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Brasil sobe cinco posições no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU

O Brasil deu um passo adiante no cenário internacional ao subir cinco posições no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta terça-feira (6), pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Com dados referentes ao ano de 2023, o país alcançou a 84ª colocação entre 193 nações analisadas, depois de ocupar o 89º lugar em 2022.

O novo levantamento aponta que o Brasil atingiu uma pontuação de 0,786 em uma escala que vai de 0 a 1 — quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento humano. Esse resultado mantém o país na categoria de IDH “alto”, que abrange índices entre 0,700 e 0,799. No ano anterior, o índice brasileiro era de 0,760.

Renda per capita e Saúde
A melhora foi impulsionada principalmente pelo aumento da renda nacional bruta per capita e pela retomada dos indicadores de saúde, especialmente a expectativa de vida, que voltou a subir após os impactos causados pela pandemia de Covid-19. Esses fatores ajudaram a alavancar o desempenho nacional no ranking da ONU.

No entanto, nem todos os indicadores apresentaram avanços. O relatório chama atenção para o desempenho da educação, que continua estagnado. O tempo médio de escolaridade no país segue abaixo da média observada em outras nações com IDH elevado, o que ainda limita o potencial de crescimento do Brasil no ranking global.

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Investigado por ataque a Lady Gaga planejava matar criança ao vivo

Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em nove cidades de quatro estados brasileiros

A Polícia Civil do Rio de Janeiro identificou que um dos alvos da operação que frustrou um atentado ao show da cantora Lady Gaga, nesse sábado (3/5), também planejava cometer outro ato brutal: a execução de uma criança em tempo real por meio de uma transmissão ao vivo nas redes sociais. A descoberta foi feita durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão no município de Macaé, interior do Rio de Janeiro, como parte da Operação Fake Monster, deflagrada em conjunto com o Ministério da Justiça.

O indivíduo investigado era parte de um grupo extremista que atuava em fóruns e plataformas digitais, promovendo crimes de ódio, radicalização de adolescentes e incitação à violência contra públicos vulneráveis, como crianças, jovens e a comunidade LGBTQIA+.

As autoridades relataram que o suspeito de Macaé não apenas aderiu aos planos de atentado ao evento da cantora pop, mas também fazia publicações nas quais ameaçava assassinar uma criança durante uma transmissão ao vivo.

Segundo os investigadores, o conteúdo encontrado nas redes do investigado e nos dispositivos eletrônicos apreendidos traz indícios de uma rede digital estruturada para disseminar violência, estimular automutilação, compartilhar pornografia infantil e fomentar atentados com uso de armas caseiras e coquetéis molotov, segundo o Metrópoles.

Além do suspeito de Macaé, outras ações da operação resultaram na prisão de um homem no Rio Grande do Sul, identificado como líder do grupo, e na apreensão de um adolescente no Rio de Janeiro por armazenar material de abuso sexual infantil. Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em nove cidades de quatro estados brasileiros.

A polícia identificou que o grupo agia como uma célula radical voltada para a notoriedade digital. Os ataques, que incluíam planos para atentados em eventos de grande visibilidade, eram tratados como “desafios coletivos” com o objetivo de ganhar atenção e seguidores nas redes sociais. O conteúdo compartilhado entre os membros envolvia apologia ao nazismo, racismo, homofobia e incentivo à violência extrema.

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Vídeo: Polícia do Rio e governo federal frustram atentado com bomba no show de Lady Gaga

Um atentado a bomba que seria executado durante o show da cantora Lady Gaga, na Praia de Copacabana, neste sábado (3), foi frustrado por uma operação conjunta da Polícia Civil do Rio de Janeiro e do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) do governo Lula.

A Operação Fake Monster desarticulou uma rede criminosa que atuava em plataformas digitais e planejava ações violentas com uso de explosivos improvisados e coquetéis molotov. Os principais alvos do grupo eram crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.

“Policiais civis da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e da 19ª DP (Tijuca), em conjunto com o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), impediram um ataque a bomba no show da Lady Gaga, neste sábado (03/05). As instituições realizaram uma ação conjunta contra um grupo que disseminava discurso de ódio e preparava um plano, principalmente contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+”, diz comunicado da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Operação envolveu forças policiais de quatro estados

A ofensiva contou com a participação da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), da 19ª DP (Tijuca), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e do Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do MJSP. Polícias civis dos estados do Mato Grosso, Rio Grande do Sul e São Paulo também participaram da ação, que foi realizada de forma simultânea em diferentes cidades.

Grupo extremista cooptava adolescentes com símbolos de ódio
De acordo com as investigações, o plano de ataque era tratado como um “desafio coletivo” entre os integrantes do grupo, que buscavam notoriedade nas redes sociais. Os criminosos aliciavam adolescentes e promoviam radicalização digital por meio de linguagens cifradas, simbologias extremistas e conteúdos violentos.

Um relatório técnico do Ciberlab revelou a existência de células digitais voltadas à disseminação de crimes de ódio, automutilação, pedofilia e violência como forma de pertencimento e desafio entre jovens. O alerta partiu da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil do RJ.

Prisões e mandados em quatro estados
Durante a operação, um homem foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo no Rio Grande do Sul. Segundo a Foum, no Rio, um adolescente foi apreendido por armazenamento de pornografia infantil.

Ao todo, 13 mandados de busca e apreensão foram cumpridos nos municípios de Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias (RJ); Cotia, São Vicente, Vargem Grande Paulista (SP); São Sebastião do Caí (RS); e Campo Novo do Parecis (MT).

Ataque seria durante o show de Lady Gaga
A deflagração da operação foi planejada para impedir que as condutas digitais resultassem em ações violentas durante eventos de grande concentração popular, como o show da Lady Gaga. “O trabalho foi executado com discrição e precisão, evitando pânico ou distorção das informações junto à população”, destacou a Polícia Civil.

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Governo federal libera crédito extra para bancar repatriação de brasileiros

Medida provisória destina R$ 14 milhões ao Ministério da Defesa para apoiar brasileiros deportados dos EUA.

O governo brasileiro alocou por medida provisória recursos para auxiliar brasileiros deportados dos Estados Unidos. Foi liberado um crédito extraordinário de R$ 14 milhões ao Ministério da Defesa. Esses recursos serão destinados ao Comando da Aeronáutica para custear missões de apoio aos brasileiros repatriados.

A MP foi publicada no Diário Oficial da União na última quarta-feira (30). Desde janeiro deste ano, o Brasil tem recebido voos com brasileiros deportados dos Estados Unidos, segundo o Congresso em Foco. A ação é resultado da política do presidente Donald Trump de aumentar a repatriação de imigrantes sem documentação legal para residir em território norte-americano.

Aproximadamente 600 brasileiros já foram deportados dos EUA em 2025.

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Governo Lula mantém o melhor desempenho fiscal em 10 anos

Apesar do esforço da direita bolsonarista, em aliança com neoliberais, rentistas e a grande mídia, para construir a falsa narrativa de que o governo Lula é fiscalmente irresponsável, gasta demais e estaria levando o país ao colapso, os dados do Tesouro Nacional mostram exatamente o contrário.

Eles revelam uma gestão comprometida com o equilíbrio das contas públicas e com a responsabilidade fiscal.

A retórica do caos não se sustenta diante da realidade concreta dos números.

Na verdade, o governo Lula vem se consolidando como a administração com melhor gestão fiscal dos últimos 4 anos.

Segundo o Tesouro Nacional, o resultado primário (receita menos despesas) do governo central nesses 27 meses de governo Lula III (janeiro de 2023 a março de 2025) acumulou um déficit de R$ 233,6 bilhões (em valores deflacionados, naturalmente), ou 0,84% do PIB.

Este é um resultado bem superior aos 3 governos anteriores. O governo Bolsonaro, em seus 48 meses, acumulou déficit de R$ 1,12 trilhão, ou 2,43% do PIB.

Tudo bem que houve a pandemia, e isso deve levar em conta. Mas esses são os números.

O gráfico do resultado primário mostra as contas públicas melhorando sensivelmente, mês a mês.

O lado bom é que, para obter esses resultados, o governo Lula não copiou o modelo apocalíptico e fascista de Javier Milei, fazendo cortes drásticos no orçamento, como queriam os neoliberais daqui.

Ao contrário, despesas com saúde, educação e programas sociais (como Bolsa Família e BPC, por exemplo) continuam aumentando acima da inflação.

As despesas com BPC, por exemplo, totalizaram R$ 31 bilhões no primeiro trimestre de 2025, alta de 12% sobre igual período do ano anterior.

Os gastos com Fundeb, o fundo federal para educação básica, subiram 20% nos três primeiros meses deste ano, para R$ 17,7 bilhões.

No total, porém, as despesas do governo caíram 3,4% no primeiro trimestre de 2025, na comparação com o mesmo período do ano anterior, desmentindo as acusações de que governo Lula seria “gastador”. As despesas com pessoal e encargos sociais declinaram 2,5% em Jan/Mar deste ano, igualmente derrubando a narrativa falsa do “inchaço” da máquina pública. E isso ao mesmo tempo em que o governo lançou um dos maiores programas de renovação do funcionalismo da história.

Confira os gráficos e tabelas abaixo. Depois leia o texto com dados completos.

*Com Cafezinho

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Acionistas da Scania alemã pedem investigação sobre colaboração da empresa com ditadura brasileira

Exigência será reforçada no próximo dia 14 de maio durante a assembleia dos acionistas da empresa na Alemanha.

Em moção publicada no site da Traton SE (Grupo Traton), subsidiária da Volkswagen, acionistas da Scania alemã exigem uma investigação sobre a colaboração da empresa com a ditadura militar do Brasil.

A exigência será reforçada no próximo dia 14 de maio, quando acontecerá a reunião de acionistas do grupo.

Sem os devidos esclarecimentos, eles afirmam que não poderão aprovar as ações dos Conselho de Supervisão da Traton SE, relativos ao ano fiscal de 2024.

Os acionistas pertencem à Associação de Acionistas Éticos da Alemanha e alegam que o Conselho de Supervisão da Traton SE não cumpriu sua responsabilidade de reconhecer totalmente as violações de direitos humanos na história da empresa.

Confira a íntegra da moção:

O Conselho de Supervisão da Traton SE não cumpriu sua responsabilidade de reconhecer totalmente as violações de direitos humanos na história da empresa.

No ano passado, a Associação de Acionistas Éticos da Alemanha pediu à TRATON SE que finalmente assumisse sua responsabilidade histórica e investigasse a colaboração de sua atual subsidiária Scania Brasil com a ditadura militar brasileira.

Para esse fim, a Associação se referiu a várias evidências históricas, apresentadas em sua contribuição verbal durante a AGM HV 2024, durante a qual solicitou à TRATON SE que tomasse providências.

Em sua resposta, o Presidente do Conselho de Supervisão da TRATON SE, Hans Dieter Pötsch, concordou em realizar uma investigação histórica. A Associação de Acionistas Éticos da Alemanha espera que os resultados dessa investigação sejam apresentados na AGM 2025 deste ano.

Em 2020, após anos de persistentes apelos por parte da Associação de Acionistas Éticos da Alemanha, entre outros, a Volkswagen do Brasil concordou em pagar uma combinação de reparação individual e coletiva para as vítimas da colaboração entre a VW do Brasil e a ditadura militar brasileira.

A mesma ação deve ser tomada pela Scania.

As provas apresentadas pela Associação de Acionistas Éticos da Alemanha mostram como os funcionários foram espionados e confirmam a demissão ilegal de funcionários dissidentes, a preparação e a distribuição das chamadas listas “sujas”, com base nas quais os trabalhadores em questão foram demitidos e, como seus nomes apareciam nessas listas, não conseguiram encontrar emprego em outras empresas.

A acusação mais grave diz respeito ao papel histórico do diretor-presidente de longa data da Scania Brasil, João Baptista Leopoldo Figueiredo, que, de acordo com uma reportagem do jornal conservador O GLOBO, esteve pessoalmente envolvido na arrecadação de fundos para o centro de tortura OBAN (mais tarde conhecido pelo nome DOI-CODI) e que supostamente ajudou a organizar essas campanhas de arrecadação de fundos no Clube Paulistano.

Investigações realizadas por historiadores renomados indicam que 66 pessoas foram assassinadas na OBAN/DOI-CODI, 39 das quais morreram em decorrência das terríveis torturas.

A última notícia que se teve de outras 19 pessoas foi que estavam sendo presas e levadas para o DOI-CODI. Desde que foram sequestradas à força, elas continuam desaparecidas.

Há muito tempo a TRATON SE deveria assumir total responsabilidade histórica por esse assunto e não se permitir mais uma vez invocar erroneamente o argumento de um perpetrador individual, como no caso da Volkswagen do Brasil (essa postura também foi criticada pelo Prof. Christopher Kopper).

Em vez disso, é uma questão de reconhecer a participação sistêmica da Scania na repressão e sua colaboração explícita nos crimes contra a humanidade cometidos pela ditadura militar brasileira.

www.kritischeaktionaere.de

Colônia, 29 de abril de 2025.

*Opera Mundi

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Brasil sobe 47 posições em ranking de liberdade de imprensa

Especialistas indicam clima menos hostil pós-governo Bolsonaro

O Brasil deu um salto de 47 posições no Ranking Mundial da Liberdade de Imprensa da Repórteres Sem Fronteiras (RSF), organização não governamental e sem fins lucrativos. A comparação é entre a posição de 2025, quando país ficou na 63º posição, e a de 2022. Segundo os pesquisadores, há um clima menos hostil ao jornalismo depois da “era Bolsonaro”.

O estudo define liberdade de imprensa como “a possibilidade efetiva de jornalistas, como indivíduos e como coletivos, selecionarem, produzirem e divulgarem informações de interesse público, independentemente de ingerências políticas, econômicas, legais e sociais, e sem ameaça à sua segurança física e mental”.

Os números brasileiros, porém, estão entre as poucas melhoras nesse indicador de 2025. Seis em cada dez países caíram no ranking. Pela primeira vez na história do levantamento, as condições para o jornalismo são consideradas “ruins” em metade dos países do mundo e “satisfatórias” em menos de um em cada quatro.

A pontuação média de todos os países avaliados ficou abaixo de 55 pontos, o que qualifica a situação da liberdade de imprensa no mundo como “difícil”. Segundo a RSF, o ranking é um índice que mede as condições para o livre exercício do jornalismo em 180 países do mundo.

O índice tem cinco indicadores: político, social, econômico, marco legal e segurança. Com base na pontuação de cada um, é definida a pontuação geral por país. O indicador econômico foi o que mais pesou em 2025. O que significa falar em concentração da propriedade dos meios de comunicação, pressão de anunciantes ou financiadores, ausência, restrição ou atribuição opaca de auxílios públicos.

Segundo a RSF, os meios de comunicação estão divididos entre a garantia da própria independência e a luta pela sobrevivência econômica.

“Garantir um espaço de meios de comunicação pluralistas, livres e independentes exige condições financeiras estáveis e transparentes. Sem independência econômica, não há imprensa livre. Quando um meio de comunicação está economicamente enfraquecido, ele é arrastado pela corrida por audiência, em detrimento da qualidade, e pode se tornar presa fácil de oligarcas ou de tomadores de decisão pública que o exploram”, diz Anne Bocandé, diretora editorial do RSF.

“A independência financeira é uma condição vital para assegurar uma informação livre, confiável e voltada para o interesse público”.

Outros dados
Alguns países merecem destaque na pesquisa. Caso da Argentina, que ocupa a 87ª posição entre os 180 países. Segundo a pesquisa, há retrocessos pelas tendências autoritárias do governo do presidente Javier Milei, que estigmatizou jornalistas, desmantelou a mídia pública e utilizou a publicidade estatal como instrumento de pressão política. O país perdeu 47 posições em dois anos.

O Peru (130º) também foi um lugar em que pesquisadores identificaram que a liberdade de imprensa entrou em colapso, 53 posições a menos desde 2022. Os motivos apontados são assédio judicial, campanhas de desinformação e crescente pressão sobre a mídia independente.

Os Estados Unidos (57º) são marcados pelo segundo mandato de Donald Trump, que, segundo o levantamento, politizou instituições, reduziu o apoio à mídia independente e marginalizou jornalistas. No país, a confiança na mídia está em queda, os repórteres têm enfrentado hostilidade e muitos jornais locais estão desaparecendo. Trump também encerrou o financiamento federal da Agência dos Estados Unidos para a Mídia Global (USAGM).

As regiões do Oriente Médio e Norte da África são consideradas as mais perigosas para os jornalistas no mundo. Destaque, segundo a RSF, para o massacre do jornalismo em Gaza pelo exército israelense. A situação de todos os países nessas regiões é considerada “difícil” ou “muito grave”, com exceção do Catar (79º).

Big Techs
A RSF pontua o papel das big techs nos problemas atuais. Diz que a economia de mídia é minada pelo domínio do GAFAM (Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft) na distribuição de informações. O que significa falar em plataformas não regulamentadas, que capturam receitas de publicidade que sustentavam o jornalismo.

Os números de 2024 mostram que o gasto total com publicidade nas redes sociais alcançou US$ 247,3 bilhões, aumento de 14% em relação a 2023. A RSF aponta que elas também contribuem para a proliferação de conteúdos manipulados ou enganosos, tornando piores os fenômenos de desinformação.

Outro ponto de preocupação é a concentração de propriedade, que ameaça diretamente o pluralismo de imprensa. Em 46 países, a propriedade dos meios de comunicação está altamente concentrada — ou mesmo totalmente nas mãos do Estado —, segundo a análise dos dados do ranking.

*Agência Brasil

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Desapropriação de terras destruídas por crimes ambientais é autorizada pelo STF

Assinada por Flávio Dino, decisão determina que União, Amazônia e Pantanal adotem ações efetivas para punir responsáveis por incêndios intencionais.

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a União desaproprie propriedades rurais onde forem comprovados incêndios criminosos ou desmatamento ilegal, desde que fique clara a responsabilidade do dono do imóvel.

A decisão foi tomada nesta segunda-feira (28), segundo a Forum, após um ano de recordes de queimadas que devastaram áreas importantes da Amazônia e do Pantanal. A medida faz parte de uma ação aberta em 2020 pelo partido Rede Sustentabilidade, com apoio de organizações como WWF, Greenpeace, Instituto Socioambiental e Observatório do Clima.

Além da desapropriação, Dino ordenou que a União, a Amazônia Legal e Pantanal adotem medidas para impedir a regularização fundiária de terras envolvidas em crimes ambientais. Também deverão ser movidas ações de indenização contra os responsáveis.

“Não é razoável gastar bilhões de dinheiro público todo ano para combater incêndios e desmatamentos ilegais”, escreveu Dino. Segundo ele, “com este ciclo perpétuo, pune-se duplamente a sociedade: pelos danos ambientais e pelo dispêndio evitável de recursos públicos”.

O ministro também reforçou a obrigatoriedade do uso do SINAFLOR — sistema que controla a origem de produtos florestais — para autorizações de supressão de vegetação. E cobrou que a União explique se houve subutilização dos recursos do Ibama e do ICMBio em 2024, além de pedir informações sobre a digitalização dos registros de imóveis rurais.

Com a decisão, União e estados terão que apresentar planos e relatórios sobre as ações adotadas para garantir o cumprimento das ordens judiciais.

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Aviso claro de que, com Lula e Haddad, a economia brasileira melhorou e muito

O Brasil está se tornando um mercado atraente para fornecedores e novos entrantes devido ao impacto menor do “tarifaço” em comparação com outros países.

Isso, segundo gente graúda do mercado, pode ser uma oportunidade para o país se destacar economicamente e atrair investimentos.

O “tarifaço” foi uma medida econômica que afetou muitos países, mas o Brasil parece ter sido menos prejudicado.

Isso pode ser devido a várias razões, como políticas econômicas específicas ou uma economia mais resiliente.

Com isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, programas de incentivo e subsídio chegam para a população mais necessitada. Isso muda completamente e cenário econômico no país.

Daí essa posição confortável do Brasil diante de uma crise mundial provocada por Trump.

A crescente guerra comercial entre Estados Unidos e China tem reconfigurado o panorama global de trocas econômicas – e, nesse contexto, o Brasil surge podendo levar vantagem. O cenário, de acordo com análises do Deutsche Bank, mostra que o Brasil se encontra em uma posição favorável para expandir suas exportações.

A guerra comercial entre EUA e China está criando oportunidades para o Brasil expandir suas exportações, especialmente no agronegócio.

Aqui estão alguns pontos-chave:
Aumento da demanda chinesa: A China suspendeu a compra de carne bovina de metade dos fornecedores americanos e acelerou negociações para adquirir soja brasileira, impulsionando o agronegócio brasileiro.

Benefícios para o mercado imobiliário rural: A crescente demanda por terras para atender à demanda chinesa pode movimentar o setor rural e diversas cadeias produtivas, como fertilizantes, agrotóxicos e infraestrutura de armazenagem.

Investimentos em tecnologia: A tecnologia será essencial para maximizar a produção e atender aos novos pedidos, com investimentos significativos em tecnologia agrícola para ampliar a produtividade no campo.

Expectativas de crescimento: A expectativa é de que o mercado de terras e o agronegócio brasileiro se transformem substancialmente nos próximos meses, impulsionados por um novo ciclo de investimentos e pela reconfiguração do comércio global.

Além disso, o Brasil já está mostrando sinais de crescimento nas exportações, com destaque para:

Exportações de carne de frango: As exportações gaúchas de carne de frango aumentaram 13% no primeiro trimestre de 2025.

Projeções positivas: O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estima que as exportações de carnes bovina e de frango seguirão crescentes em 2025.

Essas oportunidades podem ser um grande impulso para a economia brasileira.

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São Jorge, Ogum: o santo guerreiro celebrado hoje, 23 de abril

Figura de proteção e força em diferentes culturas é exaltado nesta quarta-feira.

São Jorge é um dos santos mais venerados no Brasil e em diversos outros países ao redor do mundo. A data de sua celebração, é motivo de grande festa para seus devotos, que pedem por sua proteção e intercessão em momentos de dificuldade. Saiba mais em TVT News.

Quem era São Jorge?
Na tradição Católica, Jorge, cujo nome de origem grega significa “agricultor”, nasceu na Capadócia, por volta do ano 280, em uma família cristã. Transferiu-se para a Palestina, onde se alistou no exército de Diocleciano. Em 303, quando o imperador emanou um edito para a perseguição dos cristãos, Jorge doou todos os seus bens aos pobres e, diante de Diocleciano, rasgou o documento e professou a sua fé em Cristo. Por isso, sofreu terríveis torturas e, no fim, foi decapitado.

No lugar da sua sepultura, em Lida, – um tempo capital da Palestina, agora cidade israelense, situada perto de Telaviv, – foi construída uma Basílica, cujas ruinas ainda são visíveis.

Entre os documentos mais antigos, que atestam a existência de São Jorge, uma epígrafe grega, do ano 368, – descoberta em Eraclea de Betânia, – fala da “casa ou igreja dos santos e triunfantes mártires, Jorge e companheiros”. Foram muitas, ao longo dos anos, as narrações posteriores.

A imagem de São Jorge combatendo um dragão é um símbolo de coragem e fé e é um dos episódios mais conhecidos. Ele teria enfrentado e vencido um dragão ameaçador que aterrorizava uma cidade, salvando a princesa e, como resultado, converteu muitos de seus habitantes ao cristianismo. Essa história, transmitida por gerações, representa a luta entre o bem e o mal, refletindo a força espiritual e a proteção que muitos acreditam que São Jorge oferece.

São Jorge: histórias, relatos e lendas - Catedral São Paulo Apóstolo de  Blumenau

Ele é considerado Padroeiro dos cavaleiros, soldados, escoteiros, esgrimistas e arqueiros. Também é invocado ainda contra a peste, a lepra e as serpentes venenosas. O Santo é honrado também pelos muçulmanos, que lhe deram o apelativo de “profeta”.

Sua canonização, em 494, ocorreu pelo fato de seguir o Cristianismo e recusar-se a perseguir cristãos durante os séculos III e IV.

As relíquias de São Jorge encontram-se em diversos lugares do mundo. Em Roma, na igreja de São Jorge em Velabro é conservado seu crânio, por desejo do Papa Zacarias.

São Jorge e as religiões africanas
No Brasil, além de sua devoção católica, São Jorge também é amplamente reverenciado nas religiões de matrizes africanas, como o candomblé e a umbanda. Nessas religiões, ele é frequentemente associado ao orixá Ogum, o ferreiro e guerreiro dos orixás, divindade ligada à guerra, à agricultura e à criação.

A palavra é sincretismo. No período colonial, escravos africanos que eram do candomblé não podiam cultuar seus orixás livremente, quando chegaram ao Brasil. A religião oficial do país era o catolicismo. Eles associaram as divindades aos santos católicos, para expressarem sua fé.

Ogum é considerado uma das primeiras divindades a descer da região celestial (Orum) para a Terra (Ayiê) com o objetivo de ajudar na criação do mundo. Em algumas tradições, Ogum também é visto como um ser humano, assim como São Jorge, e suas histórias se entrelaçam, principalmente em sua representação como defensor e protetor. Essa identificação de São Jorge com Ogum reforça o símbolo de força, coragem e luta, características comuns a ambas as figuras.

As histórias e crenças das religiões em que aparece a figura de São Jorge, seja por sincretismo ou não, são bem distintas, mas o conceito comum é nítido: ele sempre assume a forma de lutador, valente, aguerrido.

*TVTNews