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Lula não precisa da presidência, a presidência precisa de Lula

Num mundo cada vez mais globalizado em que as experiências pessoais, não importando a distância, estão cada vez mais próximas, ter uma liderança respeitada no mundo todo, como Lula, diante de uma catástrofe que assombra o planeta, chamada Bolsonaro, é uma real possibilidade do Brasil reverter rapidamente a imagem degradante que Bolsonaro em menos de dois anos criou.

Sim, o Brasil hoje é visto como um país de selvagens comandado por uma junta militar medieval que o retrocedeu ao extrativismo, voltando a ser um grande fazendão com ilhas urbanas e industrializadas aonde soma-se a negação da ciência, a falsa religiosidade, um patriotismo de araque e um nacionalismo mandrake.

Tudo isso depois de uma onda falso moralista que colocou no poder um clã envolvido com a nata da contravenção carioca e que, na outra ponta, tem um pacto de sangue com grileiros, madeireiros, garimpeiros, mineradores e fazendeiros que só pensam em uma coisa, transformar a Amazônia e o Pantanal em terra de ninguém, numa grande Rio das Pedras.

O nível de degradação a que o Brasil chegou e que precisa ser urgentemente revertido, não é tarefa para qualquer um, principalmente porque precisa ter muito prestígio internacional, capacidade gerencial e que faça o país voltar a sonhar, coisa que nós brasileiros não sabemos o que é desde 2015 quando se iniciou uma sabotagem feita pela escória brasileira para derrubar o governo Dilma.

De lá para cá o Brasil vem sendo picado e moído junto com os direitos dos trabalhadores e o fatiamento das estatais estratégicas caminha sem muito alarde, mas caminha.

Ou seja, o Brasil precisa de alguém capaz de reconstruí-lo. Lula não precisa mais provar nada para ninguém, pois saiu do governo com uma aprovação recorde, 87%. Já o Brasil, nunca precisou tanto que Lula na presidência como agora.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Heleno é o informante dos militares sobre os acontecimentos do governo e do clã Bolsonaro

General Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), é informante dos militares de tudo o que acontece no Palácio do Planalto e na família Bolsonaro, de acordo com o colunista da revista Época Guilherme Amado.

“Uma vez por mês, desde o começo do governo, Heleno se reúne com generais, brigadeiros e almirantes de sua geração, todos da reserva, numa casa em Brasília, onde, entre uísques e baforadas, o general dá um briefing de para onde está indo o governo e sobre o que vem se passando no Planalto e na família Bolsonaro”, diz trecho da coluna.

Indignado com a publicação, Heleno postou no Twitter: “MENTIRA DESCARADA. JAMAIS ACONTECEU. Impressionante como o jornalismo de cabresto perdeu o respeito pela verdade. Muito triste”. E recebeu a defesa de Carlos Bolsonaro, que em mais um tuíte mal escrito, deixou no ar o que de fato quis dizer, apesar de deixar claro sua intenção homofóbica: “O caráter e a competência jamais estiveram na opção sexual!”.

 

*Com informações do 247

 

 

 

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Dona de casa vai à justiça para receber auxílio emergencial de US$ 1 mil, citado na ONU por Bolsonaro

Valor deveria ser de mais de R$ 5,4 mil se considerada a cotação do dólar atual, de acordo com as advogadas; juíza pediu para que a União preste informações. #FATO ou #FAKE mostrou que a informação dada por Bolsonaro não é completamente verdadeira.

Após o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), dizer em discurso na Organização das Nações Unidas (ONU) que pagou cerca de US$ 1 mil de auxílio emergencial por pessoa, uma dona de casa do Rio foi à Justiça para receber a diferença — ela só ganhou R$ 2,4 mil, em quatro parcelas de R$ 600, como os outros beneficiados.

Como mostrou o G1, o valor citado por Bolsonaro não corresponde à verdade. O trabalhador aprovado no programa recebeu, no máximo e somando as parcelas, R$ 4,2 mil — o que equivale a US$ 766.

As advogadas Leila Loureiro e Noemy Titan escrevem na petição que, na atual cotação do dólar, o valor total do auxílio que deveria ter sido recebido pela cliente é de R$ 5.540 — se considerados os mil dólares.

“Dados os fatos acima, busca a presente pretensão o pagamento da diferença entre o valor recebido e o valor declarado pelo Presidente, de modo a materializar fielmente o benefício financeiro que foi destinado aos brasileiros, segundo expressamente proclamado pelo Chefe maior do estado”, argumentam.

Na ação, as advogadas sustentam que o valor recebido teve “importantíssima relevância”, mas que não foi o suficiente para gastos como saúde, educação e moradia. Elas pedem ainda dano moral, totalizando a causa em R$ 9.420.

No processo, a juíza federal substituta Angelina de Siqueira Costa intimou a União Federal a prestar informações em 10 dias e, caso não reconheça o pedido, apresente contestação em até 30 dias.

O discurso de Bolsonaro foi feito na terça-feira (22) na abertura da 75ª Assembleia Geral da ONU, em que defendeu a gestão ambiental do país e a resposta brasileira à pandemia.

 

*Com informações do G1

 

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A impressionante folha corrida do Véio da Havan

O Véio da Havan é mesmo um portento. Com tantos processos nas costas, revelados pela revista Piauí, das mais variadas formas de picaretagem, um sujeito como esse estar solto, é algo a ser estudado, não sobre suas manobras, mas sobre um judiciário que permite tais manobras.

O patriota Véio da Havan, que se papagaia todo de verde e amarelo, é um sonegador compulsivo, segundo matéria da Piauí e, como tal, fez fortuna com seus rombos no erário, coisa comum no mundo empresarial em tempos bolsonaristas.

Hipócritas, farsantes, charlatães e outros tipos de olavismo, marcam uma época em que a decência decorativa, somada a outras formas de hipocrisia religiosa e patriótica, transformou-se estratégia de marca, a começar pelo próprio Bolsonaro que não é liberal, nem cristão, nem patriota, nada que ele loroteia para os que fingem acreditar no que o louco diz. Bolsonaro é aquilo que interessa de imediato ao seu clã e à horda de seguidores que ainda tem sabe disso e, como são iguais ao seu senhor, a louvação é inevitável.

O Véio da Havan, o picareta, esconde-se por trás de uma figura exótica, assumindo o papel de palhaço para esconder seu verdadeiro comportamento, frio e calculista que nada tem a ver com essa figura esdrúxula que mistura sua forma de se apresentar publicamente como uma mistura de Malafaia com Ratinho numa simbiose de autoajuda .

Por isso, é bom dar uma espiadela em algumas revelações que a revista Piauí fez sobre a trajetória do ensaboado picareta Véio da Havan, possivelmente o vigarista mais liso entre todos os malandros agulha do país.

Aqui uma das muitas picaretagens de Luciano Hang:

O Ministério Público descreveu didaticamente o modus operandi do desvio: “O denunciado Luciano determinava que fossem feitas duas folhas de pagamento aos empregados […] Numa folha, constava a remuneração fictícia (em média, 250 reais) e, noutra folha, constava o valor realmente pago (600 reais, em média).” Com esse estratagema, Hang descontava os 9% da contribuição dos funcionários ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) sobre o salário menor (250), que aparecia na folha salarial oficial. Pagava ao INSS cerca de 23 reais por funcionário, quando, se fizesse o correto, descontando a contribuição sobre o salário verdadeiro, empenharia 54 reais. Quando se aposentava, o funcionário recebia menos do que deveria do INSS. Num único drible na lei, Hang prejudicava seus funcionários e sangrava os cofres públicos. Em dezembro de 2000, dois meses depois de apresentada a denúncia, Hang firmou um acordo com a Receita Federal para parcelar o débito trabalhista, de forma a tentar escapar de uma condenação criminal. Não deu certo. Em 2002, foi condenado pela Justiça Federal em Blumenau a três anos e onze meses de prisão (pena convertida em serviço comunitário) e multa de cerca de 500 mil reais.

 

*Da redação

 

 

 

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Flávio Bolsonaro declarou à Receita ‘doações em espécie’ de R$ 733 mil para a mãe

Apesar do alto valor, ele informou ter contraído dívidas e ter passado por redução patrimonial no período.

Em sua declaração de Imposto de Renda do ano de 2010, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) informou à Receita Federal a realização de “doações em espécie” no valor de R$ 733 mil para a mãe dele, Rogéria Nantes Bolsonaro. Apesar do alto valor, a doação foi feita em um ano no qual o “02”, como é chamado pelo pai, o presidente Jair Bolsonaro, declarou uma redução de patrimônio de 30% e uma dívida de R$ 285 mil.

Parte dessa dívida é proveniente de empréstimos obtidos com dois assessores de Jair Bolsonaro, à época deputado federal. Já na evolução patrimonial, Flávio tinha informado possuir bens que totalizavam R$ 690,9 mil em 2009, mas o valor caiu para R$ 485,4 mil no ano seguinte. Procurado, o senador disse, por meio da defesa, que estava impedido de comentar questões sigilosas sobre sua vida financeira e negou irregularidades.

Em 2010, Flávio já era deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). O período é investigado pelo Ministério Público estadual sob suspeita da existência de um esquema de “rachadinha” (devolução de salários) em seu gabinete na Alerj. O repasse feito à sua mãe é mais do que quatro vezes os rendimentos recebidos por Flávio de seu salário da Alerj naquele ano, declarados no valor de R$ 173 mil. Nesse mesmo ano, ele declarou ter vendido um conjunto de salas comerciais por um valor nominal de R$ 854 mil. Essas transações imobiliárias, que também incluíram dinheiro em espécie, estão sob investigação do MP do Rio sob suspeita de serem uma estratégia para lavagem de dinheiro.

 

*Com informações de O Globo

 

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Pesquisa Exame/Ideia desmente Ibope e mostra queda acentuada na aprovação de Bolsonaro

Neste caso, depois da bonança sempre vem a tempestade.

Depois de uma alta de popularidade nas últimas semanas, a desaprovação ao governo do presidente Jair Bolsonaro voltou a subir. Agora, 42% dos brasileiros se dizem insatisfeitos com os rumos da gestão federal e apenas 35% aprovam o governo. É o nível mais baixo de aprovação desde o pico da pandemia, em março e abril, período que coincidiu com a saída dos ex-ministros Sergio Moro e Luiz Henrique Mandetta.

É o que mostram os novos resultados da última pesquisa exclusiva de EXAME/IDEIA, projeto que une Exame Research, braço de análise de investimentos da EXAME, e o IDEIA, instituto de pesquisa especializado em opinião pública.

No início deste mês, a popularidade do presidente atingiu o maior nível desde fevereiro, chegando a 40%, de acordo com os dados do levantamento anterior de EXAME/IDEIA.

A aprovação ao governo vinha crescendo desde meados de agosto, quando os efeitos positivos do auxílio emergencial de 600 reais ainda eram sentidos por boa parte da população. “Já havia, no entanto, uma indicação de alta do viés negativo em relação ao presidente em função do aumento de preços, o que se confirmou nesta última pesquisa”, diz Maurício Moura, fundador do IDEIA.

O levantamento foi realizado com 1.200 pessoas, por telefone, em todas as regiões do país, entre os dias 21 e 24 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

A desaprovação ao governo é maior entre a população mais vulnerável, que mais sofre os efeitos da crise econômica causada pela pandemia e da inflação.

No grupo dos mais decepcionados com o presidente estão aqueles que não conseguiram completar o ensino fundamental (41%) e ganham até um salário mínimo (54%). Já entre os brasileiros que seguem apoiando o governo, a maioria é formada por pessoas com renda superior a cinco salários mínimos (49%), com diploma universitário (40%) e é moradora da região centro-oeste (42%).

“O aumento do custo de produtos básicos, como o arroz, e o sentimento de que os preços não vão baixar, jogam contra o governo do presidente Jair Bolsonaro”, diz Moura. “O fim do auxílio emergencial de 600 reais é outro fator que ajuda a entender os resultados da pesquisa”.

A pesquisa EXAME/IDEIA também revela que hoje 34% dos brasileiros consideram o governo ótimo ou bom. Outros 26% avaliam a gestão do presidente como regular e 39% classificam sua administração como ruim ou péssima.

As percepções mudam de acordo com a região do país e o gênero do entrevistado. Um terço das mulheres avalia o governo como péssimo, enquanto 17% dos homens vão na direção contrária, considerando a gestão do presidente como ótima.

Para 32% dos moradores da região norte, o governo é apenas regular. No Sul, 29% das pessoas consideram a gestão de Bolsonaro como boa. Entre aqueles que avaliam o governo como ruim, um terço mora no Norte ou Nordeste.

A luz amarela já tinha acendido na pesquisa anterior, do dia 10 de setembro, quando havia aumentado o número de brasileiros (30%) que avaliam o governo como regular.

“Boa parte da população estava em compasso de espera”, diz Moura. “Uma das principais questões girava ao redor da inflação de itens essenciais, como os alimentos, e do programa de auxílio emergencial. A manutenção do aumento de preços exerceu um impacto importante na avaliação do presidente, já que trata-se de algo pesa diretamente no bolso das famílias”.

 

*Com informações da Exame

 

 

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Enquanto Bolsonaro banca a tiete Trump, exportações brasileiras aos EUA desabam 32% e déficit dispara

No Senado, chanceler Araújo diz que frutos de relação com Casa Branca virão no futuro; na contramão dessa tendência, os negócios com a criticada China registram alta de 6%.

A propalada parceria que os governos Jair Bolsonaro e Donald Trump costumam se vangloriar não tem se refletido, na prática, no ambiente de negócios entre o Brasil e os Estados Unidos. Mesmo considerando a desaceleração do comércio mundial provocada pela pandemia ―queda geral de 9,6% nos negócios brasileiros com o mundo ―, a balança comercial entre os dois países teve uma queda considerável, sofrendo uma redução de 25% entre janeiro e agosto deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. A queda nas vendas brasileiras ao mercado norte-americano foi ainda maior, da ordem de 32% ―passaram de 19,8 bilhões de dólares entre janeiro e agosto de 2019 para 13,4 bilhões de dólares no mesmo período de 2020, tendo petróleo e semi-manufaturados como principais itens. Os EUA venderam menos ao Brasil, mas o ritmo da redução foi menos agudo, de 18%. O déficit na balança comercial entre os dois países fechou em mais de 3 bilhões negativos para o Brasil até agosto, contra apenas pouco mais de 200 milhões negativos no ano passado.

Do outro lado, os negócios com a China – uma vítima constante de críticas do governo e da família Bolsonaro – cresceram quase 6%, com a rápida recuperação do país asiático após o surto de coronavírus e a forte demanda de Pequim por produtos agropecuários. Os chineses são o maior parceiro comercial do Brasil, tendo ultrapassado os EUA em 2009, e um destino fundamental para as vendas do agronegócio nacional.

Além da China, só houve incremento nas vendas e compras para a Holanda, porta de entrada da União Europeia, e para o Canadá, com recuo geral de 9% nos negócios do Brasil com o mundo. Os chineses, frequentemente criticados por membros do Palácio do Planalto, são o maior parceiro comercial brasileiro e os negócios entre os dois países giraram em torno de 69,1 bilhões de dólares (cerca de 380 bilhões de reais), com saldo para o Brasil em alta, em torno de 25,5 bilhões de dólares. Os EUA, apontados como parceiros prioritários, são o segundo, com 29,8 bilhões de dólares (164,2 bilhões de reais aproximadamente).

Os números do comércio exterior com os EUA não são confortáveis para o Itamaraty, que tem sido criticado por especialistas e opositores pela suposta subserviência à gestão Trump e por pouco lucrar com esse alinhamento automático em diversos temas. O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, esteve nesta quinta-feira na Comissão de Relações Exteriores do Senado para debater exatamente esse assunto, depois de ele ter ganhado relevância com a visita do secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, a Boa Vista na semana passada, quando ele visitou instalações de acolhida para refugiados venezuelanos. A viagem foi considerada uma agenda político-eleitoral de Pompeo, que defende a reeleição de Trump no pleito que ocorre em novembro. Bolsonaro sempre deixou claro que tem preferência pela reeleição do candidato republicano.

Diplomatas em Brasília em compasso de espera

Araújo refutou essa avaliação quase unânime, dizendo que ela não fazia sentido: “Existe nos Estados Unidos uma grande convergência entre republicanos e democratas sobre a situação na Venezuela”, disse o chanceler, sobre a crise no país caribenho. Na prática, o Brasil tem feito mais concessões do que recebido. Alguns dos exemplos: aceitou aumentar a cota de etanol que importa dos Estados Unidos, não se queixou da queda de 80% na venda de aço para os americanos e concordou em ceder a vaga de presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento para um aliado de Trump. Além disso, Bolsonaro suspendeu a obrigatoriedade de vistos para americanos que querem visitar o Brasil sem que houvesse um gesto recíproco por parte de Washington e ouviu uma promessa, até agora não cumprida, de apoio para ingresso na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

No encontro com os senadores, o chanceler brasileiro afirmou que a parceria com os americanos não é imediata, mas em breve deve gerar frutos. Conforme os dados que ele levou aos parlamentares, há três acordos em vias de serem concluídos: um que trata da facilitação de comércio envolvendo principalmente etanol e açúcar, outro que abordará a convergência regulatória e um que prevê medidas anticorrupção.

Diplomatas de cinco países ouvidos pela reportagem estão reticentes sobre os rumos da política externa brasileira. Dizem que têm preferido deixar qualquer conversa com a cúpula do Itamaraty para o período pós eleição norte-americana porque não estão seguros se prevalecerá o antes usual pragmatismo brasileiro ou a ideologia, caso o democrata Joe Biden derrote o republicano Trump na corrida eleitoral. “A derrota ou vitória de Trump vai dar o rumo da política do Itamaraty no próximo ano”, disse um diplomata europeu.

Araújo, por sua vez, afirmou aos parlamentares que entende que o relacionamento entre os dois países será mantido, independentemente de quem vencer o pleito de novembro. “Tudo que nós estamos fazendo com os Estados Unidos eu tenho certeza que é de interesse permanente para os dois países. Um Governo democrata provavelmente manteria esse mesmo enfoque”, disse o chanceler.

 

*Com informações do El País

 

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Moraes quer saber se Augusto Aras vai investigar Bolsonaro

Pedido foi apresentado em julho pela deputada Perpétua Almeida.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, intimou o procurador-geral, Augusto Aras para apresentar, no prazo de cinco dias, uma posição sobre um pedido apresentado ao Supremo para investigar Jair Bolsonaro e os filhos Flávio e Eduardo por empregarem assessores que espalham ataques a adversários nas redes.

O pedido foi apresentado em julho pela deputada Perpétua Almeida (PC do B-AC), depois que o Facebook baniu dezenas de contas que eram usadas pelos assessores com perfis falsos.

“A Deputada Federal MARIA PERPÉTUA DE ALMEIDA apresentou notícia de crime em face de JAIR MESSIAS BOLSONARO, EDUARDO BOLSONARO e FLÁVIO BOLSONARO. Em 21 de julho, determinei a abertura de vista à Procuradoria-Geral da República para manifestação. É a síntese do necessário. Os autos encontram-se naquele órgão para manifestação desde 22/07/2020. Intime-se a Procuradoria Geral da República para apresentação de manifestação no prazo de 5 (cinco) dias, com consequente devolução dos autos. Cumpra-se”, despachou o ministro.

Moraes já investiga o chamado “gabinete do ódio” em dois inquéritos: o das fake news e o sobre atos antidemocráticos. O pedido de Perpétua, no entanto, mira o próprio presidente e os filhos.

Moraes pediu uma manifestação da PGR no dia 21 de julho. O caso chegou no dia seguinte à PGR e foi encaminhado no dia 28 à assessoria jurídica criminal de Aras. Desde então, não houve qualquer movimentação dentro do órgão.

Confira o documento

 

*Com informações do CN7

 

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Na beira do abismo: Investimentos internacionais no Brasil de Bolsonaro desabaram 85% em agosto

De acordo com números divulgados pelo Banco Central, investimentos estrangeiros no Brasil somaram US$ 1,4 bilhão em agosto contra US$ 9,5 bilhões no mesmo período do ano passado, uma redução de 85%. Na ONU, Bolsonaro mentiu ao propagandear que país estaria atraindo investimentos.

Os investimentos de estrangeiros no Brasil despencaram 85% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2019. Segundo números divulgados nesta quarta-feira (23) pelo Banco Central, as aplicações somaram US$ 1,4 bilhão, ante US$ 9,5 bilhões em agosto do ano passado. O número desmente Bolsonaro em seu discurso na ONU, na última terça-feira (22), quando ele alardeou que o Brasil estaria atraindo capital estrangeiro em larga escala.

Na comparação mensal, a redução foi de 48% nos investimentos entre os meses de julho (US$ 2,7 bilhões) e agosto.

Também no mês passado, as exportações foram de US$ 17,8 bilhões, queda de 9,8% em relação ao mesmo período do ano passado. As importações diminuíram 26,8%, para US$ 11,9 bilhões.

A baixa demanda é um dos fatores que explica a redução dos investimentos estrangeiros no Brasil. O País encerrou agosto com cerca de 12,9 milhões de desempregados, 2,9 milhões a mais que o registrado no começo de maio, um aumento de 27,6% no período, segundo números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A postura de Bolsonaro na pandemia é outro motivo que explica a dúvida de estrangeiros para investir no Brasil. Na contramão do mundo, ele já amenizou os efeitos da Covid-19, ao classificá-la como uma “gripezinha”, em março, e perguntou “e daí?” ao ser questionado sobre os cinco mil mortos pela doença, em abril.

O desmatamento também aumentou as ameaças de boicote dos estrangeiros ao Brasil. O desmatamento na Amazônia brasileira, por exemplo, registrou um recorde semestral de 3.070 km2 no primeiro semestre deste ano, segundo relatório com base nas observações de satélite do sistema DETER do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Mesmo com recordes de desmatamento, Bolsonaro voltou a negar o problema. Durante pronunciamento (virtual) na Assembleia Geral das Nações Unidas, na terça-feira (22), ele voltou a dizer que a Floresta Amazônica não pega fogo por ser úmida e culpou indígenas pelas queimadas. Também denunciou uma “campanha de desinformação” sobre a derrubada das florestas.

 

*Com informações do 247

 

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Para quem acha que a escravidão foi boa para os negros, culpar os índios pelos incêndios na Amazônia, seria fatal

Foi a aliança da mídia, com o dinheiro grosso e o judiciário, que alçou ao poder aquele troço miliciano que agora berrou ao mundo que tipo de ética e visão intelectual manda, explora e informa no Brasil.

Todos viram e ouviram muito bem o que Bolsonaro disse, ainda em campanha, no Clube da Hebraica, no Rio de Janeiro, sobre os índios e negros sob aplausos e gargalhadas do público presente.

“RIO – Sob protestos de cerca de 100 pessoas do lado de fora do clube Hebraica, na zona sul do Rio, e aplaudido diversas vezes no auditório lotado por outras 300, o deputado federal e cotado para disputar a Presidência da República em 2018, Jair Bolsonaro (PSC-RJ), prometeu que irá acabar com todas as reservas indígenas e comunidades quilombolas do País caso seja eleito em 2018.

Ele também afirmou que irá terminar com o financiamento público para ONGs e disse que, se depender dele, “todo mundo terá uma arma de fogo em casa” – “Onde tem uma terra indígena, tem uma riqueza embaixo dela. Temos que mudar isso daí” – “Eu fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada. Eu acho que nem para procriador ele serve mais.

Mais de R$ 1 bilhão por ano é gasto com eles.(Estadão – 03 de abril de 2017)
Ontem ele só reproduziu na tribuna da ONU numa leitura oficial escritas por muitas mãos militares de seu governo o que ele já tinha dito quando candidato e que o STF não viu racismo em suas palavras.

Se hoje Merval e Gabeira são a própria imagem da crítica ao estorvo, foram eles também que cobriram de louros a vitória de Bolsonaro nas urnas em 2018, dizendo que ele era um lobo solitário que tinha engolido o PT pelas redes sociais.

Racismo, preconceito, violência, autoritarismo? Nenhum dos dois viram nada disso no então novo herói das redações nativas.

Bolsonaro, quando culpou os índios e mentiu, de cabo a rabo, em seu discurso horrendo proferido, através da ONU, para o mundo inteiro. foi apenas o velho Bolsonaro de guerra contra o PT que a mídia saudou, apoiou e, muitas vezes, vibrou com sua forma direta de se declarar racista.

Assim também fez com Sergio Nascimento, presidente da Fundação Palmares, usando-o para dizer que a escravidão no Brasil tinha sido benéfica para os negros.

 

*Da redação