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Ogro: Bolsonaro para Angela Merkerl após crítica, “Pega essa grana e refloreste a Alemanha, ok?”

O presidente brasileiro desconsiderou o corte feito pela Alemanha no Fundo da Amazônia e minimizou as críticas de que ele estaria fazendo um governo descomprometido com o meio ambiente.

O presidente Jair Bolsonaro minimizou o anúncio feito pela Alemanha de que vai cortar R$ 155 mi destinados à Amazônia por conta do incentivo ao desmatamento promovido pelo governo e ainda atacou a chanceler Angela Merkel e disse para ela reflorestar a Alemanha com o dinheiro.

“Eu queria até mandar um recado para a senhora querida Angela Merkel, que suspendeu US$ 80 milhões para a Amazônia. Pegue essa grana e refloreste a Alemanha, ok? Lá está precisando muito mais do que aqui”, afirmou Bolsonaro, demonstrando que não se afetou com a cobrança feita pelos alemães de um maior compromisso coma a Amazônia.

No sábado, a ministra de Meio Ambiente do país europeu, Svenja Schulze, criticou o governo brasileiro e disse que tem dúvidas sobre o real compromisso de Bolsonaro. “A política do governo brasileiro na Região Amazônica deixa dúvidas se ainda se persegue uma redução consequente das taxas de desmatamento”, disse.

A declaração de Bolsonaro veio logo após ele anunciar que está buscando um Procurador-Geral da República que não seja “xiita” na questão do meio ambiente e que o licenciamento ambiental dificulta obras de infraestrutura pretendidas pelo governo.

 

 

*Com informações da Forum

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Devido à política de desmatamento de Bolsonaro, Alemanha vai suspender parte da verba para preservação na Amazônia

Política do governo brasileiro gera dúvidas sobre redução do desmatamento, disse ministra alemã a um jornal; Fundo Amazônia seguirá recebendo recursos.

O governo da Alemanha anunciou neste sábado a suspensão de parte de seus subsídios a projetos de proteção da Floresta Amazônica, devido ao aumento do desmatamento no Brasil desde a chegada do presidente Jair Bolsonaro ao poder.

“A política do governo brasileiro para a Amazônia gera dúvidas sobre a continuação de uma redução sustentável do índice de desmatamento”, declarou hoje ao jornal alemão “Tagesspiegel” a ministra alemã do Meio Ambiente, Svenja Schulze.

A primeira etapa consiste em bloquear um subsídio de 35 milhões de euros para projetos de preservação da floresta e da biodiversidade brasileira até que as cifras voltem a ser animadoras, assinala o jornal.

De 2008 a 2019, o governo alemão liberou um total de 95 milhões de euros para diferentes projetos de proteção ambiental no Brasil.

A Alemanha continuará contribuindo para o Fundo Amazônia. Desde o início da sua operação em 2008, a Noruega tem sido de longe a principal doadora (94%), seguida da Alemanha (5%) e da Petrobras (1%).

A forma de governança do fundo e seus contratos vem sendo questionados pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o que gerou um impasse com as nações doadoras.

Na reportagem, a publicação destacou que desde a criação do fundo, o desmatamento estava recuando de forma considerável. Sob o governo de Jair Bolsonaro, entretanto, houve uma mudança nesta rota, mas o presidente estaria se recusando a combater tal prática.

A reportagem destaca ainda que um dos maiores defensores de Bolsonaro é o lobby do agronegócio e que a região amazônica é amplamente utilizada para o cultivo de soja para ração animal e gado.

Histórico

Na última terça-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro falou com ironia dos encontros que teve na última reunião do G20, no Japão, com líderes europeus: “Imagina o prazer que eu tive de conversar com Macron e Angela Merkel”.

O discurso ambiental do governo preocupa o agronegócio brasileiro, que vê risco de impacto negativo em exportações e acordos comerciais como o entre Brasil e União Europeia, firmado no final de junho.

Na semana passada, foi a vez da revista britânica The Economist colocar em sua capa o aumento do desmatamento na Amazônia brasileira.

Desmatamento em alta

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontou nesta semana que o desmatamento na Amazônia brasileira em julho foi 278% maior do que no mesmo mês de 2018.

Apesar de preliminares, a tendência dos dados costuma ser confirmada posteriormente por outros sistemas.

No dia 19, Bolsonaro afirmou, sem apresentar evidências, que os dados de alta do desmatamento eram mentirosos e sugeriu que Ricardo Galvão, presidente do Inpe, poderia estar “a serviço de alguma ONG”.

Galvão reagiu em defesa do Inpe e foi exonerado. Seu substituto é Darcton Policarpo Damião, que é da Aeronáutica e tem doutorado em desenvolvimento sustentável pela Universidade de Brasília.

 

*Com informações da Exame

 

 

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Fim do fundo bilionário da Amazônia pela Alemanha e Noruega

O Fundo da Amazônia, criado em 2008 e administrado atualmente pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), pode ser extinto. Só o governo da Noruega repassou mais de 3 bilhões de reais. A Alemanha, cujo envio é mais modesto, de cerca de 190 milhões de reais, anunciou nesta quarta-feira, 3, que suspendeu novo repasse previsto de 150 milhões de reais.

Embaixadores da Noruega, Alemanha e Brasil, além do Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles já admitem a a possibilidade de extinção do fundo.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) divulgados nesta quarta indicaram que o desmatamento na região foi 88% maior que no mesmo período de 2018.

O governo de Jair Bolsonaro já havia sugerido em maio a intenção de alterar o funcionamento do fundo. Quer, por exemplo, passar a usar o dinheiro para indenizar proprietários rurais em unidades de conservação, o que é rechaçado por Noruega e Alemanha.

Numa lambança do governo brasileiro, na última sexta-feira (28), por decisão unilateral, ou seja, sequer avisou aos parceiros europeus, extinguiu o colegiado que coordenava a distribuição.

E não foi só isso, um decreto de Bolsonaro em abril também fechou centenas de órgãos ligados à administração pública e que tratavam de temas ambientais.

Os embaixadores europeus se reuniram com o ministro brasileiro nesta quarta, em Brasília, e afirmaram que seguem trabalhando pela manutenção da parceria. Mas também já admitem a descontinuidade.

Segundo os representantes dos governos norueguês e alemão, os doadores fizeram uma série de questionamentos. E esperam por respostas até o fim deste mês.

O norueguês Nils Martin Gunneng disse esperar, aliás, que o fim dos conselhos fosse revisto pelo presidente brasileiro.

O fundo é o maior projeto de cooperação internacional para preservar a floresta amazônica. O dinheiro, gerido pelo BNDES, é repassado a estados, municípios, universidades e ONGs.

 

*Com informações da Veja