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Gabriel Monteiro é preso sob acusação de estupro

O Judiciário determinou que sejam apreendidos celulares e armas de fogo do acusado

Uma mulher disse que o crime ocorreu no dia 15 de julho, após conhecer o parlamentar na boate Vitrinni, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

O juiz Rudi Baldi Loewenkron, que assina a decisão, também determinou que a arma de fogo e os celulares de Monteiro sejam apreendidos. O processo corre em segredo de justiça.

A vítima teria conhecido o ex-vereador em 15 de julho, na boate Vitrinni da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Logo depois, os dois teriam ido para a casa de um amigo do youtuber no bairro do Joá, na Zona Oeste.

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Lula é alertado por aliados sobre “risco Lira”: “Caneta na mão do inimigo”

Possibilidade de Lula e PT endossarem a reeleição de Lira para presidente da Câmara está longe de ser unânime entre congressistas petistas.

A possibilidade de o PT fechar apoio, com a bênção do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, à reeleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara dos Deputados está longe de ser unanimidade dentro do partido. Há, entre congressistas filiados à legenda, quem defenda que um eventual endosso à candidatura de Lira seja um “tiro no pé” e que o gesto simbolizaria “dar a caneta na mão do inimigo”, conforme confidenciou um parlamentar petista ao Metrópoles.

O pessimismo de petistas com a possibilidade da recondução de Lira à presidência da Casa deve-se à proximidade de um dos pilares do Centrão de Jair Bolsonaro (PL) e às dificuldades que a bancada do PT enfrentou sob o comando do atual presidente da Câmara.

Além disso, existe o temor de que se repita o ocorrido com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), destituída do cargo acusada de ter cometido “pedaladas fiscais”. Caberá a Lira, se reeleito, debruçar-se sobre a análise de pedidos de impeachment contra Lula.

Jair Bolsonaro e Arthur Lira

Nos primeiros dois anos de Lira na presidência da Casa, não houve disposição do deputado em dar tramitação aos pedidos movidos contra Bolsonaro. Em contrapartida, internamente, há uma avaliação de que o parlamentar não teria a mesma “boa vontade” em blindar o presidente petista como teve com o atual mandatário da República.

Mesmo ciente dos riscos, a alta cúpula do PT tem acenado positivamente para o atual presidente da Câmara nos últimos dias. Os gestos se intensificaram após o discurso de Lira, nas horas seguintes à confirmação do resultado das eleições de domingo (30/10).

Como foi a conversa entre Lula e Arthur Lira

Conforme noticiado pela coluna Guilherme Amado, nos últimos dias, aliados do deputado fizeram chegar ao PT que o alagoano nunca viu Lula como inimigo, mas apenas como adversário na corrida eleitoral deste ano. E que, na presidência da Câmara, não criará obstáculos para pautar matérias consideradas importantes pelo governo.

Recentemente, em claro aceno, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que a bancada não terá candidato ao posto hoje ocupado pelo deputado. A avaliação é que o passado mostra que o desgaste da disputa não fez bem ao partido, como quando Eduardo Cunha, então no MDB, derrotou o PT no governo de Dilma Rousseff.

Tanto para parlamentares petistas quanto para aliados do presidente da Câmara, a declaração de Gleisi dá sinais de que o partido não deseja bater de frente com o deputado. Mais ainda, a fala foi recebida como gesto de reconhecimento ao cenário favorável a Lira na Casa e desfavorável para o PT.

Isso porque existe a possibilidade de que, a partir do próximo ano, PP e União Brasil consigam, em caso de fusão, concentrar a bancada mais numerosa da Casa. Lira ainda teria um número considerável de votos do PL de Bolsonaro – partido com mais deputados eleitos para o próximo mandato.

Sendo assim, uma eventual indisposição com Lira poderia sentenciar o andamento de propostas de interesse do novo governo na Câmara, configurando um risco, segundo avaliam os deputados ouvidos pela reportagem, maior a Lula do que caso o cacique do Centrão consiga se reeleger para o comando da Casa legislativa.

*Com Metrópoles

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Simone Tebet e um ministério em que possa deixar uma marca

Aliados de Simone Tebet no MDB lhe sugeriram trabalhar por ministério que lhe dê projeção para 2026.

Aliados de Simone Tebet no MDB recomendaram que a senadora se articule para tentar assumir um ministério em que possa imprimir uma marca pessoal.

O entorno de Tebet avalia que a Agricultura é uma pasta que caminha sozinha, dando pouca margem para que se deixe uma marca própria, que ajude a alavancar Tebet para 2026.

Entre as opções em que isso seria possível, estão o Ministério do Meio Ambiente, o da Cidadania ou a Educação, todos com forte entrega de políticas públicas e, não à toa, também no raio de interesse do PT.

A presença de Tebet já é dada como certa pelo entorno de Lula. Além de prestigiar uma aliada importante no segundo turno contra Bolsonaro, a participação dela no governo ajudará na relação do governo com forças políticas majoritariamente avessas ao PT, como o agronegócio.

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Veto de Bolsonaro a alimentação escolar tira R$ 1,4 bi de estados, diz estudo

O mais afetado é São Paulo, que deixa de receber R$ 247,4 milhões.

Segundo a Folha, veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao reajuste dos valores do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) vai gerar prejuízos aos estados que chegam a R$ 1,4 bilhão por ano.

O cálculo foi feito em nota técnica conjunta do Observatório da Alimentação Escolar e da Fian Brasil (Organização pelo Direito Humano à Alimentação Adequadas), duas ONGs que defendem que o Congresso Nacional derrube o veto.

A perda varia de acordo com a população de cada estado. O mais afetado é São Paulo, que deixa de receber R$ 247,4 milhões, seguido por Minas Gerais (R$ 123,6 milhões), Bahia (R$ 89 milhões) e Rio de Janeiro (R$ 87,4 milhões).

O Congresso aprovou o aumento dos recursos do Pnae na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2023, com o objetivo de repor perdas inflacionárias desde 2017. Com o veto de Bolsonaro, o valor se mantém em R$ 4 bilhões.

As entidades alertam que o congelamento dos recursos também deve causar impacto à agricultura familiar, uma vez que a lei determina que ao menos 30% das compras do programa beneficiem o segmento.

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Mãe denuncia agressão a filho de 7 anos que manifestou apoio a Lula em MG

Caso ocorreu na manhã de domingo (30), dia da eleição; Polícia Civil investiga o caso.

A mãe de um menino de sete anos diz que o filho foi agredido por um homem após dizer que era “Lula lá”, na manhã do último domingo (30), dia do segundo turno da eleição presidencial, na cidade mineira de Divinópolis (a 120 km de Belo Horizonte).

O caso só ganhou repercussão durante a semana, após postagens feita por Reisla Naiara Gomes, mãe do garoto, nas redes sociais. Testemunhas afirmam que o agressor é um policial militar da reserva de 55 anos.

Ela conta que o filho tinha ido à padaria que fica em frente à casa do pai dele, por volta das 9h. Chegando lá, a criança encontrou uma família que conversava sobre quem ganharia as eleições, Lula (PT) ou Jair Bolsonaro (PL).

“A família estava lá na padaria, o agressor, a mãe e o pai dele, discutindo sobre a eleição. Ele passou a mão na cabeça do meu menino e disse que ele tinha cara de ser [apoiador de] Bolsonaro. Meu filho conta que falou: ‘Não, eu sou Lula lá’. Não sei o que se passou na cabeça dele, mas ele se irritou e enforcou o meu menino”, diz a mãe, que não estava presente, mas ouviu os relatos do filho, do pai da criança e de testemunhas.

Reisla conta que o menino chegou a ficar sem ar e quase desmaiou e tem marcas da agressão no pescoço.

Ainda segundo a mãe, o menino só foi solto quando o pai chegou ao local e pediu que o agressor o soltasse, pois estava machucando a criança. O suspeito, então, teria dito que era só uma brincadeira, e o pai levou a criança para casa.

Reisla conta que soube do ocorrido apenas à noite, quando foi buscar o filho na casa do pai, e ligou para a polícia.

A Polícia Militar confirmou, por meio de nota, que foi acionada na noite de domingo. Segundo a PM, policiais se deslocaram para a residência do suposto agressor, mas ele não foi encontrado —o nome dele não foi revelado. Os policiais prestaram assistência à família e a levaram a criança para receber atendimento médico na UPA.

A ocorrência foi encaminhada para a Polícia Civil, que informou, também em nota, que instaurou um inquérito para apurar a ocorrência de lesão corporal. O caso segue em investigação.

Reisla diz querer justiça. Segundo ela, o filho está traumatizado.

“Meu menino está com trauma, ele não dorme direito, acorda chorando de madrugada, falando que está sem ar. Tem hora que ele acorda gritando: ‘Me solta, me solta’. E o agressor está aí, sem punição.”
Marcas no pescoço da criança agredida em Divinópolis (MG)

*Com Folha

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Ele implodiu o Brasil: O escandaloso rombo de R$ 400 bilhões deixado por Bolsonaro

“Brincadeira” do presidente derrotado para se reeleger é o assunto do dia. Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda, revelou tamanho da destruição fiscal largada pelo radical de extrema direita.

Em 2018 e nos primeiros momentos de 2019 os farialimers e liberais dos mais diferentes matizes adoravam exortar uma suposta responsabilidade de Jair Bolsonaro (PL) e de seu então futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. Agora, derrotado em seu intento de se reeleger e após quatro anos de um “governo” caótico e de baderna institucional e financeira generalizada, o rombo fiscal do despreparado e irresponsável presidente de extrema direita veio à tona: R$ 400 bilhões.

Numa entrevista dada nesta sexta-feira (4) à rádio CBN, o ex-presidente do Banco Central no governo Lula e ex-ministro da Fazenda de Michel Temer, Henrique Meirelles, que está cada vez mais próximo da equipe de transição da futura gestão petista, informou que o prejuízo deixado por Bolsonaro com sua criminosa e sistemática violação ao teto de gastos públicos atingiu não “apenas” R$ 150 bilhões, como sua equipe anuncia, tentando abrandar o problema, mas sim R$ 400 bilhões.

“Na minha avaliação, o tamanho do buraco deixado é mais próximo de R$ 400 bilhões, estimado por entidades independentes, do que dos R$ 150 bi que o governo está falando”, falou Meirelles.

Algumas mudanças no teto, que naturalmente implicavam em furá-lo, até seriam justificáveis, como a realizada em março de 2021 que abriram espaço para a manutenção e ampliação do Auxílio Emergencial, já que milhões de brasileiros enfrentavam os horrores e agruras da pandemia.

No entanto, outras mexidas, como de setembro de 2019 que possibilitou ao governo federal não contabilizar as transferências de recursos federais para estados e municípios beneficiados pela chamada repartição da cessão onerosa do pré-sal, assim como a aprovação em dezembro de 2021 da PEC dos Precatórios, que trouxe impacto de R$ 105 bilhões, e principalmente a PEC Kamikaze, de julho deste ano, que numa manobra ilegal e criminosa permitiu a Bolsonaro comprar votos às pressas por meio de benefícios sociais, a um custo de R$ 41 bilhões a mais do que previa o teto, foram determinantes para atolar o país num rombo fiscal sem precedentes.

*Com Forum

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Simone Tebet é ameaçada de morte e pede escolta policial

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) pediu ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), reforço de segurança e escolta da Polícia Legislativa após receber ameaças de morte.

A informação foi publicada nesta sexta-feira (4) por Veja. “Depois de entrar de cabeça na campanha de Lula, a senadora Simone Tebet passou a ser alvo de ataques raivosos de bolsonaristas, principalmente pelas redes sociais. As ameaças, inclusive de morte, aumentaram drasticamente nos últimos dias e obrigaram a parlamentar a agir”, diz um trecho da reportagem.

A emedebista pediu um tipo de escolta que geralmente serve para senadores em viagens e eventos públicos fora de Brasília (DF). No caso de Simone, a polícia ficará 24 horas na escolta dela, onde quer que ela esteja.

*Com Veja

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Vídeos: Ministro Luís Roberto Barroso, do STF, é atacado e tem casa cercada por bolsonaristas em SC

Ministro do STF estava em restaurante quando foi identificado por bolsonaristas, que acionaram grupos de Whatsapp e cercaram a casa onde Barroso estava. Ele deixou o local durante a madrugada.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi hostilizado e teve a casa de veraneio em Porto Belo, litoral norte de Santa Catarina, cercada por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) na noite desta quinta-feira (3) após ter sido identificado jantando em um restaurante da cidade.

A presença de Barroso no local foi pulverizada em grupos bolsonaristas da cidade, que foram até o restaurante hostilizar o ministro, que teve que sair sob escolta.

Ao chegar, a casa no bairro Vila Nova foi cercada por bolsonaristas. Policiais federais e militares se uniram para proteger a residência do ministro, que teria deixado a cidade, segundo a polícia, por volta das 4h.

Cerca de 300 bolsonaristas cercaram a casa de Barroso gritando chavões propagados por Bolsonaro, como “Supremo é povo”.

O ato terminou por volta das 3h45 desta sexta, quando o ministro foi escoltado até Tijucas, rumo ao aeroporto de Florianópolis.

Veja vídeos divulgados nas redes.

Veja vídeos divulgados nas redes.

https://twitter.com/greicisiezemel/status/1588394923040002048?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1588394923040002048%7Ctwgr%5E437889979a9b4f06abf3aabd069dcd99f2864698%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-2042083860617218946.ampproject.net%2F2210211855000%2Fframe.html

https://twitter.com/CasalPeixeiro/status/1588369617755713536?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1588369617755713536%7Ctwgr%5E336965062d106e3959be1e131a019d9a265089da%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-2042083860617218946.ampproject.net%2F2210211855000%2Fframe.html

https://twitter.com/kalliloliveira_/status/1588521779626409984?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1588521779626409984%7Ctwgr%5E8b56b94940a6b2f14741c2bbc7a7184d6ab393b8%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-2042083860617218946.ampproject.net%2F2210211855000%2Fframe.html

https://twitter.com/LajedoSales/status/1588367277061464064?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1588367277061464064%7Ctwgr%5Ece23eb0e831b2253cd5badc812d3b40b95100e8a%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-2042083860617218946.ampproject.net%2F2210211855000%2Fframe.html

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Mercadante é cotado para Relações Exteriores, com Amorim na assessoria de Lula

Desenho seria semelhante ao do primeiro mandato do petista, em que Celso Amorim foi chanceler e Marco Aurélio Garcia, assessor.

Segundo Mônica Bergamo, Folha, o economista Aloizio Mercadante está cotado para ser Ministro das Relações Exteriores (Itamaraty). No governo Lula (PT), o cargo será um dos mais prestigiados, ao contrário do que ocorreu no governo de Jair Bolsonaro (PL). O presidente não privilegiava a política internacional –e chegou até mesmo a bater boca com presidentes como o francês Emanuel Macron, enquanto seu filho Eduardo Bolsonaro atacava a China.

No desenho que já é debatido entre integrantes do núcleo mais próximo de Lula, o ex-chanceler Celso Amorim, principal referência do PT nas relações internacionais, seria assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais.

O cargo foi ocupado por Marco Aurélio Garcia nos governos anteriores de Lula.

Enquanto Amorim, que comandava o Itamaraty, representava o Estado brasileiro, Garcia atuava como um emissário pessoal de Lula, aplainando o terreno para questões delicadas que o governo teria que tratar com outros países, especialmente na América Latina. No PT se considera que o modelo foi um sucesso.

Como presidente da Fundação Perseu Abramo, vinculada ao PT, Mercadante coordenou a elaboração do programa de governo de Lula e também manteve diálogo com governantes e lideranças internacionais.

Já Amorim é um dos mais experientes diplomatas brasileiros, tendo comandado o Itamaraty nos governos de Lula e de Itamar Franco. Além disso, é amigo de Lula e sempre acionado por ele em assuntos internacionais, pelo amplo conhecimento teórico, prático e o trânsito que tem no exterior.

Outra possibilidade é Mercadante ocupar um cargo na área econômica, como a presidência do BNDES ou o Ministério do Planejamento.

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Medo de ser preso e ficar só faz Bolsonaro vestir fantasia de cordeiro

O imbrochável brochou.

Uma velha raposa da política, que pensava já ter visto tudo, mas que não perdeu a capacidade de se surpreender, sugere aos murmúrios no Congresso que Bolsonaro providencie um evento para que Michelle, a primeira-dama, reapareça ao seu lado.

A essa altura, só faltava ser verdade que os dois romperam relações, seja temporariamente, seja para valer, como insinuam línguas pérfidas que conhecem bem o casal. O momento seria especialmente péssimo para Bolsonaro, um homem arrasado.

Duplamente arrasado. Primeiro, porque perdeu e não se conforma. Segundo, porque está com medo de ser preso depois que perder a imunidade. Quando isso acontecer, os processos a que responde em tribunais superiores cairão para a primeira instância.

Então, ele ficará sujeito a decisões de juízes em busca de notoriedade ou interessados em fazer justiça. Assim ganhou fama Sergio Moro, eleito senador, que prendeu e condenou Lula. E Marcelo Bretas aumentou a sua ao mandar prender Michel Temer.

É por isso que vencido o estupor das primeiras 45 horas, aconselhado por amigos e assessores, Bolsonaro começou a berrar como um cordeirinho. Por duas vezes, pediu aos baderneiros que parassem a baderna, tirando o seu da reta e deixando só o deles.

E ao dar ouvidos ao cardeal de Brasília, finalmente acenou para Lula reunindo-se com Geraldo Alckmin, o vice-presidente eleito e chefe da equipe de transição do novo governo. A Alckmin, em breve conversa, disse ainda não estar preparado para receber Lula.

No futuro, quem sabe? Bolsonaro deixou a porta aberta, embora planeje sair pelas portas do fundo do Palácio do Planalto para não passar a Lula a faixa presidencial. Só não quer é mais encrencas com a Justiça, ele pretende preservar os filhos de constrangimentos e ir pescar.

Amarga sozinho o embaraço de ser abandonado pelos antigos aliados mais rapidamente do que supunha. Está aberta a temporada de adesão em massa ao futuro governo; e sob a bênção dos pastores evangélicos que antes oravam por Bolsonaro.

O bispo Edir Macedo, dono da Igreja Universal, da Rede Record de Televisão, do Partido Republicanos e de outros negócios lucrativos, anunciou da Suíça, onde se encontrava em retiro espiritual:

“Eu orei, ‘ó, Deus, quero que Bolsonaro ganhe’. Mas seja feita Vossa vontade, sobretudo, porque o Senhor é quem manda. Então, o que é que eu vou fazer agora? Tocar a vida para frente”.

O pastor que garante uma vaga no céu à ovelha que lhe entregue suas economias perdeu muito dinheiro em Angola, onde tinha investimentos. Suplicou ajuda a Bolsonaro, que, como nunca visitou Angola, não o ajudou. Quem sabe Lula não o ajudará?

O PP de Arthur Lira e de Ciro Nogueira, chefe da Casa Civil de Bolsonaro, já negocia com Lula. Lira quer mais dois anos como presidente da Câmara, o PP quer cargos, e Nogueira finge que não quer nada. O entendimento avança.

De repente, o União-Brasil do deputado Luciano Bivar descobriu que “tem uma dívida com a esquerda”. Que dívida? Segredo. O PSD de Gilberto Kassab, que não é de direita, nem de esquerda, nem de centro, governará com Lula, é só eles se afinarem.

Sem maioria no Congresso, Lula não fará o que pretende. E não é só aprovar os projetos do governo, mas isolar a extrema direita, que não deixará de existir mesmo que Bolsonaro se apague. Portanto, vamos à dança. O imbrochável brochou e recolheu-se.

*Noblat/Metrópoles

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