Opinião

“Por que Moro e Dallagnol têm tanto medo de Tacla Duran?”, questiona Kakay

“Não se pode ter medo da verdade. Ninguém está acima da lei”, reforçou.

Neste sábado, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, concedeu uma entrevista à jornalista HIldegard Angel, no 247. Durante a conversa, Kakay abordou a relação entre o ex-advogado da Odebrecht, Rodrigo Tacla Duran, e os ex-membros da Operação Lava Jato, Sergio Moro e Deltan Dallagnol.

Kakay questionou por que Moro e Dallagnol têm tanto medo das possíveis revelações que Tacla Duran poderia fazer sobre tentativas de extorsão. Segundo o advogado, essas revelações seriam gravíssimas e poderiam expor as falhas da Operação Lava Jato. “Não se pode ter medo da verdade. Ninguém está acima da lei”, afirmou Kakay. “Por que Moro e Dallagnol têm tanto medo de Tacla Duran?”, questionou.

Além disso, o advogado criticou a atuação de Sergio Moro na Lava Jato, que segundo ele, desestruturou o Brasil e deixou como legado o bolsonarismo. Kakay ainda destacou o apoio da mídia brasileira à operação, que segundo ele, foi um fator determinante para o sucesso da mesma.

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Vídeo: A mídia continua sendo a central do fascismo tropical

O que o Brasil vive hoje é o resultado de um processo cirúrgico de manipulação da grande que levou um fascista ao poder.

Por isso, independente de Bolsonaro estar ou não na presidência da República, o fascismo segue firme na mídia brasileira e precisa ser frontalmente combatido.

Assista

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Depois de tentarem surrupiar 2,5 bi da Petrobras para criar fundação, Moro e Dallagnol tentam fundar seita com xepa do bolsonarismo

É comovente ver Josias de Souza entusiasmado com Cármen Lúcia, por ter passado uma carraspana em Nunes Marques, que classificou as mulheres como “coitadas”, por serem vítimas de trapaças políticas protagonizadas pelos velhos marmanjões do machismo nativo.

Assim, pode-se dizer que, no país, a hipocrisia tem graduações, no caso de Josias de Souza, assim como em quase toda a mídia industrial, hoje entusiasmada com a fala de Cármen Lúcia, a graduação é a de nível 3, a máxima.

Estamos falando das pessoas que fizeram a maior campanha de misoginia de que se tem notícia contra uma mulher, a primeira mulher presidenta da República.

A ministra Cármen Lúcia, por exemplo, na época em que assumiu a presidência do STF, numa crítica boboca a Dilma, disse que ela seria presidente e não presidenta do STF, para delírio dos Nunes Marques da vida, numa clara tentativa de dizer que o termo presidenta, usado por Dilma, não existe na língua portuguesa, contrariando nada mais, nada menos que Machado de Assis.

Mas não é exatamente sobre esse ponto da mídia que queremos destacar aqui neste texto, que envolve sim as questões de um país destruído pela Lava Jato e que, de lambuja, colocou um fascista miliciano, genocida, no poder pelas mãos de um juiz e de um procurador tidos como heróis nacionais pela grande mídia, ratificados pelo elitista sistema de justiça brasileiro.

Muito foi comentado nas redes e nas mídias a chinelada que o grande ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, deu em Girão e Damares, mas sobretudo em Girão por conta de seu marketing macabro de oferecer ao ministro uma réplica de um feto de 11 semanas. Logo o Girão que, na CPI do genocídio, defendeu com unhas e dentes o genocida, o mesmo sujeito que matou milhares de crianças de covid por uma série de crimes que envolvem a compra de vacinas e por usar as bigtecs para espalhar, através dos mágicos algoritmos, milhares de fake news que ajudaram e muito na disseminação da covid, ao vender remédios com ineficácia comprovada, ou seja, um festival de charlatanismo.

Pois bem, primeiro Dallagnol, depois Moro correram para seus twitter de olho na xepa do bolsonarismo para apoiarem Girão, aí não há nada de novo. Os dois, mesmo pateticamente, querem se apresentar aos bolsonaristas como alguém mais bolsonarista que o próprio Bolsonaro.

Essa tática é velha. Na verdade, foi isso que custou a cabeça de Moro no ministério da Justiça, quando alguém avisou a Bolsonaro que Moro estava preparando uma cama de gato para ele já na eleição de 2022.

O problema é que a mídia segue inacreditavelmente protegendo esses dois bandoleiros, quando quem protege sua cria, fazendo de conta que Moro e Dallagnol não são os bandidos que são e que foram vendidos por essa mesma mídia como os grandes paladinos da moral e da justiça.

Ou seja, o fascismo no Brasil tem questões que não são para amadores.

Obs. Moro foi extremamente saudado na mídia por esses que se dizem defensores das mulheres em seu aplauso a Cármen Lúcia, quando cometeu um crime duplo contra a presidência da República grampeando ilegalmente a presidenta e, em seguida, passando para a Globo, de forma criminosa, esse mesmo grampo para ajudar no golpe que se buscava naquele momento somar forças golpistas contra Dilma.

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Ao recusar feto de plástico, ministro expôs farsa e desmoralizou senador

Silvio Almeida rechaçou teatro de bolsonarista Eduardo Girão para chocar eleitor religioso.

A performance foi planejada para chocar. Num gesto teatral, o senador Eduardo Girão se levantou da cadeira e caminhou até o ministro Silvio Almeida. Queria presenteá-lo com um pequeno boneco de plástico, simbolizando um feto de 11 semanas.

De celular em punho, uma assessora filmava tudo para abastecer as redes do chefe. Não contava com a reação do ministro, que se recusou a participar da encenação. “Isso é uma exploração inaceitável de um problema sério”, reagiu Almeida. Sem alterar a voz, o professor expôs a farsa e desmoralizou o farsante.

Dublê de empresário e cartola de futebol, Girão se elegeu na onda bolsonarista de 2018. Em quatro anos de mandato, já está no terceiro partido. Debutou no Pros, passou pelo Podemos e hoje é filiado ao Novo, que um dia se vendeu como novidade na política.

Na CPI da Covid, defendeu tratamentos ineficazes e fez propaganda da cloroquina. Agora milita contra a regulação das plataformas digitais, que pode impor barreiras ao discurso de ódio e à desinformação.

Girão tem motivos para temer o projeto. Em novembro, convidou ativistas de extrema direita para uma audiência no Senado. A sessão foi marcada por mentiras sobre as urnas, ataques ao Judiciário e pedidos de golpe militar.

“Vamos parar esse país para que vocês entendam que nós não estamos brincando”, ameaçou um dos oradores, após chamar o ministro Alexandre de Moraes de “ditador de toga”. Os discursos ganharam as redes e ajudaram a fermentar o clima para os ataques de 8 de janeiro.

No início da semana, Girão compartilhou a mentira de que o PL das Fake News censuraria versículos da Bíblia. A performance com o feto de plástico faz parte da mesma tática para confundir e assustar o eleitorado religioso.

Além de desrespeitar o ministro dos Direitos Humanos, o senador criticou ontem o Ministério da Saúde por revogar uma portaria do governo Bolsonaro. O texto obrigava vítimas de estupro a passarem numa delegacia para terem direito à interrupção legal da gravidez.

A medida impunha mais um constrangimento a mulheres violentadas. Como Girão se apresenta como “cristão e pró-vida”, haverá quem acredite em suas boas intenções.

*Bernardo Mello Franco/O Globo

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CPI vai triturar, expor e dividir oposição a Lula

Luís Costa Pinto*

Por 28 anos, a eternidade de uma geração, Jair Bolsonaro ocupou uma vaga de deputado federal pelo Rio de Janeiro na Câmara. Ignorante e despreparado, portou-se como um traste sujo e imprestável por todo o tempo. Nunca liderou as bancadas da meia dúzia de siglas pelas quais passou no Parlamento. Jamais presidiu quaisquer das comissões temáticas permanentes, nem mesmo comissões especiais. Não relatou um único projeto de lei relevante em plenário. Era um entulho e devia ter enfrentado processos de cassação de mandato e suspensão de direitos políticos em ao menos três oportunidades:

  • quando agrediu uma parlamentar e jornalistas mulheres com laivos misóginos,
  • quando enalteceu no púlpito da Casa do Povo o nome infame de um torturador abjeto;
  • quando levou ao Congresso um coronel dos porões da ditadura para que ele mentisse e enxovalhasse a biografia de outros parlamentares que haviam lutado contra o regime dos generais de 1964.

Ao longo dos quatro trágicos anos do governo do pai, o deputado Eduardo Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro, foram figuras acessórias no trato de temas sérios no Congresso Nacional. Arrivista e boçal, o deputado só ameaçou brilhar como investigado e processado pelo Conselho de Ética. Porém, o comando do Parlamento não teve nem coragem, nem destemor, para cassá-lo quando perfilou mais de uma vez contra as instituições democráticas e o Estado de Direito. Igualmente boçal e dado a flertes pragmáticos (senão, ao usufruto) com o mercado jurídico de Brasília, o senador não conseguiu sequer traçar uma linha de defesa para o pai na CPI da Covid no Senado. Ou seja, a dupla de “Bolsonaros Minions” do Congresso não passa de um dueto de trapalhões empertigados. Não compreendem os ritos e os manuais do Parlamento, nem têm qualidades para usá-los.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investigará o golpe de Estado dado e derrotado no dia 8 de janeiro de 2023 teve seu requerimento lido e acatado em sessão conjunta da Câmara e do Senado no Congresso Nacional. Na próxima semana os líderes de partidos e bancadas devem indicar os 32 integrantes titulares – 16 senadores e 16 deputados. O Governo terá maioria – ou com um placar de 21 x 11 ou de 20 x 12, a depender da compreensão regimental do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), acerca da boa jogada regimental promovida pelos governistas ao trocarem o senador Randolfe Rodrigues (Rede) de bloco. Essa maioria teórica só se revelará folgada na prática com alinhamento e fina sintonia entre a base do Palácio do Planalto e os parlamentares que gravitam em torno dos presidentes da Câmara e do Senado. Mas, os governistas estão conscientes da relevância da missão, da importância do desafio e do papel que o destino lhes reservou neste momento: expor, triturar, dividir, empacotar e despachar para o inferno a oposição desqualificada e tacanha que os bolsonaristas aloprados (talvez isso seja pleonasmo) fazem ao presidente Lula.

A turma de jagunços do ex-presidente, um homem covarde que ao vislumbrar e antever o xilindró à espreita por ter estimulado o badernaço antidemocrático de 8 de janeiro escondeu-se sob o manto de uma “inimputabilidade medicamentosa” patologicamente cretina e possivelmente falsa, não possui nem temperança nem preparo técnico-legislativo para fazer frente ao time já pré-selecionado pelo Governo. Os Bolsonaro integram um clã caquistocrático (Kakistocracia, em grego casto, significa “governo dos piores”) e já se arrependem do cacife empenhado na compra das fichas dessa Comissão Parlamentar Mista de Inquérito. A eles interessava o enredo, falso, de ter o Palácio do Planalto trabalhando contra a Comissão por “medo” das investigações. Como não havia temor algum, e sim um cálculo prático de quem está no poder – CPIs que turvam o Parlamento e atrasam as agendas de votações, polarizando teoricamente a energia midiática, atrapalham governos – pagaram para ver e estão, agora, de calças arriadas ante os crupiês dos tapetes verde e azul do Congresso.

Será um espetáculo, e não podemos perder nenhum dos capítulos. A não ser que os oposicionistas recuem e esvaziem a CMPI acusando o golpe de terem sido derrubados pelas estratégias palacianas. Pode ser que isso aconteça – daí, será como assistir a um bando de trombadinhas fazendo arrastão e gritando “assalto! assalto!” ao tentarem confundir o público para se safar da polícia.

*247

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Chico lavou a alma ao dar uma esmerdada histórica na mídia provinciana, inculta, feita pela escória do jornalismo industrial.

Chico Buarque, ao receber o prêmio Camões, para lá de merecido, deixou claro que foi do pântano das organizações industriais de mídia que emergiu o monstro fascista.

Muito mais do cínica, vil e choldra, a mídia brasileira, nessas duas décadas, foi puramente fascista. Daí, Chico, além de dar uma bela esmerdada no jornalismo de fundo de poço que a mídia industrial chafurdou com a ridícula hecatombe da gravata que janja comprou para Lula.

Foi o momento mais descontraído, hilário da cerimônia porque representou, de forma cômica, não menos dura, um crítica extremamente ácida a essa espécie de burrice nacional, tendo as redações brasileiras como puxadoras de coro.

Instrumentalizada pela fascismo nativo, a mídia produziu não só o bolsonarismo que dizimou 700 mil vidas de brasileiros durante a pandemia, como conseguiu deixar o Congresso Nacional sua imagem e semelhança.

Daí o alerta de Chico Buarque sobre a sobrevivência do fascismo no Brasil, porque ele não se esgota com a saída de Bolsonaro do poder, porque, como ficou provado na espetacularização da compra da gravata de Lula, que Bolsonaro não é causa, mas consequência que chegou ao poder pelas mãos de uma mídia cada dia mais fascista.

Chico fez barba, cabelo e bigode numa fala breve, mas extremamente nobre, dura e sem deixar de ser cômica diante da jocosidade do jornalismo de quinta que se pratica no Brasil.

Salve Chico Buarque, o grande gênio popular!

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Estadão usa informação falsa como manchete principal

Luis Nassif*

Uma medida técnica, visando aprimorar as privatizações, foi tirada do contexto, adulterada, para permitir ao jornal criticar o governo.

Jornalismo crítico a governos é essencial. Mas o que acontece quando a crítica é enviezada com falsas acusações, e falta de compreensão sobre o tema tratado?

A manchete principal do Estadão é: “Estados vão na contramão da União e planejam privatizações”.

O que se encontra no corpo da matéria:

“Ainda que avesso às privatizações, o governo federal também está de olho na iniciativa privada para alavancar os investimentos em infraestrutura. “Estamos estruturando concessões de rodovias e trabalhando para soltar quatro ou cinco já neste primeiro ano”, disse ao Estadão o ministro dos Transportes, Renan Filho. Serão dois lotes no Paraná, um em Minas Gerais (BR-381) e o trecho da BR-040 entre Rio de Janeiro e Belo Horizonte”. Ou seja, sou contra as privatizações mas vou estimular as privatizações. Entenderam? Nem eu,

“Na busca pelo capital privado e num contexto antiprivatista, o discurso da equipe econômica também tem sido o de reforço ao uso das PPPs. Na semana passada, o Ministério da Fazenda apresentou uma série de medidas numa tentativa de melhorar o cenário de crédito do País e estimular o uso de parcerias com o setor privado”. Ou seja, a alma econômica do governo a favor das PPPs, apesar do governo ser contra privatização. Entenderam? Nem eu.

E continua:

“Com base na medida anunciada, as operações de PPPs realizadas por Estados e municípios terão garantias da União. O Tesouro Nacional será o garantidor das contrapartidas e, em caso de inadimplência, poderá acessar os recursos das transferências obrigatórias dos fundos de participação dos Estados (FPE) e dos municípios (FPM).

Segundo o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, a medida tem potencial de alavancar R$ 100 bilhões em investimentos e destravar 150 projetos que hoje estão estruturados, mas não saíram do papel”. Ou seja, o papel do governo federal será central para viabilizar as PPPs de estados e municípios. Mas, como?, se a União está na contramão dos estados?

Parou por aí? Claro que não.

“O Secretário Nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, afirma que há hoje projetos no setor de carga que só poderão ser viabilizados por PPPs. “Há projetos que precisam de aportes públicos para se tornarem viáveis do ponto de vista econômico-financeiro”, disse. “Esse assunto vem sendo discutido pela Fazenda. É um tema importante para ferrovias, tendo em vista as características dos empreendimentos”. Mais um caso do Estado garantindo o capital privado.

Quando se analisa, é uma boa reportagem, com bom número de entrevistados e de ângulos. Mas a manchete precisa ser contra o Lula. E, para tanto, precisa adulterar os fatos.

Recentemente, houve um decreto presidencial dando um prazo para as empresas de saneamento estaduais conseguirem a universalização. Por tal, entenda-se, fechar contratos de concessão com todos os municípios do estado, já que as concessões são municipais. E não se pode privatizar estatais de saneamento, e exigir a universalização, se municípios ficarem de fora da abrangência da empresa.

Ou seja, uma medida técnica, visando aprimorar as privatizações, foi tirada do contexto, adulterada, para permitir ao jornal criticar o governo.

*GGN

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Luis Nassif: O subjornalismo e o caso da gravata de Lula

É humilhante para o jornalismo brasileiro a quantidade de irrelevâncias transformadas em pontos centrais de cobertura.

O padrão da imprensa ocidental é bem caracterizado. No topo, os jornais referenciais, que tratam apenas de temas relevantes e influenciam diretamente os centros de poder. Seu produto são as matérias de fundo. Em outros países, é um The New York Times, Financial Times.

Abaixo deles, vem os jornais populares, que tratam os temas de forma superficial e sensacionalista,

Finalmente, a imprensa regional, com os temas locais e baseando-se em agências e nos jornais do primeiro time para a convertida nacional.

No Brasil, durante algum tempo, teve-se a pretensão de que a mídia de opinião se desenvolveria de acordo com o modelo The New York Times, já que seria muito pedir que usassem como modelo o Financial Times.

Hoje em dia, o nível de superficialidade é de rede social. A mídia se transformou em um enorme caça-likes. É humilhante para o jornalismo brasileiro a quantidade de irrelevâncias transformadas em pontos centrais de cobertura, seja pela Folha (que extrapola), Globo e Estadão.

O exemplo recente foi a ida de Janja a uma loja de artigos masculinos para comprar uma gravata para Lula – que teria encontros com as mais altas autoridades de Portugal.

Nenhum leitor de jornal tem a menor ideia sobre as conversas, sobre acordos diplomáticos. A cobertura concentrou-se exclusivamente no fato da primeira dama brasileira ter comprado uma gravata de marca para o presidente brasileiro.

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CPMI e Anderson Torres aumentam chances de Bolsonaro parar na cadeia

Chico Alves*

Durante os quatro anos que passou na Presidência, Jair Bolsonaro cometeu uma extensa coleção de barbaridades que já o teria encaminhado para o xilindró, não fosse o Brasil um país tão afeito à conciliação.

Campanha contra a vacinação em plena pandemia de covid-19, abandono de indígenas a uma condição crítica de saúde, apoio a bandidos que desmatam a Amazônia, uso do cargo para tentar descredibilizar o processo eleitoral, além do incentivo e coordenação do golpismo são apenas alguns itens dessa antologia de crimes.

Terminado o mandato de Bolsonaro, a apuração de suas infâmias ficou a cargo do Supremo Tribunal Federal (STF) e da PolíciaFederal, que fazem um trabalho lento e discreto, que somente em momentos cruciais chega ao conhecimento da imprensa.

Beneficiado pelo passar do tempo, o ex-presidente e seus apoiadores consideravam cada vez mais remota a possibilidade de que ele fosse preso. Já contabilizavam como certa a pena de inelegibilidade e comemoravam. Afinal, não é nada desprezível a força de Bolsonaro para transferir votos ao candidato que escolher.

Até mesmo o governo Lula estava conformado com esse roteiro.

Após a depredação das sedes dos poderes da República, no dia 8 de janeiro, alguns aliados do petista sugeriram a criação de uma CPI para investigar quem organizou e financiou os golpistas. A ideia não prosperou. A ordem era tratar de política e realizações e deixar com o STF o teor criminal da gestão Bolsonaro.

Nos últimos dias, porém, a trama tomou outro rumo.

A ideia maluca da oposição bolsonarista de criar CPMI para investigar uma suposta omissão do governo nos ataques de 8 de janeiro — na verdade, uma tentativa de inverter a culpa, diante da péssima repercussão que a depredação golpista teve até entre os eleitores da direita —, recebeu o reforço do vídeo divulgado pela CNN Brasil, com imagens internas do Palácio do Planalto no dia da invasão.

As cenas em que o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, aparece perdido entre os golpistas e a estranha cordialidade com que seus funcionários trataram os invasores tiveram efeito explosivo. Com a repercussão, Dias pediu demissão e deixou aos bolsonaristas os argumentos que precisavam para criar uma crise com potencial de abalar o governo.

Porém, a reação dos governistas foi rápida — e acertada.

Passaram a apoiar a criação da CPMI e vão brigar para dominá-la. Se realmente conseguirem, planejam mudar radicalmente o foco imaginado pela oposição: pretendem detalhar todos os movimentos do ex-presidente e seus apoiadores que motivaram os golpistas a invadirem as sedes dos Três Poderes.

Nesse caso, o potencial de catalisar a opinião pública que é característico de uma CPMI como essa seria usado para explorar em detalhes as seguidas agressões de Bolsonaro e seu grupo à democracia, culminando no 8 de janeiro.

Uma conjunção astral fez com que um novo depoimento de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro e parceiro do ex-presidente em quase todos os seus gestos contra as instituições democráticas,fosse marcado para segunda-feira (24). Dessa vez, em condições bem mais desfavoráveis que os anteriores. Abatido, deprimido, cada vez mais inconformado com a prisão, Torres cedeu à PF a senha da nuvem do celular que providencialmente havia “perdido” nos Estados Unidos. A expectativa é de que informações comprometedoras para Bolsonaro venham à tona.

O conteúdo a ser revelado e o novo depoimento do ex-ministro bolsonarista poderão dar subsídios ainda mais contundentes à investigação policial. Se o governo conseguir o domínio da CPMI, terá uma rica matéria-prima para destrinchar no Congresso, sob a atenção de grande audiência.

Assim, a possibilidade de Bolsonaro parar na cadeia ficaria bem menos distante. A comoção criada por uma investigação parlamentar pode pavimentar o caminho do ex-presidente até à cela.

Os próximos dias serão decisivos para sabermos se as peças desse quebra-cabeças, que parecia tão favorável à oposição, formaram uma cena em que os bolsonaristas se arrependam profundamente de terem sugerido uma CPMI.

Se é que já não se arrependeram.

*Uol

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Quem tem uma oposição como a do governo Lula, não precisa de aliados

Convenhamos, Flávio Dino, quando esteve na Câmara, expôs a burrice aguda da oposição de direita no Brasil.

Sejamos francos, não dá para colocar no catálogo que essa turma que hoje faz oposição a Lula, é de extrema direita, o que não invalida a defesa retrógrada de suas pautas medievais.

Na verdade, essa direita, até por contexto, segue imitando a pronúncia trumpista no Brasil. Talvez essa seja uma das raras vezes em que o Brasil assiste a uma oposição modelada pela mídia, que podemos classificar como um coral cantando a mesma melodia de um Roberto Marinho com rara desafinação, porém, o refrão é o mesmo do Dr. Roberto, como gosta de chamar Pedro Bial.

Isso nos dá uma grande referência da leitura política que se pode fazer da direita atual e afirmar que essa mediocridade, além de ser 100% nacional, tem uma dicção exagerada, mas não menos verdadeira do retrato do jornalismo industrial praticado no Brasil atual.

Tudo é pavoroso. Mas vejam só, essa burrice é parte de um processo que, pode sim afirmar que é de um antipetismo fabricado nas redações instrumentalizadas por uma burguesia que ninguém ignora, justamente por uma pronúncia paulistana e sulista, mas também gaúcha e paranaense que cria um certo ar de samba do branco doido.

Ainda hoje, a gloriosa representante dessa ignorância brasileiríssima, chamada Dora Kramer, escreveu um editorial para a Folha profundamente inócuo, seja no título, na entonação, seja na ortografia.

A laureada jornalista, que não pode ser classificada como bolsonarista, escreve um artigo carregado de enxofre, sem ao menos buscar um assunto real, criando uma espécie de variação inútil sobre o mesmo tema, com uma presepada em Dó maior, apenas para dizer de que lado ela e a Folha estão, deixando claro que, além de cada jornalista, é uma instituição de nulidade.

Ela escreveu um artigo intitulado “Trancos e Barrancos”

Pelo trecho que segue abaixo, Dora parece inspirada no terraplanismo virtual quando sapeca essa inspirada estrofe do nada:

“Luiz Inácio da Silva tem feito escolhas tão ruins quanto enigmáticas. Não obtém bons resultados e por isso suscitam a dúvida sobre qual a motivação dele ao arrumar briga no campo externo com o Ocidente e, no terreno interno, prestigiar as ilegalidades do MST, levando o líder invasor na viagem à China.”

Então, vem a pergunta, essa costura de Frankstein que Dora martela em seu precioso artigo, quer chegar aonde?

Esse compêndio de fantasias infantis é tudo o que um governante quer de uma oposição inócua, com referências baseadas em uma abstração funesta, de extraordinária nulidade.

Então, pergunta-se, como um artigo desse passou pelo conselho editorial da Folha?

Já o Estadão, apela até para o sócio de Augusto Nunes, JR Guzzo, que transformou-se num idoso folclórico que escreve com aquele ódio de um principiante esbaforido, dando uma exatidão magnífica de como anda a imprensa brasileira nessa terra de ninguém, que é o mundo corporativo.

Mônica Bergamo parece ter pregado uma peça quando noticiou que Janja havia comprado uma gravata numa loja de luxo em Portugal. Bastou isso para a direita cometer um dos maiores suicídios políticos de que se tem notícia nesse país.

Em plena sexta-feira de Tiradentes, a notícia se espalhou como rastilho de pólvora para que aquele “absurdo” ficasse registrado em cada comentário ou postagem nas redes sociais.

Era tudo o que Lula precisava para dar como exemplo a diferença brutal entre o seu governo e o de Bolsonaro.

Não vamos aqui falar em todos os absurdos que envolvem o cartão corporativo do governo anterior e a propina paga em joias que Bolsonaro recebeu da Arábia Saudita, vamos apenas resumir que, no momento seguinte de toda essa fanfarronice do “escândalo da gravata”, vem a notícia que faz da língua de trapo chicote da bunda, pois a notícia que a própria mídia teve que dar é a de que a gravata, comprada sim numa loja de luxo em Portugal, foi paga com cartão pessoal de Janja, ou seja, não há centavo de dinheiro público nisso.

Como essa gente caiu numa armadilha de forma tão tosca, mesmo depois de dar um tido de canhão no próprio pé com a tal CPMI do 8 de janeiro, proposta pelos bolsonaristas? Que se, de fato for aprovada, não deixará pedra sobre pedra no terraplanismo tropical.

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