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Le Monde destaca participação inédita de eleitores de Bolsonaro nas manifestações por impeachment

O jornal Le Monde destaca nesta segunda-feira (25) o aumento da rejeição de parte da direita ao presidente Jair Bolsonaro. A decepção de seus eleitores, manifestada em protestos nesse fim de semana em várias cidades brasileiras, estaria ligada principalmente à incapacidade do governo de administrar a crise sanitária.

Uma simples advertência ou o começo do fim? pergunta o jornal Le Monde sobre as manifestações, que aconteceram neste fim de semana contra o presidente Jair Bolsonaro. O jornal destaca como inédita a participação de uma parte da direita nos protestos, até agora convocados pela esquerda. Mas pondera afirmando que a presença da “caravana da direita”, organizada pelo Movimento Brasil livre e pelo Vem pra Rua, “dois grupos ultraliberais”, era modesta” e contava com apenas com alguns carros.

Para os manifestantes entrevistados por Le Monde, a carreata foi um primeiro ensaio. De acordo com Fabio Gideão, eleitor de Jair Bolsonaro, coordenador do MBL no Rio e organizador do evento, as manifestações contra o presidente vão aumentar e serão “mais massivas”. Ele diz ter se decepcionado, já que achava que seu candidato seria o melhor presidente da história do Brasil.

Para os críticos, o presidente não realizou as reformas liberais esperadas e mostrou uma gestão totalmente incompetente da crise da Covid-19.

Segundo uma pesquisa de opinião do instituto Datafolha deste mês, 40% dos brasileiros julgam negativamente a ação do presidente, oito pontos a mais que em dezembro. Bolsonaro passou a ser maioritariamente rejeitado pelas classes mais ricas e mais diplomadas, dois grupos marcados à direita que, no entanto, votaram por ele em 2018.

Eleitores traídos

Segundo o jornal, a rejeição parece diretamente ligada à incapacidade do presidente em organizar uma campanha de vacinação no Brasil. A tarefa acabou sendo realizada por seu principal rival, o governador de São Paulo, João Dória. Mas o pior talvez ainda esteja por vir, prevê Le Monde, com o fim da ajuda de emergência adotada no começo da epidemia que poderia diminuir a popularidade do presidente entre as classes populares.

A publicação cita um terceiro fator agravante: a posse de Joe Biden no governo dos Estados Unidos, em 20 de janeiro. Durante a campanha, o candidato democrata ameaçou o Brasil pelo aumento do desmatamento na Amazônia.

Mais de 60 pedidos de impeachment já foram depositados contra o presidente brasileiro por deputados no Congresso. Entre os autores, o deputado Kim Kataguiri, de São Paulo, que se diz “arrependido de ter votado em Bolsonaro. Eu me sinto traído”.

Fundador do MBL, ele foi um dos líderes da contestação contra a ex-presidente Dilma Rousseff em 2016. Ele afirma ao Le Monde acreditar que pode conseguir rapidamente uma destituição de Bolsonaro. “Uma forte mobilização popular poderia derrubá-lo”, diz.

Mas o presidente de extrema direita conserva uma base eleitoral fiel, particularmente entre a comunidade evangélica. Mas a gravidade da situação sanitária e econômica poderia rapidamente implodir este apoio, aponta a reportagem.

*rfi

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Golpe do Golpe: Presidente da Eletrobras pagou R$ 2 milhões para que falassem mal da própria empresa

Eletrobras, sob o comando de Wilson Ferreira Junior, pagou quase dois milhões de reais para ser mal falada. Sem licitação.

Tratada oficialmente como “desestatização” ou “democratização do capital”, a privatização da empresa, prioridade do governo de Michel Temer, recebeu um forte impulso em 20 de setembro de 2017, quando a estatal assinou com a RP Brasil Comunicações, do grupo FSB Comunicação, a maior assessoria de imprensa do país.

Objeto do contrato ECE-DJS 1252/2017, obtido pela reportagem via Lei de Acesso à Informação (LAI): “assessorar a Eletrobras na comunicação relativa ao projeto de acionista majoritário de desestatização da empresa”.

O valor exato do contrato foi de R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos reais). Sendo R$ 1.574.000,00 (um milhão, quinhentos e setenta e quatro mil reais) para elaboração e execução do objeto, dividido em vários itens (ver quadro abaixo) e R$ 226.000,00 para despesas comprovadas com a execução.

Em busca de uma mobilização da opinião pública e formação de ambiente favorável para a privatização, a empresa traçou como estratégia a divulgação de um cenário de mazelas e problemas da estatal. Para tal, era preciso acionar os chamados formadores de opinião, imprensa, soltar notas em colunas de jornais, municiar comentaristas econômicos, pautar a mídia em geral, mostrando sempre um cenário que tornasse urgente tal privatização, acelerada pela pressa do governo federal em concretizar o negócio. A empresa nega tal viés e afirma que no contrato está ressaltada a necessidade de se “preservar a imagem positiva da empresa”, embora reconheça que a divulgação “não omite dados negativos como prejuízos financeiros ou dívida bruta superior a R$ 45 bilhões” (ver “outro lado ao fim da reportagem).

De acordo com o plano desenhado no contrato, foi feita uma “análise do cenário”, passando em seguida para o chamado “mapeamento dos stakeholders”, ou seja, definição de quem é o público estratégico alvo das mensagens a serem enviadas. Em um segundo momento, veio a chamada “mobilização dos influenciadores”, item discriminado com custo de R$ 170.000,00 (cento e setenta mil) dentro do milhão e oitocentos reais do projeto total.

Em um dos 10 itens incluídos no plano de ação da FSB e apresentado no contrato, estava a execução de uma pesquisa de opinião pública para se verificar a popularidade do plano de se privatizar a Eletrobras, com custo específico de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil).

O contrato entre Eletrobras e FSB prevê ainda, em seu item 7.1, que os pagamentos entre contratante e contratada serão feitos quando da “entrega dos relatórios mensais elaborados pela contratada correspondentes à consolidação dos resultados alcançados”. A reportagem solicitou tais relatórios também através de novo pedido de Lei de Acesso à Informação, mas, embora o contrato em si tenha sido disponibilizado também via LAI, ainda que em recurso de última instância, o acesso aos relatórios foi negado.

Um terceiro pedido de Lei de Acesso à Informação foi feito junto à Eletrobras. Relativo às informações sobre o suposto processo de licitação para o contrato em questão, o ECE-DJS 1252/2017. Solicitando o nome dos participantes da disputa, as propostas, os documentos do processo e o resultado final. Também foi negado em primeira e segunda instância.

Na negativa, a Eletrobras justifica o segredo quanto ao processo de licitação do que chama de “democratização do capital social” afirmando que “trata-se de informação estratégica da Eletrobras, posto que os documentos solicitados estão diretamente ligados à atuação da empresa no mercado concorrencial”. E segue: “Isso porque as informações relativas ao contrato RP Brasil Comunicações (FSB Comunicação) são pilares fundamentais do processo de democratização do capital social da Eletrobras”. Destaca ainda a importância estratégica do contrato entre Eletrobras e FSB: “Com efeito, vale ressaltar que divulgação de informações acerca do Contrato com a RP é tão sensível que pode trazer prejuízos ao denominado processo de democratização”.

A reportagem interpôs recurso à Controladoria Geral da União (CGU), alegando a contradição entre ter tido acesso ao contrato mas ter tido negado vista aos relatórios e licitação, além de outras questões da LAI que garantem tal acesso. A CGU não respondeu até aqui.

Apesar da negativa da Eletrobras na transparência do acesso ao processo de licitação, a reportagem apurou com diferentes fontes como se deu tal disputa. Ou na verdade, como não se deu a disputa. Ao menos a partir de certo ponto.

Em meio a corrida do governo Temer para privatizar a Eletrobras, foi feita uma “tomada de preços” para definir-se quem iria ficar com o contrato ECE-DJS 1252/2017. A tomada de preços é um momento crucial de uma licitação, onde fica determinado o patamar do preço onde será realizado o leilão final e onde são demonstrados os parâmetros de preço do mercado. É também, falando-se de maneira geral e genérica, um momento da licitação onde os preços podem ser jogados para cima e superfaturados.

O livro “Uma análise diante das vulnerabilidades das licitações públicas no Brasil” (José Luciano de Oliveira, Descartes Almeida Fontes, Rodrigo Alexandre e Bruno Andrey), mostra que, novamente de maneira geral, “nesta fase podem ocorrer diversos tipos de fraudes como montagem de licitação, acordo prévio, acerto de preços, superfaturamento e habilitação de empresas inexistentes”.

Geralmente são utilizados três orçamentos de empresas diferentes. Ao contratar os serviços em jogo, a instituição realiza os procedimentos licitatórios conforme a legislação específica, podendo participar nessa fase tanto empresas que foram orçadas na fase de análise da tomada de preços quanto qualquer outra empresa, desde que observando os valores de mercado. Assim, sempre que vencida a etapa da tomada de preços, é realizada a licitação.

O pouco usual é o que ocorreu na Eletrobras em relação ao contrato ECE-DJS 1252/2017, de acordo com diversas fontes ouvidas pela Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo. Os relatos, que se completam, dão conta que algumas das maiores empresas do país no ramo de assessoria e comunicação participaram do certame. Além da própria FSB, apresentaram propostas a Companhia de Noticias (CDN) e a Informe Comunicação. As três ocupam o pódio em contas do governo federal com reconhecida notória especialização em estratégia de comunicação.

De acordo com as apurações da reportagem, a Informe Comunicação teria apresentado a proposta de menor custo financeiro, ficando em primeiro lugar. A FSB teria ficado em segundo. No entanto, após o resultado da “tomada de preços” das empresas chamadas para uma licitação, a regra do jogo mudou: a Eletrobras resolveu escolher a vencedora pela modalidade de “inexigibilidade”, onde se dispensa uma concorrência e se promove uma contratação direta. A lei concede o direito ao contratante de escolha do fornecedor caso existam razões que justifiquem a dispensa de licitação.

No contrato em questão, a Eletrobras alegou que “em face da sua complexidade e singularidade, bem como confidencialidade, por envolver informações estratégicas da empresa, somente poderia se dar através de inexigibilidade de licitação, o que impossibilita o estabelecimento de critérios objetivos, requerendo empresa de notória especialização em estratégia de comunicação” como está em resposta da Eletrobras ao fim da reportagem em “Outro Lado”. Os demais envolvidos na “tomada de preços” tem contrato com outras entidades do próprio governo federal para desenvolver estratégias de comunicação.

Em 17 de outubro de 2017, quase um mês depois da assinatura do contrato entre FSB e Eletrobras, a empresa publicou no Diário Oficial da União o resultado, anunciando o resultado com a FSB como detentora do contrato por “inexigibilidade de licitação”.

Os bastidores da concorrência que não houve apontam para uma mão determinante em optar depois da tomada de preços pela “inexigibilidade de licitação” que decretou a vitória da FSB: Wilson Pinto Ferreira Junior, nomeado por Michel Temer para presidir a estatal.

Wilson Pinto Ferreira Júnior, de 58 anos, assumiu a Eletrobras com uma missão específica dada por Michel Temer: conduzir o processo de privatização. Começou a vida profissional na Companhia Energética de São Paulo (CESP) e foi alçado a gerente de distribuição da empresa na primeira gestão de Mário Covas como governador de São Paulo (1995). Em 1998 passou para a iniciativa privada como o primeiro presidente da Rio Grande Energia, criada após a privatização parcial da distribuição de energia elétrica no estado do Rio Grande do Sul pelo então governador Antônio Britto. Assumiu a presidência da empresa CPFL em março de 2000 e, desde 2002 presidiu a holding.

A nomeação de Wilson Pinto Ferreira Júnior por Michel Temer foi em 22 de julho de 2016. Cerca de um mês antes da nomeação, mais exatamente no dia 16 de junho de 2016, Wilson Pinto Ferreira Júnior abriu duas empresas: a Kalimantan Empreendimentos e Participacoes, tendo como atividade principal a “compra e venda de imóveis próprios” e a Wilpifer Participacoes Ltda, com atividade de “holding de instituições não financeiras”.

Exatamente no mesmo dia em que foi nomeado para a presidência da Eletrobras, 22 de julho de 2016, o executivo promoveu um aumento de capital social da Kalimantan Empreendimentos e Participacoes, passando de R$ 1.000,00 (mil reais) para R$ 3.596.705 (três milhões, quinhentos e noventa e seis mil e setecentos e cinco reais), e também na Wilpifer Participacoes, onde o capital social sai de R$ 1.000,00 (mil reais) para R$ 7.232.698,00 (sete milhões, duzentos e trinta e dois mil, seiscentos e noventa e oito reais). A reportagem enviou questões para o presidente da Eletrobras sobre a coincidência de datas através da assessoria de imprensa. (ver resposta abaixo em “Outro Lado”).

Desde que Michel Temer assumiu a presidência, em 12 de maio de 2016, a privatização da Eletrobras tem sido obsessão do governo, que já editou três Medidas Provisórias (MP) para viabilizar a venda da Eletrobras.

Com Temer ainda de presidente interino, o poder executivo editou a Medida Provisória (MP) 735, aprovada pelo Congresso, na intenção de facilitar a transferência do controle de ativos e as privatizações de distribuidoras da Eletrobras.

Em 2017 veio a MP 814, retirando da Lei 10.848/2004, que trata da comercialização de energia, o artigo que excluía a Eletrobras e suas controladas — Furnas, Companhia Hidroelétrica do São Francisco, Eletronorte, Eletrosul e a Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) — do Programa Nacional de Desestatização.

O relator da MP 814/2017 é o deputado federal Júlio Lopes (PP-RJ), ex-secretário de transportes do Rio na gestão Sérgio Cabral, que aparece na delação premiada de Benedicto Júnior, da Odebrecht, em denúncia de recebimento de R$ 15,6 milhões, como está em planilha entregue ao Ministério Público Federal (MPF-RJ). Pela delação, entre 2008 e 2014, o deputado teria recebido 91 pagamentos. O relator da MP de privatização da Eletrobras atendia na lista de propinas da Odebrecht pelos apelidos de “Pavão”, “Bonitão”, “Bonitinho”, “Velho” e “Casa de Doido”. Júlio Lopes é citado ainda em depoimento de Jacob Barata, o “Rei do Ônibus”, sobre recebimento de propinas no esquema de caixinha para políticos da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor).

Já o ex-deputado Pedro Corrêa cita em depoimento o relator da MP 814/2017 da seguinte forma: “Esse cara tem que ser investigado. Esse cara fez miséria na secretaria no Rio”. E conta ainda que, diante da voracidade de “Casa de Doido”, deu o seguinte conselho, tanto a ele quanto a Eduardo Cunha, preso na Lava Jato: “Olha, se vocês que acabaram de chegar a Brasília forem com tanta sede ao pote, vão acabar cassados”. Júlio Lopes nega todas as acusações.

Em sua propaganda, o governo alardeia que deve alcançar R$ 12,2 bilhões na privatização, sempre tratada como “democratização do capital”. No entanto, de acordo com o próprio Ministério de Minas e Energia, o valor patrimonial da estatal é de R$ 46,2 bilhões e o total de ativos da empresa chega a R$ 170,5 bilhões. Além de R$ 541 bilhões investidos desde a criação, em 1962.

Uma guerra de liminares e no Congresso Nacional tem sido travada sobre o tema. Para tentar ganhar a batalha de informação, a Eletrobras lançou a campanha de comunicação do “projeto de acionista majoritário de desestatização da empresa”, que está no contrato aqui tratado, o ECE-DJS 1252/2017, da licitação que acabou com a FSB. Nos jornais, é possível ver, de acordo com o levantamento da Agência Sportlight de Jornalismo Investigativo, a difusão maior e aumento no tom das notícias negativas quanto a gestão e resultados da Eletrobras após a assinatura do contrato com a FSB.

*Da SportLight

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Em uma semana, Dilma tratora os hipócritas Dória e Miriam Leitão e, de lambuja, detona a Globo

Os imprudentes, Dória e Miriam Leitão, dois juramentados lavajatistas, foram medir Dilma pela régua deles e tomaram de volta o que mereciam, um passa-moleque daqueles certeiros e humilhantes.

Os dois poderiam dormir sem essa.

No caso de Miriam, o episódio vergonhoso fez ponte para que Dilma, com a mesma energia, detonasse seus patrões, os Marinho.

Não é possível que os imprudentes não soubessem da rigidez de princípios da presidenta Dilma, que fez da política uma causa de vida e não uma briga mesquinha por poder.

Agora que a derrota moral bate na porta de quem ajudou a colocar um monstro na cadeira da presidência, que já devorou mais de 217 mil vidas, tentam fazer recontagem da história a partir de uma ineficiente fuga da responsabilidade com o caos que engole o Brasil.

Pois bem, Dilma liquidou os dois cínicos que ajudaram a levar o país ao estado catastrófico em que se encontra, tendo como combustível a moral dos corruptos comandada por Aécio, Temer e Cunha, com total apoio de Miriam Leitão, Dória e Globo que desprezaram qualquer código de ética para ajudar a puxar o tapete da democracia.

Isso revela como Dilma está em forma, como dorme o sono dos justos e, por isso mesmo tem uma energia inabalável para amarrotar todo hipócrita tardio que tentar recontar o golpe eximindo-se de culpa para que a história os esqueça.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Na tentativa de ficar de pé, Bolsonaro apela para a Globo

Vendo sua popularidade desabar e sentindo o mercado lhe tirar o chão, Bolsonaro apelou para a GloboNews, enviando seu ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, para fazer promessas contraditórias de privatizações e reformas quando não tem pernas sequer para ficar de pé.

O abandono a Bolsonaro pelo mercado ficou evidente com o pedido de demissão de Wilson Ferreira Junior, em pleno domingo.

O homem, que tinha a missão de entregar a Eletrobras temperada a gosto e modo do mercado para ser privatizada, fala em razões pessoais para abandonar a canoa, para piorar ainda mais a imagem do governo Bolsonaro no mundo das “oportunidades”.

Isso significa que nem para a democracia dos poderosos do mercado Bolsonaro está prestando, que fará para a democracia de fato.

Rogério Marinho, em entrevista a Andréia Sadi, mostrou-se um sujeito assustado, expressando o pavor que vive o próprio patrão com sua iminente queda.

Por outro lado, Sadi fez questão de não esconder o sorriso irônico de canto de boca, como quem dizia, o mercado não espera mais nada de Bolsonaro.

*Da redação

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A arapuca em que as Forças Armadas se meteram não é pequena não

Quanto mais tempo Bolsonaro permanecer na presidência, mais queimados ficam os militares. Se Pazuello for jogado do avião para tentar salvar a tripulação, será a desmoralização total do generalato.

Se Bolsonaro cair e Mourão assumir, ficará entre a cruz e a caldeirinha.

Ele não terá legitimidade das urnas, será pesadamente criticado pela esquerda e chamado de traidor, junto com as Forças Armadas, pelos bolsonaristas.

Ou seja, se Bolsonaro conseguir ficar de pé, não terá chão para caminhar e vai queimar ainda mais os já queimados militares. Se cair, é ainda pior. Os militares caem junto e saem desmoralizados do mesmo jeito.

Em outras palavras, o que está posto, não tem solução.

Agora, é aguardar os acontecimentos e conferir o que será feito do caos que foi instalado no Brasil depois do golpe em Dilma pela escória política.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Reconhecimento de recusa de oferta da Pfizer amplia críticas à atuação de Bolsonaro na pandemia

Ministério da Saúde afirma que acordo com o laboratório ‘causaria frustração em todos os brasileiros’.

Após o Ministério da Saúde reconhecer ter recusado tentativas iniciais da Pfizer para vender vacinas ao país, as críticas à gestão do governo de Jair Bolsonaro (sem partido) na pandemia aumentaram. Partidos de oposição voltaram a pedir o impeachment do presidente.

Apesar de a americana Pfizer ter chegado a enviar uma carta de intenção para a venda de 70 milhões de doses ao Brasil, a pasta de Eduardo Pazuello (Saúde) afirmou, em nota neste sábado (23), que um acordo com a empresa “causaria frustração em todos os brasileiros”.

A companhia procurou o governo, mas não houve avanços. Em dezembro, o presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, disse que seria possível começar a vacinação quase imediatamente após um registro emergencial da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Dependendo da celeridade do órgão, as doses poderiam ser aplicadas já em janeiro.

Em reunião virtual com deputados, ele chegou a se comprometer com a entrega das doses até os pontos de vacinação a serem definidos pelo governo, não só o desembarque em um aeroporto brasileiro.

Ao reconhecer que as negociações foram rejeitadas, o Ministério da Saúde afirmou que doses da Pfizer “seriam mais uma conquista de marketing, branding e growth [jargões do mundo corporativo relativos ao incremento da marca] para a produtora de vacina, como já vem acontecendo em outros países”.

“Já para o Brasil, causaria frustração em todos os brasileiros, pois teríamos, com poucas doses, que escolher, num país continental com mais de 212 milhões de habitantes, quem seriam os eleitos a receberem a vacina”, afirmou, em nota, o governo, alegando que empresa, que desenvolveu uma vacina em conjunto com a BioNTech, previa entrega de 2 milhões de doses no primeiro trimestre, “número considerado insuficiente pelo Brasil.”

A importação do mesmo montante (2 milhões) da vacina de Oxford pela Fiocruz na sexta-feira (22), por outro lado, foi celebrada pelo Ministério da Saúde, em meio a críticas e falhas que colocam em risco o cronograma de vacinação no Brasil, como a falta de insumos.

Além disso, ao justificar a recusa às negociações com a empresa americana, o Ministério da Saúde e Palácio do Planalto não mencionaram o total que era negociado, previsto em 70 milhões de doses.

Para a presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), a nota divulgada pelo governo “é pura confissão de culpa”. “Perdemos 70 milhões de doses nessa brincadeira!”.

“É a confissão de um crime: a sabotagem da vacinação no Brasil”, escreveu o deputado Marcelo Freixo (PSOL) numa rede social.

Partidos de esquerda usam as críticas à atuação de Bolsonaro na pandemia para sustentar pedidos pela abertura de um processo de impeachment.

O Ministério da Saúde ficou pressionado após a “CNN Brasil” divulgar uma carta encaminhada pelo CEO mundial da Pfizer, Albert Bourla, ao presidente Jair Bolsonaro e alguns ministros em 12 de setembro.

O documento mostra que a empresa fez um apelo para que o governo fosse célere em fechar um acordo com a empresa devido à alta demanda mundial pela vacina.

“Quero fazer todos os esforços possíveis para garantir que doses de nossa futura vacina sejam reservadas para a população brasileira, porém celeridade é crucial devido à alta demanda de outros países e ao número limitado de doses em 2020”, dizia o documento, segundo divulgado pela emissora.

Em resposta, o governo confirma ter recebido a carta e ter feito reuniões com a empresa, mas diz que “cláusulas leoninas e abusivas que foram estabelecidas pelo laboratório criam uma barreira de negociação e compra”.

Entre as cláusulas, estão que o Brasil fizesse um fundo garantidor em conta no exterior e que fosse assinado um termo que isentasse a empresa de responsabilidade por eventuais efeitos da vacina.

Para o governo, “representantes da Pfizer tentam desconstruir um trabalho de imunização que já está acontecendo em todo o país, criando situações constrangedoras para o governo brasileiro, que não aceitarão (sic) imposições de mercado”.

Como argumento, o governo cita o total de contratos já obtidos de vacinas, que envolvem 354 milhões de doses –destes, no entanto, boa parte ainda são dependentes da liberação de insumos da China para que possa haver produção no Brasil.

Em meio às críticas, a nota diz ainda que “em nenhum momento fechou as portas para a Pfizer”, mas que aguarda “posicionamento diferente do laboratório”.

O governo também argumenta que a vacina da Pfizer precisa ser armazenada e transportada entre -70°C e -80°C, mas não cita que a empresa apresentou uma solução para isso. O Ministério da Saúde ressaltou ainda que o laboratório não disponibiliza o diluente para cada dose, que ficaria a cargo do comprador; não apresentou sequer a minuta do seu contrato e tampouco tem uma data de previsão de protocolo da solicitação de autorização para uso emergencial ou mesmo o registro junto à Anvisa.

Nos últimos dias, a Pfizer tem informado que as cláusulas seguem o modelo de contratos com outros países.

Nos bastidores, a empresa tem apontado ainda que só deve pedir aval para uso emergencial de doses de vacinas no Brasil caso tenha um contrato fechado com o governo.

Até agora o Brasil tem duas vacinas: a de Oxford e a Coronavac. Ambas tiveram seu uso emergencial aprovado pela Anvisa no último dia 17.

Os primeiros vacinados com o imunizante de Oxford/Astrazeneca no Brasil foram médicos da Fiocruz. A fundação aplicou as doses em um evento neste sábado (22) no Rio de Janeiro, enquanto as remessas que chegaram da Índia eram entregues ao Ministério da Saúde.

A fila começou com três médicos, e depois mais sete trabalhadores da saúde da linha de frente contra a COVID-19. A pesquisadora Margareth Dalcolmo, que tem se destacado na defesa da vacina durante a pandemia, foi um deles.

“Vai chegar o dia em que nós realmente vamos poder comemorar”, disse ela. “Hoje é um dia simbólico, mas nós vamos comemorar de verdade quando tivermos 70% da população brasileira vacinada, com as duas boas vacinas produzidas pelos dois grandes laboratórios brasileiros, Fiocruz e Butantan.”

*Com informações da Folha

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Movimento impeachment já: 53,6% já defendem o impeachment de Bolsonaro, aponta Atlas Político

Levantamento foi divulgado um dia depois das carreatas mobilizadas nacionalmente em favor do impeachment, da vacina e do auxílio emergencial.

Apontado como um dos institutos que mais acertou durante as eleições municipais de 2020, o instituto Atlas Político divulgou uma pesquisa de opinião neste domingo (24) que mostra que já há uma maioria que defende o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo dados do levantamento, 53,6% afirmam ser favoráveis ao impedimento do mandatário, enquanto 41,5% se colocam contra a medida. 4,9% não sabem.

Entre novembro e janeiro, a adesão à medida cresceu 9 pontos percentuais.

A pauta é mais forte no Nordeste, com 62% a favor, e no Centro-Oeste, com 58% a favor. A região Norte é a mais resistente ao impedimento, com apenas 46% de adesão. Em todas as regiões, a parcela favorável é maior que a contrária. Por gênero, mulheres (63%) defendem o impeachment, enquanto homens são contra (51%).

A pesquisa foi feita entre os dias 20 e 24, abarcando o período das carreatas nacionais contra o presidente.

Datafolha

Os números sobre o impeachment são o inverso do que foi apresentado pelo instituto Datafolha, na sexta-feira. Apesar de mostrar uma disparada na rejeição do presidente – o Ruim/Péssimo foi de 32% para 40% em apenas um mês -, o levantamento da Folha disse que 53% são contra o impeachment enquanto apenas 42% são favoráveis.

Impeachment

A pauta do impeachment ganhou nova força em janeiro, principalmente por conta do novo colapso do sistema de saúde de Manaus, que registrou mortes de pacientes por falta de oxigênio. Enquanto a oposição se articula, as buscas sobre impeachment disparam no Google.

No sábado, foram realizadas carreatas em todas as capitais do Brasil em defesa do impeachment do presidente, da vacinação contra a Covid e da volta do auxílio emergencial.

Além disso, levantamento da Paraná Pesquisas aponta que a população reconhece a responsabilidade de Bolsonaro no atraso das vacinas.

*Com informações da Forum

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Economia

Estrangeiros cortam pela metade investimentos no Brasil, diz ONU

A decisão da Ford de fechar fábricas no Brasil foi apenas a ponta de um iceberg e a economia nacional vive uma das maiores quedas de investimentos diretos entre os países emergentes.

Às vésperas do início do Fórum Econômico Mundial, realizado neste ano de forma virtual, a ONU divulga neste domingo dados que mostram que os investimentos estrangeiros diretos no Brasil em 2020 registraram uma queda de 51% em comparação aos volumes de 2019. A redução é superior à média da queda mundial.

“No Brasil, o investimento diminuiu para 33 bilhões de dólares, enquanto o programa de privatização e as concessões de infraestrutura pararam durante a crise pandêmica”, indicou a Conferência da ONU para o Comércio e Desenvolvimento.

“As indústrias mais afetadas foram as de transporte e serviços financeiros, com quedas na entrada de fluxos de mais de 85% e 70%, respectivamente, e as indústrias de extração de petróleo e gás e automotiva, que registraram ambas uma queda (preliminar) de 65% nos fluxos”, explica a ONU.

James Zhan, representante da Conferência da ONU para Desenvolvimento e Comércio (Unctad), alerta que a recuperação brasileira pode ser lenta, já que o que se registrou foi uma queda acentuada de investimentos em novas plantas de produção. Isso, segundo ele, seria uma indicação de que a retomada não ocorrerá de forma imediata, mesmo com o fim da pandemia.

“A recessão e o choque causado pela pandemia geraram um golpe para os investimentos no Brasil e na região. Vimos produção afetada”, disse. “No curto prazo, podemos levar um tempo maior para que o Brasil se recupere, comparado com outras partes do mundo, como Europa”, indicou.

No longo prazo, porém, a esperança é de que a reestrutura de cadeias produtivas pelo mundo possa também significar que haverá uma maior integração regional na América Latina, com oportunidades de investimentos e diversificação para o setor de tecnologia.

Mas, entre as grandes economias do mundo, apenas quatro tiveram quedas ainda mais profundas que o Brasil em 2020: Reino Unido, Itália, Rússia e Alemanha.

O volume de investimentos só não é menor que em 2009, quando a crise financeira global também abalou os fluxos para o Brasil e somou apenas US$ 26 bilhões.

O país ainda terminou 2020 como o quinto maior recipiente de investimentos do mundo, superado por Índia, Cingapura, EUA e China. Em 2011, há uma década, o Brasil já era o quinto maior receptor.

Recuperação: apenas em 2022

Sem vacinas suficientes e com incertezas sobre as políticas econômicas, a ONU estima que a recuperação dos fluxos de investimentos ocorrerá apenas 2022. Para 2021, pode haver uma nova contração de até 10%, com uma “contínua pressão descendente”. A queda de novos investimentos em produção em 2020 de 35% sugere que ainda não se vislumbra uma reviravolta nos setores industriais. Na América Latina, essa queda foi de 51%.

Uma das esperanças é o setor de infraestrutura, além de negócios nas indústrias tecnológica e farmacêutica.

Mas, para os países em desenvolvimento, as tendências representa “grande preocupação”. “Estes tipos de investimento são cruciais para o desenvolvimento da capacidade produtiva e da infra-estrutura e, portanto, para as perspectivas de recuperação sustentável”, diz.

Para a ONU, os riscos relacionados à última onda da pandemia, o ritmo da implantação de programas de vacinação e pacotes de apoio econômico, situações macroeconômicas frágeis nos principais mercados emergentes e a incerteza sobre o ambiente político global para investimentos continuarão a afetar os investimentos em 2021.

*Jamil Chade/Uol

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Dilma responde a Miriam Leitão: você e seus patrões foram cúmplices do golpe

Neste domingo, a jornalista afirmou que o impeachment de Bolsonaro é necessário para que a retirada de Dilma do poder não pareça injusta. “O golpe de 2016, que levou ao meu impeachment, foi liderado por políticos sabidamente corruptos, defendido pela mídia e tolerado pelo Judiciário. Naquela época, muitos colunistas, como Miriam Leitão, escolheram o lado errado da história, e agora tentam se justificar”, escreve Dilma Rousseff.

Nota da ex-presidente Dilma Rousseff sobre o artigo de Miriam Leitão deste domingo – Miriam Leitão comete sincericídio tardio em sua coluna no Globo de hoje (24 de janeiro), ao admitir que o impeachment que me derrubou foi ilegal e, portanto, injusto, porque, segundo ela, motivado pela situação da economia brasileira e pela queda da minha popularidade. Sabidamente, crises econômicas e maus resultados em pesquisas de opinião não estão previstos na Constituição como justificativas legais para impeachment. Miriam Leitão sabe disso, mas finge ignorar. Sabia disso, na época, mas atuou como uma das principais porta vozes da defesa de um impeachment que, sem comprovação de crime de responsabilidade, foi um golpe de estado.

Agora, Miriam Leitão, aplicando uma lógica absurda, pois baseada em analogia sem fundamento legal e factual, diz que se Bolsonaro “permanecer intocado e com seu mandato até o fim, a história será reescrita naturalmente. O impeachment da presidente Dilma parecerá injusto e terá sido.” O impeachment de Bolsonaro deveria ser, entre outros crimes, por genocídio, devido ao negacionismo diante da Covid-19, que levou brasileiros à morte até por falta de oxigênio hospitalar, e por descaso em providenciar vacinas.

O golpe de 2016, que levou ao meu impeachment, foi liderado por políticos sabidamente corruptos, defendido pela mídia e tolerado pelo Judiciário. Um golpe que usou como pretexto medidas fiscais rotineiras de governo idênticas às que meus antecessores haviam adotado e meus sucessores continuaram adotando. Naquela época, muitos colunistas, como Miriam Leitão, escolheram o lado errado da história, e agora tentam se justificar. Tarde demais: a história de 2016 já está escrita. A relação entre os dois processos não é análoga, mas de causa e efeito. Com o golpe de 2016, nasceu o ovo da serpente que resultou em Bolsonaro e na tragédia que o Brasil vive hoje, da qual foram cúmplices Miriam Leitão e seus patrões da Globo.

*Com informações do 247

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The Guardian: ‘Um massacre completo, um filme de terror’: o desastre de Covid no Brasil

Demorou apenas 60 minutos ao amanhecer para os sete pacientes morrerem, asfixiados quando o coronavírus, de volta, varreu a Amazônia brasileira com uma força de pesadelo.

“Hoje foi um dos dias mais difíceis em todos os meus anos de serviço público. Você se sente tão impotente ”, soluçou Francisnalva Mendes, chefe de saúde da cidade ribeirinha de Coari, ao se lembrar do momento na terça-feira em que o suprimento de oxigênio do hospital acabou.

Brasil corre para salvar bebês prematuros enquanto Covid-19 atrapalha hospitais de Manaus.

“Precisamos voltar à luta – continuar salvando vidas”, insistiu Mendes enquanto digeria a perda de um terço dos 22 pacientes de Covid-19 de sua cidade de uma só vez – quatro deles na faixa etária dos 50 anos. “Mas todos nós nos sentimos quebrados. Foi um dia muito difícil. ”

Coari estava no centro da mais recente catástrofe de coronavírus da América Latina na semana passada, depois que um surto de infecções relacionadas a uma nova variante, aparentemente mais contagiosa, sobrecarregou hospitais no estado do Amazonas, deixando muitos sem os suprimentos mais básicos. As circunstâncias eram tão sombrias que os tanques de oxigênio foram levados às pressas pela fronteira da Venezuela, a nação vizinha, economicamente em colapso, Venezuela, com seu líder, Nicolás Maduro, condenando o que ele chamou de “desastre de saúde pública de Jair Bolsonaro”.

“É uma situação muito caótica. Simplesmente não conseguimos acompanhar o número de pacientes que nos procuram ”, disse Marcus Lacerda, especialista em doenças infecciosas da capital do Amazonas, Manaus.

“Os hospitais privados não querem receber ninguém porque têm medo de admitir um paciente e depois ficar sem oxigênio novamente.”

Manaus ganhou as manchetes internacionais em abril, depois que uma torrente de mortes por Covid, o que forçou as autoridades a cavar valas comuns na terra avermelhada da cidade. Nove meses – e mais de 210 mil mortes de brasileiros – depois, a situação é ainda pior.

Em alguns dias, cerca de 200 corpos estão sendo enterrados em Manaus, em comparação com os 40 habituais. Na semana passada, muitos hospitais ficaram sem o oxigênio que sustentava os pacientes de Covid, aparentemente por causa de uma falha catastrófica do governo em prever a magnitude do desastre iminente.

“Nada parecido com isso aconteceu – nem mesmo no ano passado. Nunca imaginei que haveria uma onda de reinfecções tão grande como a que estamos vendo agora em Manaus ”, disse Lacerda, um dos principais infectologistas da região, culpando uma variante“ que parece ser mais contagiosa ”.

Lacerda disse que esperava que a escala da epidemia do ano passado pudesse ter fornecido à cidade ribeirinha alguma proteção imunológica contra uma segunda onda tão devastadora. “Mas a verdade é que não tem como. A queda na imunidade das pessoas e as mudanças no vírus significam que esta segunda onda é incontrolável. ”

Histórias angustiantes de pacientes sufocados e evacuação de bebês prematuros geraram uma revolta pública contra os líderes do Amazonas, que os críticos acusam de não ter planejado, quanto mais evitar, seu segundo cataclismo em um ano.

“Há uma atmosfera de repulsa, abandono, desespero e impunidade”, disse um funcionário do posto de saúde da Alvorada, em Manaus, onde médicos foram filmados implorando por intervenção divina. “O que estamos assistindo é um massacre completo, uma situação desesperadora, um filme de terror”, acrescentou o trabalhador, que pediu para não ser identificado.

Grande parte da revolta é dirigida ao governo do presidente de extrema direita do Brasil, Jair Bolsonaro, que banalizou a Covid-19, mesmo quando o número de mortos em seu país disparou para o segundo maior da terra.

O obediente ministro da saúde de Bolsonaro, Eduardo Pazuello – um general do exército sem experiência médica – visitou Manaus na véspera do colapso da saúde na semana passada, mas empurrou os falsos “tratamentos iniciais” Covid-19 promovidos por seu líder em vez de resolver a crise de oxigênio iminente.

“O lambedor de botas do presidente teve dias de advertência de que os hospitais de Manaus iriam ficar sem oxigênio. Só prescreveu cloroquina inútil ”, escreveu o jornalista Luiz Fernando Vianna na revista Época, culpando Bolsonaro e Pazuello pelo“ massacre ”.

Lacerda acusou o governo de tentar distrair os cidadãos de sua inércia mortal com a “falsa esperança” de remédios ineficazes. “Isso não está acontecendo em nenhuma outra parte do planeta”, disse ele.

*The Guardian

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