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Opinião

A poluição criminosa da CSN em Volta Redonda

Para quem se assustou com a poluição criminosa de Volta Redonda em matéria no JN, pode apostar, a coisa é muito pior.

O Jornal Nacional registrou alguns detalhes graves, gravíssimos nesse 13 de julho de 2023. A CSN foi privatizada há exatos 30 anos, na verdade, entregue de graça junto com boa parte do território da cidade para um gafanhoto chamado Benjamin Steinbruch, que jamais teve qualquer empatia com a cidade da qual ele arranca seus lucros bilionários.

Detalhe, antes de possuir a maior siderúrgica da América Latina e a maior fabricante de folha de flanders do mundo, a CSN foi adquirida com dinheiro do BNDES e paga com moeda podre na privatização feita por FHC.

O atual presidente da CSN, Steinbruch, mantinha com a família uma fabriqueta de tecido plano, chamada Vicunha, dando um salto mágico para uma fortuna incalculável na base do estalão. Isso sim, é o famoso milagre econômico de receita até hoje oculta.

O fato é que a propaganda que se fazia no próprio Jornal Nacional, há 30 anos, em prol da privatização, é a de que a CSN era deficitária, uma gigantesca mentira, adornada numa mentira ainda maior, que prometia, com a privatização, a modernização da empresa, a valorização da pesquisa, redução drástica da poluição, desenvolvimento para toda a região do médio Paraíba, além de uma abundante geração de empregos qualificados.

Pois bem, todas essas promessas foram trituradas pela realidade e deu-se exatamente o oposto, ponto a ponto, do que citamos aqui.

E é bom lembrar que Benjamin Steinbruch, que chega aqui em Volta Redonda de helicóptero, fazendo parecer a música “Geni e o Zepelin!, da Ópera do Malandro, de Chico Buarque, com aquela arrogância de quem olha para a cidade que explora com o máximo desprezo que, apesar de enriquecê-lo, e muito, jamais o dono da empresa devolveu centavo furado de investimento na própria usina.

Esse foi o procedimento padrão da CSN desde a privatização há 30 anos.

Todos viram, no Jornal Nacional, uma empresa absolutamente sucateada, em nome da ambição que opera cirurgicamente para extrair o máximo de lucro, sem sequer buscar, através de pesquisa, qualquer tipo de melhoria para a empresa, que fará para a cidade.

Quem não se lembra desse personagem, Benjamin Steinbruch, que até pouco era vice-presidente da Fiesp, numa entrevista no Uol, em que ele propõe uma exploração inacreditável da mão de obra, dizendo que o trabalhador não deveria ter hora de almoço, mas sim trabalhar, segurando numa das mãos um sanduíche, enquanto a outra mão opera a máquina.

Portanto, a história do sujeito e a sujeira venenosa que ele espalha pela cidade são absolutamente coerentes.

Essa tragédia é fruto de um pensamento trágico. Como não existe meio desumano, a atual presidência da CSN deixa claro o quanto foi criminosa a privatização da usina e quais foram os resultados concretos dessa tragédia 30 anos depois.

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Algumas verdades sobre Ciro Gomes

É difícil entender por que Ciro, em plena CPI da Covid, também chamada de CPI do Genocídio, que tem o governo Bolsonaro na berlinda, acusado de ser o responsável ou o maior responsável pela morte de mais de 400 mil pessoas, e Ciro atacar um dos partidos de esquerda que fazem oposição ao governo Bolsonaro, além de fazer parte da CPI.

Só dá para entender que Ciro está tentando fazer um corta-luz a favor de Bolsonaro e passar pano na sua responsabilidade diante da tragédia humana porque passa o Brasil.

Parece mesmo que ele escolheu uma hora para atacar Lula de maneira estratégica para aliviar a barra de Bolsonaro, já que Lula, teoricamente, é o único candidato capaz de vencer Bolsonaro em 2022.

Por outros caminhos, talvez até mais tortos, Ciro plagia o Moro de 2018, tentando, sobretudo quando veste a camisa do negacionismo, afirmando que Lula não fez nada pelos pobres e que o fato dos governos Lula e Dilma tirarem 40 milhões de brasileiros da miséria, zerar a mortalidade infantil em decorrência da fome, mais um número sem fim de programas sociais revolucionários, é uma mixaria.

Ciro faz pior, diz que, por conta de séculos de abandono de governos que se sucederam segregando os miseráveis, o pouquinho que Lula deu aos pobres, parece que foi coisa de outro mundo.

Só faltou Ciro se incluir nesses tais governos que nada fizeram para mudar a sorte dos pobres, afinal ele foi ministro da Fazenda, ou seja, foi o Paulo Guedes do Itamar Franco.

E é bom lembrar que foi no governo Itamar Franco que a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi privatizada, em 1993, com financiamento do BNDES e pago com moeda podre.

CSN esta de Benjamin Steinbruch e que Ciro, mais tarde, passou a ser o braço direito do barão do aço, ocupando o principal cargo da diretoria do Grupo CSN.

Benjamin é o mesmo que, quando presidente da Fiesp, disse em entrevista ao Uol, que o trabalhador brasileiro tinha direitos demais e sugeriu que este tirasse somente15 minutos de descanso, outros 15 minutos para comer um sanduíche com uma das mãos e, com a outra, seguir operando a máquina. Mas Ciro se diz contra os neoliberais, imagina isso!

Ciro se orgulha de ter sido um dos ideólogos que decalcou o retumbante fracasso do plano econômico de Cavallo na Argentina que, aqui no Brasil, ganhou o codinome de Plano Real que dolarizou a economia brasileira e construiu artificialmente uma paridade entre o real e o dólar, na base de 1 por 1.

Resultado da operação: como dizia Kid Moringueira, ” é que a calça virou calção”. A nossa moeda encolheu, o dólar disparou com a liberação do câmbio, fazendo o Brasil quebrar três vezes em oito anos e o dólar valer, corrigindo para os dias de hoje, seis vezes mais que o real.

Ciro, que gosta de falar que fez parte do governo Itamar com aquela “turma boa” que implantou o real, sofre amnésia quando é para falar dos resultados concretos daquele plágio que eles fizeram do governo Menem.

O problema de Ciro não é sua enorme língua de trapo que atira a esmo contra o PT, mas o próprio rabo de fora que deixa à mostra o loroteiro que sempre foi na base do piriri pororó, mais piriri que pororó.

Confira a fala de Benjamin Steibruch:

*Carlos Henrique Machado Freitas

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O Brasil não produziria a maior desigualdade do planeta se não fosse este o projeto da burguesia

Quando vejo o presidente da Fiesp ao lado de Bolsonaro comemorando a caótica situação do país rumo ao abismo, vem à mente a cidade em que moro, Volta Redonda, destruída por FHC com a privatização da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).

Volta Redonda, que um dia foi o símbolo do desenvolvimento industrial do Brasil, hoje representa a decadência da indústria nacional, não a do seu presidente, Benjamin Steinbruch que, não por acaso, é vice-presidente da Fiesp. Este está cada dia mais milionário.

A privatização da CSN trazia como mote a necessidade de modernizar a siderúrgica, com a justificativa de que traria novos ares econômicos para a cidade como um salto quantitativo e qualitativo nas relações entre a sociedade e a empresa, numa energia quase mecânica.

E o que se tem aqui em Volta Redonda é um lodo econômico que se desenvolveu no entorno da CSN privatizada em que, depois de mais duas décadas, o único que se beneficiou enormemente do filé mignon presenteado por FHC, foi o empresário Benjamin Steinbruch, que tinha uma fábrica obsoleta de jeans e veludo cotelê medíocre e risível, até mesmo para o ramo, abarcar terrenos, fazendas, espaços públicos, clubes, escolas, que pertenciam à CSN, assim como uma centena de imóveis.

Este foi um dos maiores golpes contra o patrimônio brasileiro de que se tem notícia. Sim, porque o empresário que “adquiriu” a CSN com financiamento do BNDES, pagando sua dívida com moeda podre, é um clássico gafanhoto.

Primeiro, tratou os cidadãos da cidade como inimigos e, quando chega na cidade de helicóptero parece o zepelim da música “Geni” de Chico Buarque. Chega e sai de Volta Redonda como alguém que vai a um caixa eletrônico sacar um dinheiro que cai na sua conta religiosamente sem que ele faça o menor esforço.

Benjamin é a figura do atraso, do empresário mesquinho, hipócrita, ganancioso e, como tal, produziu uma verdadeira tragédia econômica, política, cultural e social não só em Volta Redonda, mas na região, mostrando como a elite brasileira é belicista e como nutre o sonho de ser uma ilha de prosperidade num mar de iniquidade.

O sujeito promoveu inúmeras demissões, acabou com o Centro de Pesquisa, com a maior Escola Técnica de Siderurgia da América Latina, paga os piores salários do setor e não investe um centavo para o desenvolvimento da própria usina, cada dia mais sucateada e obsoleta.

O que hoje segura o comércio da cidade, que já foi um dos mais vigorosos do país, são os aposentados da CSN estatal. Dependesse do que circula de dinheiro na cidade a partir da siderúrgica privatizada, a decadência econômica seria ainda mais profunda.

Como disse, Benjamin Steinbruch não tem o menor interesse na cidade, não tem e nem quer ter o menor vínculo com o município, tanto que suga, como narra o filme sul-coreano, indicado ao Oscar em várias categorias, sobre os parasitas planetários, um filme que proporcionou um debate na imprensa internacional em que se conclui que não há explorador maior, não há desgraça maior do que a elite brasileira que produz a maior concentração de renda do mundo e, junto com ela, a fome, a miséria, a doença e a mortalidade infantil.

Claro que essa gente odeia Lula que ousou tirar da miséria mais de 30 milhões de brasileiros e, por isso não é retórica afirmar que foi insulto para gente como Paulo Skaf, Benjamin Steinbruch e outros negociantes que mais se comportam como agiotas e se classificam como empresários nesse país.

Na verdade, os grandes empresários brasileiros nutrem a mesma repulsa pelo Brasil e pelos brasileiros que Benjamin nutre por Volta redonda e seus habitantes.

Por isso a questão política no Brasil é muito mais complexa, porque tem uma elite mesquinha, antinacional, tradicionalmente entreguista, com capítulos que evidenciam que só tem interesse em construir riquezas pessoais, explorando trabalhadores, populações e dizimando, sem arregaçar as mangas, a economia do país para viver de especulação e rentismo sem o menor pudor para assegurar a cumulação promovida por uma ganância doentia que não tem um mínimo de orgulho próprio de ser apontada como a pior elite econômica do mundo.

Na elite brasileira não há consciência cívica, social, cultural, não há nada. Essa gente dorme e acorda dinheiro em estado bruto. Por isso compra quem precisa comprar dentro das Forças Armadas, Congresso, judiciário, Ministério Público para sabotar a Constituição e a democracia para saquear o país, sem oferecer nada em troca.

É preciso acontecer alguma coisa muita séria no Brasil. Os 400 dias de desmontes promovidos pelo governo Bolsonaro são um sinal de alerta que mostra a que ponto o Brasil chegou por conta de um candidato da elite que foi expulso das Forças Armadas, por ser considerado um psicopata ganancioso, o mesmo que passou três décadas no Congresso se filiando a grupos de extermínio, pistoleiros de aluguel, sem um projeto aprovado, transforma-se em presidente da República em uma fraude eleitoral grotesca, com a luxuosa ajuda da grande mídia e do juiz que, hoje, é seu Ministro da Justiça, trabalhando como leão de chácara da família, ao mesmo tempo em que é o maior chantagista do vigarista de preside o país.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Presidida pelo tucano Dalmo Nogueira Filho, a estatal Sabesp no governo Alckmin doou 500 mil ao instituto de FHC

O Instituto Fernando Henrique Cardoso, ONG criada pelo ex-presidente tucano com a ajuda de grandes empresários, foi contemplado no ano de 2006 com uma doação de R$ 500 mil de uma empresa estatal do governo paulista, que no período 2003-2006 foi comandado por Geraldo Alckmin (PSDB)

O dinheiro saiu da Sabesp – então presidida por outro tucano, Dalmo Nogueira Filho – e foi direcionado para um projeto de conservação e digitalização do acervo do instituto, conhecido pela sigla iFHC.

O acervo é formado por livros, fotos e obras de arte de FHC e também de sua mulher, Ruth Cardoso. Reúne não apenas itens coletados durante a passagem do tucano pela Presidência, mas também da época em que era professor e um dos líderes da oposição ao regime militar. Entre os objetos em processo de catalogação estão os presentes que FHC recebeu durante seu governo – vasos, quadros, tapetes e até capacetes de pilotos de Fórmula 1.

O projeto de preservação e digitalização do acervo está orçado em mais de R$ 8 milhões – valor que equivale a cinco vezes o orçamento anual da Biblioteca Mário de Andrade, a maior de São Paulo, com mais de 3,2 milhões de itens.

Na época o Instituto Fernando Henrique Cardoso era uma espécie de “organização ex-governamental” – reunia em seu conselho deliberativo diversas estrelas dos dois mandatos presidenciais tucanos, entre eles ex-ministros como Pedro Malan (Fazenda), Luiz Carlos Bresser-Pereira (Administração) e Celso Lafer (Relações Exteriores e Desenvolvimento).

O iFHC afirma ter dois objetivos básicos: o primeiro é a preservação do próprio acervo do ex-presidente e de sua mulher; o segundo é a promoção de debates e seminários – que são restritos a convidados. O site do instituto na internet destaca que “o iFHC, entidade privada, não está aberto à visitação pública”.

O auxílio estatal ao instituto, via Sabesp, fugiu à regra: o iFHC nasceu e é mantido graças a contribuições privadas. Quando inaugurado, em 2004, tinha R$ 10 milhões em caixa. O tucano começou a pedir doações a empresários quando ainda era presidente.

Em um jantar no Palácio da Alvorada, em 2002, FHC expôs os planos de sua futura ONG a convidados como Emílio Odebrecht (grupo Odebrecht), Lázaro Brandão (Bradesco), Olavo Setubal (Itaú), Benjamin Steinbruch (CSN), Pedro Piva (Klabin) e David Feffer (Suzano). Na época, o colunista Elio Gaspari criticou o fato de a coleta de fundos ser feita entre representantes de empresas financiadas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ou contempladas no processo de privatização.

Já as relações da Sabesp com políticos do PSDB não constituem propriamente uma novidade. em 2006, reportagens da Folha de S.Paulo revelaram que a estatal patrocinou uma edição da revista Ch’an Tao, do acupunturista do então candidato à Presidência Geraldo Alckmin – o tucano foi assunto de capa e apareceu em 9 das 48 páginas da publicação.

A estatal também destinou R$ 1 milhão de sua verba publicitária para uma editora e um programa de TV do deputado estadual Wagner Salustiano (PSDB). O Ministério Público abriu uma investigação sobre o eventual uso de empresas do Estado para beneficiar aliados de Alckmin na Assembléia Legislativa.

A Terra Magazine procurou a Sabesp e FHC, em busca de esclarecimentos sobre a doação de R$ 500 mil. Não houve resposta da estatal. A assessoria do iFHC informou apenas que o ex-presidente não se encontrava no local.

Além da Sabesp, da Sun e da IBM, os outros patrocinadores do projeto de digitalização do iFHC são as empresas Philco Participações (R$ 600 mil), Arosuco Aromas e Sucos (do grupo Ambev, R$ 600 mil), Mineração Serra Grande (do grupo Anglo-American, R$ 200 mil), Norsa Refrigerantes (representante da Coca-Cola no Nordeste, R$ 140 mil), Rio Bravo Investimentos (R$ 30 mil) e BES Investimentos do Brasil (R$ 25 mil).

O fato é que a Lava Jato nunca investigou isso.

 

*Com informações do Terra Magazine