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PF deve pedir ao FBI diligência à joalheria onde Rolex de Bolsonaro foi recomprado por Wassef

Objetivo é buscar provas e respostas sobre a aquisição do relógio pelo advogado do ex-presidente. A PF fez uma lista de pedidos ao órgão norte-americano; veja quais são.

A Polícia Federal (PF) aguarda a validação de cooperação internacional para encaminhar ao FBI o pedido oficial fazer diligência na joalheira da Pensilvânia, nos EUA, com o objetivo de buscar provas e respostas sobre a recompra do relógio da marca Rolex, avaliado em R$ 300 mil, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo advogado Frederick Wassef.

Na terça (15), Wassef confirmou que viajou aos EUA e que comprou o relógio que Bolsonaro ganhou de presente e, depois vendeu no país. O advogado pagou US$ 49 mil em espécie. Wassef, no entanto, negou ter participado de uma “operação de resgate” da joia a mando do ex-assessor de Bolsonaro.

A Polícia Federal (PF) aguarda a validação de cooperação internacional para encaminhar ao FBI o pedido oficial fazer diligência na joalheira da Pensilvânia, nos EUA, com o objetivo de buscar provas e respostas sobre a recompra do relógio da marca Rolex, avaliado em R$ 300 mil, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo advogado Frederick Wassef, segundo o G1.

Na terça (15), Wassef confirmou que viajou aos EUA e que comprou o relógio que Bolsonaro ganhou de presente e, depois vendeu no país. O advogado pagou US$ 49 mil em espécie. Wassef, no entanto, negou ter participado de uma “operação de resgate” da joia a mando do ex-assessor de Bolsonaro.

A PF fez uma lista de pedidos ao FBI para obter mais informações:

  • Existe imagem do Wassef na joalheria?
  • Ele estava sozinho ou acompanhado?
  • Há registro do pagamento em dinheiro pela recompra do Rolex?
  • Foi usado algum cartão de crédito internacional? Caso sim, em nome de quem?
  • É possível rastrear a origem dos dólares usados na negociação?
  • O dinheiro saiu de alguma conta nos EUA em nome do próprio Wassef, de conta em nome do ex-presidente Bolsonaro, do Mauro Cid e/ou do general Cid?

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Novo advogado de Mauro Cid empurra responsabilidade para Bolsonaro: “assessor cumpre ordens”

Sobre os atos criminosos supostamente cometidos pelo militar, Cezar Bitencourt declarou: “alguém mandou, alguém determinou”. Cid era ajudante de ordens de Bolsonaro.

Novo advogado do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Cezar Bitencourt afirmou na manhã desta quarta-feira (16) que o militar era “só o assessor” que cumpria ordens, jogando a responsabilidade dos atos supostamente praticados por ele para Bolsonaro: “militar cumpre ordens”

“Ele é um militar, mas é um assessor. Assessor cumpre ordens do chefe. Assessor militar muito mais. O militar tem por formação essa obediência hierárquica. Então alguém mandou, alguém determinou. Ele [Cid] é só o assessor. Assessor faz o quê? Assessora, cumpre ordens, cumpre determinação”, afirmou. Mais à frente, o responsável pela defesa de Cid disse que “a gente vai examinar quem é quem, até onde vai a responsabilidade de um e até onde vai a responsabilidade do outro”.

“Ele não fez nada por conta. Ele não teve iniciativa. Ele tem uma função, que cumpre da melhor forma possível, com a formação militar que ele tem. Aliás, uma grande formação. O Mauro Cid é um gênio, mas ele tem uma função. Essa obediência hierárquica para um militar é muito séria. Exatamente essa obediência [inaudível] afastar a culpabilidade dele”, complementou.

Bitencourt ainda classificou Cid como “grande injustiçado”. “É um absurdo que o Mauro esteja trancafiado dentro de uma cela dentro do Exército. Essas questões nós vamos começar a discutir”.

O advogado fez questão de registrar que assumiu a defesa de Cid na noite de terça-feira (16) e que ainda não pôde conversar com o militar.

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PF encontrou com Mauro Cid documentos sobre colar de nióbio e diamantes com registro do nome de Jair Bolsonaro

 

Mais dois documentos que estavam de posse do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, coronel Mauro Cid, indicam jóias presenteadas ao ex-presidente.

A Polícia Federal encontrou mais documentos comprometedores durante uma operação de busca e apreensão na casa do tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

Em um dos documentos localizados está descrita a existência de um colar de nióbio (niobium necklace), além de “diversos certificados de diamantes” com o nome do empresário saudita Saddik Omar Attar.

Os documentos estavam escritos em japonês e ainda serão traduzidos e investigados pelos policiais da PF. Além disso, em um desses certificados – provavelmente relacionado ao colar de nióbio – tem escrito o nome de Jair Bolsonaro.

“Todo material apreendido será analisado e, conforme o conteúdo, daremos sequência na investigação”, disse um investigador da corporação em entrevista à Veja, que publicou a mensagem.

Mauro Cid é o pivô de diversos esquemas envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. O ex-ajudante de ordens seria o principal responsável pela apropriação de presentes recebidos pelo ex-chefe de estado e pela sua revenda no exterior, em um sistema investigado pela Polícia Federal.

Cid e seu pai, o general Lorenna Cid, são investigados pelo crime, além de outros membros da ajudância de ordens e do escalão mais próximo de Bolsonaro dentro e fora do governo, como Frederick Wassef.

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PF apura se urso de pelúcia foi usado para ocultar joias recebidas por Bolsonaro

Suspeita foi levantada com interceptação de e-mail de militar que era ajudante de ordens de Bolsonaro e continua trabalhando com o ex-presidente.

O suposto esquema para enviar para os Estados Unidos joias recebidas por Jair Bolsonaro (PL) quando era presidente da República teria envolvido um urso de pelúcia para esconder peças preciosas. É o que aponta um e-mail enviado pelo tenente do Exército Osmar Crivelatti ao departamento de marketing da empresa catarinense Black Entertainment, em 25 de abril do ano passado. O militar, que foi um dos alvos de mandados de busca e apreensão em operação deflagrada pela Polícia Federal na sexta-feira (11) contra suposto desvio de patrimônio da União, continua trabalhando com o ex-presidente, na cota de assessores prevista em lei.

Na mensagem interceptada pela PF, Crivelatti se apresentou como ajudante de ordens de Bolsonaro e disse que esteve com o então presidente na ExpoLondrina, onde ele recebeu um urso de pelúcia da empresa. “Eu tenho que seguir um protocolo e registrar os presentes recebidos pelo Presidente. Para isso, preciso de alguns dados de quem presenteou”, escreveu o militar do Exército.

“Já tentei contato pelo Messenger, mas não tive uma recepção muito amigável. Inclusive, creio que fui bloqueado. No fim das contas, se não receber resposta dos senhores (as), tratarei o presente como se fosse de algum popular e não restará registro de sua pessoa/empresa”, acrescentou Crivelatti. O assessor de Bolsonaro recebeu uma resposta da empresa horas depois. “O presente (urso de pelúcia) foi entregue ao presidente por uma de nossas diretoras”, dizia o funcionário da Black Entertainment.

A informação sobre o urso de pelúcia foi publicada neste sábado (12) pelo portal Metrópoles. A PF suspeita que Crivelatti cometeu os crimes de peculato e lavagem de dinheiro ao participar do esquema para recuperar joias vendidas ilegalmente nos EUA. Os acessórios foram presentes que Bolsonaro ganhou de governos estrangeiros durante o exercício da Presidência. Crivelatti também teria atuado para ocultar e vender presentes de alto valor no exterior. O tenente era considerado o braço-direito de Mauro Cid na ajudância de ordens da Presidência.

*Com O Tempo

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Avião e dinheiro trazem principais digitais de Bolsonaro em investigação sobre joias

Ex-presidente surge na ‘cena do crime’, para PF, e provas são vistas como as mais contundentes até agora.

A investigação sobre as joias e presentes dados por autoridades de outros países a Jair Bolsonaro (PL) aponta as digitais do ex-presidente na suspeita de desvio de bens públicos para enriquecimento pessoal.

A ação deflagrada pela Polícia Federal na sexta-feira (11), batizada de Lucas 12:2, dá início à reta final das apurações que podem resultar na acusação de Bolsonaro como líder de uma organização criminosa.

Embora não tenha sido alvo das diligências, como foi o general Mauro Lourena Cid, pai do ajudante de ordens Mauro Cid, Bolsonaro teve pedido de quebra de seus sigilos e deve ser ouvido em breve pela PF.

Para os investigadores envolvidos desde o início dos inquéritos relatados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, dois pontos colocam o ex-presidente pela primeira vez na cena do crime de desvio de dinheiro público e enriquecimento ilícito no caso das milícias digitais.

O primeiro é o uso da aeronave da Força Aérea Brasileira para levar as joias e presentes aos Estados Unidos. O segundo, as mensagens indicando o retorno do dinheiro oriundo de vendas, em espécie, para o bolso do ex-presidente.

O segundo ponto ainda deve ser aprofundado, mas investigadores dizem não restar dúvida de como Bolsonaro participou de todo o estratagema.

A apuração partiu do inquérito das milícias digitais, que tem origem na investigação dos atos antidemocráticos de 2020. Após Augusto Aras —o procurador-geral indicado por Bolsonaro— pedir em 2021 o arquivamento do caso, Moraes ordenou a abertura de outra investigação, com o material angariado na apuração anterior.

Nesse cenário, a então delegada titular do caso, Denisse Ribeiro, passou a organizar na investigação sobre milícias digitais toda a apuração sobre o entorno de Bolsonaro e seus aliados, iniciada anteriormente no inquérito das fake news.

No entendimento da delegada, a organização criminosa alvo da apuração era responsável por todos os eventos da escalada golpista, que tinham começado em 2020, passado pela campanha de desinformação durante a pandemia, e chegado a ataques ao sistema eleitoral.

Denisse saiu da apuração no início de 2022 por causa de uma licença e deixou em seu lugar o delegado Fabio Shor.

O delegado deu prosseguimento à linha de investigação traçada por ela e, com as provas colhidas pela PF no caso das joias, em especial o uso da aeronave presidencial e o suposto recebimento dos valores provenientes da venda dos presentes, indica confirmar a tese da colega, de que Bolsonaro é líder de uma organização criminosa, segundo a Folha.

Ao pedir as buscas contra o pai de Mauro Cid e outros alvos, o delegado lembrou da estrutura do inquérito das milícias digitais e das frentes reunidas ao longo do tempo.

São cinco linhas de apuração: ataques virtuais a opositores, ataques às instituições e às urnas eletrônicas, tentativa de golpe de Estado, ataques às vacinas e medidas na pandemia e, por último, o uso de estruturas do Estado para obtenção de vantagens.

A PF já havia encontrado provas que levavam Bolsonaro ao centro de 3 das 5 linhas de investigação. Sobre a tentativa de golpe, falta à PF encerrar o inquérito sobre o 8 de janeiro, para apontar a sua participação no episódio.

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PF pede quebra de sigilo fiscal e bancário de Bolsonaro e quer ouvir depoimento de ex-presidente

Investigação apura suposto esquema de desvio de joias e outros itens de luxo para o patrimônio privado do antigo mandatário.

A Polícia Federal pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra de sigilo fiscal e bancário de Jair Bolsonaro na investigação que apura um suposto esquema de desvio de joias e outros itens de luxo para o patrimônio privado do ex-presidente. A investigação também solicitou que ele seja ouvido no inquérito.

Nesta sexta-feira, os agentes da corporação cumpriram mandados de busca e apreensão contra o general Mauro Cesar Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens; o advogado Frederick Wassef, que atua na defesa do ex-presidente; e Osmar Crivelatti, que ainda integra a equipe de assessores do presidente, diz O Globo.

De acordo com a PF, a ofensiva para incorporar bens públicos ao acervo privado driblou inclusive o setor do Planalto responsável por catalogar os presentes dados ao presidente da República.

Os policiais apuram a existência de uma organização criminosa no entorno de Jair Bolsonaro. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que autorizou a operação, afirmou na decisão que há indícios de que o plano ocorreu por “determinação” de Bolsonaro, que não foi alvo da ação policial e nega irregularidades.

Os investigadores agora vão se debruçar sobre os detalhes da participação do ex-presidente no esquema, que incluiu uma viagem às pressas de aliados para os Estados Unidos para recomprar presentes que, após terem sido entregues a Bolsonaro por países árabes, foram vendidos a joalherias.

Fora dos registros oficiais
Um relógio Patek Philippe, entregue a Bolsonaro em 2021 pelo regime do Bahrein, não aparece nos registros oficiais, segundo a PF. Na chefia do Executivo à época, ele recebeu de Cid, em 16 de novembro daquele ano, via WhatsApp, o certificado de autenticidade do modelo, avaliado em US$ 51 mil (cerca de R$ 250 mil, na cotação atual).

A investigação colheu no celular do ex-ajudante de ordens documentos que comprovam a venda da peça, em 13 de junho de 2022, para uma loja na Pensilvânia. Cid recebeu US$ 68 mil.

Segundo a PF, que investiga a suposta transação envolvendo esse relógio, além do Rolex que já era conhecido, “não foi identificado nenhum registro do relógio Patek Philippe (no acervo presidencial), fato que indica a possibilidade de o referido bem sequer ter passado pelo então Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (…), sendo desviado diretamente para a posse do ex-presidente Jair Bolsonaro”.

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Moraes investiga influência de Bolsonaro nos atos golpistas de 8 de janeiro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que seis plataformas informem se 244 pessoas denunciadas pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro são ou já foram seguidoras do ex-presidente Jair Bolsonaro. Moraes também quer saber se essas mesmas pessoas compartilharam publicações de Bolsonaro relacionadas a fraudes nas eleições, segundo O Globo.

Facebook, Instagram, TikTok, Youtube, Twitter e LinkedIn também deverão enviar a íntegra de publicações, fotos e vídeos de Bolsonaro referentes a eleições, urnas eletrônicas, Forças Armadas, Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Supremo Tribunal (STF).

Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Inicialmente, a PGR solicitou a lista de todos os seguidores de Bolsonaro nas seis redes sociais. Após sofrer críticas, o órgão voltou atrás e restringiu o pedido, querendo saber apenas quais dos denunciados seguiam o ex-presidente.

Na decisão, o ministro afirmou que é “imprescindível a realização das diligências requeridas pela PGR, inclusive com a relativização excepcional de garantias individuais, que não podem ser utilizadas como escudo protetivo para a prática de atividades ilícitas, tampouco como argumento para afastamento ou diminuição da responsabilidade civil ou penal por atos criminosos, sob pena de desrespeito a um verdadeiro Estado de Direito”.

A medida foi autorizada em um inquérito que investiga supostos instigadores e autores intelectuais do 8 de janeiro. Bolsonaro foi incluído na investigação após compartilhar um vídeo que acusava, sem provas, a ocorrência de uma fraude nas eleições do ano passado. Em depoimento prestado à Polícia Federal (PF), Bolsonaro afirmou que publicou o vídeo por engano.

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Zanin pede à Justiça Eleitoral do Acre que investigue fala de Bolsonaro em 2018

Declaração do então candidato a presidente contra integrantes do PT foi feita em Rio Branco, durante a campanha eleitoral.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin enviou à Justiça Eleitoral do Acre um pedido para que o ex-presidente Jair Bolsonaro seja investigado por fala em discurso na capital do estado, Rio Branco. Durante a campanha eleitoral de 2018, o então candidato à Presidência da República declarou que iria “fuzilar a petralhada” do Acre e mandá-la para “a Venezuela”.

“Vamos fuzilar a petralhada toda aqui do Acre. Vamos botar esses picaretas pra correr do Acre. Já que eles gostam tanto da Venezuela, essa turma tem que ir pra lá. Só que lá não tem mortadela galera, vão ter que comer é capim mesmo”, disse o candidato Bolsonaro, com um tripé nas mãos, simulando uma arma.

Com a decisão, Zanin atende a um pedido da Procuradoria-Geral da República(PGR), feito naquele ano e que esteve parado durante os quatro anos de mandato de Bolsonaro no Palácio do Planalto. O órgão defendeu no Supremo o envio do caso para instâncias inferiores. A relatoria do caso estava com o ex-ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou compulsoriamente, abrindo a caga ocupada por Zanin.

O novo magistrado entendeu que, com o fim do mandato de Bolsonaro, sem mandato e inelegível por oito anos, houve a perda do foro privilegiado, cabendo o julgamento do caso em instâncias inferiores. “Com o advento do término do mandato de Presidente da República, no qual se encontrava investido o representado Jair Messias Bolsonaro, e não sendo ele reeleito para pleito subsequente, houve a superveniente causa de cessação da competência jurisdicional do Supremo Tribunal Federal”, declarou.

O pedido de investigação chegou ao Supremo ainda em 2018. Partidos que integravam a coligação de Fernando Haddad (PT), então adversário de Bolsonaro, pediram à Corte que o então deputado fosse investigado pelos crimes de injúria eleitoral, ameaça e incitação ao crime.

A solicitação ficou suspensa ao longo do mandato presidencial de Bolsonaro porque, de acordo com a Constituição, o presidente tem imunidade processual, ou seja, não pode ser responsabilizado por atos que não estão ligados ao exercício de suas funções durante o curso da gestão.

Este ano, a PGR enviou manifestação ao Supremo na qual defendeu a incompetência do STF para analisar o caso após a saída de Bolsonaro do Planalto. Sem analisar se houve crime na conduta de Bolsonaro, a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araújo declarou que o caso está em “estágio embrionário” e que não avançou na notificação do ex-presidente, já que o processo estava suspenso.

*Com O Tempo

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Comissão inicia campanha para pressionar Bolsonaro a doar parte dos R$ 17 milhões obtidos por Pix a órfãos da Covid

A Comissão Justiça e Paz de São Paulo inicia, nesta sexta-feira (11/8), uma campanha para pressionar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a doar parte dos R$ 17 milhões que recebeu em doações via Pix para crianças e adolescentes que ficaram órfãos durante a pandemia de Covid, segundo o Metrópoles.

O ex-chefe do Executivo arrecadou mais de R$ 17 milhões depois de uma campanha para ajudar o ex-presidente a quitar multas com o estado de São Paulo por não usar máscara durante a pandemia.

A ideia da entidade, criada pelo arcebispo dom Paulo Evaristo Arns em 1972, é que Bolsonaro transfira para esses grupos o que sobrar após o pagamento das multas.

A iniciativa, que se dará por meio de publicações em redes sociais e abaixo-assinado, leva a assinatura de todas as entidades integrantes da Campanha Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais. Esses grupos pedirão que o valor seja repartido entre os cerca de 130 mil crianças e adolescentes que perderam seus pais durante a pandemia.

O presidente da Comissão Justiça e Paz de São Paulo, Antonio Funari, afirmou, ao jornal O Estado de S.Paulo, que a campanha é uma resposta à declaração feita pelo ex-presidente quanto ao valor restante do montante.

“A ideia surgiu quando houve aquela manifestação do Bolsonaro de que o dinheiro que eles receberam dariam para pagar as multas e tomar garapa com pastel. A campanha é uma resposta ao escárnio que ele fez em relação a essa questão”, disse.

Funari defendeu que a reversão dessa quantia que sobrar em um fundo para auxiliar crianças e adolescentes órfãos durante a pandemia de Covid seria uma forma de “ressarcir” essas vítimas.

“Se está sobrando dinheiro, depois deles pagarem as multas, seria interessante se eles destinasse esse dinheiro então para atendimento desses órfãos que são vítimas do próprio governo. Seria uma maneira dele ressarcir esse pessoal que foi vítima da Covid e vítima também do tratamento que foi dado à pandemia.”

Em evento do PL Mulher em Santa Catarina, no dia 29 de julho, Jair Bolsonaro agradeceu a transferência de R$ 17,2 milhões recebidos por Pix entre 1º de janeiro e 4 de julho e reclamou da inelegibilidade decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em junho.

“Muito obrigado a todos aqueles que colaboraram comigo no PIX há poucas semanas. Mais do que o valor depositado, quase 1 milhão de pessoas colaboraram, de R$ 0,20 a R$ 20, em média”, disse ao discursar. “Muito obrigado, dá para pagar todas as minhas contas e ainda sobra dinheiro para a gente tomar um caldo de cana e comer um pastel com a dona Michelle”, brincou.

Um trecho do texto que será veiculado pela campanha também cita a declaração do ex-presidente: “Mais justo e nobre é dar um futuro digno a quem já perdeu tanto. Afinal, quanto tempo levaria para que ele alimentasse a sua família com caldo de cana e pastel com esses milhões? Segundo cálculos, mais de cinco séculos!”.

Em junho deste ano, bolsonaristas se juntaram em uma campanha para arrecadar dinheiro para que Bolsonaro quitasse uma dívida ativa com o estado de São Paulo no valor de R$ 1.062.416,65 pelo não uso de máscara durante a pandemia de Covid.

Segundo o Conselho e Controle de Atividades (Coaf), só entre os dias 1º de janeiro e 4 de julho, o ex-presidente da República recebeu mais de 769 mil transações via Pix, que totalizaram R$ 17.196.005,80. Durante o mesmo período, Bolsonaro movimentou um total de R$ 18.498.532.

As informações foram enviadas à CPI dos Atos Antidemocráticos, do Congresso.

O Coaf detalha que o PL foi o responsável pela maior doação, no valor de R$ 47,8 mil — montante enviado em dois lançamentos. Outros 18 nomes depositaram entre R$ 5 mil e 20 mil na conta do ex-presidente.

São empresários, advogados, pecuaristas, militares, agricultores, estudantes e duas pessoas identificadas pelo Coaf como “do lar”. Há ainda três empresas. Só uma delas depositou R$ 9.647 na conta do ex-presidente em 62 lançamentos.

Os advogados de Bolsonaro dizem que o dinheiro recebido é proveniente de “milhares de doações efetuadas via Pix por seus apoiadores, de origem absolutamente lícita”.

Por meio de nota, os defensores disseram ainda considerar que o vazamento das informações bancárias de Bolsonaro em relatório do Coaf são “criminosas”.

Na última segunda (7/8), Bolsonaro negou ter usado parte dos R$ 17 milhões que arrecadou de eleitores via Pix para fazer repasses à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e a outros parentes.

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Moraes autoriza Dino a enviar imagens de 8/1 à CPI dos atos golpistas

A decisão de Moraes é uma resposta a ofício do ministro da Justiça, Flávio Dino, que pedia autorização para compartilhar as imagens O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, a compartilhar com a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos atos golpistas as imagens do 8 de Janeiro que a pasta detém. A decisão de Moraes responde a ofício de Dino, diz o Metrópoles.

O titular da Justiça solicitou a chancela do STF para o compartilhamento das câmeras de segurança do Palácio da Justiça no dia 8 de janeiro de 2023. “Na presente hipótese, não está identificado qualquer excepcionalidade que vede a cessão e compartilhamento de imagens à CPMI , que deverá analisar uma eventual divulgação ou manutenção do sigilo em virtude das diligências em andamento”, disse o ministro do STF.

Em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública afirmou que tomou conhecimento da decisão de Moraes e que vai acionar a Polícia Federal para que a corporação envie as imagens.

A autorização do envio das emoções engloba os circuitos interno e externo de segurança do Palácio da Justiça. A decisão de Moraes se ampara no princípio “da publicidade como um dos vetores imprescindíveis à Administração Pública”.

“A consagração constitucional de publicidade e transparência corresponde à obrigatoriedade do Estado de fornecer as informações necessárias à sociedade”, destacou. Prazo de 48 horas Na última terça-feira (1º/8), o presidente da CPMI, Arthur Maia (PP-BA), deu prazo de 48 horas para que o ministro da Justiça e Segurança Pública liberasse acesso às câmeras do prédio da pasta no dia das invasões. Caso contrário, o grupo entraria com uma representação no Supremo Tribunal Federal.

Arthur Maia chegou a citar que medidas coercitivas seriam tomadas em caso de descumprimento, com o intuito de obter tal material. O ministro da Justiça e Segurança Pública, porém, disse, nesta segunda-feira (8/7), que seria “impossível” compartilhar as imagens internas do quebra-quebra durante os atos de 8 de janeiro.

Dino argumentou que o fornecimento poderia “resultar no descumprimento de decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e comprometer-se, gerando possível responsabilização” de sua parte. O ministro também ameaçou adotar “medidas coercitivas” caso impasse com a CPMI continuasse.