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“Não tem como Carlos Bolsonaro escapar de uma investigação sobre Marielle”, diz Nassif

Luís Nassif aponta lacunas e possíveis manobras na apuração da morte de Marielle Franco, envolvendo Carlos Bolsonaro e o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Manipulação de provas e a atuação de Carlos Bolsonaro

Um dos pontos mais controversos é a suposta manipulação de provas por Carlos Bolsonaro, vereador pelo Rio de Janeiro. Nassif narra que, após a divulgação da reportagem do Jornal Nacional em 2019, Carlos teria gravado vídeos para “esclarecer” os fatos, mas que, na verdade, teriam alterado o contexto das investigações. O jornalista relata que Carlos acessou registros telefônicos para tentar comprovar que não havia ligação entre o episódio e sua família, mas as informações levantam mais dúvidas do que respostas. “Ele estava lá. Mais que isso, o sistema de telefonia do condomínio permitia transferências para celulares, invalidando o álibi apresentado”, explica Nassif.

Outro ponto levantado foi o ambiente político à época. Segundo Nassif, a intervenção militar no Rio de Janeiro, comandada pelo general Braga Netto, foi duramente criticada por Bolsonaro, que enxergava nela um acordo entre o ex-presidente Michel Temer e o então comandante do Exército, general Villas Bôas, para impedir a candidatura de Lula em 2018. Nesse contexto, Marielle Franco, que liderava uma comissão de acompanhamento da intervenção, tornou-se alvo de oposição. “A investigação revelou que Ronnie Lessa, apontado como executor do crime, pesquisava perfis de opositores à intervenção, com destaque para Marielle”, destacou Nassif.

A promessa de esclarecimento e o silêncio prolongado

Após o assassinato, Braga Netto declarou que os mandantes do crime já haviam sido identificados e que as investigações estavam avançando. No entanto, mais de cinco anos se passaram, e embora os responsáveis pela execução tenham sido presos, os mandantes permaneceram oficialmente desconhecidos até que o ex-policial militar Ronnie Lessa delatou Domingos Inácio Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), como um dos responsáveis pelo atentado. Brazão, que já havia sido mencionado em apurações anteriores, nega qualquer envolvimento. “Criou-se um embaraço que acabou por excluir o principal suspeito, Carlos Bolsonaro, das investigações”, critica Nassif.

Manobras institucionais e rachadinhas

Nassif também apontou o papel de instituições como a Polícia Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) no atraso das investigações. Segundo ele, havia, na época, uma tentativa de evitar atritos com o então presidente Bolsonaro, o que teria resultado em omissões tanto no caso Marielle quanto no escândalo das rachadinhas. “Trazer tudo isso à tona agora exporia um período em que o país ficou desarmado de todos os lados”, avalia.

O futuro das investigações

Com mudanças no cenário político e no comando das instituições, há expectativas de que o caso seja retomado com mais seriedade. “Espero que o Supremo e a Polícia Federal levem adiante essas investigações. Estamos falando da democracia e do direito das famílias de Marielle e Anderson à justiça”, concluiu Nassif.

A declaração de Luís Nassif reacende o debate público sobre o caso e aumenta a pressão para que as autoridades concluam as investigações de maneira transparente e imparcial.

*Luis Nassif/247

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A mídia de miolo mole, está mais mentirosa e atrasada do que nunca na tarefa paga de atacar Lula

Uma mídia, que diante do governo Lula, ouve o galo cantar mas não sabe aonde. Quando descobre, já foi.

Comprometida com os banqueiros da Faria Lima como André Esteves e outros bichos soltos da agiotagem nacional, os barões da mídia estão perdidos na caça a Lula.

Esteves, todos sabem, é uma espécie de tubarão que vive a espreita para não perder oportunidade que os próprios banqueiros criam para saquear o país, mas a mídia que está sempre a serviço dele está cada dia pior. Cada dia mais mentirosa e atrasada.

É um dos sinais mais claros que a direita está batendo cabeça diante de uma luz crua.

Quanto mais fabrica fatos, mais se mostra obsoleta diante de um governo que busca efetivamente soluções para a vida prática dos brasileiros.

O própria boia que ela faz de um morto vivo como Bolsonaro para tentar frear a escalada popular de Lula, revela que a mídia está oca como uma árvore velha virando abrigo de gambas, tatus, ratos e cobras.

Essa gente está prisioneira saudosista da guerra fria. Lula, tá lá na frente. Longe da vista de quem perdeu a visão espacial do mundo.
Como esse anacronismo de pedra quer barrar Lula pra 2026, realizando apenas asneiras editorialistas?

Um frotão desses vaza qualquer coisa, porque esse revestimento é só pra inglês ver. Isso não faz nem cosquinha em Lula.

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Bolsonaro e Trump: como dói amar sozinho

“Pelo abandono da comitiva bolsonarista na posse de Trump, fica claro que o amor do ‘mito’ por Trump não é correspondido”, escreve Florestan Fernandes Jr.

Revelador o desprezo com que Trump trata os latinos. Em resposta à pergunta da correspondente Raquel Krähenbühl, sobre como será a relação do governo estadunidense com o Brasil e a América Latina, Trump, com ar blasé, disse que os EUA não precisam de nós, mas que nós, os latinos, é que precisamos deles. Eis o ídolo da extrema-direita brasileira, por quem Bolsonaro declarando amor eterno, gastou todo o seu vocabulário em inglês, ao dizer “I love you”. Pelo abandono da comitiva bolsonarista na posse de Trump, fica claro que o amor do “mito” não é correspondido. O filho e a mulher do ex-presidente sequer tiveram acesso à cerimônia de posse, no Capitolio. Os dois tiveram que se contentar em assistir a posse de Trump em um telão, instalado num estádio de basquete e hóquei. Fico só imaginando quantas lágrimas Bolsonaro teria derramado, se Moraes tivesse liberado o passaporte para ele viajar aos EUA.

Aliás, o ex-presidente deveria agradecer ao Xandão. Não fosse ele, Bolsonaro iria pagar o maior mico de ficar andando no frio de menos 14 graus em Whashington, tentando ser penetra na festa para qual não foi convidado. Mais que claro que o tal convite era lorota. Também muito claro que o desprezo de Trump pelos latinos inclui Bolsonaro e a elite do gado bolsonarista. Alguém tem notícias de fotos do Mito desfrutando Mar-a-lago no período em que esteve na Flórida? Nunca vi.

Tenho cá pra mim que Marco Rubio, o secretário de estado do governo Trump 2, tem informações da inteligência estadunidense de que Bolsonaro deve ser preso e que não tem qualquer chance de ser candidato. Além disso, Bolsonaro, por ter arrastado parte dos militares para a tentativa de um golpe mequetrefe, não é mais visto com toda a simpatia dentro das Forças Armadas brasileiras. As intrigas golpistas contaminaram a relação dele com os principais comandantes das três armas. Isso é fato.

Ao colocar o boné de campanha na cabeça, comemorando em um post no X, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, correu a se apresentar como um nome viável e fiel ao líder maior do chamado tecnofeudalismo. Para Bolsonaro, restou encarar, com muitos lamentos e lágrimas nos olhos, ao lado dos seus aliados golpistas, o julgamento no STF por tentativa de golpe de estado. Se depender do decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, o julgamento deverá acontecer ainda em 2025, evitando assim “tumultos” desnecessários na eleição presidencial de 2026.

Se condenado, como é o esperado, restará a Bolsonaro, covarde que é, viajar sem passaporte para um país vizinho ao Brasil e, quem sabe, implorar ao seu ex-amor um pedido de asilo como imigrante cucaracha nos Estados Unidos.

E a espera é difícil, são vários inquéritos, além da tentativa de golpe, Bolsonaro responde pela fraude nos cartões de vacinação e da venda ilegal de joias da Arábia Saudita.

A coragem que o “mito” demonstrava quando estava no poder, deu lugar a um homem frágil, que chora em público e tem insônia só de pensar nas condenações que virão. O próprio Bolsonaro declarou nessa quarta-feira (22/01) que: “Eu acordo todo dia com a sensação da PF na porta. Qual acusação? Não interessa”. Ao invés de passear na terra do Pateta, Bolsonaro deveria arrumar uma receita de sonífero. Vai precisar agora e no futuro próximo.

*Florestan Ferbabdes Jr/247

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Quem está interessado na opinião de um político morto-vivo como Bolsonaro? Nem Bolsonaro aguenta mais o Bolsonaro

A mídia parece mais desesperada que Bolsonaro pra arrumar, ao menos um mata burro que reduza a velocidade do crescimento de Lula para a eleição de 2026.

A direita não tem nada além do nada Bolsonaro.

Quem é o fantasma político de Bolsonaro na fila do pão pra mídia relatar qualquer traque que o peidorreiro solta?

O sujeito é um ovoide que nem vidente enxerga o encosto.

Bolsonaro tá naquela de chutar pra onde o nariz aponta pra não ser totalmente esquecido.

É a tática funesta do Steve Bannon do clã, Eduado Bolsonaro.

Aliás, os primeiros brasileiros deportados por Trump foram os 20 vagabundos do congresso, comandados por Eduardo e Michelle

Bolsonaro pra fazer papel de suplentes de porteiro do Capitólio no dia da posse do Trump.

A mídia noticia uma coisa e no dia seguinte desnoticia com outra fala diversionista do idiota.

Imaginar que a unica “luz” que a mídia tem pra se agarrar contra Lula, é a da “estrela” de Bolsonaro, é rir de chorar.

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O filme Ainda Estou Aqui, cumpre o principal papel da arte, o de mobilizar a sociedade.

Há um claro desconforto na Globo que apoiou a ditadura, com o filme Ainda Estou Aqui.

Não só a Globo, a Folha e Estadão também soltaram rojões em 1964 pendurados nas fardas dos generais.

A dificuldade da grande mídia em jogar luz no enredo do filme, é gritante e justificável.

A verdade sempre virá a seu tempo.

E essa verdade é que a mídia não tem o menor interesse em propagar porque estava do lado oposto da sociedade na hora do golpe militar que assassinou Rubens Paiva, assim como muitos que se opuseram a ditadura militar.

O principal papel da arte, é mobilizar e manter uma sociedade atenta a seus próprios destinos.

Cada premiação que o filme recebe, a atenção da sociedade, aumenta e o público também.

Certamente Ainda Estou Aqui, terá recorde de público.

Este público, produzirá questionamentos, terá uma visão mais crítica sobre o fato e assim cumpre o que mais importa na arte.

A capacidade incomparável de manter a sociedade em movimento.

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A catequese da violência policial regida por Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo

Um vídeo que viralizou nas redes em que a guarda municipal paulistana berra “gás de pimenta na cara do vagabundo” e que tem como regente o próprio prefeito de São Paulo, é inacreditável.

A pergunta que fazemos é: será que eles estão entre nós?

A marcha é fúnebre.

O palmeado busca o engajamento de uma guarda fardada em prol da violência praticada pela própria prefeitura sob o comando do próprio prefeito.

Se isso, não é o sinal dos tempos, em que seres humanos se transformam em animais selvagens, eu não sei o que é.

Essa é a grande obra erguida pelo bolsonarista Ricardo Nunes,

Nunes não quer saber de medidas para reduzir a violência em SP,
ao contrário, quer aumentar.

É parte de seu regulamento.

Certamente a parte que ele julga ser a mais importante por acreditar que pintar a cara para a guerra contra a população é sua maior tarefa.

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Bolsonaro cita Michelle como possível candidata à Presidência, e ele como chefe da Casa Civil. E a cadeia?

Ex-presidente também elogia Tarcísio, Eduardo Bolsonaro e sugere Gusttavo Lima ao Senado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu a possibilidade de sua esposa, Michelle Bolsonaro, disputar a Presidência da República em 2026, caso ele permaneça inelegível. Durante entrevista à CNN nesta quinta-feira (23), Bolsonaro afirmou que não teria problemas com Michelle como candidata e sugeriu que poderia ocupar a Casa Civil em um eventual governo liderado por ela.

“Vi na pesquisa do Paraná Pesquisas que ela está na margem de erro do Lula. Esse evento lá fora vai dar uma popularidade enorme para ela. Não tenho problemas, seria também um bom nome com chances de chegar. Obviamente, ela me colocando como ministro da Casa Civil, pode ser”, declarou Bolsonaro.

O ex-presidente também analisou outros nomes para a disputa de 2026. Sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Bolsonaro destacou suas habilidades como gestor, mas ressaltou que sua popularidade fora de São Paulo será decisiva. “Quem define as eleições é o povo”, afirmou.

Questionado sobre a possibilidade de seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), conhecido como “03”, concorrer ao cargo, o ex-presidente elogiou as capacidades do deputado federal. “Ele está preparado e seria um excelente candidato. É um grande articulador político.”

Outro nome comentado foi o do cantor sertanejo Gusttavo Lima, que já manifestou interesse em se candidatar à Presidência. Bolsonaro mostrou-se favorável à entrada de Gusttavo na política, mas sugeriu que ele ganhe experiência antes de concorrer ao cargo mais alto do país. “Ele tem idade e popularidade, mas o resto a gente não conhece. É um excelente nome para o Senado, mas para a Presidência não sei se está maduro ainda”, concluiu.

Bolsonaro segue inelegível devido à decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Mas e a cadeia?

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Inspirado em Farmácia Popular, governo Lula estuda rede de comércio para baratear alimentos

Presidente Lula cobra redução, e Executivo estuda alternativa para levar comida a preços acessíveis a periferias.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está estudando criar uma espécie de programa “Farmácia Popular da comida” para reduzir o preço dos alimentos, principalmente na periferia de centros urbanos. A ideia foi revelada pelo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto (PT), em entrevista ao Brasil de Fato.

Pretto falou com a reportagem na terça-feira (21). Um dia antes, o próprio presidente Lula cobrou seus ministros sobre o custo da comida no país.

Em 2024, alimentos e bebidas ficaram 7,69% mais caros, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta da comida foi a grande responsável pela inflação de 4,83% no ano passado – acima da meta de até 4,5% definida pelo governo.

“Todo ministro sabe que o alimento está caro. É uma tarefa nossa garantir que o alimento chegue na mesa do povo trabalhador, da dona de casa, do povo brasileiro, em condições compatíveis com o salário que ele ganha”, declarou o presidente.

Para atingir esse objetivo, Pretto disse que o governo estuda criar uma rede de distribuição de alimentos para estabelecimentos comerciais da periferia. Esses estabelecimentos poderiam revender produtos à população a preços mais baixos.

Ele afirma que a ideia da rede está inspirada no programa Farmácia Popular. Por meio dele, consumidores compram medicamentos em farmácias credenciadas a preços mais baixos já que parte do custo do remédio é arcado pelo próprio governo.

“A gente quer garantir a constituição de uma rede de pequenos varejistas lá da periferia. Garantir que tenha produtos mais baratos. Pelo menos os mais básicos”, disse Pretto. “Seria mais ou menos como a Farmácia Popular, que garante remédios mais baratos”.

O presidente da Conab ressaltou que, no caso do programa alimentar, não haveria subsídios em preços como acontece hoje com os remédios. Isso seria de difícil viabilização por conta do arrocho orçamentário vigente hoje.

Em 2024, o governo anunciou um pacote de corte de gastos para cumprir metas fiscais. “Não estamos falando em subsídio porque isso demanda orçamento”, disse Pretto.

Segundo ele, a estrutura hoje existente na Conab poderia contribuir com o barateamento dos alimentos sem custos extras ao Estado.

“Como é que funciona hoje? O pequeno varejista lá da periferia vai lá no atacado buscar as ofertas para revender. Há todo o custo logístico disso e isso é repassado aos mais pobres”, explicou Pretto. “Nós queremos fazer o caminho inverso”.

O presidente da Conab disse ainda que o governo já faz compra de alimentos destinados à população carente por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Esses alimentos são doados. Na rede de pequenos varejistas, o governo compraria e repassaria a preços mais baixos. “É como uma PAA, mas sem doação”, resumiu.

Pretto ressaltou que a ideia do novo programa está em estudo. A Conab coordena sua montagem. Outros ministérios integram as conversas.

Nesta quarta-feira (22), o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), confirmou que o governo deve adotar medidas para baratear alimentos. Ele disse ainda que recebeu sugestões de empresários do setor de supermercados, as quais devem ser adotadas.

“No final do ano passado, [Lula] fez reunião com redes de supermercado e eles sugeriram algumas medidas. Vamos implementá-las agora no primeiro bimestre”, disse Costa, em sua participação no programa Bom Dia, Ministro, do Canal Gov.

Costa não detalhou que medidas são essas. Ele culpou a seca, o aumento das exportações e até o aumento do poder de consumo da população pela alta da comida.

“Questão da exportação e aumento do poder aquisitivo também pressiona preço. Se aumenta consumo, as pessoas que vendem vão testando para ver se o consumidor se dispõe a pagar cada vez mais”, disse.

*BdF

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Acordo todos os dias com a sensação da PF na porta, do Bolsonaro

Boa notícia. A PF acordou Bolsonaro as 6 horas em ponto e rebocou esse estrume no camburão.

É assim que imagino. Bolsonaro dentro do banheiro chorando sentado no vaso e a PF na porta esperando o sacripanta tirar o trinco e receber a ordem de prisão.

Lógico que o estardalhaço dos bolsonaristas será grande nesse dia, mas será abafado pelas buzinas e foguetes de milhões de brasileiros, sobretudo os que perderam entes e amigos queridos durante a pandemia de COVID porque esse bandalho estava jogando com os os laboratórios que estavam fabricando as vacinas pra ver quem pagava melhor preço da propina por dose como mostrou a CPI do genocídio.

Isso, sem falar da orquestração do pulha na tentativa frustrada de golpe de Estado em 8 de Janeiro de 2023.

Eu não sou maluco, nem pretensioso para apontar nesse texto o total de crimes que Bolsonaro cometeu. O sujeito é um cagado de corpo e alma.

Por isso, imagino que milhões e milhões de brasileiros acordam todos os dias com a sensação da PF na porta do facínora do Vivendas da Barra.

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PF identifica elo entre blitze da PRF e plano golpista de Bolsonaro

PF inclui um sétimo núcleo à organização golpista, este dedicado à “alteração criminosa do resultado das eleições presidenciais”.

A Polícia Federal (PF) revelou um elo entre a ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para obstruir o direito ao voto de eleitores do Nordeste durante o segundo turno das eleições de 2022 e o plano golpista supostamente articulado por Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. As informações foram divulgadas por Aguirre Talento, do UOL, que teve acesso ao relatório final do inquérito enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao procurador-geral da República, Paulo Gonet.

O documento, que embasou o indiciamento do ex-ministro da Justiça Anderson Torres e do ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, descreve ações coordenadas para criar barreiras ilegais no dia da eleição. Segundo a PF, essas operações estavam dedicadas à “alteração criminosa do resultado das eleições presidenciais” e faziam parte de uma organização criminosa articulada em torno do plano de golpe que buscava impedir a vitória do presidente Lula (PT).

Blitze e intimidação de eleitores no Nordeste – As blitze realizadas pela PRF, principalmente na Bahia — estado onde Lula obteve votação expressiva —, foram descritas pela PF como ações orquestradas sob ordens diretas de Anderson Torres. O relatório cita que Torres pressionou as forças de segurança a intensificar o policiamento em regiões estratégicas para o resultado eleitoral. “Houve uma atuação orquestrada deliberada pelo ministro da Justiça, empregando recursos materiais e humanos do Ministério da Justiça, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal como força armada para criar óbices e intimidação aos eleitores do Nordeste”, destaca o texto.

Segundo o relatório, a operação ilegal utilizou a PRF como ferramenta de intimidação, com a finalidade de desestimular o comparecimento às urnas de eleitores no Nordeste, região que historicamente concentra um forte eleitorado progressista.

A conexão com o plano de golpe – O relatório também vinculou essas ações ao plano golpista amplamente investigado. De acordo com a PF, o plano incluía núcleos com diferentes funções, desde a desinformação e ataques ao sistema eleitoral até operações para incitar apoio de militares e ações coercitivas. O inquérito sobre Torres e a PRF adiciona um possível sétimo núcleo à estrutura criminosa, que visava alterar por meio de crime o resultado eleitoral. Com 247.

Um trecho do documento descreve os atos como uma “tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito”, tipificada nos artigos 359-L e 359-M do Código Penal. A minuta golpista apreendida na residência de Anderson Torres, que previa a alteração do resultado das eleições, é outro elemento que reforça o vínculo direto entre as ações do ex-ministro e o planejamento antidemocrático.

Repercussão e próximos passos – Enquanto a equipe de Paulo Gonet analisa as provas apresentadas, cabe à Procuradoria-Geral da República decidir se os atos envolvendo as blitze da PRF serão incluídos na denúncia principal sobre o plano golpista ou se configurarão um caso à parte. Alexandre de Moraes, ministro do STF, já destacou a possibilidade de conexão entre as investigações.

As defesas de Torres e Vasques afirmaram não ter acesso ao relatório completo e, por isso, não se manifestaram. Jair Bolsonaro, também indiciado, permanece em silêncio sobre o caso.