos e em uma das mensagens, Blanco escreve “Vc enviou isso no email do Roberto?”, ao que o empresário responde que isso foi feito.

Em uma das mensagens, ele avisa ao militar que fica em São Paulo, “caso o Dias queira conversar pessoalmente”, ao que Blanco responde “ok”.

No dia seguinte, pela manhã, Cristiano escreve: “Bom dia Blanco, fico no seu aguardo. Nesta FCO a pronta entrega, possuímos US$ 0,20 de comissionamento. Abraços”. Em seguida ele completa: “Pagamento do lote diretamente à Astrazeneca França, Davati remunera comissionados”.

Blanco responde “bom dia, estarei com ele hj pela manhã”, e Cristiano retorna com uma figurinha do presidente Bolsonaro fazendo um sinal de positivo com a mão.

À tarde, eles voltam a se falar: “Boa tarde Blanco, temos algum andamento por parte do Dias?”, ao que o militar responde: “Boa tarde. Aguardando um retorno dele”.

Cristiano responde “que desânimo, Blanco!” e o militar afirma: “Entendo, não é confortável essa demora, mas preciso aguardar um retorno. Tb gostaria muito que ocorresse uma solução mais rápida e positiva”.

Blanco afirmou que não se recorda fielmente dessas mensagens, pois são antigas.

“Mas, relendo agora, parece que o Cristiano da Davati estava se referindo à comissão que a empresa dele receberia, para distribuição interna da sua empresa. Inclusive, esta informação foi dada na CPI pelo Sr. Dominguetti”, disse.

Questionado por que começou a conversar com Cristiano e como chegou até ele, o militar não respondeu.

Cristiano disse que se pronunciaria por meio da assessoria de imprensa da Davati. Em nota, a empresa afirmou que os advogados, do escritório Silveiro Advogados, estão analisando o caso.

“Em relação à proposta de intermediação na venda de vacinas, consigna-se que não houve concretização de venda no país por não se ter recebido manifestação de interesse de compra por parte do Ministério da Saúde. A empresa estará à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos juridicamente necessários, certa de que não houve, de sua parte, qualquer procedimento indevido.”

O ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Wagner Rosário, afirmou que abriu uma investigação para apurar o caso e entender melhor o que aconteceu no encontro no shopping.

Dias, que foi exonerado do cargo após o relato de Dominguetti à Folha, foi o responsável por aprovar e autorizar a reserva de R$ 1,61 bilhão para o pagamento pela vacina indiana Covaxin, que está sendo investigada pela CPI da Covid no Senado.

O ex-diretor destravou o dinheiro em 22 de fevereiro deste ano, em um momento em que faltavam documentos básicos para o negócio, como contrato e regularidade fiscal na Índia.

Dias foi nomeado na direção da Saúde por Luiz Henrique Mandetta no início do governo Bolsonaro e mantido por seus três sucessores.

Ele foi apresentado à Mandetta pelo ex-deputado e então assessor da Casa Civil, Abelardo Lupion (DEM-PR). O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) também é apontado como um dos fiadores da indicação de Dias. O congressista nega.

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Dinheiro do SUS que iria para o combate à pandemia bancou gastos militares

Segundo matéria de Malu Gaspar, O Globo, o dinheiro extra que o governo destinou para o Sistema Único de Saúde combater a emergência da Covid-19 vem sendo usado para atender a gastos de rotina que nada têm a ver com a pandemia. Entre essas aplicações não relacionadas ao coronavírus estão gastos militares, que se multiplicaram por 13 de 2020 para 2021.

Estas são conclusões de um relatório encaminhado à CPI da Covid pela procuradora do Ministério Público de Contas de São Paulo Élida Graziane Pinto, que também é professora da Fundação Getulio Vargas.

Os senadores encomendaram o levantamento após Élida publicar um artigo, no mês passado, sugerindo à CPI investigar o que ela chama de caos nos gastos públicos em saúde durante a pandemia.

A própria Élida explica o que quis dizer quando usou a palavra “caos”: “A gestão sanitária da calamidade decorrente da pandemia infelizmente não foi orientada para salvar o maior número de vidas possível. A dinâmica da execução orçamentária foi muito suscetível a capturas e desvios”, afirma.

Em números: desde 2020, o governo já destinou R$ 730 bi para gastos extraordinários no combate à pandemia. Esse dinheiro foi usado em vários tipos de despesas, do auxílio emergencial à compra de equipamentos e vacinas.

Uma parte dessa verba extra – mais exatamente R$ 72 bilhões – deveria ir só para o SUS. Mas R$ 140 milhões foram parar no Ministério da Defesa, sem qualquer justificativa. Pode parecer pouco, mas a pasta é a que mais recursos do SUS para gastos com outras despesas que não saúde. A segunda é a Secretaria de Aviação Civil, com R$ 80 milhões.

E quase tudo o que foi parar na Defesa – R$ 130 milhões – foi empenhado neste ano para irrigar 184 unidades militares que nada têm a ver com hospitais. E ainda que fossem, não seria o caso de receberem verba do SUS, uma vez que a rede de saúde das Forças Armadas não integra o sistema único, nem aceitou tratar de doentes civis da Covid-19.

O levantamento realizado por Élida Graziane mostra que recursos foram repassados prioritariamente para as comissões aeronáuticas brasileiras em Washington (R$ 55 milhões) e na Europa (R$ 7,8 mihões), para a Comissão do Exército Brasileiro em Washington (R$ 3,113 milhões) e para o Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (R$ 1,067 milhão).

Tem mais. O Ministério da Defesa também levou uma parte do dinheiro que não era destinado ao SUS, mas também deveria servir para o combate à pandemia, o chamado Orçamento de Guerra.

E mais uma vez, usou para despesas de rotina, sem relação direta com a Covid-19 – como a compra de veículos de tração mecânica (R$ 22 milhões) ou uniformes (R$ 1,2 milhão).

Tudo por conta dos créditos extraordinários, como se fosse resposta sanitária à pandemia. Até material esportivo, veterinário e roupas de camas foram comprados com o dinheiro da doença.

Para a procuradora de contas, os repasses são uma evidência de que a execução orçamentária do Ministério da Saúde foi capturada por interesses políticos.

“Esses créditos foram criados especificamente para a Covid. Quando se empenhou o dinheiro sem explicar como seria usado, abriu-se espaço para o desvio de recursos da saúde para possível aparelhamento de órgãos militares”, diz Élida.

Em sua visão, a história dos gastos do governo Bolsonaro com a pandemia, até aqui, teve três fases, em que o governo ignorou a lógica racional do combate à Covid.

No primeiro semestre de 2020, o esforço deveria ter focado em fortalecer a atenção básica, como postos de atendimento e saúde da família nos municípios – o que não foi feito, porque o dinheiro demorou muito a sair.

No segundo semestre, os recursos foram liberados, mas a aplicação foi guiada por razões políticas. Aí prevaleceu o envio do dinheiro para municípios menores, que eram base eleitoral de governistas, mas não faziam atendimento de média e alta complexidade – não tinham UTIs ou os grandes hospitais que receberam casos mais graves da doença. “Infelizmente a execução orçamentária do Ministério da Saúde foi capturada pelo calendário eleitoral”, afirma Élida.

Agora em 2021, diz ela, os créditos extraordinários estão sendo usados para cobrir despesas usuais e previsíveis, operando como “cheques em branco”.

Dessa forma, configuram ainda outra irregularidade importante. A regra prevê que, por serem extraordinários e emergenciais, os recursos da pandemia não entram no cálculo do teto de gastos. Só que os gastos encontrados pela procuradora de contas não são nada emergenciais e muito menos extraordinários.

“É preciso investigar se não se trata de uma brecha para burlar o teto de gastos privilegiando despesas militares.”

Procurado para explicar por que está usando para outros fins o dinheiro que o SUS deveria destinar ao combate à pandemia, o Ministério da Defesa afirmou que não irá responder à reportagem. “Os assuntos pautados na Comissão Parlamentar de Inquérito da COVID-19, no Senado Federal, serão tratados apenas naquele fórum.”

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Com cinco anos de atraso, Barroso admite que Dilma sofreu um golpe e STF ficou mudo

Para justificar a tese de sua quarta via, o ministro do STF, Luis Roberto Barroso, com cinco anos de atraso, resolveu admitir que o que Dilma sofreu foi golpe.

Barroso diz, “Creio que não deve haver dúvida razoável de que ela não foi afastada por crimes de responsabilidade ou corrupção, mas sim foi afastada por perda de sustentação política. Até porque afastá-la por corrupção depois do que se seguiu seria uma ironia da história”.

Todos sabem que Barroso sempre foi um escapulário da burguesia nativa e, vendo que o apelo das massas será  cada vez maior e mais forte, a burguesia já percebeu que só sustenta um Estado elitista se a democracia for mutilada com um parlamentarismo aos moldes liberais.

Por isso, agora, Barroso, que sempre foi um entusiasta da caça às bruxas promovida por Moro, Dallagnol e cia., resolveu admitir que Dilma sofreu um golpe e, consequentemente isso tem custado caro à democracia por ter como resultado um monstro no poder, o que reforça ainda mais que a burguesia quer o povo distante do poder e de seu próprio destino.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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