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TSE marcou julgamento de Claudio Castro para 4/11 que poderá ser cassado e ficar inelegível

Julgamento no TSE: O que está em jogo para Cláudio Castro
Sim, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para terça-feira, 4 de novembro de 2025, o julgamento de duas ações eleitorais que podem resultar na cassação do mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e na inelegibilidade dele por oito anos.

O caso também envolve o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil). A decisão pode alterar drasticamente o cenário político do estado para as eleições de 2026.

As acusações são de abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2022. O Ministério Público Eleitoral (MPE) alega irregularidades no Centro Estadual de Produção de Pesquisas e Estatísticas (Ceperj), como contratações suspeitas e descentralização de recursos para entidades ligadas a aliados, visando vantagens eleitorais para Castro e Bacellar.

Histórico: Os dois foram absolvidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) em 2024, mas o MPE recorreu ao TSE. A relatora é a ministra Isabel Gallotti, que liberou o processo para julgamento antes do fim de seu mandato em 21 de novembro.

Defesa: Castro e Bacellar negam as irregularidades e argumentam falta de provas, destacando que o TRE-RJ já analisou o caso.
Impactos potenciais
Se condenados:

Cassação dos mandatos, com inelegibilidade por oito anos (até 2034).
Para o governo do RJ: O presidente do Tribunal de Justiça (TJ-RJ), desembargador Ricardo Couto de Castro, assumiria interinamente. Uma eleição suplementar direta seria convocada em até 40 dias, conforme o Código Eleitoral (prevalece sobre a Constituição Estadual, que prevê eleição indireta).

Para 2026, Castro, que planejava candidatura ao Senado, ficaria fora do jogo. Bacellar, cotado para o governo estadual, também seria afetado. Isso beneficiaria opositores como o prefeito Eduardo Paes (PSD), favorito nas pesquisas para o Palácio Guanabara, que poderia disputar uma eleição antecipada sem rivais consolidados.


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Política

Necropalanques

Massacre, pós-massacre e o próximo extermínio.

As polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro mataram mais de 130 pessoas nesta terça-feira, 28, numa operação contra o Comando Vermelho em dois complexos de favelas da Zona Norte da capital fluminense. O governador do Rio, Claudio Castro, chamou de “dia histórico” o da maior chacina policial da história do estado.

A imagem mais chocante do “dia histórico”, da “Operação Contenção”, apareceu no dia seguinte, na manhã desta quarta-feira, 29: dezenas e dezenas de corpos retirados da mata da Vacaria, na serra da Misericórdia, pelos próprios moradores do Complexo da Penha e dispostos lado a lado na praça São Lucas, na Vila Cruzeiro, formando um muito comprido tapete de cadáveres.

Uma advogada que acompanhou a remoção dos corpos que as polícias de Castro deixaram para trás relatou que alguns deles tinham marcas de tiros na nuca e de facadas nas costas. A mãe de um dos mortos, um jovem de 20 anos, contou que achou o filho na mata com os pulsos amarrados.

Nesta quarta, enquanto os moradores do complexo da Penha desciam cadáveres da Serra da Misericórdia, saía a notícia de que outros governadores de extrema-direita vão ao Rio nesta quinta-feira, 30, unir vozes ao cantor gospel que ocupa o Palácio Guanabara. E o que eles vão cantar? O salmo, a senha com a qual se reconhecem aqueles que têm inveja dos bombardeios do SOUTHCOM no mar do Caribe e gostariam de ver o mesmo na Baía de Guanabara: “classificar facções do Rio como narcoterroristas”.

Em coletiva dada no fim da manhã desta quarta, Claudio Castro se referiu à “Operação Contenção” como o “início de um grande processo no Brasil. Tenho convicção de que nós temos condições totais de vencer batalhas, mas sozinhos não temos condições de vencer essa guerra”.

A chacina na Penha e no Alemão e a movimentação política no imediato pós-chacina indicam decisão da extrema-direita de conflagrar de vez o Rio de Janeiro visando conflagrar o país, quem sabe com apoio de outro país, às vésperas das eleições de 2026. Ou, como disse um senador do Brasil ao secretário de “Guerra” dos EUA, “você não gostaria de passar alguns meses aqui nos ajudando?”.

*Hugo Souza/Come Ananás


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Política

Operação no Rio “Sopro do Demônio” tem as digitais de Bolsonaro

Por que isso cheira a chacina planejada?

Há uma grita coletiva dos bolsonaristas tentando ridiculamente culpar Lula pela chacina comandada pelo bolsonarista Claudio Castro.

Mais que isso. Todos martelando o termo “narcoterrorismo”
Qual o objetivo?

Associar o Brasil a um suposto narcoterrorismo na América Latina que Trump bostejou para atacar a Venezuela.

Objetivamente, é uma forma de tentar criar um impasse político de Lula com Trump depois do encontro exitoso entre os dois.

Isso é tão emporcalhado e de objetivo declarado que especialistas em segurança, como os do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec) e pesquisadores da UFF, apontam que operações assim, centradas em incursões ostensivas em favelas densamente povoadas (com mais de 50 mil moradores só na Penha), priorizam letalidade sobre inteligência ou prevenção.

Não há evidência de planejamento para minimizar danos civis: sem integração com a PF, sem uso amplo de câmeras corporais e com relatos de bombardeios via drones rudimentares do crime organizado como resposta.

O MPF e a DPU já cobraram explicações do governo estadual, exigindo prova de que não havia “meio menos gravoso”, e o STF sinaliza retomada da ADPF das Favelas, que limita ações letais em comunidades.

Ativistas como Raull Santiago e a Rede Nacional de Advogados Populares (RENAP) chamam de “genocídio contra o povo preto e pobre”, destacando que, sob gestões recentes, chacinas viraram “regra, não exceção”.

Cláudio Castro (PL) defendeu a ação como “sucesso” em coletiva, dizendo que só os policiais mortos são “vítimas” e que o conflito foi confinado a áreas sem civis – mas isso foi desmentido pelas imagens de corpos enfileirados e barricadas incendiadas.

Ele culpou o governo federal por “abandono”, alegando três pedidos negados de blindados (o que o Planalto refuta, dizendo que não houve solicitação recente).

Críticos veem nisso uma jogada midiática.
Com pesquisas ruins para 2026 e base bolsonarista em derretimento pela iminência de prisão de Jair, Castro via Clã apostou em uma “linha dura” para reconquistar eleitores que valorizam confronto.
Como disse um ministro ao Planalto em off: “É eleitoralismo puro, usando matança para atrair o voto bolsonarista desgarrado”.
Isso seria fatal

Castro é aliado fiel da família desde 2018 – foi vice de Wilson Witzel (outro bolsonarista radical na segurança) e herdou uma política de “tiro na cara” que ecoa o discurso de Jair Bolsonaro de armar a PM e tratar favelas como territórios inimigos.

Sob Castro soprado por Bolsonaro, o RJ registrou as cinco maiores operações letais desde 2021, com mais de 900 mortes em chacinas.

Um membro da Inteligência da Segurança Pública acusa Claudio Castro de planejamento conjunto com Flávio Bolsonaro para “produzir caos” e desviar foco de escândalos (como a possível prisão de Jair); outro chama de “operação para alimentar a mídia bolsonarista que saiu pela culatra”.

No fim, isso expõe a falência da segurança no RJ: o crime cresceu apesar das mortes (CV e PCC expandiram territórios), e o custo humano é pago por quem menos tem defesa.

Se era para combater facções, falhou feio – virou palco para show de horrores.


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Política

Presidente Lula ficou “estarrecido” com número de mortos da ação policial mais “cruenta e violenta” do RJ,

Lula reage à megaoperação policial no Rio de Janeiro

Sim, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou estarrecimento com o alto número de mortes em uma megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro em 28 de outubro de 2025, considerada a mais letal da história do estado. A declaração foi feita pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, durante coletiva de imprensa no dia 29 de outubro.

A ação, batizada de “Operação Contenção”, visava combater o Comando Vermelho nos complexos de favelas do Alemão e da Penha. Envolveu forças policiais do Rio, resultando em intensos tiroteios e confrontos armados.

Pelo menos 130 mortes confirmadas, incluindo 4 policiais e civis, além disso, houve 113 detenções.

Lewandowski descreveu a operação como “cruenta e violenta”, destacando a falta de coordenação prévia com o governo federal, o que surpreendeu Lula. O presidente se reuniu com ministros no Palácio do Alvorada para discutir o caso, e uma comitiva federal foi enviada ao RJ para investigar e apoiar as investigações, incluindo análise de DNA e balística.

Reação de Lula

Lewandowski afirmou: “O presidente ficou estarrecido com o número de ocorrências fatais no Rio de Janeiro e de certa maneira se mostrou surpreso que uma operação dessa envergadura fosse desencadeada sem conhecimento do governo federal, sem possibilidade de o governo participar com os recursos que tem, apoio logístico.”

Lula não decretou Garantia da Lei e da Ordem (GLO) imediatamente, mas o ministro enfatizou a necessidade de avaliar se ações assim são compatíveis com o Estado Democrático de Direito.

O governo federal ofereceu vagas em presídios federais para transferir lideranças criminosas e apoio pericial.

A operação gerou críticas de direitos humanos, com relatos de civis inocentes mortos e corpos abandonados em áreas de mata. O governador do RJ, Cláudio Castro absurdamente acusando o governo federal, que sequer sabia da megaoperação. No X, o tema viralizou, com posts destacando a declaração de Lewandowski.

Essa é uma tragédia que expõe tensões recorrentes na segurança pública do Rio de Janeiro.


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Política

O bolsonarismo se alimenta de sangue de negros e pobres

Os números não mentem.

Desde 2019 (início do bolsonarismo no poder federal e influência nos estados), o Rio de Janeiro registrou 39 chacinas policiais com 3 ou mais mortos, sendo 35 delas sob governos bolsonaristas ou alinhados (Witzel e Castro).

98% das vítimas fatais em operações policiais no RJ são negras ou pardas, segundo o ISP-RJ e relatórios da Anistia Internacional.

A letalidade policial no estado subiu 47% entre 2018 e 2024, com picos durante operações de “choque de ordem” — modelo defendido por Bolsonaro e replicado por Claudio Castro.

A operação dessa terça-feira, 28/10/2025, 129 mortos, é o ápice dessa lógica: quase todos os mortos eram moradores de favela, pobres, negros.

Muitos sem passagem pela polícia.

A necropolítica como estratégia política
O bolsonarismo se alimenta simbolicamente do sangue de negros e pobres

O bolsonarismo não quer segurança. Quer cadáveres negros para exibir como troféus, o bolsonarismo quer ver o tanque de guerra na laje dos moradores da favela.

Castro sabe disso e aposta nesse tipo de ação tão apreciada pela parcela mais reacionária da sociedade brasileira.

A barbárie de Cláudio Castro não é só operação policial.

É tentativa de apagamento existencial

É transformar o morro em “área de risco”, o morador em “suspeito”, o lugar em um “não-lugar”.


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Política

Sob o governo Claudio Castro, a maior matança do Rio de Janeiro

A megaoperação da polícia no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV) resultou em pelo menos 64 mortes, tornando-se um dos episódios mais letais de operações policiais na história recente da cidade.

O evento ocorreu nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte, e a resposta da comunidade foi imediata, com moradores levando aproximadamente 60 corpos para a Praça São Lucas.

A veracidade desses números ainda é incerta, podendo haver mais vítimas que não foram contabilizadas oficialmente.

Historicamente, essa operação superou os números de mortes anteriores em ações policiais como a da Favela do Jacarezinho e a da Vila Cruzeiro, marcando uma escalada de violência nas políticas de segurança pública sob a administração de Cláudio Castro.

De acordo com o ICL, moradores relataram que muitos corpos ainda se encontravam nas áreas altas dos morros, enquanto Raull Santiago, ativista presente no local, descreveu a operação como um evento brutal e sem precedentes, destacando o sofrimento das famílias.

As reações a essa operação foram intensas, com uma nota de 27 organizações da sociedade civil denunciando as ações da polícia e afirmando que “segurança pública não se faz com sangue”. As entidades defenderam que a operação é um reflexo da violência estrutural e do fracasso das políticas de segurança do estado.

A Polícia Civil e Militar do Rio, com cerca de 2.500 agentes na Operação Contenção, foi mobilizada para prender líderes do crime organizado e realizar buscas em território fluminense. No entanto, os bloqueios nas ruas e a subida do nível de alerta nas operações da cidade indicam que a situação chegou a um ponto crítico.

O governador Cláudio Castro expressou que a operação não se trata de uma abordagem convencional de segurança pública, mas sim de um estado de defesa, sugerindo a necessidade de uma colaboração com forças federais, já que o estado se encontra isolado em seus esforços para combater o CV.

Os relatos contínuos de violência e a luta da comunidade refletem um ciclo vicioso de dor e desespero, exacerbando a percepção de que a política de segurança do Rio falha em proteger os cidadãos. Santiago, em sua descrição perturbadora, enfatizou a dor dos familiares em luto, destacando o impacto emocional que essas perdas têm sobre a comunidade.

As condições nos locais de alta criminalidade são descritas como insuportáveis, com moradores clamando por intervenção e solução.A comunidade enfrenta uma realidade assustadora, onde a violência não parece ter fim, e as operações policiais, em vez de trazer segurança, muitas vezes resultam em mais mortes e sofrimento.

As vozes de desespero e dor ecoam em ruas que, em teoria, deveriam ser protegidas pelas forças do estado. A busca desesperada por respostas para a insegurança expõe a gravidade da crise de segurança ao qual o Rio de Janeiro está submetido.

Por fim, diante do luto e das exigências por justiça e mudança, a sociedade civil continua a se mobilizar, clamando por uma abordagem mais humana e eficaz para a segurança pública, questionando a lógica da militarização e da violência como métodos de resolução de conflitos.

As vozes dos moradores e ativistas se tornam cada vez mais essenciais, representando não apenas as vítimas, mas também a esperança de que um futuro diferente se torne possível, onde a vida e a dignidade sejam respeitadas.

Matança


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Brasil Mundo

Efeito Lula: Senado dos EUA aprova projeto para revogar o tarifaço imposto ao Brasil

O Senado dos Estados Unidos aprovou, na noite desta terça-feira (28), um projeto de lei que revoga as tarifas impostas ao Brasil pelo governo de Donald Trump. As taxas atingiam produtos como petróleo, café e suco de laranja, e estavam em vigor desde a decretação de estado de emergência nacional feita por Trump em julho, após o início da investigação e do processo movido pelo Brasil contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe.

A decisão do Senado representa um gesto político, mas tem poucas chances de avançar. O texto agora segue para a Câmara dos Representantes, de maioria republicana, onde as novas regras permitem à liderança barrar a tramitação. Segundo o senador Tim Kaine, a votação tem caráter simbólico e expressa insatisfação com a política tarifária do governo federal norte-americano, além de buscar abrir espaço para novas discussões comerciais entre os dois países.

A aprovação ocorre em um momento de reaproximação entre Brasil e Estados Unidos. No domingo (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com Donald Trump por cerca de 45 minutos, dando início a um processo de negociação bilateral. No dia seguinte (27), representantes comerciais das duas nações realizaram a primeira reunião técnica, com foco em setores impactados pelas tarifas.

“O que importa em uma negociação é olhar para o futuro. A gente não quer confusão, quer resultado”, afirmou Lula após o encontro.

Durante as conversas, o governo brasileiro apresentou um documento mostrando que, nos últimos 15 anos, os Estados Unidos tiveram um superávit de US$ 410 bilhões na balança comercial com o Brasil.

Lula também defendeu a suspensão temporária das tarifas enquanto as negociações estiverem em andamento, a exemplo do que já foi feito com México e Canadá. Trump, por sua vez, classificou o encontro como “muito bom”, mas afirmou que o entendimento “não garante um acordo imediato”.

O clima entre as delegações foi descrito como cordial. Participaram das discussões o chanceler Mauro Vieira, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Márcio Rosa, e o embaixador Audo Faleiro. Segundo o DCM, O grupo definiu um calendário de reuniões voltado aos setores mais afetados pelas tarifas. Segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin, ainda não há data para a próxima rodada de conversas.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Câmara Americana de Comércio (Amcham) e outras entidades empresariais classificaram o diálogo como “um avanço concreto” e esperam que um acordo seja concluído nas próximas semanas. Lula reforçou que “não existem temas proibidos” nas tratativas e que o objetivo é garantir condições comerciais equilibradas entre os dois países.


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Política

A Guerra Perdida

Um breve ensaio sobre a guerra contra o tráfico de drogas e para onde vamos agora.

O que foi a “Guerra às Drogas”?
Em 1971, Richard Nixon declarou as drogas “inimigo público número um” dos EUA.

Nascia a War on Drugs, uma cruzada global que custou mais de US$ 1 trilhão em 50 anos, segundo o Drug Policy Alliance.
No Brasil, a política chegou via repressão policial, superlotação carcerária e militarização de favelas.

Resultado?
Métrica
Antes (1970)
Hoje (2025)
Homicídios/100k hab.
~10
~26
População carcerária
~90 mil
~900 mil
Cocaína apreendida (toneladas/ano)
< 1
> 40
Preço da cocaína na rua (ajustado)
US$ 600/g
US$ 80/g
Fontes: Ipea, UNODC, DEA.

Por que perdemos?
Efeito balão: Prende-se no Rio, a rota migra para o Amazonas.
Lucro proibido = lucro garantido: Proibição mantém margem de 1.000%–3.000%.

Encarceramento em massa: 1 em cada 3 presos no Brasil é por tráfico, 70% sem arma ou violência.

Corrupção sistêmica: Policiais, juízes, políticos, todos irrigados pelo dinheiro do narco.

O que funciona (evidências mundiais)
País
Política
Resultado após 10 anos
Portugal (2001)
Descriminalização de todas as drogas
↓ 50% overdoses
↓ 70% HIV em usuários
↓ 18% uso adolescente
Uruguai (2013)

Regulação estatal da maconha
↓ 40% mercado ilegal
↓ 22% homicídios ligados ao tráfico
Canadá (2018)
Legalização recreativa
↓ 30% prisões por posse
Receita fiscal: US$ 4 bi

Roteiro para o Brasil (próximos 10 anos)Fase 1 (2026–2028) – Descriminalização imediata
Posse para uso pessoal → infração administrativa (multa + encaminhamento saúde).

Liberação de 900 mil presos não violentos → economia de R$ 12 bi/ano em custódia.
Fase 2 (2028–2030) – Regulação da maconha

Modelo uruguaio: farmácias + clubes + cultivo doméstico (até 6 plantas).

Receita estimada: R$ 8–12 bi/ano (impostos + redução repressão).
Fase 3 (2030+) – Redução de danos para cocaína/opioides
Salas de consumo supervisionado (SCS) em SP, RJ, Salvador.
Prescrição médica de heroína (modelo suíço) para dependentes crônicos.
5. Objeções e respostas
Crítica
Réplica
“Vai aumentar o uso”

Portugal: uso adolescente caiu. Oferta regulada reduz curiosidade.
“Tráfico vai migrar para outras drogas”
Sim, mas lucro cai 90% na maconha → facções perdem oxigênio financeiro.
“É imoral”

Matar 60 mil brasileiros/ano por política falida é mais imoral.
6. Conclusão

A guerra contra as drogas já acabou. Perdemos.
O que resta é escolher: Continuar sangrando (60 mil mortes/ano, R$ 30 bi em repressão, prisões lotadas).

Ou virar a página com regulação, saúde pública e inteligência fiscal.
“Proibição é o oxigênio do crime organizado. Tire o oxigênio, o fogo apaga.” — Ethan Nadelmann, fundador da Drug Policy Alliance

Próximos passos concretos (hoje):Assine a PEC da Descriminalização (já tramita no Congresso).

Pressione prefeitos por Salas de Consumo em 2026.
Vote em candidatos que citam Portugal, Uruguai, Canadá como modelo.

A guerra acabou.
Agora é hora de construir a paz.


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Brasil Mundo

China apoia maior participação da Malásia no BRICS após Lula sugerir que país seja membro pleno

País parceiro desde janeiro, Malásia pode ser o segundo país do sudeste asiático com direito a voto no bloco

O governo chinês manifestou apoio à participação da Malásia no BRICS, reforçando a fala do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante visita oficial a Kuala Lumpur, que apontou o desejo de que o país seja membro pleno.

Em resposta ao Brasil de Fato, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, afirmou que o Brics acolhe favoravelmente a Malásia e outros países interessados na cooperação. Atualmente, o país do sudeste asiático é membro parceiro, sem direito a voto;

Na coletiva após a participação brasileira na 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), Lula disse que a Malásia “terá o apoio do Brasil para ser membro pleno do BRICS”.

Em resposta a uma jornalista da Bernama, a Agência Nacional de Notícias da Malásia, o presidente brasileiro destacou a cordialidade da população local e elogiou o primeiro-ministro Anwar Ibrahim durante coletiva de imprensa na capital malásia.

Guo Jiakun disse que o BRICS representa “uma plataforma importante para a cooperação entre mercados emergentes e países em desenvolvimento”, destacando o papel do grupo na promoção da multipolaridade mundial e na democratização das relações internacionais.

“O Brics valoriza a vontade ativa dos parceiros do Sul Global em participar da cooperação Brics e dá boas-vindas à Malásia e mais parceiros com objetivos comuns para participar da cooperação BRICS”, afirmou o porta-voz.

A Malásia já participa do Brics como país parceiro desde 1º de janeiro de 2025, junto com Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. A Nigéria confirmou sua adesão como parceira em 17 de janeiro. A categoria de país parceiro foi criada durante a cúpula de Kazan, na Rússia, em outubro de 2024, e permite participação em reuniões de cúpula e de chanceleres, mas sem direito a voto em decisões.

A busca pela membresia plena representaria uma ascensão no status do país asiático dentro do mecanismo. O Brics conta atualmente com 11 membros plenos: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (fundadores), além de Egito, Etiópia, Irã, Emirados Árabes Unidos (que ingressaram em 1º de janeiro de 2024) e Indonésia, cuja entrada foi anunciada pela presidência brasileira em 6 de janeiro de 2025.

Durante a visita a Kuala Lumpur, Lula enfatizou as semelhanças culturais entre Brasil e Malásia. “Em cada lugar que eu chego, parece que eu conheço todo mundo. Tem sempre alguém rindo, tem sempre alguém gentil, ou seja, é um pouco do povo brasileiro”, declarou o presidente, que classificou como “maravilhosa” sua impressão sobre o primeiro-ministro Anwar Ibrahim.

O BRICS representa aproximadamente 41,4% do PIB mundial em paridade de poder de compra, segundo dados do Fundo Monetário Internacional de outubro de 2024. Com a inclusão da Indonésia e dos países parceiros, o mecanismo ampliou significativamente sua representatividade no Sul Global. A possível ascensão da Malásia de parceira a membro pleno consolidaria ainda mais a presença do grupo no Sudeste Asiático, região com crescente relevância nas dinâmicas comerciais e geopolíticas globais.

*BdF


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Vídeos – Rio de Janeiro: 2500 policiais, bombas e tiroteios em ação contra 100 membros do CV

Os moradores dos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, acordaram nesta terça-feira (28) em meio a intensos confrontos entre forças de segurança e criminosos do Comando Vermelho (CV). A megaoperação, batizada de Operação Contenção, cumpre 100 mandados de prisão e 150 de busca e apreensão contra traficantes ligados à facção. Segundo balanço parcial, quatro suspeitos morreram e 23 foram presos.

A ofensiva mobiliza cerca de 2.500 agentes das forças de segurança, incluindo policiais civis, militares e promotores do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).

As investigações apontam que pelo menos 30 dos procurados são do Pará e que líderes do CV se refugiam nas 26 comunidades que compõem os complexos do Alemão e da Penha. Durante as primeiras horas da operação, foram apreendidos dez fuzis, duas pistolas e nove motocicletas.

O cenário na região foi de guerra. Traficantes reagiram a tiros, ergueram barricadas em chamas e lançaram bombas com drones contra as tropas da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). Colunas de fumaça podiam ser vistas de vários pontos da cidade.

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Um policial do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foi atingido de raspão na perna. Três pessoas inocentes também ficaram feridas: um homem em situação de rua, baleado nas costas, foi levado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas; uma mulher foi atingida enquanto treinava em uma academia; e outro homem foi ferido em um ferro-velho.

O secretário de Segurança Pública do Rio, Victor Santos, afirmou que toda a ação foi planejada pelo governo estadual. “Toda essa logística é do próprio estado do RJ. São aproximadamente 9 milhões de metro quadrado de desordem no estado do Rio de Janeiro”, disse o G1.

Segundo ele, cerca de 150 mil pessoas vivem nas áreas afetadas. “Essa é a realidade. Lamentamos profundamente as pessoas feridas, mas essa é uma ação necessária, planejada, com inteligência e que vai continuar”, declarou o secretário.

O governador Cláudio Castro reforçou a continuidade das operações e destacou o papel do Estado no enfrentamento às facções.

“Estamos atuando com força máxima e de forma integrada para deixar claro que o poder é do Estado. Os verdadeiros donos desses territórios são os cidadãos de bem, os trabalhadores. Seguiremos firmes na luta contra o crime organizado”, afirmou.

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*DCM


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