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Mesmo fora do MPF, Deltan Dallagnol recebeu R$ 207 mil de verba extra

Joaquim de Carvalho – Parceiros de Dallagnol na Lava Jato, como Diogo Castor e Januário Paludo, também tiveram contracheque bem gordo em dezembro. MPF diz que pagamento foi legal .

Mesmo depois de se demitir, Deltan Dallagnol teve rendimentos brutos extras de R$ 207 mil do Ministério Público Federal em dezembro.

Ele não foi o único da Lava Jato contemplado com um contracheque bem mais gordo no último mês de 2021.

O notório Januário Paludo teve acréscimo de R$ 306 mil brutos em seu salário. Isabel Cristina Groba Vieira, que exigiu que Lula a chamasse de doutora em um dos depoimentos do ex-presidente a Moro, teve vencimentos brutos acrescidos de R$ 174 mi.

Orlando Martello, que Dallagnol considerava um dos estrategistas da Lava Jato, teve um extra de R$ 158 mil.

Letícia Pohl Martello, esposa dele, que como coordenadora da área criminal do MPF de Curitiba criou com Dallagnol a força-tarefa, teve rendimentos brutos a mais de R$ 105 mil.

Diogo Castor de Mattos, que teve a pena de demissão aplicada pelo Conselho Nacional do Ministério Público pelo caso do outdoor que envolve crime de falsidade ideológica, teve um extra bruto de R$ 158 mil.

Outros membros da Lava Jato e de todo o Ministério Público Federal também foram contemplados com essas verbas extras, cujo pagamento foi autorizado pelo procurador-geral, Augusto Aras.

O maior rendimento extraordinário foi pago ao procurador Mário Lúcio de Avelar, da Procuradoria da República de Goiás: R$ 471 mil brutos, conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo — que, no entanto, não citou os lavajatistas.

Depois da reportagem, Aras explicou a razão do pagamento dos extras.

“Trata-se da quitação de dívidas da União para com membros do MPF, tais como licença-prêmio, abonos e indenizações de férias não usufruídas. Parte dessas dívidas é antiga (algumas da década de 1990) e foi reconhecida por decisões judiciais, que determinaram a respectiva quitação. Referem-se, portanto, a direitos previstos em lei, reconhecidos e disciplinados pelos órgãos superiores e de controle, caso do CNMP”, disse, por meio de nota oficial.

Dallagnol pediu demissão do MPF em novembro e se filiou ao Podemos em dezembro, para disputar um cargo nas próximas eleições, possivelmente o de deputado federal, que tem salário menor do que a média do Ministério Público.

Castor de Mattos tem tentado adiar a pena aplicada pelo CNMP e, portanto, como membro ativo da instituição, continua a usufruir dos mesmos direitos que os demais.

Ele e outros procuradores da força-tarefa estão sendo investigados pelo Tribunal de Contas da União por conta de diárias que receberam ao longo do funcionamento da Lava Jato, mesmo possuindo residência em Curitiba.

Alguns procuradores embolsaram mais de R$ 700 mil ao longo de sete anos a título de diárias.

Nesse caso, há indícios de irregularidades e até mesmo de ilegalidades. Já o contracheque de dezembro, a julgar pelo esclarecimento de Aras, não é ilegal. Mas, em tempo de pandemia e consequente restrição orçamentária, é inegavelmente imoral.

*Publicado no 247

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Morre Elza Soares aos 91 anos

A cantora Elza Soares morreu aos 91 anos nesta quinta-feira (20), no Rio de Janeiro.

“É com muita tristeza e pesar que informamos o falecimento da cantora e compositora Elza Soares, aos 91 anos, às 15 horas e 45 minutos em sua casa, no Rio de Janeiro, por causas naturais”, diz o comunicado enviado pela assessoria da cantora.

“Ícone da música brasileira, considerada uma das maiores artistas do mundo, a cantora eleita como a Voz do Milênio teve uma vida apoteótica, intensa, que emocionou o mundo com sua voz, sua força e sua determinação”.

“A amada e eterna Elza descansou, mas estará para sempre na história da música e em nossos corações e dos milhares fãs por todo mundo. Feita a vontade de Elza Soares, ela cantou até o fim”.

Elza Soares é considerada uma das maiores cantoras da música brasileira, com carreira no samba que começou nos anos 60.

Elza Gomes da Conceição começou cantando sambalanço com “Se Acaso Você Chegasse” em 1959, e se dedicou ao gênero nos anos 60.

Nos 34 discos lançados, ela se aproximou do samba, do jazz, da música eletrônica, do hip hop, do funk e diz que a mistura é proposital.

“Eu sempre quis fazer coisa diferente, não suporto rótulo, não sou refrigerante”, comparava Elza.

“Eu sempre quis fazer coisa diferente, não suporto rótulo, não sou refrigerante”, comparava Elza.

“Eu acompanho o tempo, eu não estou quadrada, não tem essa de ficar paradinha aqui não. O negócio é caminhar. Eu caminho sempre junto com o tempo.”

O último disco lançado foi “Planeta Fome” em 2019, e ela diz que não tem planos concretos para outro álbum neste ano. “Ainda não, mas vai surgir. Minha cabeça não para, cara”, afirma Elza.

A única certeza é que não iria parar de cantar: “Nem de brincadeira. Parar por quê? Por que parar? Não tem por que né?”.

*Com informações do G1

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A pedido de advogado de Bolsonaro, madeira apreendida pela PF em caso Salles é liberada por desembargador cotado para STJ

Frederick Wassef defende MDP Transportes, suspeita de desmatamento ilegal. Ex-superintendente da PF denunciou interferência do ex-ministro do Meio Ambiente no caso.

O desembargador Ney Bello, do Tribunal Federal Regional da 1ª Região (TRF-1), atendeu ao pedido do advogado da família do presidente Jair Bolsonaro (PL), Frederick Wassef, e concedeu uma liminar que libera parte da madeira apreendida em dezembro de 2020, na Operação Handroanthus, da Polícia Federal (PF), suspeita de ter origem em desmatamento ilegal. À época, o então superintendente da PF no Amazonas, Alexandre Saraiva, acusou o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de interferir no caso e obstruir a investigação. A decisão é liminar, e foi revelada primeiramente pelo jornal “Folha de S.Paulo”, informa O Globo.

Wassef representa a empresa MDP Transportes, uma das envolvidas na operação, e que foi beneficiada pela decisão de Ney Bello. O magistrado já havia autorizado a devolução de madeiras apreendidas para seis outras empresas, que não são representadas pelo advogado de Bolsonaro, em outubro.

O desembargador maranhense é um dos nomes cotados para uma das duas vagas abertas no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). A escolha cabe ao presidente Jair Bolsonaro, a partir de lista elaborada pelos atuais ministros do tribunal, e deve ser tomada em fevereiro. Segundo a decisão do magistrado, os documentos apresentados pela MDP demonstram que a origem florestal do material apreendido “está devidamente comprovada”.

A decisão de Ney Bello também liberou caminhões, balsas, documentos e outros bens móveis da MDP que foram apreendidos. Segundo a “Folha de S.Paulo”, a empresa recorreu ao TRF-1 depois que a juíza Mara Elisa Andrade, da Justiça Federal no Amazonas, negou o pedido em primeira instância por entender que as restrições deviam ser mantidas já que a investigação está em curso.

No ano passado, em junho, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia chegou a determinar a suspensão de outras decisões referentes ao caso que liberaram parte da madeira apreendida. Em sua decisão, ela afirmou que o material estava sendo devolvido “prematuramente” pelos fatos ainda estarem em apuração. A decisão foi em resposta a um pedido da Polícia Federal, que contestou ordens de juízes federais da 4ª Vara do Pará e da 7ª Vara do Amazonas que estavam apontando ilegalidades nas investigações e liberando a madeira apreendida.

Durante a operação Handroanthus, a PF levantou indícios de extradição ilegal de madeira pela MDP, além de suspeitas de irregularidades no processo de autorização da atividade. Ao todo, a operação apreendeu mais de 131 mil m³ de madeira em tora na divisa dos estados do Pará e do Amazonas, o equivalente a 6.243 caminhões lotados de carga, a maior quantidade de madeira ilegal já apreendida no país.

O caso abriu uma crise no governo Bolsonaro depois que o ex-titular da pasta do Meio Ambiente, Ricardo Salles, se tornou alvo de um inquérito por tentativa de obstrução da investigação da PF. Alguns meses depois, em 2021, o ex-ministro voltou a ser alvo da PF durante a operação Akuanduba, que investiga exportação ilegal de madeira. Na época, a corporação afirmou que vê “fortes indícios” de que Salles esteja envolvido em um “grave esquema de facilitação ao contrabando de produtos florestais”. Pouco depois, o ex-ministro foi exonerado pelo presidente Jair Bolsonaro.

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Falsa polêmica do racismo reverso volta com novo formato

No debate público sobre assuntos importantes é preciso saber separar os polêmicos dos polemistas. A primeira categoria é formada pelos corajosos, que defendem com sinceridade os seus argumentos mesmo contra o senso comum, contra a corrente. Os segundos são aqueles que criam marola onde não existe, justamente para fingir que estão indo contra a corrente.

Nesse momento em que reinam as fake news, polemistas ficam ainda mais à vontade para embaralhar citações acadêmicas e colocá-las a serviço das conclusões que já formaram de antemão. Se suas teorias não se aplicam à realidade brasileira, vão buscar os acontecimentos de qualquer outro canto do planeta para servir-lhes de exemplo. Uma gambiarra aqui, outra ali, e vão em frente.

Há algum tempo, os criadores de controvérsias escolheram como alvo as propostas identitárias. Obviamente, nenhuma ideia deve ser blindada de contestação, desde que isso seja feito com honestidade e respeito. E é verdade que a discussão sobre identitarismo é travada muitas vezes de forma sumária, truculenta, simplista – nada que não possa ser resolvido pelo próprio debate. Na maior parte das vezes, a discussão é travada em alto nível.

Os polemistas, no entanto, são como Chacrinha: não vieram para explicar, mas para confundir. Com esse objetivo, criam até rótulos para realidades inexistentes.

O mais novo exemplo é o “neorracismo identitário”. Um nome empolado para a cascata do racismo reverso.

Segundo seu criador, estamos sob a ameaça do “supremacismo negro”

A preguiça em rebater esse tipo de argumentação arquitetada para colocar seu autor no centro de uma falsa polêmica é logo vencida quando se imagina o mal que pode produzir se for popularizada.

Rapidamente, talvez seja útil fazer alguns lembretes aos incautos. Aí vão exemplos de supremacia negra hoje no Brasil:

– Segundo o IBGE, entre os 10% mais pobres do Brasil, 75% são negros.
– Pela mesma fonte, negros também têm supremacia nos empregos informais – 47%, contra 34% dos brancos.

– População preta e parda é maioria também entre os que não têm acesso a esgoto: 42,8% contra 26,5%.
– O supremacismo negro, que já era grande na população carcerária, cresceu 15%. Em 2005, 58,4% dos presos do país eram pretos ou pardos; em 2019 esse percentual subiu para 66,7%.
– O teórico pode se valer também de outra estatística: segundo a ONG Justiça Global, entre as crianças mortas como consequência de ações policiais nas favelas cariocas, 75% são negras.

Seria possível continuar com uma extensa lista de itens para exemplificar a supremacia negra nessas circunstâncias trágicas em que os brancos sempre estiveram a salvo.

Agora, quando a muito custo a sociedade se move para alcançar algumas poucas vitórias (como a maioria de alunos negros nas universidades públicas), surgem animadores de salão para dar argumentos aos reacionários.

Uma das grandes preocupações do tal teórico é o ódio disseminado contra os brancos. Como se a parcela da população oprimida e violentada por tantos séculos precisasse de alguma propaganda para isso.

Na verdade, o movimento negro brasileiro é até pacífico demais.

Branco que sou, uso meu lugar de fala para opinar que reações como a do produtor americano H. L. Thompson, que nocauteou um turista alemão em hotel de luxo do Rio depois de ser atacado com insultos racistas, nada mais são do que legítima defesa.

Mas o polemista pode ficar tranquilo. No Brasil, os racistas e aqueles que colaboram para manter a opressão à população negra ainda sofrem muito pouco as consequências de seus atos.

*Chico Alves/Uol

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O que a Folha, Estadão e Bolsonaro têm em comum? Os três são racistas e querem reescrever o conceito de escravidão no Brasil

No Brasil, falar sobre preconceito racial não é tarefa fácil, porque ninguém se confessa racista. Isso acaba sendo um passo para relativizar esse modelo cívico brasileiro herdado da escravidão, seja ele cultural, seja ele político.

A utilização de subterfúgios é o principal clichê de um discurso de integração  onde se pressupõe que há uma sociedade em que negros e brancos convivem harmoniosamente, uma espécie de racismo cordial.

Não dá para acreditar que o Estadão publicou neste sábado (15) um texto de José Nêumane Pinto extremamente elogioso ao falso polemista Antonio Risério, que não tenha sido missa encomendada. Risério é quem assina o texto da Folha de hoje fartamente criticado, respaldando a ideia de que, na verdade, o Brasil teve uma escravidão que produziu progresso para os negros, tendo como origem o mesmo conceito do governo Bolsonaro que utiliza a Fundação Palmares para respaldar essa ideia fascista.

Isso basta para mostrar como funciona o mecanismo do racismo estrutural desse país em que o baronato midiático e um governo declaradamente racista se colocam em situações iguais para levantar questões funestas sobre a escravidão, com a intenção de produzir confusão, como é o caso do artigo da Folha de hoje, defender a ideia de que, se há racismo no Brasil, é do negro contra o branco.

O livro de Risério, elogiado por Nêumane é a repetição da justificativa da segregação e da violência que os negros sofrem ainda hoje, sobretudo nas periferias e favelas do Brasil, principalmente nas grandes capitais como Rio de Janeiro e São Paulo.

Quando Risério escreve um livro com o título “As Sinhás Pretas da Bahia: Suas Escravas, Suas Joias”, busca a ideia de que todo mundo pode ser um empreendedor de sucesso, ou seja, mais neoliberal traço fascista, impossível.

Mas o chavão é o de sempre, o de que negros também escravizavam negros como se fora uma mera questão de mercado. O que eles nunca dizem é que, de fato, os negros podiam ter escravos, mas somente escravos negros.

Nessas armadilhas, o que se busca sempre para explicar o sistema escravocrata no Brasil é tirar do foco as vítimas da escravidão com um conjunto de falácias para que não haja conflito entre a narrativa e a realidade, negando com pontos isolados e falsamente colocados no debate para que a história seja recontada não pelos fatos, mas pelos conceitos dominantes.

Essa velha malandragem com discursos ornamentados de dinâmica da escravidão não quer discutir a busca das raízes do preconceito e do racismo de hoje, o importante para encontrar uma solução que impeça qualquer ascensão dos negros na sociedade, é produzir soluções a partir de críticas de sistemas baseados na história americana, como se o movimento negro brasileiro não tivesse sua própria consciência e projetos suficientemente conhecidos dentro do próprio país que pode rever injustiças seculares, estruturais e cumulativas que, mediante políticas compensatórias, devem ser urgentemente implantadas.

O que o Estadão, a Folha e o governo Bolsonaro querem com esse discurso perfilado, é exigir que os negros aceitem o discurso oficial da classe dominante, 100% branca, condenando-os a esperar por mais um século num país de pouco mais de cinco séculos em que quatro deles teve escravidão dos negros.

O país necessita, e com urgência, de medidas eficazes que insiram os negros no universo de oportunidades. E só fará isso se refizer um balanço digno revendo a história dos negros na escravidão.

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Aumento de casos de covid e influenza levam empresas aéreas a cancelarem voos

No aeroporto internacional, em Guarulhos, ao menos cinco voos nacionais foram cancelados na manhã desta segunda (10). Em Congonhas, somente da Latam, 19 voos que estavam previsto serão remarcados.

O aeroporto internacional de São Paulo, em Guarulhos, na Grande São Paulo, registrava ao menos cinco voos nacionais e um internacional, com destino a Buenos Aires, cancelados na manhã desta segunda-feira (10).

O problema também ocorre no aeroporto de Congonhas, na Zona Sul da capital. No local, 19 voos da Latam previstos serão remarcados.

No total, somente da Latam, são 52 voos cancelados nos aeroportos de SP, sendo 19 internacionais. (Veja lista mais abaixo).

O problema ocorre em função do aumento de número de casos de Covid-19 e influenza, que tem atingido funcionários das companhias e afetado voos em diversas aéreas no Brasil.

Ao todo, desde o último sábado (8) até o dia 16 de janeiro, serão 121 voos cancelados.

Em nota, a companhia lamentou a situação, e pediu para que os clientes confiram o status do voo antes de se dirigir ao aeroporto.

Os clientes que tiveram o voo alterado poderão remarcar a viagem sem multa e diferença tarifária ou solicitar o reembolso da passagem sem multa, segundo a Latam.

Outra empresa que também sofreu impacto após a alta nos casos de Covid e influenza foi a Azul. No sábado (8), o Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), cancelou 29 voos da empresa. Entre quinta (6) e sábado (8), pelo menos 89 viagens não ocorreram.

Já a Gol informou por nota que “houve nos últimos dias um aumento dos casos positivos entre colaboradores, mas nenhum voo foi cancelado ou sofreu alteração significativa por este motivo. Os funcionários que apresentam resultado positivo estão sendo afastados das funções para se recuperarem em casa com segurança”.

“Em relação a Clientes, os casos positivos reportados antes do embarque estão sendo tratados com três opções oferecidas aos passageiros: cancelamento com o reembolso do valor total; cancelamento, mas com o valor total deixado como crédito para futuras compras; ou remarcação sem custos adicionais”, informa a nota.

*Com informações do G1

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Barragem ameaça ruir em Pará de Minas e mais 3 cidades

O estouro desta barragem atingiria, além de Pará de Minas, as cidades de Pitangui, Onça de Pitangui (o distrito de São João de Cima) e Conceição do Pará (povoados de Casquilho de Baixo e Casquilho de Cima).

Alerta máximo foi emitido para os moradores do entorno da Usina Hidrelétrica do Carioca, em Pará de Minas. Segundo a prefeitura da cidade, a estrutura, que fica no distrito de Carioca, tem alto risco de rompimento.

O estouro desta barragem atingiria, além de Pará de Minas, as cidades de Pitangui, Onça de Pitangui (o distrito de São João de Cima) e Conceição do Pará (povoados de Casquilho de Baixo e Casquilho de Cima).

Os moradores dessas localidades, principalmente os que vivem abaixo da hidrelétrica da Santanense, estão sendo orientados a deixarem imediatamente suas casas. A situação é crítica e o dique está vertendo água pelas laterais e pelas bordas.

Segundo o Sargento Oliveira, da 2ª Companhia do 10° Batalhão do Corpo de Bombeiros, em declaração ao jornal O Estado de Minas, aproximadamente 100 pessoas estão sendo evacuadas. Os que não podem ir para casas de parentes e amigos estão sendo acolhidos em dois pontos de apoio no distrito de Carioca, o centro de saúde e o salão da igreja Nossa Senhora de Lourdes.

Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil estão com um central de comando próximo da barragem. O sargento informa que as manchas do plano de ação da Santanense descartam o risco da água invadir a zona urbana de Pará de Minas. Em caso de rompimento, a água se estenderia por oito metros e ficaria restrita aos sítios, fazendas e residências de quem vive às margens dos rios São João e Pará.

*Com informações do GGN

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Capitólio: não foi “acidente”

Álvaro Nascimento – Anos atrás fui ao sul da França, numa viagem curta com meu filho e minha nora. Depois de assistirmos a um festival de jazz em Carcassone, viajamos a Nimes e de lá decidimos passar um dia ensolarado em Cassis, no litoral, onde um dos baratos é pegar um barco (há dezenas deles) para visitar os famosos calanques, espécies de cânions, que na verdade são grandes penhascos que se abrem em enormes grutas banhadas por um de mar cristalino de um azul impressionante. Os calanques são uma verdadeira obra de arte da natureza (foto anexa).

 

Calanque no sul da França

Era um dia de sol forte, céu azul, praia cheia e logo que chegamos fomos atrás de um barco que nos levasse aos calanques. No cais, a decepção. Nenhum barco poderia sair naquele dia. Estranhamos, claro, pois a cidade estava cheia de turistas, estrangeiros e franceses de férias, o dia estava lindo, céu azul, sem nuvens, o mar calmo com ondinhas de no máximo um metro na arrebentação. Mas os barcos não iam sair “à cause du vent” (por causa do vento). Nós três nos entreolhamos, rindo, nos perguntando: “Vento? Que vento?”. Realmente era uma brisa de média pressão, apenas, que para nós não justificaria a proibição. Mas nos explicaram que se houvesse uma rápida elevação do vento, ela poderia jogar um barco contra as rochas, causando um acidente mais sério. Então, ninguém poderia se aproximar dos calanques naquele dia. Batemos os ombros, conformados, e fomos para a praia, passeamos pela cidade e no final do dia retornamos a Nimes.

Por que conto esta história? O Instituto de Meteorologia está há dias informando que haveria a incidência de fortes chuvas em Minas Gerais, citando inclusive a região de Capitólio. Os alertas meteorológicos não foram poucos.

Depois do que ocorreu neste final da manhã, resultando em oito mortos (até agora), duas pessoas desaparecidas e de 30 feridos, além das perdas materiais e econômicas momentâneas e futuras, o porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, o tenente Pedro Aihara, declarou que o “acidente” ocorreu por causa de uma “cabeça d’água”:

– É um local que tem um tipo de rocha mais suscetível a processos erosivos e de intempéries. Como a gente tem chuvas muito intensas neste mês, aparentemente teve uma aceleração considerável desse processo erosivo, que acabou gerando o desprendimento dessa rocha, explicou.

Já a Marinha do Brasil informou que um inquérito será aberto para investigar “as causas do acidente”. Aposto um mês de meu salário como a Marinha concluirá que a culpa é da natureza.

Postagem de Flávio Freitas em 2012 já previa que a pedra ia despencar um dia

Resumindo:

1. O Instituto de Meteorologia informa há dias a incidência de chuvas fortes e acima do normal na região. Isto foi reafirmado ontem, véspera do que, segundo os bombeiros, foi um “acidente”;

2. Sabidamente, aquele ponto do Lago de Furnas recebe a vazão de vários rios, que ali se transformam em cachoeiras;

3. Com chuvas fortes como as previstas há dias, a possibilidade da ocorrência de “cabeças d´água” cresce enormemente;

4. O local exato (cânions tipo calanques) onde estavam estacionados os barcos mineiros, segundo os próprios bombeiros “tem um tipo de rocha mais suscetível a processos erosivos e de intempéries”, propensos em momentos de chuvas mais fortes a uma aceleração considerável de um “processo erosivo”.

Assim que vi os barcos de Minas Gerais sendo apanhados pelo rochedo que se desprendeu, me veio à mente aquele dia de sol, céu azul, uma leve brisa em Cassis e a proibição de saída dos barcos, devido apenas à possibilidade dos ventos virem a aumentar.

A pergunta é: dá para chamar de “acidente” o que ocorreu hoje em Capitólio?

*Por Álvaro Nascimento/Jornalistas livres

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Vídeo: Paredão de cânion em Capitólio (MG) desmorona sobre lanchas; 1 morte confirmada e 15 feridos com gravidade

Uma estrutura rochosa desabou na região dos cânions de Capitólio, em Minas Gerais, a 293 km de Belo Horizonte, neste sábado (8), atingindo lanchas com turistas que visitavam o local.

O Corpo de Bombeiros informou que o acidente teria relação com uma tromba d’água e que três lanchas teriam sido atingidas.

Segundo o porta-voz do Corpo de Bombeiros de MG, Pedro Aihara, há informações preliminares de 15 feridos e um óbito, ‘podendo evoluir para dois’.

*Com informações do 247

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Cientistas projetam que Brasil pode ter 1 milhão de casos diários de Covid em duas semanas

Estimativa da Universidade de Washington aponta que números atuais já são muito superiores aos oficiais.

Em duas semanas, o Brasil pode chegar a um milhão de pessoas infectadas por dia com Covid. A projeção, feita pela Universidade de Washington (EUA), considera que os casos são muito superiores aos dados oficiais e devem mais do que dobrar em 15 dias, informa a Folha.

O país vive um apagão de números sobre a doença, portanto não se sabe o tamanho da onda de contaminações impulsionada pela variante ômicron atualmente. Isso porque os sistemas de notificação do Ministério da Saúde estão instáveis há um mês, após ataques hackers, e não há uma política ampla de testagem.

A universidade estima que 468 mil pessoas tenham sido infectadas no Brasil apenas nesta sexta (7), incluindo aquelas que não fizeram exames. A quantidade é quase nove vezes superior aos testes positivos registrados pelos estados nas últimas 24 horas (53.419, segundo o consórcio de veículos de imprensa).

Seguindo a projeção, o país deve chegar a 1 milhão de infectados no dia 23 de janeiro e a um pico de 1,3 milhão em meados de fevereiro.

A estimativa é dez vezes maior do que o número registrado no auge da doença no Brasil, em março do ano passado, quando foram quase 100 mil casos positivos por dia.

Segundo a epidemiologista Fátima Marinho, integrante da rede de pesquisadores que envia os dados brasileiros à Universidade de Washington, a projeção é baseada num cálculo complexo, considerando vários fatores de cada país, e é bastante confiável a curto prazo.

“Esse aumento para 1 milhão em duas semanas é plausível, porque o modelo aplica o que já se sabe da doença nos EUA e na Europa, por exemplo, que têm números muito apurados. Na Inglaterra o teste é gratuito em qualquer farmácia e vai direto para o sistema do governo”, diz.

De acordo com ela, é esperado que a doença siga neste ano o mesmo caminho dos últimos dois anos: um aumento durante o inverno no hemisfério norte, depois uma alta nas transmissões no Brasil em janeiro e fevereiro, com um pico em março.

“Vamos repetir, como temos repetido todo ano. Não tem por que o cenário ser diferente dos outros anos e dos outros países. É impressionante que o governo não faça nada, sabendo antecipadamente o que vai acontecer”, critica a professora da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

O ritmo de crescimento projetado para as mortes, porém, é muito inferior. Os cálculos indicam que o país pode chegar a 313 óbitos diários por Covid em duas semanas, apenas 12% a mais do que as 279 mortes estimadas para esta sexta. Ainda assim, a projeção é bastante superior ao registro oficial dos estados, que foi de 148 nas últimas 24 horas.

Segundo especialistas, a menor letalidade da doença está ligada à menor gravidade da variante ômicron e ao avanço da cobertura vacinal no país. O Brasil tem 78% da população com ao menos uma dose da vacina, 68% com o primeiro ciclo de imunização completo e 13,4% com o reforço.

Os dados registrados pelos estados indicam que, enquanto a média móvel de casos cresceu 639% em relação aos dados de duas semanas atrás, a média de mortes continua estável, ou seja, não teve variações superiores a 15% nesse período.

“Felizmente, temos a vacina para evitar uma tragédia como a que vimos no ano passado, em relação às mortes. Mas, se quisermos o controle da situação e evitar que novos óbitos ocorram, precisamos saber a quantidade de casos. Com a política atual de testagem, não teremos esse controle”, diz Domingos Alves, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP.

Para os especialistas, exatamente pela falta de testagem no país, os dados oficiais não devem alcançar os da projeção. No entanto, eles dizem que, mesmo com a subnotificação, o registro de casos confirmados deve dobrar até a próxima semana.

“O dado oficial nunca vai chegar nem perto do número real de infectados porque não testamos. As informações que teremos nos próximos dias serão apenas daquelas pessoas que se infectaram e tiveram sintomas mais graves e, por isso, foram testadas”, diz Wallace Casaca, coordenador do Infotracker, projeto da USP e Unifesp que monitora a pandemia.

Os especialistas explicam que a subnotificação ocorre principalmente pela falta de testagem em massa, o que leva, em geral, à contabilização apenas dos sintomáticos moderados a graves, e a um atraso, ou, muitas vezes, à ausência completa do registro dos casos.

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