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Não se iludam, entre a volta do pobre ao orçamento com Lula e o extermínio dos brasileiros com Bolsonaro, Globo vai de extermínio

Erradicar a pobreza e a marginalização de milhões de brasileiros reduzindo a nossa secular desigualdade social, foi o objetivo primeiro dos governos do PT com Lula e Dilma. E é exatamente isso que a elite brasileira não tolera. E se a elite brasileira não tolera, os Marinho não toleram.

Isso nada tem a ver com Lula ou PT, a nossa elite fez fortuna com a miséria dos pobres, por isso o que Getúlio fez de melhor, que foi dar dignidade aos trabalhadores assegurando a eles direitos, custou-lhe a vida.

O mesmo O Globo, que segue atacando Lula, exigindo que ele fique inelegível, atacava Getúlio, como atacou Brizola, como ataca qualquer um que pense em justiça social.

O pensamento de exploração é o maior fetiche da classe dominante brasileira, e isso não vai mudar.

A desigualdade social é um monstro criado pela elite e, também por isso, a elite alimentou o monstro Bolsonaro para devorar os pobres, sobretudo na pandemia, já que, de longe são as camadas mais pobres da população as que mais sofrem e morrem com a pandemia da covid.

Os Marinho não querem Lula, porque não querem a volta dos pobres ao orçamento brasileiro. Para eles, pobreza sempre foi um status, um estado de coisas que se eterniza pela própria pobreza. E assim deve ser mantido.

Nesse caso, pouco importa se Bolsonaro levará a óbito mais de 1 milhão de brasileiros, a manutenção da pobreza estará a salvo. Não há qualquer ilusão sobre isso.

A coluna deste domingo de Merval Pereira, cinicamente insistindo na tese de que Lula deve voltar a ser inelegível sem tecer um comentário de que não há qualquer prova de crime contra ele, mostra que, entre um genocida, um assassino contumaz, um chefe de organização criminosa que funde o Palácio do Planalto com a milícia Rio das Pedras, e Lula, que tirou 40 milhões da miséria, não há qualquer dúvida para a balança ética e moral de uma família que fez fortuna com o sangue escorrido da ditadura e da segregação social.

A direita brasileira não existe mais, tanto que esse lixo chamado Bolsonaro nem partido tem e é o candidato mais forte da direita.

Nesse caso, não se iludam, entre a volta do pobre ao orçamento com Lula e o extermínio dos brasileiros com Bolsonaro, Globo dobrará a aposta no exterminador.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Saúde

Sem controle da pandemia, Brasil vira laboratório de novas cepas do vírus

O possível surgimento de uma nova variante do coronavírus em Sorocaba, no interior paulista, nesta semana acendeu o sinal de alerta entre pesquisadores. Com o descontrole da pandemia, o Brasil está se tornando um laboratório para evoluções do vírus.

Para especialistas ouvidos pelo UOL, o surgimento de outras cepas, como a P1 (identificada em Manaus em janeiro), não só é possível mas também provável diante do agravamento da crise sanitária. E o pior: sem rastreamento, o Brasil demorará para descobri-las.

Maior a transmissão, maior o risco de variantes

Segundo os pesquisadores, a equação ser feita é simples: quanto maior a circulação do vírus, maior a chance de variantes.

“As variantes surgem principalmente pela pressão de transmissão. Ou seja, quanto mais gente transmitindo, maior a probabilidade surgir um vírus mutante. É um fator determinante para a ocorrência de modificações virais”, afirma Bernardino Albuquerque, epidemiologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Amazonas.

Neste ano, a taxa de transmissão do vírus no Brasil, que havia diminuído no final de 2020, se mantém acima de 1, de acordo com a universidade Imperial College London, do Reino Unido, o que indica descontrole da pandemia no país.

No Brasil, o vírus está cheio de possibilidades de replicação e mutação. Não é surpreendente que novas variantes surjam, é inevitável. Tampouco é surpreendente que a P1, por exemplo, evolua”

Monica de Bolle, professora da Universidade Johns Hopkins e membro do “Observatório Covid-19 BR”

Atraso no sequenciamento do vírus

Para Rafael Dhalia, pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em Pernambuco, não só podem surgir cada vez mais variantes como é possível que elas já estejam em circulação no Brasil, mas, sem acompanhamento, não há como identificá-las.

“Essas variantes acontecem no mundo todo, são coevoluções, mas, para a gente saber, tem que sequenciar o vírus. Por aqui não temos nem ideia. Essa variante encontrada em Sorocaba já pode estar no Brasil todo e não sabemos”, afirma o membro da APC (Academia Pernambucana de Ciências).

Como na vacinação e na testagem, o país também está muito atrasado no sequenciamento do vírus. Enquanto o Reino Unido sequencia 50 pessoas a cada 1.000 casos para identificar evoluções, no Brasil o índice é 0,15 para cada 1.000 casos. Ou seja, é um sequenciado para cerca de 7.000 casos confirmados.

Sabe onde a P1, de Manaus, foi identificada? No Japão, por causa de um brasileiro que chegou febril e eles decidiram sequenciar o vírus. Logo, foi necessário uma pessoa sair do Brasil para descobrir a P1. É vergonhoso”. (Rafael Dhalia, pesquisador da Fiocruz)

No Brasil, além da P1, foi identificada uma outra variante, apelidada P2, no Rio de Janeiro. Sem incidência rastreada, ela é considerada isolada, mas, segundo Dhalia, “não há como garantir” isso.

“Além de ver a incidência, é crucial entender se esta evolução pode ser ainda mais transmissível do que a P1. É isso que causa certa preocupação, que precisamos acompanhar”, (Dimas Covas).

*Com informações do Uol

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Política

Bolsonaro busca coalizão anti-impeachment e diálogo com STF para estancar crise militar

Pressionado pelo centrão, presidente atua para que desgaste não prejudique a sua relação com Supremo.

Após provocar a maior crise militar desde 1977, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) iniciou operação política para minimizar o desgaste gerado por sua interferência nas Forças Armadas e diminuir fragilidades expostas nos últimos meses.

Em uma frente, aumentou o espaço do centrão no Palácio do Planalto, numa tentativa de formar uma coalizão que evite uma eventual abertura de um processo de impeachment.​

Bolsonaro promoveu, por exemplo, um reequilíbrio de forças na cúpula do governo. O grupo de mais influência sobre o mandatário já foi majoritariamente militar, mas agora tem maioria de auxiliares oriundos do Congresso.

O time palaciano já contava com o ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD-RN), e o da Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), e agora ganha o reforço da deputada Flávia Arruda (PL-DF), nomeada ministra da Secretaria de Governo, responsável pela articulação política.

Simultaneamente, o presidente escalou seu novo ministro da Defesa, o general da reserva Walter Braga Netto, para convencer o STF (Supremo Tribunal Federal) de que a demissão do antigo titular da pasta, o também general da reserva Fernando Azevedo e Silva, não significa um rompimento na interlocução com a corte.

​Com a saída de toda a cúpula fardada de uma só vez, às vésperas do aniversário do golpe de 1964, Bolsonaro alimentou o temor de que poderia usar as Forças Armadas para uma nova aventura golpista e criou um mal-estar com o STF, que tinha em Azevedo uma espécie de garantia da estabilidade democrática.

Os fatos da última semana vêm na esteira de iniciativas e declarações do presidente que indicam sinais de autoritarismo, como o uso da Lei de Segurança Nacional, um resquício da ditadura, contra críticos de seu governo.

Há ainda a referência reiterada ao termo “meu Exército” e a tentativa de um deputado aliado de aprovar projeto que ampliaria os poderes do presidente, permitindo-o decretar mobilização nacional. O episódio foi entendido como uma tentativa de a União interferir diretamente nas ações de estados e municípios.

A tese de rompimento institucional chegou enfraquecida ao fim da semana, mas obrigou o presidente a ir a público reiterar que não ultrapassará os limites impostos pela Constituição.

“Sempre falei para todos os meus ministros: onde é nosso jogo? Nosso jogo é dentro das quatro linhas da Constituição. Não vamos sair deste retângulo ou deste quadrado”, disse Bolsonaro, em sua live de quinta-feira (1º).

Apesar da negativa do presidente, houve estrago na imagem tanto do governo como dos militares, o que obrigou o Planalto a colocar em prática um plano de redução de danos.

Braga Netto foi escalado para tentar criar um novo canal de interlocução com o STF, já que seu antecessor, que antes de assumir o posto foi assessor do ministro Dias Toffoli, era tido na corte como um fiador da atual gestão.

Mais do que garantir uma interlocução razoável com o Supremo, Braga Netto tem a missão de anular a influência de Fernando Azevedo no tribunal.

Ministros do Supremo lembram que, nos momentos de tensão em que Bolsonaro ameaçava usar o Exército para resolver seus problemas políticos, era Azevedo quem procurava integrantes da corte para botar panos quentes e ressaltar que não havia chance de as Forças Armadas atuarem fora dos limites constitucionais.

Bolsonaro e o atual ministro da Defesa temem que o STF interprete que a queda de Azevedo tenha relação com a interlocução que o ex-ministro tem com os magistrados e seja um sinal de que o Executivo não se importa em ter uma boa relação com o Judiciário.

Isso porque a corte tem sido alvo de cobranças públicas de Bolsonaro, que erroneamente compara ao estado de sítio as medidas restritivas adotadas por prefeitos e governadores para tentar conter a disseminação do coronavírus.

A ofensiva de Braga Netto será sobretudo sobre Toffoli e o presidente da corte, Luiz Fux. A ideia do ministro de Bolsonaro é se mostrar como um novo interlocutor que seguirá a mesma linha de Azevedo.

O chefe do Executivo receia que a frustração e a insatisfação de Azevedo em decorrência da maneira como foi demitido contaminem o STF.

Os membros do tribunal já foram informados por um emissário do governo de que serão procurados por Braga Netto após a Páscoa. Preocupado com uma reação do STF, antes mesmo de anunciar a interferência nas Forças Armadas, Bolsonaro se reuniu com o ministro Gilmar Mendes.

A reunião foi promovida no Palácio da Alvorada, no dia 27 de março, e não foi incluída na agenda oficial, como mostrou o Painel. No encontro, no entanto, Bolsonaro não detalhou as mudanças que pretendia fazer nos dias seguintes.

Além da tentativa de reaproximação com o STF, o presidente tenta arrefecer no Congresso a crise gerada por ele mesmo. A comissão de Fiscalização e Controle da Câmara convocou Braga Netto a prestar esclarecimentos.

*Com informações da Folha

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Mundo

Financial Times: Bolsonaro nunca esteve tão isolado como agora

O britânico Financial Times diz que Bolsonaro está lutando para manter seu governo unido e suas esperanças de reeleição vivas, “em meio a alguns dos piores números da Covid-19 do mundo”.

O jornal Financial Times, um dos mais influentes veículos do Reino Unido, publicou reportagem neste sábado (2) mostrando o isolamento político de Jair Bolsonaro, à medida que aumenta o números de mortes pelo novo coronavírus.

O jornal britânico repercutiu a troca de ministérios e do comando das Forças Armadas, feitas por Jair Bolsonaro, e afirmou que as Forças Armadas não são a única instituição que perde a paciência com Bolsonaro. “Uma semana antes, centenas de líderes empresariais proeminentes assinaram um manifesto exigindo ação governamental eficaz para controlar a segunda onda de agravamento da pandemia, que ameaça a recuperação econômica instável do Brasil”, diz o jornal.

O Financial Times lembrou também que já há mais vozes pedindo o impeachment de Bolsonaro. “E com o retorno do ex-presidente esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva à política depois que sua condenação por corrupção foi anulada, Bolsonaro não é mais o favorito nas eleições do próximo ano”, afirma.

“Um dos maiores céticos do coronavírus do mundo, Bolsonaro recusou-se a usar máscara durante a maior parte do ano passado, criticou as vacinações e classificou a pandemia como ‘uma gripezinha’. Ele agora está lutando para manter seu governo unido e suas esperanças de reeleição vivas em meio a alguns dos piores números da Covid-19 do mundo”, afirmou o jornal britânico.

“Bolsonaro está mais isolado do que nunca”, disse ao FT o diretor-gerente da consultoria Teneo, Mario Marconini. “À medida que a pandemia inevitavelmente piora, haverá outro acerto de contas pelo Congresso em um futuro não muito distante para ver se ele se tornou mais descartável do que é agora”, afirmou.

*Com informações do 247

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Opinião

Brasil, indignai-vos!

Chora a nossa pátria mãe gentil. Choram Marias e Clarices, mas também Julianas, Carolinas, Ruths, Danielas, Patrícias, Estelas, Anas e Milcas. Choram ainda Josés, Pedros, Joãos e tantos outros.

Primeiro foram os hospitais públicos que declararam que não tinham mais vagas. Depois, foram os hospitais privados. E, por último, foram os cemitérios que suspenderam os enterros por falta de valas. Desesperada pela falta de acesso à saúde, a elite brasileira descobriu como vivem…os brasileiros.

Nos últimos dias, o Brasil somou mais mortes que o total das vítimas do desembarque aliado da Normandia. E, diante de um estado fracassado, nenhum ato solene, nenhuma medalha, nenhuma declaração de reconhecimento e muito menos ações para compensar as perdas foram consideradas.

O trauma pelo qual passamos exigirá Justiça, um processo de reconstrução da memória e uma investigação. As cicatrizes são profundas.

Mas a história não irá nos poupar quando perguntar: o que faziam aquelas pessoas enquanto o país sepultava diariamente seu futuro?

Nossa geração tem um desafio de grandes proporções. Precisaremos de uma ruptura com o que parece ser um destino intransigente que nos persegue e nos teima em adiar os sonhos.

Mas, para isso, o oxigênio deve ser destinado para a indignação, talvez a mesma que permita que uma flor tenha a audácia de romper um inverno.

Num país historicamente insensível aos corpos estendidos no chão, em viadutos ou em arcos de obras arquitetônicas premiadas, a covid-19 aprofundou a banalização da morte e ganhou novas proporções diante de um governo que adotou uma estratégia deliberada de desvalorizar a vida.

A indignação, se também morrer, pode ser fatal para uma sociedade. Ao longo da história, ela foi o alicerce de mudanças. Hoje, só ela nos resta para entender que, no cemitério Brasil, o enterro é do futuro, justamente num país que jamais sepulta seu passado. Só ela nos mostra que nada disso era inevitável.

A indignação não apenas move a ação. Ela é a mãe da dignidade, palavra essa que foi deliberadamente resgatada para ser usada na Declaração Universal de Direitos Humanos de 1948 para marcar uma ruptura com o horror da morte. Naquele texto, repleto de indignação, estabelecia-se que a dignidade é um direito inalienável.

Na mesma Declaração, pode-se ler o óbvio em uma frase poderosa: todos têm o direito à vida. O poder intransigente nessa sentença não vem da palavra vida. Mas da constatação de que ela um direito de todos.

Em muitos sentidos, depois do horror nazista, aquele texto inaugura uma nova era para o que consideramos como uma vida digna.

Luis Alves e Luiz Antonio Teixeira, ambos da Fiocruz, também apontam como Foucault já descrevia como a era moderna tinha criado uma nova maneira de lidar com a vida e com a morte. Se na Idade Média a autoridade tinha o poder de fazer seus súditos morressem ou deixassem que eles sobrevivessem, a política atual é baseada em outro pilar: governos têm o dever de permitir que cidadãos vivam. A saúde, portanto, é um assunto de estado.

Mas quando não há a defesa da vida, quando a dignidade é abandonada e quando a fronteira da morte é cruzada, o contrato social foi de forma permanente abalado. Quando não há mais espaços nas funerárias, uma sociedade precisa interromper sua procissão de caixões sem rumo para se indignar e romper o sepultamento diário de um projeto de país.

A principal divisão no mundo não é entre esquerda ou direita. Nem entre religiosos e ateus. Mas entre humano ou desumano. E é nessa encruzilhada civilizatória que nossa geração no Brasil se encontra.

Há dez anos, o cientista político Alan Wolfe também já alertava que matar todos os judeus não foi um gesto de loucos. Foi um plano de poder. Expulsar todos que não se parecem com você não é uma questão de insanidade. Mas garantir o domínio eterno de um grupo da sociedade. Aterrorizar pessoas indefesas não é uma doença. Mas forçar o inimigo a desistir. Há, portanto, um método em toda a aparente loucura, concluiria Wolfe.

Os 20 mil mortos nesta semana ou os mais 300 mil em um ano não são resultados de loucuras. Enquanto as autoridades forem acusadas de insanidade estaremos dando provas de que nada entendemos de governo.

Para nós que ficamos, o único monumento que podemos erguer em homenagem aos que partiram é reconstruir o país. E, para isso, resgatar a indignação é o primeiro degrau de um longo caminho.

Só com ela é que, murmurando entre quatro paredes, nas artes, nos hospitais, nas escolas, nas escolhas de atitude, por zoom ou nos berros das manchetes, poderemos devolver a pergunta sobre onde estávamos.

E rebater a quem ajudou a disseminar a escuridão com uma outra ainda mais poderosa: “quando o dia raiar, onde é que vocês vão se esconder?”

*Jamil Chade/Uol

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Política

Marcelo Tas é a Vera Magalhães careca

Não pensem que isso é dito aqui porque os dois apresentadores tucanos receberam de presente, do PSDB, por serviços prestados dois programas da TV Cultura que um dia foram respeitados.

O que interessa é mostrar que a estupidez que produziu o gado verde e amarelo de Bolsonaro, tem método e não se trata apenas do método olavista, mas de uma didática acoplada a figuras medíocres que, através de suas visões mesquinhas de mundo, operam numa faixa mental que não ultrapassa nunca o lugar comum.

Tanto Marcelo Tas quanto Vera Magalhães têm esse dispositivo no cérebro e, por isso jamais ultrapassam essa pobreza intelectual, característica comum em gente carente de criatividade e originalidade e, por isso mesmo, relaciona-se tão bem, diria mais, inspira gente da mesma cepa da classe média brasileira.

Poderia aqui falar daquele sofrível, porém histórico artigo de Vera Magalhães em que a moça confessou viver um dos maiores impasses da vida, escolher entre o intelectual humanista gabaritado, com uma passagem absolutamente virtuosa no Ministério da Educação de Lula, repetindo a mesma eficiência como prefeito de São Paulo, Haddad; e Bolsonaro, um velho monstro conhecido da sociedade que defende milícia, tortura, ditadura, entre outros absurdos e que, como deputado durante 28 anos, não apresentou um mísero projeto.

Hoje, esse mesmo Bolsonaro que Vera, na sua imensa estupidez, quis comparar com Haddad, assombra não só o Brasil com seu genocídio, mas o planeta.

Aqui também não se fala da crítica malandra que Tas fez a Glenn Greenwald sobre os vazamentos que detonaram a figura do herói tanto de Tas quanto de Vera, Sergio Moro. Concentra-se em apenas duas questões, a primeira é quando a jornalista diz que Lula não era player para o Roda Viva e Marcelo Tas dizendo que Lula mentiu ao afirmar que conversou com Obama sobre a crise americana.

Isso nos dá a exata medida de como o caminho a ser percorrido para trazer um mínimo de lucidez para o cidadão médio brasileiro é muito mais complexo do que se imagina, porque, além de ter lidar com a ignorância desse cidadão, temos que nos deparar com a estupidez fecunda de seus “formadores de opinião”.

E aqui não se vai bancar o ridículo de repetir tudo o que Vera Magalhães teve que ouvir depois de soltar a sua pérola contra Lula, inclusive mentindo ao afirmar que era condenado, menos ainda responder a um jeca provinciano como Marcelo Tas que, no auge de seu deslumbramento americanófilo, estava muito mais preocupado em manter uma aura sagrada sobre o presidente americano do que debater o conteúdo do que Lula disse sobre o fato a Reinaldo Azevedo.

Aqui, o ponto a que se quer chegar, é esse, para que se tenha uma anatomia mais precisa da ignorância brejeira, sobretudo do baixo burguês que sempre tem na manga um pensamento vulgar, insignificante, funesto, pífio, quando não torpe, vil, chulé e trazer com mais precisão a infeliz fotografia moca servil da mídia brasileira que fez do bolsonarista sua imagem e semelhança.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Escritório do filho 04 de Bolsonaro ganhou móveis de empresa que mantém contratos com governo Bolsonaro

A empresa, que é apresentada pelo filho do presidente como uma de suas “parceiras”, recebeu R$ 678 mil do governo federal.

O escritório de Jair Renan Bolsonaro, o filho “04 do presidente”, que funciona em um camarote do estádio Mané Garrincha, em Brasília, recebeu gratuitamente móveis de uma empresa que mantém contratos com o governo federal.

Parte da mobília da empresa de Jair Renan foi fornecida pela Flexi Base, empresa que já recebeu R$ 678 mil do governo federal para fornecimento de mobília de escritório. O filho do presidente apresenta a marca como uma de suas “parceiras”.

O nome da Flexi Base chega a ser citado em vídeo de agradecimentos especiais produzido pela empresa de Jair Renan, divulgado no perfil oficial do escritório nas redes sociais. “Os verdadeiros amigos que fizeram a mágica acontecer e estão juntos desde sempre! #obrigado”, diz a publicação.

A Bolsonaro Jr Eventos e Mídia alega que a concessionária que administra o Mané Garrincha que repassou o mobiliário gratuitamente ao escritório do filho do presidente. A empresa não explica, no entanto, por que a Flexi Base é tratada como “parceira” por Jair Renan.

Outras “parcerias”

No ano passado, a Folha de S.Paulo informou que a empresa de Jair Renan recebeu gratuitamente serviços da Astronauta Filmes, que também tem contratos com o governo federal. A empresa gravou gratuitamente a festa de inauguração do escritório do filho do presidente.

Além disso, o grupo capixaba Gramazini Granitos e Mármores, que tem como lobista Jair Renan, deu um carro elétrico no valor de R$ 90 mil a Jair Renan. A empresa obteve em setembro de 2019 um benefício fiscal que concede 75% de desconto no pagamento do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) até 2028.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento preliminar para apurar “possíveis crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro” na proximidade entre o grupo empresarial e o filho de Bolsonaro.

*Com informações da Forum

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Arthur Lira está comendo o rato em silêncio. A próxima vítima será Guedes

Não importa a cor do gato, contanto que ele cace o rato (Deng Xiaoping).

Segundo matéria de Guilherme Amado, Época, Arthur Lira está comendo Bolsonaro pelo fígado, sem fazer barulho.

Época – Silêncio demonstra uma mudança grande de estilo em relação a Rodrigo Maia. E isso é uma má notícia para Jair Bolsonaro. Caiu o chanceler, caiu o advogado-geral da União, caiu o ministro da Defesa, caíram os comandantes militares e Arthur Lira nem piscou. Até o almoço desta quinta-feira, 1º de abril, dia da mentira, quando escrevo esta análise, o presidente da Câmara ainda não deu um pio sobre nada disso. Lira foi atendido na reforma, com a ida de uma deputada do centrão, Flávia Arruda, do PL do Distrito Federal, para comandar a articulação política, na Secretaria de Governo. Mas foi derrotado em outros pleitos. O silêncio de Lira é calculado e demonstra uma mudança grande de estilo em relação a Rodrigo Maia. E isso é uma má notícia para Jair Bolsonaro.

Em janeiro, faltando três dias para a eleição da Câmara, Lira dizia que trabalharia em privado para que não fosse necessário cobrar Bolsonaro publicamente quando o presidente fizesse das suas contra a democracia ou o país. De lá para cá, fiel a sua índole, Bolsonaro cometeu várias das suas, e Lira fez um único discurso duro, na quarta-feira 24, quando falou em sinal amarelo e remédio amargo. E bastou.

Bolsonaro entendeu o recado e fez as maldades da reforma numa só tacada, como Maquiavel ensinou. Errou gerando uma crise militar inédita, que aumentará a coesão entre os que veem o Exército como braço do Estado e não do governo. Mas, esquecendo o que o moveu, o fato é que acertou do ponto de vista político e gerencial (e moral, e ético etc.) ao tirar Ernesto Araújo. A ida de Arruda para o Planalto manteve o centrão fiel. E também acertou politicamente ao recusar atender aos pedidos do centrão para trocar os ministros da Educação e das Minas e Energia.

O impopular Bolsonaro sabe que terá de dar tudo que o centrão quiser, mas, se entrega numa tacada só, perde combustível. Lira não gostou da passada de perna na troca de Pazuello. Ele, embora diga o contrário, queria o deputado Dr. Luizinho, do PP do Rio de Janeiro, mas topou a médica Ludhmila Hajjar, diante da negativa do Planalto ao nome do parlamentar. Acabou sendo escolhido Marcelo Queiroga, que se aproximara de Flávio pelas mãos do sogro do zero um, cardiologista como o agora ministro. Lira registrou e não gostou.

Seus interlocutores dizem que ele não comentou as trocas nesta semana para não parecer que estava em oposição ao governo, e que bastaria o fato de Rodrigo Pacheco ter se pronunciado — fazendo uso de sua habilidade de advogado de falar cinco minutos e não dizer nada.

Mas não é bem isso. Lira vai falar em público quando a costura de bastidor não estiver surtindo efeito. E, ao contrário de Maia, não vai ser com notas de repúdio sem consequência real para o governo Bolsonaro no plenário da Câmara.

*Guilherme Amado/Época

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Os militares são sócios de Bolsonaro nesse genocídio

Os militares são sócios de Bolsonaro nessa devassidão promovida pela covid.

Os que não participam do governo, mas se calam, são cúmplices.

A relação “indefinida” entre Bolsonaro e as Forças Armadas em que Bolsonaro rói e os militares sopram, é parte de um teatro com vários significados, inclusive nenhum.

Mas Bolsonaro usa a instituição (meu exército) e as Forças Armadas se calam.

O novo e o ex-comandante do Exército, juntos, visitando Villas Bôas, no mínimo, revela a camaradagem entre as Forças Armadas e o governo genocida de Bolsonaro que dizimou por Covid, até então, 330 mil mortes de brasileiros, número que, infelizmente, a cada dia, aumenta significativamente.

Qual interpretação as Forças Armadas esperam da sociedade?

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Segunda onda da Covid-19, desgoverno e vacinação lenta levam economistas a prever recessão

O pico da segunda onda da pandemia está derrubando ainda mais a expectativas para a economia este ano. No momento que a média diária de mortes por Covid-19 ultrapassa 3 mil mortos, mais economistas estão prevendo nova recessão no início do ano, com dois trimestres seguidos de recuo do Produto Interno Bruto (PIB).

A reação econômica este ano e em 2022 não será suficiente para o país se recuperar da recessão da Covid-19. Somente em 2023, o país voltaria aos níveis de antes da crise.

— Dada a evolução da pandemia e o ritmo lento de vacinação, o mais provável é que o país passe por uma recessão técnica no primeiro semestre. Enquanto a crise sanitária não for resolvida, não vai ter retomada robusta — afirma Adriano Laureno, economista sênior da Prospectiva Consultoria.

Carlos Kawall, diretor da ASA Investments, afirma que o recrudescimento da pandemia em março anulou o bom momento de janeiro e fevereiro, mesmo com o fim do auxílio emergencial. Ele estima queda de 0,5% do PIB no primeiro trimestre frente ao fim do ano e mai novo recuo de 2% no segundo trimestre.

Ele prevê que o PIB de 2021 cresça 2,3% e 1,5% em 2022. O resultado combinado dos dois anos não compensará a queda de 4,1% do PIB em 2020:

— Não há cenário claro de controle da pandemia, há atrasos nas vacinas. Mesmo em países que estão vacinando mais rápido, como Chile, Reino Unido e EUA, avalia-se que é preciso ampliar o distanciamento por mais tempo — diz Kawall, lembrando que entre os emergentes mais relevantes, o Brasil é o único a ter a expansão de 2021 revisada para baixo.

A pandemia afeta os negócios e aumenta a incerteza, inibindo o consumo de famílias e empresas. Na pesquisa Focus, feita pelo Banco Central com instituições financeiras, a previsão para o PIB cai há quatro semanas. Hoje está em 3,18%. Sílvia Matos, coordenadora do Boletim Macro Ibre/ FGV, classifica como “uma catástrofe” a situação do país:

— Se o país não crescesse nada este ano, mas mantivesse o ritmo da atividade de dezembro, teríamos uma alta do PIB de 3,6%, o chamado carregamento estatístico. Mas nossa previsão já está em 3,2%. O país está desacelerando.

Enrico Cozzolino, analista do Banco Daycoval, diz que faltam medidas para solucionar essa parada econômica:

— Seria um bom momento de uma sinalização forte de que as reformas (administrativa e tributária) estariam avançando. Mas não há clima, nem coalizão política para seguir com esta agenda.

Mais riscos

Risco fiscal, com a dívida pública chegando a 90% do PIB, dúvidas sobre a viabilidade do Orçamento aprovado pelo Congresso, inflação subindo, devendo superar 7% em 12 meses, juros em alta, incertezas políticas e ameaças institucionais pioram a situação, lembra Sérgio Vale, da MB Associados, que também espera recessão no primeiro semestre e alta do PIB de 2,6% este ano:

— Temos o risco político de um governo que não tem funcionado há dois anos. Ninguém esperava que chegássemos a 4 mil mortos por dia.

*Com informações de O Globo

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