A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) poderá ser colocada na lista de foragidos da Interpol. Isso ocorrerá depois que seu pedido de prisão seja decretado.
Segundo o UOL apurou com fontes de alto escalão em Brasília, a inclusão na difusão vermelha da agência internacional depende de ordem de prisão prévia.
Ter o nome na lista da Interpol não significa que um país tenha a obrigação de prendê-la, principalmente diante da constatação de que ela tem um passaporte estrangeiro. Mas o alerta serve para informar às demais autoridades sobre a existência do caso e de que a pessoa está sendo procurada.
Todos os sistemas de aduanas pelo mundo, portanto, passam a receber o alerta. Caso ela deixe o país de onde seu segundo passaporte é registrado – no caso a Itália – estaria vulnerável a uma eventual deportação ao Brasil.
A PGR (Procuradoria-Geral da República) pediu sua prisão preventiva. No dia 14 de maio, Zambelli já foi condenada a dez anos de prisão. Ela é acusada de invadir os sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Agora, caberá ao STF (Supremo Tribunal Federal) decidir sobre a prisão.
“Estou fora do Brasil há alguns dias”, disse a deputada em entrevista para a rádio bolsonarista Auriverde, nesta manhã. Fontes indicaram que ela estaria em Miami e que, ainda nesta semana, deixaria os EUA e irá se estabelecer na Itália.
Cantor foi operado pelo neurocirurgião Paulo Niemeyer para aliviar pressão intracraniana e já se recupera bem no Hospital Copa Star, no Rio de Janeiro.
O cantor e compositor Chico Buarque, de 80 anos, foi submetido a uma cirurgia no crânio na manhã desta terça-feira (3). O procedimento, realizado no Hospital Copa Star, em Copacabana, teve como objetivo reduzir a pressão intracraniana e já estava previamente agendado. A informação foi divulgada inicialmente pelo colunista Ancelmo Gois, de O Globo.
A operação, de acordo com o jornal, foi conduzida pelo neurocirurgião Paulo Niemeyer e durou cerca de uma hora. De acordo com a reportagem, o músico já retornou ao quarto, encontra-se lúcido, falando normalmente e com previsão de alta nos próximos dois ou três dias. Ao seu lado, permanece a companheira, a jurista Carol Proner. O artista também está sendo acompanhado pelo clínico geral Antonio José Carneiro.
A necessidade da intervenção cirúrgica foi identificada durante um check-up de rotina realizado recentemente, que apontou um acúmulo de líquido na cabeça. O diagnóstico precoce evitou complicações mais graves, já que, caso não tratado, o quadro poderia comprometer a fala e locomoção do artista.
No domingo (1), Chico protagonizou um momento marcante ao fazer uma participação especial no show “Tempo rei”, de Gilberto Gil, realizado na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Emocionado e visivelmente nervoso, ele subiu ao palco para cantar “Cálice” ao lado do amigo e chegou às lágrimas. Entrou e saiu com passos lentos, demonstrando certa dificuldade de locomoção.
Embora a apresentação tenha chamado atenção pelo estado físico do artista, o episódio pode estar relacionado não apenas ao problema diagnosticado recentemente, mas também a outros procedimentos pelos quais ele passou nos últimos anos. Em 2021, Chico foi operado da coluna para tratar uma estenose do canal vertebral e, em 2023, submeteu-se a uma artroscopia no joelho direito, devido ao desgaste da articulação, diz o 247.
Apesar das recentes intervenções médicas, o artista manteve sua rotina ativa. Na quinta-feira anterior à internação (29), Chico jogou sua tradicional pelada com o time Politheama. Ele completa 81 anos no próximo dia 19.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu, na tarde desta terça-feira (3), a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Zambelli anunciou na manhã de hoje que deixou o país. A parlamentar foi condenada a dez anos de prisão pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Carla anunciou que está nos Estados Unidos, mas deve se deslocar para a Europa. A PGR enxerga que a viagem pode ser uma estratégia da parlamentar para fugir da pena de dez anos de prisão imposta pelo STF. A pena de Zambelli ainda não começou a ser executada, porque ainda não foram esgotados os recursos.
Em 2023, Zambelli chegou a ter o passaporte apreendido durante as investigações, mas o documento foi devolvido e ela não tinha restrições para deixar o país.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) determinaram que Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto, também condenado no caso, paguem uma indenização no valor de R$ 2 milhões. Além disso, os magistrados estabeleceram também a perda de mandato da deputada.
Após a fuga, advogado da deputada Carla Zambelli (PL-SP), Daniel Bialski, deixou a defesa da parlamentar. Segundo informações da jornalista Andréia Sadi, do site “G1”, a decisão do advogado Daniel Bialski se deu por motivos de “foro íntimo”.
Fuga de Zambelli A fuga da deputada Carla Zambelli (PL-SP) ocorreu após ela ter arrecadado cerca de R$ 166 mil em doações para supostamente arcar com multas judiciais que foi condenada a pagar.
“Não está fácil a minha situação. Eu vivo com o meu salário de deputada, que não é baixo, mas que com essa quantidade de multas fica impossível. Preciso levantar recursos para poder pagar as multas no TSE, para pedir tranquilamente a suspensão do meu processo. Quero pedir a sua ajuda. O quanto você puder ajudar”, pediu Zambelli a seus seguidores após condenação no STF.
O estudo publicado na The Lancet Public Health em 29 de maio de 2025, intitulado “Health impacts of a national condicional cash transfer program on the Brazilian Population: a Synthetic Control and Microsimulation Study, 2004–19”, limitado por Rômulo Paes (Fiocruz), Daniella Cavalcanti (UFBA), Davide Rasella (Universidade de Barcelona) e outros, oferece uma análise detalhada do impacto do Programa Bolsa Família na saúde pública brasileira. Vou detalhar a metodologia e os dados por faixa etária, conforme solicitado.
Metodologia do Estudo O estudo combina duas abordagens principais para avaliar o impacto do Bolsa Família entre 2004 e 2019:
Método de Controle Sintético: Objetivo: Estimar o impacto causal do programa em indicadores de saúde, como mortalidade e internações hospitalares.
Procedimento: Comparar municípios brasileiros com alta cobertura do Bolsa Família (acima de 70% das famílias elegíveis atendidas) com um “contrafactual” sintético, ou seja, um grupo de controle construído a partir de dados de municípios com características socioeconômicas semelhantes, mas sem o programa ou com baixa cobertura.
Variáveis provadas: Mortalidade geral, mortalidade infantil (menores de 5 anos), mortalidade em idosos (acima de 70 anos) e internações hospitalares evitáveis (por condições sensíveis à atenção primária, como doenças preveníveis por vacinação ou acompanhamento médico).
Fonte de dados: Dados do Ministério da Saúde (DATASUS), Cadastro Único, e outros registros administrativos de 3.671 municípios, cobrindo mais de 87% da população brasileira.
Objetivo: Projeção dos efeitos passados e futuros do programa. Procedimento : Modelos estatísticos foram usados para simular o impacto do Bolsa Família em diferentes cenários, incluindo manutenção, expansão ou redução do programa até 2030. Isso permitiu estimar mortes e internações evitadas (ou adicionais, em caso de cortes).
Parâmetros: Inclui variáveis como cobertura do programa, adesão às condicionalidades (vacinação, consultas pré-natais, frequência escolar) e indicadores socioeconômicos (pobreza, desigualdade, acesso ao SUS).
Período de análise: 2004 a 2019, abrangendo o início e a consolidação do Bolsa Família, antes das mudanças significativas durante o governo Bolsonaro (como a substituição pelo Auxílio Brasil). Indicadores de saúde :
Internações: Redução de internações por condições sensíveis à atenção primária, como infecções respiratórias, diarreia e desnutrição.
Dados Específicos da Faixa Etária
O estudo destacou aspectos diferenciados por grupos etários, com resultados mais expressivos em crianças menores de 5 anos e idosos acima de 70 anos:
Crianças menores de 5 anos Redução da mortalidade infantil: O Bolsa Família foi associado a uma redução de 33% na mortalidade infantil em municípios com alta cobertura. Isso deve às condicionalidades do programa, como:
Vacinação obrigatória: Reduziu mortes por doenças preveníveis, como sarampo e coqueluche.
Acompanhamento pré-natal e pós-natal: Melhorou a saúde materna e neonatal, com complicações no parto e desnutrição.
Acesso a alimentos: A transferência de renda permitiu melhor nutrição, proporcionando casos de desnutrição graves.
Impacto quantitativo: Estima-se que cerca de 250 mil mortes infantis foram evitadas no período, representando uma parcela significativa das 713 mil mortes totais evitadas.
Idosos acima de 70 anos: Redução de internações: O programa reduziu internações hospitalares em 48% nessa faixa etária, especialmente por condições como diabetes, hipertensão e infecções respiratórias.
Mecanismo: A renda extra permite acesso a medicamentos, consultas regulares e melhores condições de vida (alimentação e moradia). Além disso, o acompanhamento de saúde exigido pelo programa incentivou a prevenção.
Impacto quantitativo: Aproximadamente 200 mil mortes de idosos foram evitadas, com cerca de 3,5 milhões de internações prevenidas.
População geral:
Mortalidade total: O estudo estimou que o Bolsa Família evitou 713 mil mortes no período de 2004 a 2019. Isso inclui mortes por causas evitáveis, como doenças infecciosas, desnutrição e complicações de doenças crônicas não tratadas.
Internações: Foram evitadas 8,2 milhões de internações hospitalares , com destaque para condições sensíveis à atenção primária, que poderiam ser prevenidas com acesso regular à saúde. Projeções Futuras (até 2030)
Expansão do programa: Se o Bolsa Família for ampliado para cobrir mais famílias elegíveis (mantendo condicionalidades), poderia evitar 683 mil mortes e 8 milhões de internações até 2030.
Redução ou desmonte: Um cenário de cortes no programa (como ocorreu parcialmente com o Auxílio Brasil) poderia resultar em 1,5 milhão de mortes adicionais e 15 milhões de internações no mesmo período, devido à perda de acesso a serviços de saúde e renda.
Detalhes Adicionais Custo-benefício: O programa custa cerca de 0,5% do PIB (em 2023, cerca de R$ 14 bilhões anuais para 20,5 milhões de famílias), mas gera economias significativas no SUS ao reduzir internações e mortes.
Integração com o SUS: O Bolsa Família potencializa o impacto do Sistema Único de Saúde, pois as condicionalidades garantem maior adesão a programas de saúde preventivos.
Desigualdades regionais: O impacto foi maior em regiões mais pobres, como Norte e Nordeste, onde a cobertura do programa atingiu até 80% das famílias elegíveis em alguns municípios.
Fontes e Validação Os dados foram extraídos de reportagens confiáveis ( Agência Gov , Folha de S.Paulo , Brasil de Fato , Fiocruz ) e do artigo original na The Lancet Public Health. A metodologia de controle sintético e microsimulação é robusta, amplamente aceita em estudos de impacto de políticas públicas, e os dados do DATASUS garantem alta confiabilidade.
Dados: Mortes evitadas: 250 mil (crianças), 200 mil (idosos), 263 mil (outras faixas, calculadas como 713 mil – 250 mil – 200 mil).
Internacionais evitadas: 3,5 milhões (idosos), 4,7 milhões (outras faixas, calculadas como 8,2 milhões – 3,5 milhões). Para crianças, não há dados específicos de internações no estudo, então foi atribuído 0 para simplificação.
As fugas de Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli só revelam que o bolsonarismo é um ajuntamento de contraventores.
A fuga dessa dupla de criminosos, Eduardo e Zambelli, é exemplar.
O bolsonarismo não é de direita ou de extrema direita, mas do submundo do crime como qualquer pessoa que vive, sobrevive e lucra muito no mundo das organizações criminosas, como tráfico de drogas, milícia, jogatina, sequestro, extorsão, roubo a mão armada e por aí vai.
Não foi por isso que o Brasil teve mais de 700 mil mortos por Covid e milhões de brasileiros que sofrem até hoje com a Covid longa enquanto Bolsonaro negociava a melhor propina por dose na compra das vacinas? Foi o que mostrou a CPI do genocídio no caso em que a compra acabou sendo abortada com a descoberta do rolo entre o governo Bolsonaro e a Covaxin?
Corruptos da vacina que atuaram no governo Bolsonaro estão envolvidos na fraude do INSS, aponta PF.
Nomes de investigados na CPI da Covid são citados em fraude de R$ 6,3 bilhões do INSS.
Segundo a PF, Mauricio Camisotti e Danilo Trento atuaram em esquema bilionário de descontos indevidos de aposentadorias. Ambos já haviam sido investigados por tentativa de venda de vacina superfaturada para Bolsonaro durante a pandemia.
Camisotti é considerado pelos investigadores da Polícia Federal como peça-chave no escândalo do roubo das aposentadorias que, segundo as investigações, pode ter gerado um prejuízo de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
Curiosamente, o nome dele foi citado na CPI da Covid como personagem central da negociata de vacinas superfaturadas da Índia, a Covaxin.
Como disse Randolf Rodrigues: “A negociata com as vacinas da Índia não deu certo e eles partiram para lesar aposentados e pensionistas.”
O mais estarrecedor para os investigadores da PF é que os movimentos de Camisotti em direção ao INSS e ao Ministério da Saúde foram simultâneos durante o governo Bolsonaro.
A CPI da Covid funcionou de abril a outubro de 2021. Em agosto do mesmo ano, com a comissão em pleno funcionamento, portanto, a Ambec assinou um acordo de cooperação técnica com o INSS. O credenciamento permitiu que a entidade descontasse mensalidades diretamente na folha de pagamento de aposentados e pensionistas.
Isso é apenas um caso das dezenas de outros esquemas de roubos e contravenções que o Clã Bolsonaro e afins, como Zambelli e cia, estão enfiados, assim como esquema de peculato envolvendo gente pesada da milícia, como Adriano da Nobrega, ligado ao vizinho de Bolsonaro, Ronnie Lessa que assassinou Marielle e fazia tráfico internacional de armas.
Seja como for, não dá para esse bando se dizer “perseguido pelo STF”. Se vale para eles, tem que valer para qualquer chefe de organização criminosa.
No caso em questão, Carla Zambelli fugiu do Brasil se dizendo abandonada por Bolsonaro, o chefe supremo do bando que não demora, será enjaulado por tentativa de golpe, em apenas um de seus incontáveis crimes.
Deputada afirma que deixou o Brasil, a defesa diz não saber onde ela está.
A deputada federal Carla Zambelli deixa o Brasil após ser condenada a 10 anos de prisão em unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Para a CNN, Carla Zambelli afirmou estar na Itália: “tenho cidadania italiana e não podem me deportar. Eles não podem me deportar sendo cidadã italiana”, afirmou.
Em entrevista ao vivo para o AuriVerde Brasil, Zambelli disse que está na Europa, onde tem cidadania, para fazer um tratamento médico.
“Queria anunciar que estou fora do Brasil já faz alguns dias, eu vim a princípio buscando tratamento médico que eu já fazia aqui e agora eu vou pedir para que eu possa me afastar do cargo. Tem essa possibilidade da constituição, acho que as pessoas conhecem um pouco mais essa possibilidade hoje em dia porque foi o que o Eduardo [Bolsonaro] fez também , disse em live.
A deputada contou que a ideia surgiu de uma conversa com o blogueiro bolsonarista, Allan dos Santos, “ele falou assim: Carla, você tem alguma esperança real de que o Brasil, nas próximas semanas, próximos meses, vai voltar a ser a democracia que a gente conheceu?”
A partir desse questionamento, Zambelli considerou que o Brasil está “vivendo uma ditadura”, e que “as pessoas tem medo de emitir suas opiniões”.
Esse delírio de Carla Zambelli, fez com que ela decidisse por ir para Europa para se reunir com líderes europeus para “denunciar” a ditadura, como o Eduardo Bolsonaro faz nos Estados Unidos.
Ela afirma que vai pedir afastamento do cargo sem remuneração, igual o filho do ex-presidente.
Na entrevista ao vivo ela voltou a mentir sobre as urnas eletrônicas: “as urnas não são confiáveis, eu não podia falar isso estando no Brasil porque eu seria cassada e perseguida mais ainda”.
Redes sociais de Carla Zambelli Também nesta semana, Carla Zambelli transferiu a autonomia das suas redes sociais para a mãe, Rita Zambelli.
“Tomei a decisão de transferir oficialmente a titularidade das minhas redes sociais, como herança, para minha mãe, Rita Zambelli, uma mulher íntegra, de princípios sólidos, que carrega os mesmos valores que sempre defendi”, afirma em publicação no Instagram.
Durante a live desta terça-feira (3), Carla Zambelli afirmou que está fazendo reuniões com a Meta para oficializar a transferência da titularidade das redes sociais.
Ao tomar essa atitude, ela provavelmente está usando a mãe como laranja para evitar novos processos pelo uso indevido das redes sociais.
Assim, o espalhamento de desinformação, fake news e tentativa de atrapalhar o judiciário brasileiro que já eram feitos no perfil de Carla Zambelli não poderão mais ser atribuídos a ela, e sim a mãe.
O presidente Lula sancionou a lei que concede reajustes salariais aos servidores públicos federais do Executivo e reestrutura diversas carreiras do funcionalismo. O texto foi publicado nesta terça-feira (3) no Diário Oficial da União e oficializa os acordos firmados entre o governo e as categorias no ano passado. Veja a íntegra da lei.
A proposta foi inicialmente editada como Medida Provisória (MP 1286/24) em 2024 e aprovada pelo Congresso Nacional em maio deste ano, após tramitar como o Projeto de Lei 1.466/2025.
Impacto no orçamento e etapas de reajuste
De acordo com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, o impacto da nova lei será de R$ 73,9 bilhões até 2027.
R$ 17,99 bilhões em 2025
R$ 26,76 bilhões em 2026
R$ 29,17 bilhões em 2027
Os aumentos ocorrerão em duas etapas:
Primeira parcela já em vigor, com efeito retroativo a janeiro de 2025 Segunda parcela a ser paga em abril de 2026 O governo calcula um reajuste médio de 27% entre 2023 e 2026 para o conjunto dos servidores. No ano passado, os servidores haviam recebido um reajuste de 9%, após anos de congelamento salarial. Entre 2017 e 2022, a inflação acumulada foi de cerca de 31,3%, enquanto a maioria das categorias não obteve reajustes no período.
Quem será beneficiado?
Para as categorias sem acordo formal com o governo, o reajuste padrão será de:
9% em 2025
9% em 2026
Para carreiras com subsídios já elevados, como diplomatas, auditores do Banco Central e auditores de Finanças e Controle, o reajuste será de 23% em dois anos.
Em fim de carreira, por exemplo, os subsídios passarão de R$ 29.832 para R$ 36.694 em 2026.
Cargos em comissão e funções de confiança também terão aumentos, que variam de 9% para os níveis mais baixos a 69% para os níveis mais altos, que passarão de R$ 18,8 mil para R$ 31,9 mil até 2026.
Novas carreiras e reestruturações
A lei também cria novas carreiras, com o objetivo de modernizar a administração pública e tornar os cargos mais atrativos para profissionais qualificados:
Carreira de Desenvolvimento Socioeconômico
Carreira de Desenvolvimento das Políticas de Justiça e Defesa
Carreira de Fiscalização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM)
O governo argumenta que a reestruturação permitirá melhor gestão dos órgãos, com racionalização das carreiras e alocação mais eficiente de pessoal. No caso das Instituições Federais de Ensino, também foram criados dois novos cargos para adequar os quadros às demandas atuais.
Além disso, cargos efetivos vagos serão transformados em novas posições, cargos em comissão e funções de confiança.
O projeto oficializa 38 acordos firmados pelo governo em 2024 com diferentes categorias de servidores entre elas técnicos, professores e carreiras estratégicas com reajustes superiores à inflação acumulada em muitos casos.
Os valores já estão contemplados na Lei Orçamentária de 2025, o que garante previsibilidade orçamentária para a execução dos aumentos.
Relatos e dados contradizem a versão oficial e revelam operação sem transparência, marcada por sumiços, repressão e desinformação.
A dispersão abrupta da população usuária de drogas da região da Luz, histórico epicentro da chamada Cracolândia em São Paulo, não significou solução para a crise social e humanitária que se arrasta há mais de duas décadas na capital paulista. Segundo diversos relatos obtidos pela reportagem do ICL Notíicias, o que ocorreu foi um deslocamento forçado, sem planejamento e cercado de silêncio institucional, que espalhou a cena de uso por outras regiões da cidade. A operação é marcada por falta de transparência, violações de direitos e ausência de estratégia articulada de acolhimento.
As consequências desse processo são vividas em extremos: na Luz, comerciantes relatam alívio e melhoria nos negócios. Em bairros como Parque Dom Pedro, Canindé, Marechal Deodoro e Brás, a rotina passou a ser marcada por violência, insegurança e sensação de abandono. “Chegamos um belo dia e não tinha mais morador. Do nada, foram embora. Pra gente foi bom”, relatou Giovani, comerciante da Luz há mais de 30 anos.
Ele conta que uma base policial, instalada em frente à sua loja, foi desmobilizada cerca de duas semanas antes da dispersão. Ainda que tenha notado melhora no movimento e no faturamento, Giovani acha que isso será temporário e que a qualquer momento a região voltará a ser o que era. Ele reconhece que a solução na região não foi definitiva.
Na outra ponta desse deslocamento, os relatos são de colapso. No Parque Dom Pedro, uma comerciante que atua há 22 anos na região diz que o comércio “caiu mais de 50%”. “Eles brigam de soco, de faca, com pau. Ninguém tem paz aqui. A gente não pode nem reclamar”, afirmou à reportagem. Segundo ela, o medo é constante: “Não tem a mínima segurança. E a situação piorou para todo mundo aqui, não só para mim”.
Outros lojistas ouvidos na região, sob condição de anonimato, apontaram o mesmo cenário: tensão constante, prejuízos, e total ausência de interlocução com o poder público. “A GCM chega batendo. Os usuários respondem. E a gente fica no meio, sem saber o que pode acontecer”, disse um deles. Em alguns trechos, comerciantes relataram já ter solicitado reforço da polícia para garantir segurança mínima, mas sem retorno efetivo.
A sensação de insegurança faz com que, mesmo há poucos metros de uma base da Polícia Militar, comerciantes relatem queda no movimento, medo e insegurança.
Segundo Leona, do Instituto Luz — organização que atua no território com recursos federais da emenda parlamentar da deputada Erika Hilton —, a dispersão foi resultado de uma operação silenciosa e violenta. “Foi da noite para o dia. Não encontramos mais as pessoas. Vieram os relatos: remoções forçadas, veículos descaracterizados, agressões, ameaças de morte. O pânico se instalou”. Leona afirma que não houve aviso prévio ou qualquer articulação entre os órgãos públicos e as entidades que atuam no território. “É uma política de apagamento. Não há diálogo, nem transparência.”
A violência foi detalhada também por Marcel Segalla Bueno, do coletivo A Craco Resiste. Segundo ele, abordagens da GCM incluíam espancamentos e ameaças com exibição de fotos de pessoas desaparecidas: “Não é mais uma operação policial, é milicianização da Guarda. As pessoas estão sendo levadas sem que se saiba para onde. Elas simplesmente somem.” Em relatos adicionais enviados à reportagem, ele menciona também denúncias de veículos utilizados sem identificação, vans brancas e caminhões que recolheriam usuários durante a madrugada para destinos ignorados.
Cracolândia foi desmontada A reportagem esteve na Praça Marechal Deodoro, identificada em reportagens anteriores como novo reduto de usuários. Um “mini fluxo” chegou a se formar ali, com barracas improvisadas e até uma banquinha de venda de drogas e insumos. Quando a equipe voltou à região, tudo já havia sido desmontado. Uma base policial ocupava o local. Uma agente da PM informou que a base havia sido deslocada no dia anterior com a missão de impedir a formação de novos fluxos. Segundo ela, essa é a nova diretriz: onde houver foco de aglomeração, será montada imediatamente uma base policial. Resta saber se essa estratégia é sustentável a longo prazo.
A dispersão pulverizou a cena de uso por São Paulo. Núcleos foram identificados em bairros como Canindé, Bom Retiro, Brás, Parque Dom Pedro e regiões da zona leste e sul. Em muitos desses pontos, há relatos de pequenos agrupamentos, consumo a céu aberto, uso de becos e áreas periféricas como novo refúgio. Moradores relatam aumento de conflitos, sensação de abandono e recrudescimento das abordagens violentas. Em alguns locais, comerciantes passaram a fechar mais cedo, enquanto outros adotaram rotinas de segurança privadas para lidar com os riscos. Há também registros de aumento de pessoas dormindo nas ruas em regiões como Vila Maria, Penha, Capão Redondo e Santo Amaro, locais que anteriormente não abrigavam esse perfil populacional de forma expressiva.
Apesar disso, os relatórios oficiais da Prefeitura apontam números robustos e estáveis de atendimentos nos meses que antecederam o desaparecimento da população da Luz. Em abril de 2025, o Programa Redenção registrou 14.041 abordagens, sendo 10.143 de saúde e 3.898 de assistência social. Em março, haviam sido 10.636 abordagens (7.298 de saúde e 3.338 sociais) e, em fevereiro, 10.994 (6.068 de saúde e 4.926 sociais). Os números não indicam qualquer variação expressiva que justificasse uma migração espontânea ou acolhimento em massa — ao contrário, mantêm-se dentro da média histórica do programa.
Os encaminhamentos registrados em abril seguiram a mesma proporção: 274 para a rede de saúde, 845 para acolhimento, 1.287 para o HUB Álcool e Drogas e apenas 37 para leitos hospitalares. No mesmo mês, o município informou que 4.207 pacientes foram atendidos nos CAPS AD, e 961 pessoas estavam vinculadas a programas de capacitação profissional. Foram registrados ainda 104 casos de autonomia de moradia e 186 de autonomia de renda.
Esses dados, no entanto, contrastam com o relato de quem vive a crise nas ruas. O número de acolhimentos é visivelmente inferior ao contingente que desapareceu da Luz em poucos dias. As estruturas da rede — CAPS, SIATs, POT Redenção, Atende — não comportam uma migração forçada e repentina. A ausência de picos ou alterações significativas nos dados reforça a suspeita de que não houve acolhimento em larga escala, mas sim dispersão e realocação silenciosa e improvisada para outras regiões da cidade.
Deslocamento de usuários foi naturalizado A desarticulação entre os números da gestão e a vivência concreta nos territórios expõe o descompasso entre a política pública no papel e sua aplicação. Segundo técnicos que atuam na rede socioassistencial, há uma “naturalização institucional” de que parte dessa população será deslocada, sem que se criem mecanismos estruturados de acolhimento e reinserção. “Na prática, o que vemos é a reprodução de ciclos de exclusão. A operação muda a paisagem urbana, mas não resolve o problema. Só o distribui”, avaliou uma fonte técnica que preferiu não se identificar.
Não há qualquer explicação oficial para o que ocorreu. Nem a Prefeitura de São Paulo nem o governo estadual divulgaram informações sobre a operação que esvaziou a Luz. Tampouco há dados sobre internações, transferências, acolhimentos ou estratégias de realocação. O Ministério dos Direitos Humanos, segundo fontes, também enfrenta dificuldades em obter respostas. O silêncio é institucional.
E o medo, generalizado. Comerciantes evitam falar. Moradores não se identificam. Usuários somem sem deixar rastros. A tensão ocupa os territórios, antes, durante e depois da presença da Cracolândia. A cidade que acredita ter resolvido o problema, assiste agora ao surgimento de várias outras Cracolândias — menores, espalhadas, ainda mais vulneráveis e invisíveis.
Não se trata apenas de omissão. Trata-se de uma política ativa de silenciamento. E de um medo que toma conta de todos: de falar, de ser visto, de ser punido. E também de desaparecer.
*A reportagem é de Cleber Lourenço e Lucas Allabi, publicada no ICL.
Presidente saiu em defesa do ministro do STF, alvo de tentativa de intimidação por parte do governo dos EUA.
Lula defende Moraes e diz que “nunca” criticou a Justiça dos EUA Presidente discursou na convenção nacional do PSB neste domingo (1º); Departamento de Justiça dos EUA enviou carta ao Brasil com críticas ao ministro do STF
Além do fato do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, ter anunciado recentemente restrições de visto contra autoridades estrangeiras que são “cúmplices de censura a americanos” e sugerido que Moraes pode ser alvo de sanções, o governo Trump enviou ao Ministério da Justiça brasileiro uma carta endereçada ao ministro do STF em que repreende o magistrado por ter ordenado o bloqueio de contas na Rumble, plataforma norte-americana popular entre figuras da extrema direita.
“Os EUA querem processar o Alexandre de Moraes, porque ele quer prender um cara brasileiro, que está nos EUA fazendo coisa contra o Brasil o dia inteiro. Que história é essa de os EUA quererem negar alguma coisa e criticar a Justiça brasileira? Eu nunca critiquei a Justiça deles. Eles fazem tanta barbaridade, tanta guerra, matam tanta gente. Por que que eles vão querer criticar o Brasil?”, questionou Lula.
Vereador de Belo Horizonte revela detalhes obscuros que associariam Nikolas Ferreira ao crime na capital mineira.
O vereador Pedro Rousseff (PT-MG), de Belo Horizonte, provocou polêmica nas redes sociais neste domingo (1º) ao publicar um vídeo com acusações contundentes contra o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). As declarações do petista, que rapidamente viralizaram, conectam o parlamentar a um suposto esquema de uso indevido de emendas parlamentares, envolvimento familiar com o tráfico internacional de drogas e possível relação com facções criminosas de caráter religioso.
No vídeo, Rousseff critica a postura pública de Nikolas, a quem acusa de hipocrisia moral, e revela que o deputado destinou, em 2024, verbas milionárias por meio de emendas parlamentares a Nova Serrana (MG), onde, segundo o vereador, o tio de Nikolas, Enéas Fernandes, era secretário municipal e pré-candidato à prefeitura.
A denúncia surge na esteira da recente prisão de Glaycon Raniere de Oliveira Fernandes, primo de Nikolas e filho de Enéas, flagrado com 30 quilos de maconha e pequenas quantidades de cocaína durante uma operação policial em Uberlândia. A prisão, confirmada pelas autoridades, levou Glaycon à custódia no Presídio Professor Jacy de Assis.
“Não era droga para consumo, era tráfico internacional”, afirmou Rousseff no vídeo. Ele questiona o silêncio da mídia tradicional e critica o que considera um tratamento desigual quando casos semelhantes envolvem nomes ligados à esquerda. “Se fosse o Lula, seria manchete nacional. Mas como é Nikolas, ninguém fala nada.”
Outro ponto levantado pelo vereador diz respeito ao que chamou de “narcopentecostalismo”, ao relatar o suposto domínio de uma facção criminosa com viés religioso na Cabana do Pai Tomás, comunidade onde Nikolas cresceu. Segundo Rousseff, o grupo mistura símbolos religiosos com práticas criminosas, como o tráfico de drogas, e usaria a bandeira de Israel como referência simbólica.
O vídeo termina com um apelo à população e às autoridades para que investiguem as denúncias: “A justiça tem que valer para todos, inclusive para aqueles que se escondem atrás de discursos morais e religiosos.”
Nikolas se defende: “Tentativa frustrada de me atingir”
Em resposta, o deputado Nikolas Ferreira se pronunciou nas redes sociais, minimizando o impacto da prisão do primo e negando qualquer envolvimento com as acusações. “Não é algo que me envolve. Se alguém comete crime, tem que pagar. Simples assim”, declarou em publicação no X (antigo Twitter).
Ele também ironizou o timing da divulgação: “Fizeram questão de noticiar no meu aniversário. Agradeço o presente.” Nikolas não mencionou diretamente as acusações de Pedro Rousseff ou o suposto favorecimento ao tio com emendas parlamentares.
Repercussão política
A prisão de Glaycon Fernandes e as acusações de Pedro Rousseff movimentaram o debate político nas redes sociais. A deputada Erika Hilton (PSOL-SP) questionou a conduta do deputado: “É essa a ‘família’ que Nikolas defende? Será que ele sabia do envolvimento do primo com o tráfico?”
Já o deputado André Janones (Avante-MG) pediu cautela: “Não há prova cabal ligando Nikolas ao narcotráfico, mas as investigações seguem.”
Mais incisivo, o deputado Rogério Correia (PT-MG) ironizou a situação: “Não há nenhuma prova de que as emendas de Nikolas tenham financiado o tráfico na família dele. Deus, Pátria e Farinha!”
Até o momento, Nikolas Ferreira não apresentou esclarecimentos sobre o destino das emendas citadas por Pedro Rousseff. A Procuradoria da República em Minas Gerais ainda não se manifestou sobre a possibilidade de investigação.