Globo

O erudito Celso de Mello vai detonar o farsante Moro que citava Batman em suas condenações?

Muito se fala da erudição de Celso de Mello. Sempre achei isso extremamente pedante e uma busca por uma pretensa grande eloquência vazia.

Mas Celso de Mello pode provar que estou errado se der um voto consistente contra a farsa de Moro, contra alguém que foi moldado pela Globo, que é uma fábrica de canastrões e, por isso mesmo forjar uma celebridade a partir da mediocridade do ex-juiz de Curitiba, foi só uma questão de adaptação de alguém que sabe como ninguém lidar com o seu público de classe média.

Nada adianta a erudição angulosa de Celso de Mello se ele tiver medo de condenar a farsa de um juiz que jamais citou um grande jurista em suas falas ou sentenças.

E o que ele citava? Frases do Batman, do poderoso chefão ou de alguma coisa inspirada no Rambo e no Exterminador do Futuro, nesse nível.

O próprio Moro é uma farsa. E o que esperar de um farsante, senão uma profusão de fraudes processuais que tinha como objetivo final e principal, condenar e prender Lula, sem uma única prova, a qualquer custo para barganhar com alguém da direita que estivesse melhor colocado na corrida presidencial sua vaga no ministério da Justiça para ser utilizada como degrau político para sua ambição maior, a presidência da República.

Lula que, tudo indicava, ganharia a eleição no primeiro turno, estando fora da disputa, abriria caminho para o próprio Moro seguir sua viagem.

Se nada disso for observado por Celso de Mello, sua erudição valerá tanto quanto a de Moro. Se se acovardar, ficará ainda pior, porque aquela montanha de palavras que ele usou em toda a sua trajetória no STF, cairá num vazio.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

 

 

Vídeo – Criatura ataca o criador: “Corrupção para valer é com a família Marinho”, escreve Bolsonaro

Para ter a agenda econômica de destruição nacional, como sonhava a Globo, Bolsonaro teve total apoio dos Marinho.

A retomada neoliberal que a Globo queria está lhe custando um preço maior que esperava, mas assim mesmo ela segue sua veneração por Paulo Guedes, assim como venerou a agenda de desmonte de Temer depois do golpe em Dilma que ela liderou.

A catástrofe nacional que a própria Globo mostra em seus programas, vale a pena se a política de arrocho e desmonte de Guedes não for pequena. E não é.

O importante é que o sistema bancário parasitário do rentismo siga ganhando, mesmo que, para isso, Bolsonaro esculache a Globo, como fez em seu twitter.

O neoliberalismo do governo Bolsonaro diz a que veio. E é isso que interessa à Globo.

E se Bolsonaro compartilha no seu twitter uma matéria da Record acusando a Globo de corrupta, e o próprio faz a chamada dizendo:
“Corrupção para valer é com a família Marinho.”

Isso para a Globo sai pela urina.

O importante para Globo é a retomada da cartilha de FHC contra o país, já que nada cola nela dentro do judiciário.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

A aliança entre a Globo, Bolsonaro e Guedes

A fala de Lula e a democracia que virá do combate, com Kant com tudo.

A importante cobertura que o “sistema” Globo tem feito da chacina que o “Coronavírus 19” tem produzido no Brasil, inscreve-se numa daquelas esquinas da História que ficarão como ícones da Ciência Política. Nesta esquina, o propósito maior de um grupo político comunicacional, que no contexto atual unificou o fascismo e o liberal-rentismo, foi obter sua legitimidade política com a condenação de um genocídio sanitário. Com esta estratégia, não precisou se preocupar em esconder a sua posição essencial: o apoio à política demolitória do Estado Social, que lhe identifica com a liderança política de Guedes e, em consequência, com o próprio mandato do Presidente Bolsonaro.

Como estes fatos influirão na teoria ainda não pode se saber com precisão, mas certamente deverá ser um momento muito rico da teoria política, que deverá abarcar, de uma parte, a crise final deste tipo de democracia representativa e, de outra, as complicadas relações entre moral e política na democracia moderna. Como funciona, porém, na prática, esta atormentada aliança entre a Globo, Bolsonaro e Guedes? Separando as centenas de milhares de mortes provocadas pela política sanitária genocida de Bolsonaro, da essência “reformista” do seu Governo. À Globo, interessa as reformas do “rentismo” financeiro, para o qual interessa destruir o Estado Social, e a Bolsonaro interessa a proteção da sua família.

A ambiguidade ou “autonomia moral” ambígua da Globo é tão evidente que ela se dá ao luxo de tratar Lula como um marginal da política e Bolsonaro como um “chefe de estado”, apenas equivocado numa questão sanitária. Dá-se ao luxo -no seu relativismo moral- de esconder o pronunciamento de verdadeiro Chefe de Estado que foi Lula, expresso sem ressentimentos e com grandeza política extraordinária, ao mesmo tempo em que apoia as “reformas” destrutivas do Estado Social. E o faz a ferro e fogo, servindo-se do privilégio de terem ajudado Bolsonaro a eleger-se, com as falsidades manipulatórias dos “dois extremos” e com a sua condescendência com as “fake news”, até que estes também fossem arremetidos de forma igualmente criminosa e covarde contra os seus jornalistas mais importantes.

O “vilão” aliado -desta ambiguidade moral da Globo- que do Palácio do Planalto domina a cena política nacional, será preservado se promover as reformas de demolição do “Estado Social”, mas será defenestrado se mostrar-se impotente para fazê-las. Trata-se de uma necrófila política macro compensatória”, que só pode tornar-se dominante quando a política das trevas suprime a política das luzes. É quando De Maistre, medievalista juramentado contra a Revolução Francesa, assassina Kant, num período que é -ao mesmo tempo- de tragédia e perplexidade.

O “sistema” Globo não quer e não tem autonomia moral para “julgar” Bolsonaro “como um todo” -como fez com Lula- porque na personalidade partida do Presidente atual, tem um fragmento que lhe interessa muito. O mesmo se pode dizer em relação a FHC, que apoiou a prisão de Lula e com a sua negativa de apoiar Haddad também ajudou no parto do monstrengo que nos desgoverna. O “fragmento” que a ambos interessa é o lado reformista leviano de Bolsonaro. É aquele que permite visualizar, nas atitudes dele, uma preocupação que estrutura todo o seu pensamento político e lhe move como um “chefe” mesquinho e particularista: a defesa da sua família, que lhe impele a qualquer negociação para manter o poder, principalmente transacionar quaisquer reformas, desde que possam ser feitas “sobre o lombo dos outros”.

Kant sempre defendeu que a característica mais completamente “humana” é a “autonomia moral” e que, quando o ser humano se permite “ser manipulado” -como consequência- “permite-se ser escravizado”. A manipulação traz a dependência do “favor”, porque suprime a autonomia moral e a liberdade, gerando servilismo e degradação. As influências da crítica kantiana na política moderna são, não só pertinentes, mas necessárias para qualquer luta emancipacionista, seja no âmbito do reformismo socialdemocrata, seja no âmbito das lutas socialistas a partir da obra marxiana. Assim como De Maistre não é diretamente Hitler -este é bem pior porque teorizou e fez- a autonomia da subjetividade “moral”, vista por Kant no outro lado da História, pode ser localizada em gestos de grandes revolucionários e conservadores dos Séculos 19 e 20. Mandela, Lenin, Allende, Churchill, Roosevelt e Getúlio, nos seus respectivos contextos e responsabilidades de Estado, demonstram isso claramente.

O ódio de De Maistre (1753 – 1821) pelo “tráfico das ideias” e a raiva que ele devotava aos intelectuais de qualquer tipo, que não concordassem com seu extremismo, abrangia até os pensadores que apenas rejeitavam o sentido medievalista radical da sua pregação doutrinária. A Revolução Francesa lhe causara pavor e indignação, o que lhe tornou um ser deprimente que encarnava as ideias propaladas pela Santa Inquisição e pelo que hoje é o fascismo contemporâneo, depois expresso em figuras como Hitler e Mussolini.

As reações deste Conde, escritor e advogado, em relação aos intelectuais que defendiam a Revolução ou se opunham às suas ideias de ódio e desprezo a qualquer controvérsia democrática, é mais ou menos semelhante -por exemplo- aos ódios que Bolsonaro exala contra os atuais formuladores políticos da Globo, como Bonner, Merval e Gabeira. Para Bolsonaro e seus seguidores mais engajados estes -seus antigos aliados- são as “forças satânicas” que deveriam ser eliminadas da vida que ele entende como “democrática”. A tal vida, que comporta o fechamento do STF e também a eliminação física dos seus adversários.

Vejamos algumas afinidades: numa carta a um dirigente secular da Igreja Ortodoxa -lembra Isaiah Berlin- De Maistre aponta as três ameaças à estabilidade do Império Czarista, assim resumidas: ameaça do “espírito da investigação cética estimulada pelo ensino das ciências naturais”; “o protestantismo, que afirma que todos os homens nascem livres e iguais” (…) e que “todo o poder reside no povo”; e, finalmente, a ameaça das “exigências imediatas de libertação dos servos”. Vejamos a contrapartida bolsonárica: o negacionismo científico, o ataque permanente à autonomia e à soberania da República (onde está contida a soberania popular) e o ódio aos “servos”, ora representados pelos Sindicatos, pelas comunidades originárias e seus ambientes naturais de vida, e aos quilombolas.

A fala de Lula dia 7 de setembro foi bem mais do que a demonstração da sua superioridade política e moral em relação ao atual Presidente e aos que lhe perseguiram através da manipulação dos processos judiciais, do seu julgamento prévio feito pela mídia oligopolizada e da omissão desta, das razões da sua defesa, em todos os momentos dos procedimentos judiciais e policiais, seguidos pelo golpismo que nos trouxe ao abismo: carestia, medo do incerto e volta da escancarada miséria absoluta, o novo genocídio das esquinas da miséria e do desemprego.

Lula falou para o futuro, mais além do fascismo que um dia passará, para dar lugar aos brasileiros e latino-americanos, reconciliados no bom combate contra as trevas e a miséria moral que cegou -por um certo período da História- uma nação que renascia.

 

*Tarso Genro/Site A Terra é Redonda

 

Lula: “Como a Globo vai se desfazer do Moro? Foi ela que pariu o Moro”

Lula: “Sou contra isenção de impostos pra igreja católica, evangélica, ou qualquer que seja”.

O ex-presidente Lula, em entrevista concedida ao site DCM nesta terça-feira (15), apontou as organizações Globo como umas das principais mentoras da criminalização da política no Brasil, através da sua relação com a operação Lava Jato. “Como a Globo vai se desfazer do Moro? Foi ela que pariu o Moro”, disse Lula, que durante vários anos foi manchete principal do jornal Nacional, apontado arbitrariamente como corrupto.

“A Lava Jato todo dia inventa uma mentira na expectativa de que algo cole contra o Lula… Essa gente ainda vai ser condenada por crime de lesa pátria. É apenas uma questão de tempo. O Ministério Público é uma instituição séria e não pode ser tomado por fedelhos messiânicos”, acrescentou o ex-presidente.

Lula também disse que “eles [da Lava Jato em Curitiba] precisam encontrar rota de fuga”.

“O crime que eu cometi foi a ousadia. Eles tentam anular essa parte da história do Brasil. Tenho força e caráter para enfrentar a podridão da força-tarefa de Curitiba. Estou tranquilo. A mesma safadeza estão fazendo com o Cristiano Zanin [seu advogado de defesa]. Até quando o Judiciário terá conivência com essa podridão?”, concluiu.

Assista:

 

*Com informações do 247

 

Prêmio faz de conta: Depois que a farsa do mensalão emplacou, as outras passaram de boiada

Depois que o crápula com a ficha corrida de Roberto Jefferson emplacou uma farsa contra uma pessoa com a história de José Dirceu, as farsas no judiciário passaram de boiada.

Um país não chega a esse estado de coisas aos saltos, muito menos Moro, com sua Lava Jato, conseguiria promover o desmonte da indústria nacional, com milhões de desempregados, de improviso.

Se não houve método para tudo isso, houve decisão de desqualificar o voto do povo e, junto, a democracia. Para tanto, a primeira coisa a ser ignorada foi a Constituição.

Mas a mídia estava disposta a ir até o fim quando assumiu para si a defesa de Roberto Jefferson com uma delação pública que, de tão grotesca, hoje, a mídia quer distância de relembrar.

Foram tantas as contradições num espaço tão curto de tempo na mesma fala de Jefferson que o melhor é não mexer em caixa de marimbondos, de tão grosseira que foi a farsa. E se o soneto foi grosseiro, a farsa do mensalão é digna de um filme de terror jurídico.

Mas, novamente a mídia, que tinha assumido o lugar da oposição naquele período, porque estava tímida e acovardada pelo fracasso dois oito anos de governo FHC, viu naquela conversinha sem pé nem cabeça de Jefferson, pego em esquema de corrupção nos Correios, uma fenda que, na base da pressão, poderia transformar num rombo a imagem do PT, mas principalmente a de Lula.

Lógico, o objetivo é sempre o mesmo, devolver o poder a quem atenda aos interesses da elite e esfregue, rale açoite nas costas dos pobres.

Então, volta-se ao assunto principal, ninguém chega a esse estado de coisas com uma desigualdade social tão gritante na base do improviso.

E é nessa abertura de porteira, a partir da farsa do mensalão, que passaram todas as farsas da boiada, sendo a maior delas, a Lava Jato.

O diabo é que ninguém sabe aonde isso vai parar, se é que vai parar. A mídia não para, todos sabem. Ela é parte dos interesses que defende e, certamente, fará contra a esquerda a campanha mais suja em 2022, tendo a Globo no comando. O que é preciso saber é se ela vai insistir em usar o judiciário como massa de modelar, como vem usando há 15 anos ou vai buscar outras estratégias mais vis do que essa.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

A Globo sabe que a morte da Lava Jato significa a morte da candidatura de Moro

A Globo não se conforma com o refluxo amargo que está sofrendo com o fim desmoralizante da Lava Jato que também é dela.

As viúvas do lavajatismo não querem enterrar a falecida e, por isso, as Cantanhêdes, carpideiras da Globonews, passam o dia na telinha dos Marinho chorando no enterro dos ossos da república de Curitiba.

A lamentação no funeral da Lava Jato tem um único objetivo, o de preservar a imagem de Moro, candidato da Globo na disputa presidencial de 2022, o que é uma missão impossível, já que suas práticas criminosas à frente da operação é o principal fator da falência múltipla dos seus órgãos.

Daí a fonte das lágrimas dos comentaristas da Globonews simulando angústia e desolamento com o fim da farsa do combate à corrupção que a Globo vendeu para o país durante 6 anos.

Os cantos fúnebres são puxados por Camarotti. Já Eliane Cantanhêde entra fazendo a terça e a turma do “ora veja” engrossa as lamúrias que são mais pela morte da candidatura de Moro do que propriamente pela morte da Lava Jato.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Globo tem amnésia de que Moro, como cão de guarda, abonou Bolsonaro quando estourou a 1ª informação do COAF sobre o clã

A Globo agora criou uma versão que está na boca de todos os seus comentaristas, de que a Lava Jato começou a ser destruída por Bolsonaro quando o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta de Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017.

Nesse momento, dezembro de 2018, Bolsonaro nem tinha assumido a presidência e, muito menos Moro a pasta da Justiça e Segurança Pública mesmo que já se pronunciasse como ministro e, como tal, deu essas declarações: “Sobre o relatório do Coaf sobre movimentação financeira atípica do senhor Queiroz, o senhor presidente eleito já esclareceu a parte que lhe cabe no episódio. O restante dos fatos deve ser esclarecido pelas demais pessoas envolvidas, especialmente o ex-assessor, ou por apuração.”

Moro disse ainda que não tinha “esse papel” de comentar ou de interferir em casos específicos. “O ministro da Justiça não é uma pessoa para ficar interferindo em casos concretos”, afirmou. “Vou colocar uma coisa bem simples. Fui nomeado para ministro da Justiça. Não cabe a mim dar explicações sobre isso. Eu acho que o que existia no passado de um ministro da Justiça opinar sobre casos concretos é inapropriado”.

Então, que a Globo arrume outra desculpa esfarrapada para mandar seus comentaristas como Eliane Cantanhêde e Camarotti tagarelarem, porque essa de que Moro passou a ser vítima de perseguição política por Bolsonaro depois da 1ª denúncia de corrupção envolvendo o clã, é piada pronta e ofende a inteligência alheia.

O que a Globo não quer engolir azedo, é que a Lava Jato, com a qual ela tinha parceria na manipulação da sociedade, chegou ao fim porque foi, nacional e internacionalmente, desmoralizada pelos crimes cometidos por Moro e Dallagnol, sobretudo contra Lula.

Simples assim.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

Como o Rio pode dar certo sendo sede do Clã Bolsonaro, da Globo, Crivella prefeito e Witzel governador?

Não bastasse a tragédia do Rio de Janeiro ser a sede do que se tem de pior em termos de caráter, (referindo-me aos três políticos que figuram na foto em destaque, além da Globo, é claro), agora estoura mais um escândalo de corrupção do clã Bolsonaro.

Carluxo, com seus fantasmas e laranjas, não nega a raça e mostra que aprendeu a lição direitinho dentro de casa com o papa da picaretagem, Jair Bolsonaro.

Quando se lembra que estavam todos juntos, Globo, Crivella, Witzel na campanha de Bolsonaro em 2018, ao lado dos filhos picaretas do vigarista mor dos fantasmas e laranjas, entende-se porque o Rio de Janeiro está como está.

Que lugar no planeta sobrevive a essa gente toda unida?

São os Marinho lavando dinheiro com Dario Messer e posando de vigilante da moral paratatá, é o corrupto Witzel dando tiro na cabecinha de preto e pobre nas favelas “contra o crime”, é Crivella que representa o próprio charlatanismo de Edir Macedo que também tem sede no Rio, e o clã que vai dos filhos às ex-mulheres e atual mulher de Bolsonaro.

Faltou mencionar que trata-se da mesma cidade em que mora ninguém menos que Queiroz, o gerente geral do clã que contrata milicianos e famílias para participarem da farra com milionárias verbas públicas.

Como o Rio chegou a esse ponto, ninguém explica, mas uma coisa é certa, um troço desses nunca vai dar certo em nenhuma parte do planeta.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

Globo, 55 anos em campanha permanente contra a cultura brasileira

Um dos principais, senão o principal crime que a Globo comete no Brasil é a tentativa de massacre da cultura brasileira.

Não por acaso, se não é ainda a proponente que mais capta recursos da Lei Rouanet, via Fundação Roberto Marinho, é, sem dúvida, uma das principais captadoras desse excremento neoliberal criado por Collor, para forjar uma imagem de mãe das letras e das artes com seus museus mantidos com dinheiro público, através de impostos pagos pelos brasileiros para, em diferentes frentes, monopolizar os rumos da cultura institucional no país.

Mas a principal guerra da Globo sempre foi contra a cultura do povo brasileiro, tentando enfiar goela abaixo da população uma forma de vida norte-americana, mergulhando o Brasil numa falsa identidade para dissolver a base cultural do povo e advogar em nome da cultura dos EUA.

Esse neoliberalismo, que tem a Globo como principal palanque pró-imperialista e reacionário, sempre tratou a cultura do Brasil como mero detalhe, transferindo para a indústria de cultura de massa americana a prerrogativa de programar a vida dos brasileiros a partir dos interesses norte-americanos, numa subserviência direta naquilo que é mais caro ao povo. Esse é o conceito de globalização cultural que a Globo carrega em seu DNA.

Uma das consequências nefastas disso é a valorização apenas do que é produzido pela indústria cultural em detrimento da cultura espontânea do povo brasileiro.

O que se sabe é que a Globo elevou o Brasil a um dos países em que a indústria cultural, através de sua massificação, deitou as raízes mais fundas e, por isso mesmo, produziu durante décadas estragos de monta no universo político, porque a partir da cultura de massa, promovida pela Globo, tudo se tornou objeto de manipulação.

Por isso, no caso da cultura, o debate da esquerda tem que ir mais longe, porque a esquerda atualmente, mostra-se extremamente econômica quando o assunto é destinado a um debate profundo sobre a importância da cultura brasileira na vida política do país.

O que salva é que na base da sociedade a cultura é mais pura e profunda, capaz de enfrentar e vencer a indústria de massa que tem na Globo seu principal pilar.

O conceito de cultura no Brasil está intimamente ligado às camadas menos favorecidas da população que sustenta a ferro e fogo as nossas principais expressões culturais, mantendo-as autênticas, íntegras e libertas, mais que isso, a cultura de base não é uma manifestação individual, mas coletiva que funde nossas heranças ancestrais com o nosso modo de ser do presente, o que resulta em relações profundas entre os brasileiros e o Brasil.

O papel da Globo é deformar a imagem dessa riqueza cultural para, de maneira vil, abrir a porta do enraizamento de gostos e hábitos impostos pela cultura imperialista no Brasil, tentando tirar a autoridade moral, intelectual e artística de diversas formas de expressão e criatividade humana que o Brasil tem de mais rico no mundo.

O trabalho da Globo para a indústria cultural da qual é parte, é acionar estímulos em holofotes deliberadamente a caricaturas culturais com uma vestimenta universalista em busca da servilidade do povo aos modelos e modas importados extremamente rentáveis aos EUA.

De quebra, tentar o máximo possível manter a identidade cultural do Brasil fragmentada, dissociada da própria vida política e, assim, divididos, transformar-se na pedra de toque da indústria cultural que lucra financeiramente na forma, através da venda de conteúdos, produzindo com sucesso intelectual a dispersão política da sociedade para que os interesses da oligarquia nacional e, sobretudo, a global mobilize as nossas ações políticas.

Por isso, não há mais o que esperar para fazer um grande debate sobre a cultura brasileira e o papel nefasto que o grande império da comunicação no Brasil criou para, cada vez mais, de forma artificial, introduzir a mediocridade direcionada à classe média para produzir as condições ideais das manifestações de ódio que brotaram desse monopólio midiático e que ganharam difusão nas redes com maciças mensagens antipolíticas que interessam ao sistema do qual a Globo é parte.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

Alguém precisa avisar para a Globo que a Lava Jato acabou

Os “anos dourados de Moro” acabaram.

Usar o judiciário como degrau de poder por um golpe de Estado, não dá mais. Esse truque a Globo usou duas vezes falseando uma moral e mais ainda o combate à corrupção.

O que hoje está no poder é o que existe de mais pobre no mundo da bandidagem tupiniquim, uma família inteira de pistoleiros, com ramificações com bandidos urbanos, as milícias e com bandidos rurais, garimpeiros, madeireiros, grileiros que também têm suas próprias milícias.

O coronel Moro, que sonha em disputar porcos no chiqueirinho de Bolsonaro, está cada dia mais pálido politicamente, seja como herói dos tolos, seja como candidato a presidente de outros não menos tolos.

Hoje, a Lava Jato está para Moro, assim como Queiroz está para Bolsonaro, com Michelle, com tudo. Mas a Globo, no desespero de arrumar um cavalo selado para Moro montar, insiste em usar polvilho como fermento para erguer uma estátua febril que não produz inspiração em mais ninguém.

Não que se duvide que, de dentro de uma sala fechada possa acontecer até um amarrado com Bolsonaro e Moro, juntos, numa mesma chapa, sendo Bolsonaro o cabeça e Moro o vice. Falta de escrúpulos os dois têm de sobra para uma empreitada nesse nível de sujeira. Mas é improvável pelo risco que os dois correm a essa altura do campeonato de, ao invés de somar, dividir o eleitorado reacionário.

É bom a Globo começar a procurar chifre na cabeça de outra onça, já que Moro se transformou num leão sem garras e sem dentes e a Lava Jato, de feroz combatente da corrupção, hoje é vista pela sociedade como um bando de picaretas que queriam tungar R$ 2,5 bilhões da Petrobras.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas