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Vídeo: Ao elogiar a economia, Bolsonaro recebe um alerta de “Deus”, um raio e um trovão o interromperam

“Bolsonaro dizia que a equipe econômica mais entreguista da história do Brasil merece nota 10 e aí foi desmentido ao vivo por um raio. Alerta divino?”, ironizou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

Durante entrevista a um grupo de jornalistas nesta quinta-feira (7), Jair Bolsonaro dizia que que o adiamento do envio da reforma administrativa ao Congresso tinha como objetivo diminuir o número de “arestas”, mas ao fazer um elogio a equipe econômica foi interrompido por um raio.

O vídeo virou piada as redes. “Bolsonaro dizia que a equipe econômica mais entreguista da história do Brasil merece nota 10 e aí foi desmentido ao vivo por um raio. Alerta divino?”, afirmou o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

 

 

*Com informações do 247

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STF expõe o conchavo de Dallagnol e Carvalhosa para abocanhar comissão de R$1,3 bi

O julgamento do processo da prisão em segunda instância pelo Supremo está expondo de novo as muitas suspeitas em torno de Deltan Dallagnol, principalmente seu envolvimento com o advogado da partilha das causas contra a Petrobras nos Estados Unidos.

Numa jogada claramente ensaiada, Gilmar Mendes citou o caso da fundação que Dallagnol pretendia criar, e Dias Toffoli perguntou logo a Alexandre de Moraes sobre as cifras envolvidas no dinheiro que seria devolvido pela Petrobras.

Estava se referindo à indenização aos sócios minoritários, e que iria favorecer, é claro, também um advogado.

Moraes falou em R$ 2,6 bilhões e ainda observou que Dallagnol estava certo de que criaria a fundação bilionária (para combater a corrupção…) com parte da dinheirama.

O próprio Moraes e a então procuradora-geral Raquel Dodge atacaram o projeto do procurador, e a fundação foi abortada por ordem do Supremo.

Mas os sócios minoritários e seus advogados ficaram com outro tanto (algo em torno de R$ 1,3 bilhão).

Gilmar Mendes citou então o advogado favorecido e que tem relação suspeita com Deltan. O homem é o já famoso Modesto Carvalhosa.

Os deputados federais Rui Falcão, Paulo Pimenta, Natália Bonavides e Paulo Teixeira, do PT, apresentaram esta semana uma reclamação disciplinar contra o procurador, para que o Conselho Nacional do Ministério Público investigue suas relações com o advogado.

Mendes referiu-se a Carvalhosa como “aquele falso professor da Universidade de São Paulo, que foi reprovado em concurso”.

“Vejam que negociata toda”, disse Mendes, que completou: “É preciso alertar aos agentes da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) que eles nos ensinem a fazer combate à corrupção sem corromper os agentes de corrupção”, referindo-se ao fato de que a organização estaria preocupada com a “sabotagem” sofrida pela Lava-Jato.

Dallagnol, mais do que Sergio Moro, é o saco de pancadas de hoje no Supremo.

 

 

*Moisés Mendes/DCM

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Em dia de julgamento no STF, #LulaCorrePerigo chega aos Trending Topics no Twitter

São mais de 11 mil mensagens.

Em dia do Supremo julgando sobre prisões após condenação em segunda instância, #LulaCorrePerigo está entre os assuntos mais comentados do Twitter.

Se o entendimento dessas prisões após segunda instância cair, Lula pode ser solto, mas os internautas estão preocupados com o ex-presidente.

Confira algumas mensagens.

https://twitter.com/luh_roma/status/1192408630232006656?s=20

https://twitter.com/luh_roma/status/1192465730266120192?s=20

 

 

*Com informações do DCM

 

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Julgamento STF: Placar chegando ao empate, 5 a 5; decisão será de Dias Toffoli

Em voto muito extenso que, segundo o Estadão apurou, passa de 100 páginas, o ministro Celso de Mello vem dando sinas de como concluirá o seu voto. Nos trechos abaixo, parece deixar claro que seu voto será contra a prisão em segunda instância.

“A repressão a qualquer modalidade de crime não pode efetivar-se com desrespeito e transgressão às garantias fundamentais àquele que sofre a investigação penal.”

“O Estado não pode agir de modo abusivo, pois a polícia judiciaria, o MP e o Poder Judiciário estão rigidamente sujeitos aos estritos condicionamentos que a Constituição e as leis lhes impõe como limites inultrapassáveis.”

“O dever de proteção das liberdades fundamentais dos réus representa encargo constitucional de que o Poder Judiciário, e em particular o STF, não pode demitir-se, mesmo que o clamor popular manifeste-se contrariamente.”

Mesmo tendo prometido um voto resumido, a demora para a conclusão é típica do ministro Celso de Mello, que prefere redigir votos muito bem fundamentados.

Caso se confirme, o julgamento ficará empatado e o voto de minerva será de Dias Toffoli, presidente da corte.

Restam três votos, Celso de Mello e Dias Toffoli. Assista ao vivo, abaixo:

https://youtu.be/vpgzxIeiUTQ

 

*Com informações do A Postagem

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Prefeito Bolsonarista diz se sentir traído ao saber que sua cidade será extinta por proposta de Bolsonaro

O prefeito da menor cidade do Brasil, Serra da Saudade-MG, com pouco mais de 800 habitantes cedeu 72% dos votos a Bolsonaro. O prefeito, Alaor Machado, do PP, é mais um bolsonarista arrependido. Segundo ele, a proposta viola tudo que foi prometido na campanha presidencial de Bolsonaro, em 2018.

O prefeito arrependido defende que a proposta de extinguir municípios é inconstitucional e vais gerar ampliação dos gastos administrativos.

“O custo para o estado vai ser muito maior. Vão administrar de longe? As despesas que já existem hoje não vão deixar de acontecer.” acrescentou.

No segundo turno das eleições presidenciais, 72,6% dos moradores de Serra da Saudade votaram em Bolsonaro. O prefeito, que foi cabo eleitoral de Bolsonaro, expressa seu descontentamento:

“Apoiei o presidente e agora estou me sentindo decepcionado com essa situação. Isso não estava no programa de governo do Bolsonaro, nos debates que ele participou não tinha nada disso, não foi falado isso, então estou me sentindo traído, assim como os eleitores que votaram no presidente Jair Bolsonaro”, declarou.

Alaor José Machado afirma que a medida vai prejudicar os municípios que agregarão os menores. Ele se diz preocupado com as folhas de pagamento dessas prefeituras:

“A folha de pagamento, como vai ficar? No nosso caso, iríamos para Dores do Indaiá, mas a folha não fecha. E os servidores, como vão ficar? São os questionamentos que a gente faz e lamenta.”

Ele anuncia, ainda, que pretende contestar a proposta do presidente da República buscar ajuda nas esferas superiores do poder público.

 

*Com informações do A Postagem

 

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Ao vivo: STF retoma julgamento da prisão após 2ª instância; Lula será solto?

STF retoma o julgamento da prisão após 2ª instância. O resultado poderá ou não libertar Lula.

Assista:

https://youtu.be/vpgzxIeiUTQ

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Vídeo: Jornalista Augusto Nunes agride Glenn Greenwald ao vivo

Os jornalistas Augusto Nunes e Glenn Greenwald participaram do programa Pânico, da Rádio Jovem Pan, nesta quinta-feira (7). Após uma discussão ao vivo entre eles, em que Glenn chamava Nunes de “covarde”, o jornalista revidou afirmando: “Eu te mostro quem tem coragem”, e partiu pra cima do americano.

O programa era exibido ao vivo no canal da emissora no YouTube. Após a confusão, a atração voltou com apenas a presença de Glenn no estúdio.

O motivo da briga foi um comentário de Nunes feito em setembro sobre os filhos de Glenn com o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ), com quem é casado.

A agressão aconteceu depois de Glenn chamar Nunes de covarde por ter feito comentários sobre os seus filhos com o deputado David Miranda. Depois da agressão, o apresentador Emilio Surita suspendeu o programa por 12 minutos. Na volta, Augusto Nunes tinha deixado a atração, enquanto Glenn continuava na bancada.

Como foi a agressão

A confusão começou logo após Glenn questionar Nunes se um juiz deveria investigar sua família. “Nós temos muitas divergências políticas, eu não tenho problema nenhum em ser criticado pelo meu trabalho – eu critico ele também. Mas o que ele fez foi a coisa mais feia e suja que eu vi na minha carreira como jornalista, inclusive fazendo guerra com CIA, governo Obama, governo do Reino Unido. Ele disse que um juiz de menores deveria investigar nossos filhos e decidir se nós deveríamos perder nossos filhos. (Que) eles deveriam voltar para o abrigo, com base nenhuma. Acusando que estamos abandonando, fazendo negligência de nossos filhos. Eu quero saber se você acredita que um juiz de menores deveria investigar nossa família com possibilidade de tirar nossos filhos de nossa casa, sem pai nem mãe, sem família nenhuma”, disse Glenn.

“Essa é a prova de que o Brasil criou o faroeste à brasileira. Quem tem que se explicar é quem comente crimes, quem fica cobrando quem age honestamente. Ouça-me: o que eu disse, vocês vão perceber, é que ele não sabe identificar ironias, não sabe identificar um ataque bem-humorado. Convido ele a provar em que momento eu pedi que algum juizado fizesse isso. Disse apenas que o companheiro dele passa tempo em Brasília, passa o tempo todo lidando com material roubado. Quem vai cuidar dos filhos?”, respondeu Nunes.

Glenn reagiu: “Você é um covarde! Você é um covarde! Eu vou falar o porquê”. Ele então foi interrompido por Nunes. A primeira tentativa de agressão não deu certo, mas depois Nunes atingiu o rosto de Glenn. O norte-americano tentou revidar, mas não conseguiu.

Assista:

 

 

*Com informações da Istoé

 

 

 

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Facada no Brasil com 3 D: Destruição, Demolição e Desmanche do Estado Nacional

Os brasileiros democratas só reagirão quando for demasiado tarde para fazer seja o que for? Aí, então, nos aperceberemos, definitivamente: nunca mais seremos os mesmos.

A vida nacional vive um processo de demolição. Depois de golpe semi-parlamentarista, presenciamos o golpe contra o Estado nacional vindo de dentro do Poder Executivo. Os brasileiros democratas só reagirão quando for demasiado tarde para fazer seja o que for? Aí, então, nos aperceberemos, definitivamente: nunca mais seremos os mesmos.

A regressão histórica parece afrontar uma lei física ao impor a reversibilidade do tempo. Voltamos ao “espírito do tempo” da ditadura militar, embora ainda estejamos em um regime aparentemente democrático. Porém, o pacto constitucional estabelecido em 1988 está sendo afrontado por emendas constitucionais em profusão. O atual Congresso Nacional, eleito em circunstâncias políticas já ultrapassadas, não tem a legitimidade política de uma Assembleia Constituinte, eleita fosse para essa finalidade de uma maneira mais representativa de toda a sociedade.

Uma facada acidental, a eleição do esfaqueado por conta da projeção midiática e de sua ausência em debate público, além do oportunismo neoliberal, tudo isso está alterando a história brasileira através de reversão das conquistas sociais ocorridas após o regime militar. É a hora da revanche do corporativismo da caserna com o apoio informal de tropas milicianas paramilitares. Estas constituem o braço armado do neofascismo tupiniquim. O crime organizado contra a Nação age também em outros podres poderes.

Um Estado mafioso surge quando autoridades do governo estão vinculadas ao crime organizado. Estabelece-se quando elas, policiais e/ou militares fazem negócios ilícitos.

A corrupção política é o uso das competências legisladas aos membros do governo para fins privados ilegítimos. Desvio de poder do governo para outros fins, como a repressão de opositores políticos e a violência policial em geral, tem sido constante.

A captura do regulador é outra forma de corrupção política. Ela ocorre quando uma agência reguladora, criada para agir de acordo com o interesse público, age em benefício de interesses comerciais ou políticos de grupos de interesse dominantes do setor daquela agência reguladora. Por exemplo, houve a sinalização do mal-educado ministro da Educação de um “liberou geral” para os grupos privados de ensino.

Fisiologismo é um tipo de relação promíscua onde as ações políticas e decisões governamentais são tomadas em favorecimentos a interesses privados, em detrimento do bem comum. Ocorre frequentemente no Congresso Nacional, mas também no Executivo. Os partidos políticos fisiologistas apoiam qualquer governo, independentemente da coerência entre as ideologias e os programas, apenas para conseguir concessões em negociações por cargos ou mesmo diretamente por dinheiro para campanha eleitoral, senão para enriquecimento pessoal.

Nepotismo é o termo utilizado para designar o favorecimento de parentes em detrimento de pessoas mais qualificadas, especialmente, quando diz respeito à nomeação ou elevação de cargos. Essa concessão de privilégios ou cargos a parentes no setor público distingue-se do favoritismo simples. Este não implica relações familiares com o favorecido, escolhido entre amigos dos filhos: BNDES, IBGE… Nunca o filhotismo (ou apadrinhamento familiar) foi tão descarado como no atual governo brasileiro.

Cleptocracia significa, literalmente, “governo de ladrões”, cujo objetivo é a privatização do bem-comum de um país. Ocorre quando uma nação deixa de ser governada por um Estado de Direito imparcial e passa a ser governada pelo poder discricionário de pessoas do aparelhamento do poder político em diversos níveis. Conseguem transformar esse poder político em valor econômico, institucionalizando formas de corrupção como o nepotismo e/ou o filhotismo. Estas ações delituosas ficam impunes, quando todos os poderes, inclusive a Polícia e a Justiça, desde as do Rio até as da União, se corrompem.

O clientelismo denota a prática de distribuir cargos, favores e outros benefícios aos seguidores em troca de apoio político. Ele se baseia no princípio do “toma lá, da cá”.

Coronelismo teve início no plano municipal durante a República Velha. Hoje, o “capitanismo” é exercido sob forma de hipertrofia privada sobre o governo federal do capitão. Deriva dele a desorganização dos serviços públicos e o mandonismo. O desejo de mandar em quaisquer áreas, inclusive na de costumes e privacidade pessoal, utiliza-se de prepotência no uso exagerado do poder.

A plutocracia é um sistema político no qual o poder é exercido por representante do grupo mais rico instalado no ministério da Economia. Corporocracia é o “governo das grandes empresas”. Ocorre quando o poder exercido em nome do povo é transferido do Estado para submissão ao controle indireto realizado por (e pró) empresas privadas.

O capitalismo de compadrio refere-se a uma economia onde o sucesso nos negócios depende das estreitas relações entre empresários e ministros do governo. Isto pode ser demonstrado pelo favoritismo na distribuição de autorizações legais, nos subsídios do governo, nos incentivos fiscais especiais, ou outras formas de dirigismo.

Esse capitalismo clientelista surge quando o fisiologismo político transborda para o mundo empresarial. As amizades interesseiras e os laços familiares entre os empresários e o governo influenciam a economia e a sociedade. A postura avessa à impessoalidade no trato da coisa pública corrompe os ideais de bem público.

A austeridade fiscal é um dos três pilares centrais do neoliberalismo, juntamente com a liberalização dos mercados, em especial o de trabalho e o financeiro, e as privatizações. A privatização da gestão do Estado, isto é, agir nele com a lógica mercantil ou financeira de empresas, pode provocar um desastre econômico, social e ecológico.

A racionalidade dessa política neoliberal é a defesa de interesses classistas ou de castas específicas. No caso do “pacote para o Estado mínimo”, a aliança atual entre a casta dos militares e a dos mercadores-financistas é preservada em conjunto com a proteção das subcastas do Ministério Público, dos policiais e militares. Esse desmanche estatal corrói a democracia e fortalece o poder de grandes corporações empresariais.

Os capitalistas imaginam se beneficiar dessa política de austeridade por conta de:

1 – ao manter a recessão e o desemprego, reduzirem-se pressões salariais e, com isso, o empresário individualista imagina aumentar o lucro até constatar a queda da demanda agregada, quando toda a classe empresarial e o Estado cortarem salários, tendo como efeito final o aumento da desigualdade de renda;
2 – o corte de gastos públicos e a redução das obrigações sociais supostamente permitiria futuros corte de impostos das empresas e do top rico da pirâmide; e
3 – a redução da quantidade e da qualidade dos serviços públicos, além do corte de direitos na Previdência Social, aumentaria a demanda de parte da população por serviços privados em setores como educação, saúde e administração de ativos de terceiros na Previdência Privada, o que propiciaria mais mercado.

Sob outra ótica – a social –, está ficando claro com a 4ª Revolução Industrial em automatização e/ou robotização, os empreendimentos privados não serem suficientes para empregar toda a força do trabalho em busca de ocupações para receber renda. O Estado necessitará cuidar da população “excedente” sob o risco de explosão social à chilena. Pode ser a gota d’água… o desmanche do Estado brasileiro.

A contração do gasto público, em fase de estagdesigualdade, não aumenta a demanda, ao contrário, essa contração reduz ainda mais a demanda agregada. Quando todos os componentes privados da demanda final – o consumo das famílias, o investimento e a exportação líquida – estão em processo de retração, se o governo contrair a demanda pública, obviamente, a crise se agravará pelo processo multiplicador negativo.

Para justificar a austeridade, demagogos fazem a comparação do orçamento público ao orçamento doméstico. Supostamente como uma família, o governo não deveria gastar mais em relação ao arrecadado. Diante da perspectiva de desemprego e com elevado grau de endividamento, uma família faria sacrifícios até superar a má fase, imaginando ser premiada por graça divina, quando na realidade a economia retoma o crescimento.

Nessa visão evangélica, é comum a análise de os excessos de gastos sociais, de aumento de salários dos servidores públicos, de intervencionismo estatal na economia de mercado, da alavancagem financeira, etc., acabarem cobrando os mesmos sacrifícios necessários à redenção. Como na fábula bíblica, os excessos seriam punidos e os sacrifícios, recompensados com a chegada futura ao paraíso.

Só há um detalhe esquecido por leigos: o Estado nacional emite uma moeda de curso forçado para o pagamento de impostos por parte das famílias e empresas. Em sua soberania, tem o monopólio de emissão dessa moeda e possui uma capacidade de arrecadação fiscal e de pagamento de dívidas não possuída pelo setor privado. E seu gasto em investimento público multiplica a renda, portanto, a futura arrecadação fiscal.

Em síntese, as medidas inconstitucionais como centralização das finanças públicas dos entes federativos e municipais sob a União, corte de ¼ da renda e destruição das carreiras dos servidores públicos, queda real de despesas obrigatórias sem reajustes pela inflação, extinção de municípios, etc., visam em última análise servir à dívida pública, leia-se: aos rentistas parceiros do Guedes. A dívida pública será a âncora para a definição das metas governamentais! Com a autorregulação do mercado, imposta à comunidade, o ideal neoliberal é alcançado! Lixa-se para a sociedade! Ela vai explodir…

 

 

*Fernando Nogueira da Costa/GGN

Foto: Regional News

 

 

 

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Nova derrota de Bolsonaro: fracassa novo leilão do pré-sal

Terminou com quatro blocos ‘encalhados’ o leilão de cinco áreas de exploração de petróleo no pré-sal realizado nesta quinta-feira (7) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A Petrobras, em consórcio com a chinesa CNODC, apresentou a única oferta do leilão, e arrematou o bloco de Aram, na Bacia de Santos – o mais caro entre o oferecidos.

Com o resultado, a arrecadação da 6ª Rodada de Partilha de Produção, que poderia chegar a R$ 7,85 bilhões, ficou em R$ 5,05 bilhões – 64,3% do total esperado. Ficaram sem interessados os blocos de Bumerangue, Cruzeiro do Sul, Sudoeste de Sagitário e Norte de Brava, que tinham bônus de assinatura menores.

De cinco áreas ofertadas, quatro encalharam!

o governo Bolsonaro planejava entregar por R$ 106 bilhões reservas avaliadas em mais de R$ 3 trilhões.

Ao invés disso, o governo arrecadou pouco menos de dois terços do valor planejado: R$ 69,96 bilhões.

Segundo o respeitado Wall Street Journal, o Brasil deu uma “festa do petróleo”, mas ninguém apareceu!

Nesta quinta-feira 7/XI a Agência Nacional do Petróleo realizou um novo leilão de blocos do pré-sal na Bacia de Santos.

Das cinco áreas ofertadas, entretanto, apenas uma foi vendida: a Petrobras, em consórcio com a estatal chinesa CNODC apresentou a única oferta de todo o leilão e arrematou o bloco de Aram, na Bacia de Santos.

Os outros quatro blocos – Bumerangue, Cruzeiro do Sul, Sudoeste de Sagitário e Norte de Brava – ficaram sem interessados.

Encalharam!

Assim, o Governo Federal arrecadou R$ 5,05 bilhões dos R$ 7,85 bilhões que esperava ganhar – novamente, pouco menos de dois terços do valor planejado.

Essa sequência de fracassos significa, portanto, que o governo Bolsonaro irá desistir da privataria ampla, geral e irrestrita da Petrobras?

Pelo contrário, amigo navegante!

De acordo com o almirante Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, “as áreas que não foram arrematadas continuam aí e eu acredito que num futuro, que nós esperamos que seja próximo, essas áreas (…) voltem a ser licitadas”.

Para isso, o governo Bolsonaro irá afrouxar ainda mais as regras dos leilões – atraindo, assim, as gigantes estrangeiras, como ExxonMobil, Shell, BP e Chevron: “nós inclusive já apresentamos ao Congresso Nacional algumas informações de que é o nosso entendimento de que a gente pode melhorar esse regime de exploração do petróleo no Brasil”, disse o almirante-ministro.

E assim, o governo Bolsonaro, para alívio do povo brasileiro, segue amargando derrotas com a entrega da maior riqueza brasileira.

A conferir.

 

 

*Com informações do DCM e Conversa Afiada

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Investigação do porteiro pela PF é outra aberração numa penca de aberrações

Reinaldo Azevedo

Pois é… Lembram-se do porteiro que, depondo duas vezes como testemunha, afirmou que, no dia 14 de março de 2018, interfonara duas vezes para a casa de Jair Bolsonaro para tratar da presença de Élcio Queiroz, o comparsa de Rossi Lessa, no condomínio Vivendas da Barra? A dupla é acusada de ter matado a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes.

Pois bem… O tal porteiro, testemunha num inquérito, agora é alvo de investigação.

Atendendo, pois, às ordens que partiram de Bolsonaro, o MPF requisitou o inquérito sobre o assassinato de Marielle e Anderson como parte da investigação para saber se o porteiro cometeu crime de denunciação caluniosa, falso testemunho e obstrução da Justiça.

Ainda que assim fosse, são crimes que têm de ser apurados na esfera estadual.

Há uma penca de absurdos aí. O porteiro passou a ser investigado sem que se tenha feito uma perícia digna do nome no sistema que arquiva a comunicação entre a guarita e os moradores.

Temos agora uma testemunha de um inquérito conduzido pela Polícia Civil que está sendo investigado pela Polícia Federal.

Os crimes de que o porteiro é suspeito, ainda que tenham acontecido, não são federais. O fato de o suposto alvo ser Jair Bolsonaro não federaliza, por si, a investigação. O caso teria de ser conduzido pela Polícia Civil do Rio.

Estamos diante de uma soma de aberrações. E, no centro do imbróglio, está o Ministério Público do Estado do Rio.

Todos os promotores envolvidos com o caso Marielle deveriam ser imediatamente afastados.

Leiam a íntegra da coluna de sexta passada:

Desde a terça (29) à noite, quando o Jornal Nacional levou ao ar a reportagem sobre o surgimento do nome do presidente Jair Bolsonaro na investigação do caso Marielle Franco, ao momento em que escrevo esta coluna, experimento um desconforto que poderia ser estético. Algumas sinapses que se fazem por conta própria na minha cachola disparam o alarme: “Como está, a narrativa não faz sentido”.

Mas isso não é romance. Chamo a atenção para fios soltos, peças ausentes e comportamentos heterodoxos. E estou certo de que o Ministério Público do Rio é o detentor desses arcanos.

A Globo tem de se perguntar se não caiu numa armadilha, num “entrapment” jornalístico, que serviu para Bolsonaro posar de vítima e herói. Na lógica política, isso descarta Wilson Witzel como fonte da matéria —embora eu nunca especule a respeito.

Digamos que o porteiro tenha se enganado ou recorrido à má-fé em seus depoimentos. Como explicar, no entanto, o registro em livro da entrada do carro, com a placa e o destino: casa 58, justamente a de Bolsonaro?

Os depoimentos do porteiro foram tomados depois da tragédia, mas o registro no livro é contemporâneo ao ingresso no condomínio do Logan AGH 8202. O autor da anotação não tinha como saber que a linha que redigia, com zelo burocrático, viria a fazer história. A menos que adivinhasse: “Eles vão matar Marielle, e eu vou tentar ferrar Bolsonaro porque ele será presidente da República”. Isso tudo no dia 14 de março de 2018! Eis um romance impublicável.

A imagem da anotação no livro foi obtida depois que se quebrou a senha do celular de Ronnie Lessa, um dos assassinos. Ela lhe fora enviada por sua mulher. Pergunto: com que propósito a zelosa senhora fotografara a página? Resposta possível: para proteger o marido.

A primeira reportagem do JN informou que o registro da presença de Bolsonaro em Brasília contradizia os depoimentos do porteiro. Em entrevista coletiva na quarta (30), a promotora Simone Sibilio afirmou que perícia confirma ter sido Lessa a autorizar a entrada de Élcio Queiroz.

Tal perícia teria sido concluída na quarta-feira, no dia seguinte à reportagem. Sibilio estava ao lado da também promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho, bolsonarista de carteirinha —no caso, de camiseta.

Membros do MP do Rio tinham ido a Brasília conversar com Dias Toffoli, presidente do STF, para saber se poderiam continuar com a investigação, uma vez que o nome do presidente tinha aparecido no rolo. Sibilio e a bolsonarista estavam entre eles?

Tal encontro se deu sem o conhecimento do juiz responsável pelo caso, o que é de espantosa heterodoxia. Foram participar uma “notícia de fato” ao ministro. Sem o conhecimento do juízo original, virou consultoria gratuita feita por ministro do STF. E o encontro se deu antes da perícia —também realizada, a seu modo, na portaria, por Carlos Bolsonaro.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, classificou de factoide o episódio envolvendo o presidente e disse que a questão já havia sido arquivada pela PGR e pelo STF antes da reportagem. Seria o arquivamento formal de um procedimento informal?

Bolsonaro deixou claro que já tinha ciência havia dias de que seu nome passara a figurar no caso. A fluência atípica da indignação no seu vídeo, apesar da retórica peculiar, pareceu-me de cara bem mais do que improviso. “Entrapment”.

Sergio Moro manda, e Aras topa, o MPF abrir inquérito contra testemunha de investigação ainda em curso para apurar se o porteiro cometeu denunciação caluniosa, obstrução da Justiça e falso testemunho, condutas que, em existindo, são apuradas na esfera estadual. A AGU determinou que a Procuradoria-Geral da União investigue o vazamento. São aberrações inéditas.

Bolsonaro está ensinando como Dilma Rousseff deveria ter se comportado durante o petrolão. O que faltou à petista para se manter no cargo foi estuprar a institucionalidade. É bem verdade que ela não tinha um ministro da Justiça do nível de Moro. E não contava com um Aras na PGR.

Nesse romance sem pé, mas com cabeça, faltam mordomo e caseiro.

Então prendam o porteiro.

 

 

*Do Blog do Reinaldo Azevedo/Uol