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Aberta a tampa do bueiro: “Cérebro” da Lava Jato na Suíça sugeriu que Petrobras o contratasse

O ex-procurador suíço Stefan Lenz, que liderava as investigações contra a Petrobras e a Odebrecht na Suíça, sugeriu em carta de julho de 2016 para o procurador Orlando Martello, da Lava Jato, que a estatal brasileira o contratasse para ampliar a possibilidade de a empresa recuperar dinheiro desviado.

Lenz acenou com a proposta quando ainda ocupava o cargo no Ministério Público da Suíça e indicou que existiam investigações desconhecidas dos brasileiros que poderiam ser úteis.

A carta faz parte dos documentos obtidos pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a partir da liberação do STF (Supremo Tribunal Federal) —um trecho da mensagem foi incluída em uma comunicação da defesa do presidente ao STF, nesta semana. O documento teria sido salvo por Deltan Dallagnol, procurador que atuou como chefe da Operação Lava Jato.

“Eu nunca fui contratado pela Petrobras e nunca ajudei”, disse Lenz à coluna. “Não houve prática ilegal na troca de provas e informações entre mim e a equipe de Lava Jato.”

O processo não andou com o Brasil. Mas Lenz conseguiu fechar um acordo para colaborar com os procuradores peruanos, que também investigavam sua classe política e pagamentos por parte da Odebrecht.

O documento faz parte do primeiro lote de 1 terabyte de material apreendido na Operação Spoofing (investigação contra hackers que invadiram celulares dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato), repassada recentemente à defesa de Lula pela Justiça.

Segundo os advogados Cristiano Zanin e Valeska Martins, essa informação não representava a totalidade da operação e seria necessário obter todos os sete terabytes de dados.

Para mostrar a importância do acesso à integra, os advogados apontaram na mensagem ao STF trechos do que já conseguiram identificar na primeira remessa de informações —como a carta escrita por Lenz.

Trata-se, na avaliação dos advogados, de mensagens que revelariam como procuradores brasileiros e suíços transmitiam informações sobre as investigações “fora dos canais oficiais e ao arrepio do que prevê o acordo entre os dois países”. Isso incluiria “supostas informações sobre os sistemas de Odebrecht que eram utilizadas nas diligências e até nas denúncias apresentadas”.

Lenz foi considerado dentro do MP suíço como o “cérebro” das investigações sobre o caso brasileiro. Nos dois anos em que liderou o inquérito, seu trabalho resultou em mais de mil contas bloqueadas com um valor total de US$ 1 bilhão, além de reunir dados sobre Eduardo Cunha, Nestor Cerveró, Henrique Alves, dirigentes de empresas, operadores e doleiros.

Em outubro de 2016, ele rompeu com a cúpula do MP da Suíça e abriu uma crise dentro da procuradoria do país europeu. Numa carta, ele criticou abertamente a maneira pela qual o MP lidou com os procuradores, sem garantir nem reconhecimento, salários adequados ou recursos para realizar o trabalho.

Transição já tinha sido comunicada de forma confidencial para Lava Jato

A carta mostra que o procurador já falava abertamente sobre a possibilidade de sair do MP suíço antes mesmo de a ruptura ocorrer. Para ele, a alternativa seria voltar a ser um advogado —disse que se dedicaria a estar do mesmo lado dos procuradores e defendendo as vítimas: “Por exemplo, a Petrobras e/ou as autoridades brasileiras”.

“Como você sabe, existem muitas investigações ocorrendo e existem muitas e importantes evidências na Suíça com uma relação direta aos casos de vocês [Lava Jato] e a Petrobras, em específico”, diz.

“Alguns vocês conhecem. Uma parcela ainda grande vocês não sabem”, diz na carta. Lenz afirma que tentou instalar uma equipe conjunta de investigação, o que daria aos brasileiros acesso direto à informação. “Mas parece que, por motivos políticos, isso não será possível.”

Ele, então, oferece outros caminhos. “Existem outras formas de ter informação do que e quem está sendo investigado na Suíça”, escreve.

Segundo Lenz, na mesma carta, um dos caminhos para as vítimas seria tornar parte da queixa, o que daria acesso aos processos. Para o suíço, existiria ainda a possibilidade de que a Petrobras ou mesmo as autoridades brasileiras entrassem com processos contra as instituições financeiras do país europeu.

Contratação pela Petrobras como opção

O então procurador, nesta mesma carta, passa a focar na situação específica da Petrobras. “Ouvi que a Petrobras vai ajudar as autoridades brasileiras no caso de [Eduardo] Cunha. Eles deveriam fazer o mesmo em todos os casos nas investigações suíças que eles foram vítimas de pagamentos criminosos”, disse. Para ele, portanto, fazer parte dos processos na Suíça daria à empresa “uma enorme vantagem”.

Ele diz que isso exigiria uma “assistência de um advogado na Suíça, o que poderia ser fornecido por mim, quando eu –pelos motivos que expliquei– deixar meu trabalho como procurador”.

“Com o profundo conhecimento do assunto e especial nas investigações em curso, eu poderia liderar o lado brasileiro por meios dos procedimentos dos quais já tenho familiaridade.”

Entre os pedidos, Lenz sugere que Martello “tome a temperatura com os advogados da Petrobras” sobre o tema.

Lenz afirma que também mandaria a mesma mensagem para Deltan Dallagnol. Mas pediu que a informação fosse mantida “em absoluta confidencialidade”. Ele ainda deixou claro ao procurador que, se ele não se sentisse “confortável” em tratar do assunto, bastava que “esquecessem” de tudo que havia sido dito naquela mensagem.

Lava Jato: provas utilizadas foram transmitidas por canais oficiais

A reportagem informou o conteúdo das mensagens à Assessoria de Comunicação do Ministério Público Federal no Paraná. Mas a força-tarefa exigiu o documento obtido pela coluna.

Eis a resposta da Lava Jato.

“1. O repórter, distante das melhores práticas de jornalismo, não encaminhou as supostas mensagens em que se baseia a reportagem, o que prejudica o direito de resposta e a qualidade das informações a que o leitor tem acesso.

2. Registra-se que tais mensagens, obtidas de forma criminosa, foram descontextualizadas ou podem ter sido alteradas ao longo dos anos para produzir falsas acusações, que não correspondem à realidade. Nesse contexto, importante ressaltar que a perícia aplicou técnicas para se certificar de que os arquivos não seriam modificados a partir da realização da própria perícia (futuro) e da apreensão pela Polícia Federal, mas em momento algum atestou a inexistência.

3. De qualquer forma, para contribuir com a correta informação do leitor, esclarece-se que o ex-procurador suíço jamais foi contratado como advogado pela Petrobras ou pelo Ministério Público. A contratação de advogado pela Petrobras é da exclusiva avaliação e decisão da referida empresa, não tendo o MPF, absolutamente, qualquer ingerência neste assunto.

4. Como o jornalista não encaminhou as mensagens, fazem-se esclarecimentos mais amplos a respeito do assunto, informando que durante a Operação Lava-Jato houve troca de informações diretas nos moldes das normas e recomendações nacionais e internacionais. Seguiu-se o que é preconizado pelos manuais de boas práticas internacionais da Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, pelo GAFI (Grupo de Ação Financeira Internacional), do Banco Mundial, do G20 e da AGU (Advocacia-Geral da União).

5. Seguindo ainda essas mesmas recomendações, todas as provas utilizadas nas investigações e processos brasileiros foram transmitidas pelos canais oficiais e franqueadas às respectivas defesas.”

*Jamil Chade/Uol

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Em manipulação grosseira, Moro orientou Deltan e consórcio manteve conversas clandestinas com EUA e Suíça

Mensagens trocadas entre Sergio Moro — então juiz titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos casos da autodenominada “lava jato” — e Deltan Dallagnol — à época coordenador da “operação” — revelam que a condução de processos relacionados a Lula foi combinada entre acusação e julgador.

As mensagens foram anexadas em petição endereçada ao STF, no âmbito da reclamação 43.007, em que a defesa do ex-presidente pediu inicialmente acesso integral ao material apreendido pela chamada operação “spoofing”. Os dados consistem em mensagens trocadas entre procuradores e juízes que participaram da “lava jato” e foram divulgadas pelo The Intercept Brasil na série de reportagens que ficou conhecida como “vaza jato”. O relator do caso, ministro Ricardo Lewandowski, deferiu o pedido, embora a defesa tenha tido dificuldade para ter acesso ao material.

Nesta quinta-feira (28/1), Lewandowski decretou sigilo sobre a ação (reclamação 43.007), após pedido da defesa, que também anexou aos autos algumas mensagens analisadas por um perito judicial.

O site da Veja publicou alguns trechos dessas conversas. Os documentos revelados pela publicação mostram diálogos curtos entre o ex-juiz e o chefe da “lava jato”. Em uma das mensagens — de 16 de fevereiro de 2016 —, Moro pergunta se a denúncia contra Lula seria “sólida” o suficiente.

“Profecia autorrealizável”
Em outra conversa, Moro cobra de Dallagnol manifestação do MPF em uma das ações:

No caso, trata-se da ação 5046159-54.2016.4.04.7000. O pedido de Moro foi feito às 18h57 de 14/9/16. A resposta de Dallagnol veio em seguida (às 19h08). E, às 19h41, o procurador afirmou que a manifestação estava sendo protocolada. Em consulta à movimentação do processo, tal manifestação foi protocolada, de fato, às 19h43. E, em 16/9, Moro profere decisão. Nela, o juiz afirma que Polícia Federal e MPF pediram “autorização para a condução coercitiva de parte dos investigados”. O pleito foi então deferido, contra 13 pessoas.

Em outra mensagem, Deltan pede sigilo absoluto acerca de uma reunião secreta com representantes suíços. O procurador também pede que Moro limite o depoimento do empreiteiro Léo Pinheiro, da OAS, apenas aos fatos pelos quais ele é acusado, para que ele não amplie benefícios penais sem se tornar um delator.

Para os advogados de Lula, “é possível desde já constatar, para além da escancarada ausência de equidistância que deveria haver entre juiz e partes, por exemplo: (1) a efetiva existência de troca de correspondência entre a “força-tarefa da lava jato” e outros países que participaram, direta ou indiretamente, do Acordo de Leniência da Odebrecht, como, por exemplo, autoridades dos Estados Unidos da América; (2) documentos e informações que configuram quebra da cadeia de custódia relacionados aos sistemas da Odebrecht; e (3) a busca selvagem e a lavagem de provas pelos órgãos de persecução, com a ciência e anuência do juízo de piso”.

O procurador também tenta agendar um horário com o então juiz Sergio Moro para falar com ele sobre “apreensão de celulares”.

Procurador e juiz também trocam confidências sobre a atuação da defesa do ex-presidente e as denúncias do advogado Rodrigo Tacla Durán de que um amigo de Moro lucraria intermediando acordos de delação premiada.

Moro também orienta o procurador sobre as informações obtidas pelos sistemas Droussy e Webday da Odebrecht. “Vcs [sic] vão ter que enviar isso a PF para fazer laudo pericial e depois produzir laudos específicos a cada acusação. Do contrário, vai ser difícil usar”, ensinou o então juiz.

Defendem o ex-presidente os advogados Cristiano Zanin, Valeska Martins, Maria de Lourdes Lopes e Eliakin Tatsuo.

*Do Conjur

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Enquanto Bolsonaro grita, xinga e arrota, desemprego bate novo recorde e economia afunda ainda mais

Macro e micro economias em definhamento.

Mercado interno dá claros sinais de erosão.

O verdadeiro golpe de Bolsonaro é contra os empresários para favorecer os banqueiros.

Que o diga a visita de Bolsonaro, junto com Guedes, nessa terça ao Credit Suisse, onde jurou o cumprimento neoliberal, a aceleração das privatizações, além de fazer juras de amor ao arrocho do teto de gastos.

Ou seja, as suas verdadeiras vítimas, são seus próprios apoiadores.

Bolsonaro é o traidor de sua própria gleba.

Guedes e Bolsonaro fabricaram o crepúsculo econômico em que o Brasil vive.

Por isso, o presidente da CNI, Robson Andrade, disse que o Brasil pode se transformar na “roça do mundo”

Pior, segundo informação do portal Carta Maior, “pesquisa com 98 países sobre a gestão de governo da pandemia “Covid Performance – Lowy Institute’ não apenas coloca o Brasil em último lugar. É pior: somos o único país com pontuação abaixo de 5”.

Qual o custo disso para a economia? Quem pagará essa conta além do povo? Todo o setor da indústria e comércio.

*Da redação

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Economia

Contas do governo federal têm rombo recorde de R$ 743,1 bilhões em 2020

Resultado é o pior da série histórica e reflete disparada de gastos e perda de arrecadação.

Sob efeito da pandemia do novo coronavírus, que provocou uma disparada dos gastos públicos e derrubou a arrecadação de impostos, as contas do governo federal registraram um rombo fiscal de R$ 743,1 bilhões em 2020. O resultado é o pior da série histórica iniciada há 24 anos.

O déficit primário do ano passado, divulgado pelo Tesouro Nacional nesta quinta-feira (28), é maior do que a soma de todos os rombos registrados em 2014, 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019.

Em dezembro, último mês de vigência do decreto de calamidade pública, o rombo nas contas do governo ficou em R$ 44,1 bilhões, contra um déficit de 14,6 bilhões do mesmo mês de 2019.

No resultado acumulado de 2020, a receita total do governo ficou em R$ 1,47 trilhão, uma queda real de 13,1%. O movimento foi motivado pela deterioração da economia. Com as medidas restritivas e de isolamento social nos estados e municípios, o faturamento das empresas caiu, afetando negativamente o pagamento de impostos.

Do lado das despesas, com resultado de R$ 1,95 trilhão, houve um aumento de 31,1% acima da inflação nos gastos do governo no ano passado, em comparação com 2019. Somente os desembolsos diretamente relacionados ao enfrentamento da crise sanitária somaram R$ 524 bilhões.

A expansão de gastos para mitigar efeitos da pandemia só foi possível porque o governo e o Congresso decretaram estado de calamidade pública de março a dezembro do ano passado, além de implementarem o chamado Orçamento de guerra.

As medidas desobrigaram o Executivo a respeitar regras fiscais no ano passado. A maior parte dos gastos relacionados à pandemia foi autorizada por meio de créditos extraordinários, mecanismo que pode ser usado em situações urgentes e imprevisíveis e que não é contabilizado no teto de gastos, regra que limita o crescimento das despesas públicas.

Também ficou dispensada a regra de ouro, que proíbe o governo de se endividar para pagar despesas correntes, como salários, Previdência e benefícios assistenciais.

Por fim, não foi necessário cumprir a meta fiscal, o esforço que o governo promete fazer para evitar o crescimento da dívida pública. Em 2020, esse compromisso havia sido estipulado em R$ 124,1 bilhões de déficit. Portanto, o resultado fechado do ano ficou R$ 619 bilhões pior do que a meta.

*Bernardo Caram/Folha

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Vídeo: Isolado no mundo, Bolsonaro se agarra a Collor enquanto Biden ri de sua cara

Qual o problema de Biden rir da cara de Bolsonaro por ele ser o asno do planeta?

Aqui nas terras paratatás, Collor, em declaração de apoio, credenciou o miliciano. Isso basta para um gado que começou sua carreira votando em Collor, FHC, Serra, Aécio e que hoje, depois de tanta pancada na cabeça, é bolsonarista desde criancinha.

É essa coisa inominável que preside o Brasil que virou chacota internacional, não o Brasil e, muito menos os brasileiros. Se há um deboche no sorriso de Biden, e ele é explícito, é com essa coisa chamada lá fora de Trump tropical (leia-se, fracassado tropical) que, certamente não terá vida fácil com Biden.

Confira:

*Da redação

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Política

Bolsonaro usa lei da ditadura para intimidar quem discorda dele, diz HRW

A organização não governamental (ONG) de direitos humanos HRW (Human Rights Watch) criticou, em nota divulgada em seu site, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pelo uso da Lei de Segurança Nacional pelo seu governo para investigar críticos.

Desde junho de 2020, a Polícia Federal instaurou, a pedido do governo, pelo menos quatro inquéritos com base na lei que entrou em vigor em 1983, durante a ditadura militar.

“O governo do presidente Jair Bolsonaro está usando uma lei repressiva promulgada durante a ditadura (1964-1985) para pedir sentenças de prisão contra pessoas que criticaram sua resposta desastrosa à pandemia de covid-19”, diz a nota da HRW.

Em um dos casos envolvendo a Lei de Segurança Nacional que ganhou notoriedade, o ministro da Justiça, André Mendonça, ordenou a abertura de um inquérito em agosto de 2020 para investigar o advogado Marcelo Feller por críticas dirigidas a Bolsonaro no quadro “O Grande Debate”, da emissora CNN.

Na última semana, a procuradoria da República no Distrito Federal se manifestou pelo arquivamento do caso. Durante o debate, o criminalista usou termos como “genocida, politicamente falando”, “criminoso” e “omisso” para se referir ao presidente.

Para o diretor da divisão de Américas da Human Rights Watch, José Miguel Vivanco, a lei concede proteções especiais à reputação do presidente ou de outras autoridades do alto escalão, e das Forças Armadas;

“Em um país democrático que protege a liberdade de expressão, a população deveria ser capaz de monitorar e criticar autoridades, e debater livremente questões de interesse público, sem medo de retaliação ou punição”, disse.

Outros casos

Além do inquérito contra Marcelo Feller, a Lei de Segurança Nacional já foi usada ou citada por André Mendonça em outras situações, a maioria para investigar profissionais da imprensa:

  • O cartunista Renato Aroeira por uma charge e o jornalista Ricardo Noblat por compartilhá-la nas redes sociais.
  • O colunista da Folha de S.Paulo Helio Schwartsman por coluna em que sugeria que a morte de Bolsonaro poderia salvar vidas.

Dois artigos em especial da Lei de Segurança Nacional são alvos de críticas da HRW: Um deles é o artigo 26, que pune com até quatro anos de prisão calúnias ou difamação contra o presidente da República, do Senado, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal.

Já o artigo 23, que pune pune com até quatro anos de prisão quem “incitar à animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e as classes sociais ou as instituições civis”, foi utilizado em um pedido da Procuradoria-Geral da República para investigar o ministro do STF Gilmar Mendes.

José Miguel Vivanco vê uma tentativa de intimidação. “O presidente Bolsonaro, um defensor declarado do regime militar brasileiro, está usando uma lei repressiva da ditadura para tentar intimidar e silenciar as pessoas que discordam dele”, disse o diretor da organização.

“O Congresso deveria fazer com que as leis do Brasil estejam em conformidade com as normas internacionais de direitos humanos e deveria revogar os artigos 23, 26 e outras disposições da Lei de Segurança Nacional que violam a liberdade de expressão”, completou.

*Com informações do Uol

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Por que o valentão Bolsonaro se acovardou e fugiu do Fórum Econômico Mundial de Davos?

Por que aquele valentão, que discursava para uma plateia de jecas rastaqueras, correu do Fórum Econômico de Davos?

Ora, porque a valentia do “mito” fica somente nas manchetes, nos bastidores. Ele fecha acordos com a própria mídia e, logicamente, corre de quem de fato hoje se posiciona frontalmente contra ele.

E esse é o caso do mundo todo que vê em Bolsonaro um monstro. E aqui no Brasil a mídia o trata com parcimônia, com uma troca de interesses abjetos com a agenda de desmonte nacional de Paulo Guedes.

Bolsonaro é tido como o principal culpado pelas mortes por covid de mais de 220 mil brasileiros.

Na atualidade, é o chefe de Estado que mais devorou vidas, ou seja, Bolsonaro é tudo o que todos os organismos internacionais que participaram do Fórum repudiam a pleno pulmões.

E se o Brasil está prestes a enfrentar uma retaliação mundial pelo comportamento de Bolsonaro na pandemia e pelos crimes ambientais na Amazônia comandados de dentro do Palácio do Planalto, Bolsonaro se refugiou em uma churrascaria para fazer um discurso a favor de suas mutretas com leite condensado e diversos outros produtos alimentícios, mas sobretudo para tirar do foco a implacável ação internacional de retaliação ao seu governo.

Mourão, que o substituiu, com um discurso cheio de xavecos e mentiras, não comoveu ninguém. E tudo indica que o pária internacional chamado Bolsonaro enfrentará pesadas realidade que custarão a já depauperada economia brasileira um preço ainda mais amargo.

*Da redação

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Bolsonaro é uma ratazana que emergiu do lixão e a mídia transformou o Brasil numa cruzada de ódio contra trabalhadores e pobres

O Brasil, quatro anos depois do golpe em Dilma, transformou-se num lixão, aonde ratos, baratas e urubus fazem a festa e comandam o país. São eles que abençoam o teto de gastos num pacto com os manipuladores do dinheiro que sempre se reúnem em algum banco, nacional ou internacional, como ocorreu nesta terça-feira (26) no banco Credit Suisse, em que Bolsonaro e Guedes, o submundo do rentismo e agiotagem sublinharam o pacto pelo inferno dos brasileiros e pela glória dos milionários.

É sempre bom afirmar que Bolsonaro não vale nada, só não cai porque a grande mídia e a maioria do Congresso valem menos ainda.

Para a Globo, que representa os interesses da banca, o Brasil pode perder 220, 440 ou 880 mil vidas, milhões podem passar fome, mas o teto de gastos tem que seguir intocável.

Por isso, a Globo não quer a queda de Bolsonaro, quer apenas que ele siga a cartilha do arrocho neoliberal de Guedes, como foi acordado com os Marinho, antes da eleição, para ter apoio e proteção de quem está entre a vida e o dinheiro, sempre do lado do dinheiro em estado puro, dos rentistas e banqueiros, como é tradição da elite nativa.

Mercado não chora a morte de ninguém, ele faz conta. De um lado, tem um monstro chamado Bolsonaro que já devorou mais de 220 mil vidas. Do outro, tem Paulo Guedes que está acabando com a nossa economia, mas dando bilhões de lucros a meia dúzia.

Se Bolsonaro cair, Guedes também cai, e o risco do mega negócio da elite ir por água abaixo é grande. Então, que Bolsonaro permaneça, porque a vida dos outros não vale tanto quanto os lucros que as mortes estão dando a essa escória.

Daí o Jornal Nacional não dar um pio sobre o que aconteceu ontem.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Dallagnol e o medo de que o Brasil descubra suas sujeiras contra Lula na Lava Jato

Dallagnol e procuradores pedem que STF impeça que Lula tenha acesso às conversas da Lava Jato.

Na semana passada, o ministro Ricardo Lewandowski determinou a entrega imediata do material ao ex-presidente.

Segundo matéria de Mônica Bergamo, na Folha, procurador Deltan Dallagnol e outros seis colegas que comandaram com ele a Operação Lava Jato em Curitiba pedem que o STF (Supremo Tribunal Federal) impeça o ex-presidente Lula de ter acesso às mensagens deles que foram hackeadas e divulgadas no escândalo que ficou conhecido como “Vaza Jato”. Elas estão hoje em poder da Polícia Federal.

Na semana passada, o ministro Ricardo Lewandowski determinou a entrega imediata do material a Lula, que pretende usar as mensagens como prova de que sofreu perseguição da Lava Jato. Os procuradores pedem que o ministro reconsidere a decisão —e, em caso negativo, que encaminhe o caso ao plenário do Supremo.

Eles alegam que a disponibilização do material ao petista fere o direito que têm à intimidade, privacidade —e é até mesmo uma questão de “segurança para a vida e a integridade física e moral de suas famílias”. Dizem também que o material não foi periciado e pode não ser verdadeiro.

O pedido, assinado também por procuradores como Januário Paludo e Laura Tessler, causou estranheza entre magistrados: quando comandavam a Lava Jato, os operadores divulgaram mensagens de investigados —e até mesmo conversas privadas da ex-primeira-dama Marisa Letícia com os filhos dela e de Lula.

A resistência levantou entre ministros também a percepção de que, embora boa parte das mensagens já tenha vindo a público, a íntegra do conteúdo preocupa os procuradores.

*Com informações da Folha

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Escritório de advocacia da Havan defende empresa que vendeu leite condensado ao governo

A pequena empresa Saúde & Vida recorreu aos serviços de um escritório conhecido como “o maior de advocacia empresarial do Brasil”.

A empresa “Saúde & Vida Comercial de Alimentos Eireli” divulgou uma nota nesta quarta-feira (27) através de seu advogado, Nelson Williams, em que nega que tenha fechado contratos de R$ 12 milhões ou R$ 15 milhões com o Executivo Federal. Os valores vieram à tona após a repercussão do carrinho de compras de R$ 1,8 bilhão do governo Jair Bolsonaro.

Conforme informações extraídas do Portal da Transparência pelo jornalista Fernando Boscardin e pela escritora Daniela Abade, a empresa Saúde & Vida, de Azenate Barreto Abreu, fechou um contrato de R$ 12 milhões com o alto comando do Exército. Além disso, através dos dados levantados pela dupla no site do governo é possível verificar mais R$ 25 milhões para o filho de Azenate, Elvio Rosemberg da Silva Abreu Júnior, através da DFX Comercio e Importação Eireli. Isso totalizaria R$ 37 milhões para os familiares.

Na nota, Williams afirma que “a empresa nunca fechou qualquer contrato no valor de 15 milhões para o fornecimento de leite condensado para qualquer órgão do governo, tampouco fechou qualquer contrato no valor de 12 milhões como chegou a ser divulgado por alguns veículos de comunicação”.

A Saúde & Vida foi uma das empresas que vendeu leite condensado para o Executivo, item que custou mais R$ 15 milhões aos cofres públicos apenas em 2020. Em uma das compras sem licitação que constam no Portal da Transparência, é possível identificar o pagamento de R$ 162 por caixa de 395 g de leite condensado. Esse valor foi destinado para a empresa de Azenate, que afirma que haveria um equívoco no Portal e que essa quantia seria para uma caixa de 27 unidades do produto.

Para além da simples negativa do que aparece em contratos, o autor da nota chama a atenção. Segundo consta na Wikipedia, Willians é “sócio fundador do escritório Nelson Wilians e Advogados Associados (NWADV), considerado o maior escritório de advocacia empresarial do Brasil”, além de colunista da Revista Forbes.

No site oficial da NWADV aparece a seguinte descrição: “O NWADV tem hoje uma carteira com mais de 12 mil clientes pessoas jurídicas e centenas de clientes pessoas físicas e cerca de 500 mil processos ativos. Esse trabalho tem sido reconhecido por diversas publicações especializadas; recentemente o escritório recentemente o escritório recebeu o Latin Lawyers Awards, um dos maiores rankings de escritórios de advocacia do mundo”.

O advogado também foi o representante legal das Lojas Havan em processo em que a empresa de Luciano Hang conseguiu garantir seu funcionamento durante a pandemia. Hang é investigado no inquérito das fake news do Supremo Tribunal Federal como suposto dos financiador da rede de difamação bolsonarista.

Outra figura “graúda” que recorreu aos serviços de Willians foi Rose Mirian Di Matteo, mãe dos filhos de Gugu Liberato. Além disso, ele atua como cônsul honorário da Hungria no Rio de Janeiro desde 2016. O governo húngaro, comandado pelo primeiro-ministro Viktor Orbán, é muito próximo do governo Bolsonaro – ambos são de extrema-direita.

Com esse volumoso currículo, é de se estranhar que uma empresa de pequeno porte/microempresa do tipo Eireli (Empresa Individual de Responsabilidade Limitada), como é o caso da Saúde & Vida, contrate os seus serviços.

https://twitter.com/Boscardin/status/1354571453421789184?s=20

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