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Economia

Banco Central sobe Selic para 10,75% e indica que vai continuar alta dos juros

Taxa básica alcança dois dígitos pela primeira vez desde 2017. Com inflação alta, Copom decidiu subir taxa em 1,5 ponto porcentual pela oitava reunião seguida, mas vai desacelerar, informa O Globo.

O Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros, a Selic, de 9,25% para 10,75% ao ano nesta quarta-feira. É a primeira vez que a Selic chega ao patamar de dois dígitos desde julho de 2017, quando estava em 10,25%.

A decisão não surpreendeu o mercado. O BC já havia sinalizado a alta na reunião passada e os juros vêm na mesma trajetória desde o início do ano passado, quando a Selic estava no menor nível da história, em 2% ao ano.

No comunicado que divulgou a decisão, o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou que vai continuar subindo os juros, mas em um ritmo menor do que os 1,5 p.p que vem adotando nas últimas reuniões.

“Essa sinalização reflete o estágio do ciclo de aperto, cujos efeitos cumulativos se manifestarão ao longo do horizonte relevante”, apontou o texto e continuou:

“O Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas, e dependerão da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária”.

Alessandra Ribeiro, sócia-diretora de Macroeconomia e análise setorial da Tendências Consultoria, diz que com essa sinalização de redução de ritmo, o ponto é saber se é para 1 p.p ou 0,75 p.p.

A economista acredita que a alta para 10,75% é adequada neste momento considerando as seguidas revisões para cima das expectativas de inflação e o quadro inflacionário, além das incertezas do cenário econômico.

— Diante dos riscos, principalmente para atividade econômica, acho que o ritmo de 1,5 p.p é bom. Não digo só para nossos riscos aqui. Há um contexto internacional que traz vários elementos que poderiam colocar um cenário um pouco mais desafiador em termos de atividade econômica, o que nos levaria a ter um certo excesso de taxa de juros — apontou.

Oito elevações

Foram oito elevações seguidas em pouco mais de um ano em uma tentativa do Banco Central de controlar a inflação de 2021, que fechou em 10,06%, praticamente o dobro do teto da meta estipulada, e de 2022 que, segundo o mercado, também deve estourar o teto da meta.

No cenário de referência do Copom, a inflação ficaria acima do teto da meta em 2022, em 5,4% e cairia para 3,2% para 2023. Os juros chegariam a 12% no primeiro semestre deste ano e terminariam em 11,75%, em seguida se reduzindo para 8% no final de 2023.

Na projeção anterior, feita em dezembro, a inflação de 2022 ficaria em 4,7% e em 2023, 3,2%.

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Política

Servidores do Banco Central começam a entregar cargos de chefia e anunciam greve

Categoria protesta após aprovação de reajuste salarial apenas para policiais federais com apoio de Bolsonaro.

Em ato semelhante ao orquestrado pela Receita Federal nos últimos dias, o sindicato que representa os servidores do Banco Central (Sinal) iniciou movimento de entrega de cargos de chefia na autarquia nesta segunda-feira (3), informa a Folha.

Segundo a entidade, a autoridade monetária conta com cerca de 500 posições comissionadas. Em nota, o Sinal afirmou que será elaborada uma lista nos próximos dias com os nomes de quem aderiu.

Os servidores pedem reajuste salarial após o Congresso aprovar previsão de reposição apenas para policiais federais no Orçamento de 2022, com apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Estamos começando hoje, a ideia é fazer reuniões virtuais com servidores de todo o Brasil para convencê-los a aderir, até como forma de pressão para conseguir uma reunião com o presidente [do BC] Roberto Campos Neto. A gente acredita que nas próximas duas semanas teremos uma lista grande”, ressaltou Faiad.

Os servidores que eventualmente substituiriam os comissionados também serão convidados a aderir, abrindo mão de cobrirem os titulares.

Além disso, o Sinal anunciou a adesão de trabalhadores do BC à paralisação dos servidores federais de diversos órgãos, que ocorrerá no próximo dia 18, organizada pelo Fonacate (Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado).

De acordo com o presidente do Sinal, Fábio Faiad, o objetivo da mobilização é reivindicar reajuste salarial não só para os policiais federais, mas também para o BC.

“Vamos inviabilizar a administração porque não está sendo atendido o pleito justo também para servidores do BC”, completou.

O movimento começou com a entrega de comissões na Receita Federal. O Sindifisco (sindicato da categoria) estima que 951 auditores em postos de chefia já abriram mão de cargos comissionados até a última quinta-feira (30). Isso ultrapassa, segundo dados divulgados pela entidade, 90% dos efetivos.

Outras carreiras do Executivo federal e do Judiciário começaram a se queixar do aumento previsto para policiais. Entre elas estão os funcionários do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), peritos médicos e auditores agropecuários.

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Política

Com reajuste, salário de entrada de policiais será maior do que o de fim de carreira no Banco Central

Ao defender reajustes aos policiais federais, cujos recursos foram garantidos no Orçamento da União de 2022, o presidente Jair Bolsonaro criou distorções enormes no setor público. Não por acaso, a rebelião entre os servidores é geral, informa Vicente Nunes, do Correio Braziliense.

Com o aumento, o salário de entrada dos policiais federais (delegados e peritos) na corporação ficará próximo de R$ 28 mil por mês. Esse valor é maior do que o pago aos servidores de carreira do Banco Central em final de carreira.

Segundo Fábio Faiad, presidente do Sinal, sindicato que reúne funcionários do BC, essa distorção salarial poderá provocar uma debandada de funcionários da instituição. Por lei, o banco pode ter mais de 5 mil empregados. Hoje, tem pouco mais de 3 mil.

Além de as vagas dos servidores que estão se aposentando não serem preenchidas, sempre que veem oportunidade melhor, deixam os cargos. Isso ficou claro entre os procuradores do BC, que fizeram concurso para órgãos que pagam mais.

“O Banco Central é um órgão essencial para a estabilidade econômica do país. A altíssima qualidade de sua atuação, por meio de seu corpo funcional qualificado, rende bons frutos para a economia e para a sociedade brasileira. O controle da inflação, o bom funcionamento do sistema financeiro, a criação do PIX e outros exemplos falam por si só”, diz Faiad.

BC ficou relegado

Ele ressalta que, nos últimos anos, não houve, por parte do governo federal, o reconhecimento da importância na forma de melhorias remuneratórias, mesmo o sindicato demonstrando, há anos, as perdas salariais e não salariais às quais os servidores do Banco Central estão submetidos.

“Recentemente, os chefes de departamento da autarquia e seus adjuntos divulgaram um documento assinado e encaminhado ao presidente do BC manifestando a preocupação com o problema, mas, nem assim, houve uma solução”, ressalta Faiad. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, é muito próximo do presidente Jair Bolsonaro.

O presidente do Sinal acrescenta que o reajuste salarial apenas para os servidores de segurança trará uma “assimetria injusta e cruel, pois os salários iniciais das carreiras de policial federal serão maiores que os valores do final de carreira dos servidores do BC”, destaca.

Para Faiad, além da necessidade de recompor os salários dos funcionários do Banco Central, é necessário um novo concurso público para a instituição. “A defasagem hoje entre o limite permitido em lei e o número atual de servidores é de mais de dois mil. O novo concurso para o BC é urgente”, reforça.

Ele argumenta, ainda, que os mesmos policiais que estão com reajustes garantidos em 2022 têm se beneficiado de constantes seleções para ampliar seus quadros.

“Os concursos de perito da PF sempre disponibilizam muitas vagas em áreas como TI e supervisão contábil, nas quais o Banco Central tem muitos servidores especializados. Ou seja, o BC corre enorme risco de RH, pois, no primeiro concurso para a PF, a autarquia poderia perder muitos quadros de seus setores-chave”, afirma Faiad.

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Política

Quem acha que deu ruim para Bolsonaro na nova pesquisa Ipec, dá uma espiada aqui no que espera por ele hoje

A quarta-feira (15) promete ser um dia decisivo para o mercado financeiro no Bolsonistão: o Federal Reserve, o Fed, deve anunciar uma dramática mudança na condução da política monetária para 2022 e 2023, antecipando a conclusão do programa de retirada de estímulos de junho para março do próximo ano e sinalizando de dois a três aumentos na taxa de juros em 2022, algo que ainda não era consenso na última reunião, no início de novembro.

Agora é.

Em um país como o Brasil, as consequências disso serão: dólar em alta e a pressão para que o nosso Banco Central também suba os juros e, consequentemente, derrube o consumo que já está em frangalhos e afunde ainda mais a economia brasileira que já está no lodo.

Para piorar o tempo em Brasília, o dia também reserva a divulgação do IBC-Br, índice que é uma espécie de prévia do PIB, de outubro pelo Banco Central. As projeções do mercado apontam para uma retração no começo do quarto trimestre.

Ou seja, só “boas notícias” para o mito do gado um dia após saber que, se a eleição fosse hoje, Lula levaria no 1º turno com os pés nas costas.

Como disse o próprio insano, “Não há o que esteja tão ruim que não possa piorar”.

A conferir.

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Brasil

PGR recebe pedido do STF para investigar Campos Neto e dono do BTG

Ministra Rosa Weber, do STF, pede ao órgão que se manifeste sobre pedido de investigação contra o presidente do BC.

A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de investigação contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e contra o dono do BTG Pactual, André Esteves. A suspeita é de uso indevido de informação privilegiada. Caberá ao órgão decidir se há elementos para abrir o inquérito.

O despacho da ministra ocorre em resposta a uma notícia-crime apresentada pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI). A entidade requer a abertura de inquérito porque Campos Neto teria telefonado para Esteves com o objetivo de discutir política monetária — especificamente a queda na taxa de juros (Selic) e acerca do lower bound dos juros (conceito econômico que descreve a menor taxa de juros possível em uma economia).

“Obviamente, o administrador pode consultar a sociedade sobre determinados temas sob seu cuidado, porém, nunca de maneira informal ou adiantando sua compreensão sobre eles para aqueles cuja atividade está diretamente implicada por suas decisões”, argumenta a ABI. “Da mesma forma, não cabe ao administrador pedir aconselhamentos oficiosos daqueles cujas atividades são frontalmente afetadas por suas decisões. Por isso, entendemos haver indícios de que a conduta dos envolvidos é potencialmente lesiva à confiabilidade do mercado de capitais.

Esteves fez a declaração em palestra para clientes e investidores de seu banco, cujo conteúdo está no YouTube: “Eu me lembro que o juros estava assim em uns 3,5%, e o Roberto me ligou para perguntar: ‘Pô, André, o que você está achando disso, onde você acha que está o lower bound?’. Eu falei assim: ‘Olha, Roberto, eu não sei onde que está, mas eu estou vendo pelo retrovisor, porque a gente já passou por ele. Acho que, em algum momento, a gente se achou inglês demais e levamos esse juros para 2%, o que eu acho que é um pouquinho fora de apreço. Acho que a gente não comporta ainda esse juros”.

Segundo os autos, a suspeita é da prática do crime de utilização de informação, previsto no artigo artigo 27-D da Lei nº 6.385/1976. O item dispõe sobre o crime de “insider trading” ou uso indevido de informação privilegiada. Ilegal no Brasil desde 2001, essa prática envolve a utilização de informação relevante ainda desconhecida do mercado na negociação de papéis, com o objetivo de obter lucro ou evitar perdas. “É quando alguém tem conhecimento de alguma informação que seja capaz de influenciar a decisão de investidores na hora de comprar ou vender ações de determinada empresa”, explicou o advogado Karlos Gad Gomes, especialista em direito público.

Na avaliação de Nauê Bernardo de Azevedo, advogado constitucionalista e cientista político, se o caso ocorreu, é grave. “É um tipo de informação que acaba por dar vantagem exagerada a determinados agentes, em detrimento de outros”, observou.

Procurado, o Banco Central afirmou, por meio de nota, que é comum o órgão manter relacionamento com outras instituições financeiras. “Os membros da Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil mantêm contatos institucionais periódicos com executivos de mercados regulados e não-regulados para monitorar temas prudenciais que possam ameaçar a estabilidade do sistema financeiro e/ou para colher visões sobre a conjuntura econômica”, disse. “Esses contatos incluem dirigentes de instituições financeiras ou de pagamento e seguem rígidas normas legais e de conduta, com destaque para os períodos de silêncio e as regras de exposição pública.” A reportagem também entrou em contato com o BTG Pactual, mas não obteve resposta da instituição.

*Com informações do Correio Braziliense

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Economia

Neoliberalismo: Enquanto grande parcela do povo passa fome, bancos lucram como nunca

O lucro consolidado foi de R$ 21,3 bilhões. Antes dele, o maior lucro havia sido no 2o trimestre de 2021, com R$ 23,1 bilhões e no 4o trimestre de 2019, com R$ 21,8 bilhões.

Os resultados das políticas de apoio do Banco Central estão nítidos nos números da crise. Segundo o Serasa, 5,8 milhões de empresas estão inadimplentes. As dívidas somavam R$ 245 bilhões em setembro.

Mesmo assim, no terceiro trimestre de 2021, o lucro consolidado dos quatro maiores bancos de capital aberto é o terceiro maior desde o 4o trimestre de 2006, data do primeiro balanço do Santander. A mediana do ROE (retorno sobre capital líquido) voltou aos níveis pré-pandemia, que já batiam médias históricas.

Os cálculos foram efetuados utilizando os dados dos balanços entregues pelos bancos à CVM, com base na Carta-Circular BACEN nº 3.447/10.

O lucro consolidado foi de R$ 21,3 bilhões. Antes dele, o maior lucro havia sido no 2o trimestre de 2021, com R$ 23,1 bilhões e no 4o trimestre de 2019, com R$ 21,8 bilhões.

O lucro no 3º trimestre de 2021 registra crescimento de 36,75% em relação ao mesmo período de 2020.

O Bradesco tem o maior lucro (com R$ 6,64 bilhões), seguido por Itaú Unibanco (com R$ 5,78 bilhões), Banco do Brasil (com R$ 4,60 bilhões) e Santander (com R$ 4,27 bilhões). O crescimento do lucro, em relação ao 3o trimestre de 2020, foi de 58,6% para o Bradesco, 49,4% para o Banco do Brasil, 28,7% para o Itaú e 12,2% para o Santander.

*Com informações do GGN

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O fundo do poço não é logo ali: Piora fiscal é maior do que se previa: após alta dos juros, dólar volta a subir

Segundo analistas, movimento da autoridade monetária sinaliza que piora fiscal é maior do que se previa.

Um dia após o Banco Central elevar a taxa básica em 1,5 ponto percentual, para 7,75% ao ano — e sinalizar uma alta da mesma grandeza na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em dezembro, que levaria os juros para 9,25% —, a reação dos mercados foi negativa. Para analistas, com a forte deterioração do quadro fiscal, que entrou no radar após o governo admitir o descumprimento do teto de gastos para bancar programas sociais em 2022, a alta dos juros deve ser mais intensa do que o sinalizado pelo BC. As apostas são de que a Selic deve alcançar, pelo menos, 10%, no fim do ano. Para o fim do ciclo de ajuste monetário, que pode se estender até maio de 2022, as previsões variam de 11% a 14,50%.

Diante desse cenário pouco animador para a economia, o dólar comercial, ontem, voltou a ficar acima de R$ 5,60 e a Bolsa de Valores de São Paulo (B3) praticamente andou de lado. Fechou no vermelho, apesar da divulgação de balanços positivos, como o da Ambev, que registrou aumento de 57,4% no lucro do terceiro trimestre, para R$ 3,7 bilhões. A divisa norte-americana subiu 1,26%, para R$ 5,62. Enquanto isso, o Ibovespa, principal indicador da B3, recuou 0,62%, para 105.705 pontos.

Especialistas avaliaram que o BC foi forçado a reconhecer a piora nas expectativas com a deterioração do arcabouço fiscal depois de o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmar que será preciso alterar a regra do teto de gastos — emenda constitucional que limita o aumento das despesas à variação da inflação — para viabilizar o pagamento de um benefício de R$ 400 por meio do programa Auxílio Brasil. Para analistas, o governo passou a fazer a chamada contabilidade criativa, em níveis até mesmo acima do que ocorreu no período da então presidente Dilma Rousseff. Para Felipe Salto, diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), em vez de cortar gastos ineficientes e emendas parlamentares, o governo quer uma licença para gastar mais em pleno ano eleitoral.

O principal mecanismo para isso é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios, que está com dificuldades para tramitar no Congresso. A PEC, além dar calote em dívidas judiciais, muda o indexador do teto, manobra que pode abrir um espaço fiscal de quase R$ 100 bilhões.

“O fato de o Copom sinalizar uma preocupação maior com o fiscal do que em outras reuniões fez o mercado perceber que a deterioração das contas públicas é grave, e o mercado está reagindo a isso. O BC apenas solidifica uma percepção de deterioração grande. Uma parte do mercado, claro, está frustrada, porque esperava uma alta maior na Selic, mas o principal motivo do mau humor é que o risco fiscal voltou para o radar”, avaliou a economista Juliana Inhasz, professora do Insper. Para ela, a tendência, agora, é de muita volatilidade na Bolsa, pelo menos, até as eleições.

As incertezas devem aumentar no ano que vem, e, com isso, o real deverá ficar cada vez mais fraco, o que continuará pressionando a inflação, que não deverá dar trégua tão cedo, de acordo com os especialistas. “A reação do mercado não foi porque o BC errou na intensidade do choque. Foi dentro do que esperava a maioria. Havia pouca gente prevendo uma alta acima de 1,5 ponto percentual na Selic. O problema é que a expectativa de piora no fiscal é uma realidade e, com isso, o dólar ainda poderá subir e chegar a R$ 6, com o governo abdicando da capacidade de fazer política econômica” afirmou Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, um dos primeiros analistas a alertar que o dólar não deveria ficar abaixo de R$ 5 tão cedo. Segundo ele, a Selic deverá chegar ao início de 2022 entre 11% e 12% ao ano.

*Com informações do Correio Braziliense

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Vídeo: Presidente do Banco Central avisa, situação do Brasil vai piorar, inflação e juros vão aumentar

Presidente do Banco Central avisa, situação do Brasil vai piorar, inflação e juros vão aumentar.

Bolsa sente o tranco, e opera em queda acentuada e dólar dispara.

Gasolina, diesel e gás de cozinha, que já estão na estratosfera, subirão ainda mais.

Os 70% dos brasileiros que veem sua vida piorar, certamente, terão companhia de outro tanto e, depois, outro tanto ainda maior.

A consequência disso é menos poder de compra e mais desemprego.

Assista:

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E o fundo poço vai ficando cada vez mais fundo: Investimento estrangeiro no país despenca 96,6%

Investimento estrangeiro no país despenca 96,6% em junho, diz Banco Central.

Dá pra imaginar o que vem pela frente.

Os investimentos estrangeiros diretos no país (IDP) somaram US$ 174 milhões em junho, segundo dados das Estatísticas do Setor Externo divulgados hoje pelo Banco Central. O valor representa queda de 96,63% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o indicador totalizou US$ 5,165 bilhões.

O número ficou abaixo do intervalo das previsões de analistas de mercado compiladas pelo Projeções Broadcast, que iam de US$ 2 bilhões a US$ 4,156 bilhões, com mediana de US$ 2,5 bilhões. Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de junho indicaria entrada de US$ 2,5 bilhões.

*Com informações do Uol

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Política

Entregar o Banco Central aos rentistas é o mesmo que entregar os presídios ao PCC

Que fique evidente que o retorno a condição neocolonial a que o golpe de 2016 impôs ao Brasil, esvaziando com Temer e Bolsonaro a soberania nacional, tem apoio no parlamento. A votação que autoriza o banco central ser transformado no sindicato dos rentistas é a comprovação disso. (Marcio Pochmann)

Se for mesmo aprovada a independência do Banco Central, quem governará o Brasil, independente de quem seja o presidente da República, serão os banqueiros.

E se já mandam no país para saquear a população, produzindo miséria e fome, podem multiplicar isso por dez.

Outro fato que precisa ficar registrado, é que a entrega do Banco Central ao sistema financeiro num governo militar, acaba de vez com a balela de que os militares são patriotas.

A entrega do BC à agiotagem é, como bem disse Pochmann, a coroação do golpe em Dilma e a condenação e prisão de Lula pelas forças que estavam por trás dessa trama macabra contra o povo brasileiro.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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