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Justiça

Superlotada, Papuda abre blocos e chama policial para receber bolsonaristas

governo do Distrito Federal abriu dois blocos no CDP (Centro de Detenção Provisória) 2, localizado no complexo da Papuda, para receber 904 bolsonaristas presos pelos atos golpistas do último domingo (8). A área foi inaugurada em 2021, mas ainda não tinha sido usada.

Segundo o Uol, o complexo já sofria com superlotação antes de receber os novos detentos, segundo fontes ouvidas pela reportagem. Ao UOL, a Seape (Secretaria de Administração Penitenciária) afirmou que o CDP 2 tem 1.176 vagas, mas abriga agora 2.139 pessoas. No total, a Papuda contabiliza 5,8 mil vagas e mais de 14 mil presos.

Os bolsonaristas radicais —que invadiram os prédios dos Poderes no domingo passado e estavam no acampamento em frente do QG do Exército na capital federal— estão em blocos diferentes dos demais presos.

A superlotação é um problema, impacta tudo. Impacta na saúde, na assistência social. Para tudo isso, precisa de servidores.”Carolina Barreto Lemos, perita do Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura

Lemos e Erin Fernandes, antropólogo e membro da Frente Distrital pelo Desencarceramento, afirmam que os blocos ocupados nesta semana já poderiam ter sido utilizados para amenizar a superlotação. A secretaria não explicou por que os blocos foram abertos agora.

Desde o começo da semana, há divergências entre os números de bolsonaristas detidos divulgado pela Polícia Federal, pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e pela Seape.

Sem efetivo policial e com pedido de doação. Com o dobro de presos no CDP 2, o complexo precisou deslocar policiais penais e outros funcionários para ajudar em tarefas como receber os presos e vigiar os blocos.

“Eventualmente esses funcionários têm que voltar para suas unidades de rotina e vai sobrecarregar [o sistema]”, afirmou Lemos. Ela visitou a Papuda na terça-feira (10), quando os bolsonaristas começaram a chegar ao local.

Fernandes, que também acompanha o dia a dia na Papuda e na Penitenciária Feminina do DF, conhecida como Colmeia, criticou supostos benefícios oferecidos aos detidos no ato golpista e no acampamento. De acordo com ele, há pedidos de doações de itens de higiene pessoal para os bolsonaristas.

Temos uma preocupação com a falta de recursos e já sabemos que agora o presídio está recebendo doações de toalha e itens de higiene –o que sempre foi dificultado para as famílias dos presos. Já tivemos que entrar na Justiça para conseguir levar uma escova de dente.”Erin Fernandes, antropólogo e membro Frente Distrital pelo Desencarceramento

A Secretaria da Administração Penitenciária afirmou que todos os presos receberam “kits de higiene, colchões e cobertas”. Além disso, o grupo passou por avaliação médica e fez testes de controle de pressão, diabetes e covid-19 e exames de sangue para identificar doenças como tuberculose, HIV, sífilis e outros.

Vacinas contra o coronavírus e outras doenças foram oferecidas. A pasta diz que a aplicação era “facultativa” —a reportagem apurou, no entanto, que a direção do presídio determinou a imunização.

Presídio feminino Colmeia também registra superlotação. A Seape informa que a penitenciária tem 1.028 vagas e, atualmente, abriga 1.148 mulheres. Ao todo, 494 foram detidas na invasão aos Três Poderes e no acampamento no Exército.

Para aliviar a superlotação, as defensorias públicas da União e do DF pediram ao STF (Supremo Tribunal Federal) para que liberasse bolsonaristas hipervulneráveis (idosos, gestantes e com deficiência, por exemplo) que estavam na Academia da PF —o que foi atendido pelo ministro Alexandre de Moraes.

Também foi solicitada a liberação de mulheres presas na Colmeia que já estão no regime semiaberto —e têm o direito de sair para trabalhar durante o dia. Ainda não há definição sobre isso.

Mutirão de audiências de custódia

Por causa do grande número de bolsonaristas presos, as audiências de custódia são realizadas em mutirão. Segundo levantamento do MPF (Ministério Público Federal), foram realizadas 322 na quinta-feira (12). Além dessas, outras 73 previstas foram canceladas ou adiadas por razões como falta de advogados ou documentação.

O Judiciário converteu 235 flagrantes em prisões preventivas, mantendo as pessoas nos presídios do Distrito Federal. Ontem, a previsão era de que mais 325 audiências ainda fossem realizadas.

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Bolsonarismo

Mapa e mensagens mostram plano detalhado de bolsonaristas a golpe no dia 8

Bolsonaristas produziram um mapa para a logística dos transportes e se prepararam para confronto violento.

Os crimes e a tentativa de golpe no último domingo (08) foram detalhadamente planejados pelos bolsonaristas, que produziram um mapa dos transportes de todo o Brasil, previram confronto com as polícias, recomendaram a não participação de crianças e idosos e o uso de proteção e convocaram os CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores).

Parte desse planejamento detalhado foi revelado em reportagem do Uol, desta quarta (11), que obteve acesso a um mapa online criado pelos bolsonaristas e as mensagens de Telegram com a organização.

Como havia adiantado A Pública, o ato criminoso foi tratado internamente como “festa da Selma” e outras nomenclaturas foram usadas por eles para escapar de investigações. O grupo de bolsonaristas da região Sudeste se chamava “Caça e Pesca”, com 18 mil intregrantes. Nele, foram combinados detalhes de como chegar a Brasília, como agir, onde invadir e o que levar no dia 8.

No mapa digital compartilhado entre eles, denominado “Viagem para Praia”, estavam marcados pontos em 43 cidades do Brasil onde se podia pegar ônibus para a invasão, com o contato dos organizadores dos transportes.

“O código é festa da Selma, vai acontecer uma festa de aniversário enorme e existe uma organização muito grande para juntar e preparar os convidados”, traz a descrição do mapa.

Em outro trecho do texto do mapa, com jogo de palavras, eles informam que será empregada violência e que haverá confronto com a polícia:

“[A festa da Selma] não convidou crianças e nem idosos, quer somente adultos dispostos para participarem de todas as brincadeiras, entre elas: tiro ao alvo, polícia e ladrão, dança da cadeira, dança dos índios, pega pega, e outras.”

E pedem que os bolsonaristas levem equipamentos de proteção, soro e máscara contra gás de pimenta: “É importante que cada um leve suas coisas pessoais de higienização e proteção, inclusive: máscara para não ficar ardendo com a torta de pimenta na cara e soro fisiológico para se limpar caso espirrem algo que faça vocês chorarem e lacrimejarem, mas não de alegria, durante a festa.”

No grupo do Telegram, eles também recomendavam levar capa de chuva para evitar contato da pele com gás de pimenta. Todos esses itens de proteção foram usados pelos criminosos no dia 8.

O administrador do grupo ainda compartilhou uma foto com o local da Praça dos Três Poderes, incluindo o jardim da Esplanada dos Ministérios e uma seta para o Congresso Nacional, com a mensagem: “Pessoal, o povo em massa tem que preencher todo esse espaço principalmente dentro e fora do congresso. Aí sim derruba o governo.”

“Patriotas, agora é guerra. Não é manifestação pacífica (…) Cercar os 3 poderes. Brasília”, trazia outra mensagem dos organizadores.

O grupo “Caça e Pesca” também dizia que os CACs foram “convocados para darem suporte aos que estão nas refinarias, distribuidoras e em frente aos 3 poderes”. No mapa “Viagem para Praia”, estavam pontuadas as refinarias e distribuidoras de combustível, também alvos do terrorismo no dia 8.

Ao todo, o mapa traz 21 organizadores, com seus respectivos contatos, dos transportes das diferentes regiões do Brasil.

*Com GGN

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Bolsonarismo

Bolsonaristas radicais e insanos invadem Congresso Nacional, o STF e o Palácio do Planalto

Militares tentaram conter participantes de ato antidemocrático com spray de pimenta e bombas de efeito moral. Vidraças do monumento foram destruídas.

Bolsonaristas radicais invadiram o Congresso Nacional, neste domingo (8), após entrar em confronto com a Polícia Militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, Os participantes de atos antidemocráticos estavam com pedaços de paus e pedras.

Policiais militares tentaram conter os bolsonaristas com uso de spray de pimenta, no entanto, eles invadiram a área de contenção que cercava o Congresso Nacional. Imagens do local mostram que um veículo da Força Nacional caiu no espelho d’água do monumento.

Força Nacional está no Congresso — Foto: Reprodução

No local, há pontos com fumaça. Além disso, vidraças do monumento foram quebradas. Os bolsonaristas radicais alcançaram o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa.

Os policiais também usaram bombas de efeito moral na tentativa de conter os participantes do ato antidemocrático. Até a última atualização desta publicação, a Polícia Militar ainda não havia se manifestado sobre a invasão.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, chamou os atos antidemocráticos de “absurdos” e afirmou que a “tentativa de impor a vontade pela força não vai prevalecer. Dino disse ainda que o GDF informou que “haverá reforços”.

O ex-ministro da Justiça e atual secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres, disse que determinou que o setor de operações da pasta tome “providências imediatas para o restabelecimento da ordem no centro de Brasília. “Cenas lamentáveis agora na Esplanada dos Ministérios”, afirmou.

Após a invasão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco disse em uma rede social que em uma conversa por telefone, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou que “está concentrando os esforços de todo o aparato policial, no sentido de controlar a situação”. Pacheco disse ainda que repudia os atos antidemocráticos e que eles devem “sofrer o rigor da lei com urgência”.

Veja a invasão ao STF:

*Com G1

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Bolsonarismo

Dino diz que já acionou Defesa, GDF e policiais para enfrentar bolsonaristas em Brasília

Dino disse que já comunicou o ministro da Defesa, o governador do Distrito Federal e os diretores-gerais da PF e PRF.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), escreveu em suas redes sociais, na manhã deste sábado (7/1), que novas movimentações no centro de Brasília, de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), não vão promover “guerra”.

O ex-governador do Maranhão ainda afirmou que já entrou em contato com o ministro da Defesa, José Múcio, e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Além dos diretores-gerais da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues e, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Antônio Fernando Oliveira.

“Sobre uma suposta ‘guerra’ que impatriotas dizem querer fazer em Brasília, já transmiti as orientações cabíveis à PF e PRF. E conversei com o governador Ibaneis e o ministro Múcio”, disse Dino.

O Metrópoles questionou o ministro da Defesa, o governador Ibaneis Rocha e o diretor da Polícia Federal sobre eventuais planos de contingenciamento, caso ocorra uma nova ocupação da área militar, mas até a última atualização desta matéria não obteve retorno. O espaço segue aberto.

Nova movimentação

Após bolsonaristas que não aceitam a vitória do presidente já empossado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planejarem uma nova manifestação neste final de semana, o Metrópoles flagrou a chegada de caravanas ao QG de Brasília, na manhã deste sábado (6/1). Até às 12h30, ao menos 11 ônibus haviam chegado ao local.

Por conta do Exército ter fechado diversas vias do Setor Militar Urbano (SMU) para o trânsito de veículos, ao menos cinco ônibus foram obrigados a desembarcar os manifestantes no Eixo Monumental.

A maioria dos veículos são oriundos de Mato Grosso e Espírito Santo.

Confira o momento do desembarque:

Medo de novo episódio

Após diplomação do presidente Lula, no dia 12 de dezembro, um grupos de bolsonaristas incendiaram diversos veículos e depredaram uma série de locais da capital federal, principalmente, no Setor Hoteleiro Norte. Alguns dos autores, segundo investigações estavam acampados na Base Administrativa do Quartel-General do Exército.

Alguns dias depois, antes da posse do petista, um homem também foi preso com meia dúzia de explosivos e um arsenal de armas de fogo. O homem armou uma bomba próximo ao Aeroporto de Brasília e tinha a intenção de detoná-la junto a um caminhão de querosene.

Ele ainda confessou que estava planejando um atentado para o dia da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Posteriormente o suspeito foi detido pela 10ª DP (Lago Sul).

*Com Metrópoles

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Bolsonarismo

Após anúncio de ato extremista, ônibus com bolsonaristas chegam ao QG em Brasília

Nova manifestação foi marcada para segunda-feira (9/1), mas bolsonaristas já chegam ao acampamento em frente ao QG do Exército, em Brasília.

Após bolsonaristas que não aceitam a vitória de Lula (PT) como presidente da República planejarem uma nova manifestação neste final de semana, o Metrópoles flagrou a chegada de caravanas ao QG de Brasília, na manhã deste sábado (6/1).

Até às 12h30, ao menos 11 ônibus haviam chegado ao local.

Por conta do Exército ter fechado diversas vias do Setor Militar Urbano (SMU) para o trânsito de veículos, ao menos cinco ônibus foram obrigados a desembarcar os manifestantes no Eixo Monumental.

*Com Metrópoles

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Opinião

Bolsonaro foge e enterra bolsonaristas

Com a fuga de Bolsonaro, o mutirão fascista chega ao fim.

A toada golpista talhou e a covardia de Bolsonaro assumiu proporções gigantescas dentro do próprio mutirão.

Ou seja, a fuga de Bolsonaro foi fatal para o bolsonarismo. Na verdade, o bolsonarismo desapareceu nas nuvens com o avião que o levou para os EUA fugindo da justiça brasileira.

Aqui, os bolsonaristas ficaram desatendidos. As tendas nos QGs foram desativadas de forma definitiva sem ter nada para substituir.

Não há comissão para discutir o vácuo, o buraco negro nem para divertimento público.

O bolsonarismo virou um pó político. O que sobrará é um catálogo de absurdos para leituras futuras sobre uma parcela da sociedade que foi abduzida durante vinte anos pela mídia e desembocou nessa espécie de papel oficial no inexistente governo Bolsonaro.

Já é possível ouvir bolsonaristas falando que, agora conseguem enxergar a verdade sobre quem foi Bolsonaro e que papel os bolsonaristas cumpriram nessa magnífica bolha dos tolos.

A utilização das vitrolas digitais de repetição de palavras golpistas, foram silenciadas nessa confusão mental criada pelos novos efeitos produzidos pela live covarde de Bolsonaro e sua covardia concreta, a fuga.

O entorno de Bolsonaro para qualquer assunto se diluiu instantaneamente. Essa invenção macabra, orquestrada por espertos que ocuparam o Palácio do Planalto, findou-se.

Não há dúvida de que nesse universo insano, dentro do Brasil, o nome de Bolsonaro estará impróprio ou, no mínimo, provocará uma sensação desagradável por quem queria mesmo que ele bancasse um golpe a partir dos pedidos clementes de uma horda de estúpidos que nisso se transformaram por uma lavagem cerebral feita, durante vinte anos pela mídia, para transformar essa gente em gado e, logicamente, formar uma grande manada para atacar quem se aproximasse de Bolsonaro.

Fim de papo. O casto, o mito se transformou numa figura horrível para o próprio bolsonarismo.

Seu discurso na live foi tão ruim que azedou tanto o ambiente, que até estúpidos pagos para defendê-lo, como Rodrigo Constantino, admitiram que seria melhor ele fugir calado, num grito manso e abafado entre os mais íntimos.

A psicologia coletiva, que formou Bolsonaro, terminou com lágrimas nos olhos do covarde, aquela covardia que caracteriza pessoas despidas de qualquer caráter. No caso de Bolsonaro, que sempre vendeu masculinidade, a coisa ganhou dimensão atômica.

Seja como for, a fuga de Bolsonaro enterra definitivamente o bolsonarismo e grande parte da direita brasileira, porque essa fuga pela porta dos fundos arrombou toda a concepção de valentia que os bolsonaristas e a própria direita fizeram dele.

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Relações Internacionais

Futuro chanceler planeja ‘limpa’ em embaixadas ocupadas por bolsonaristas

Mauro Vieira pretende já na primeira semana como chanceler fazer uma limpa em vários postos ocupados por diplomatas bolsonaristas. Embaixador em Washington, Nestor Forster, será substituído interinamente por um encarregado de negócios enquanto não se define o nome do futuro representante do Brasil na capital americana.

De acordo com Lauro Jardim, O Globo, Maria Nazareth Farani Azevêdo, cônsul-geral em Nova York, será também ejetada na primeira leva. Ex-chefe de gabinete de Celso Amorim, Lelé, como é conhecida, caiu nos braços do bolsonarismo já em 2019.

No mesmo movimento será enviado a Caracas um encarregado de negócios com a missão de reabrir a embaixada e o consulado-geral.

Também será enviado a Caracas, fazendo o mesmo movimento, um encarregado de negócios com a missão de reabrir a embaixada e o consulado-geral. Mauro Vieira já havia dito em suas primeiras declarações sobre a retomada de relações diplomáticas com a Venezuela a partir de 1º de janeiro.

Ele também destacou o retorno a mecanismos de integração regional, como a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) e a Comunidade do Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac). “Teremos uma volta a esses organismos, mas com olhar novo, porque o mundo mudou. Será olhar novo, construtivo, com solidariedade, visando sempre a colaboração entre países em desenvolvimento”, disse.

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Uncategorized

Desarmamento e combate a feminicídio serão prioridades no Ministério da Justiça

Redução da violência policial e de crimes de ódio também encabeçam lista dos focos iniciais na pasta a ser comandada por Flávio Dino a partir do dia 1º de janeiro.

A partir do dia 1º de janeiro, dentre as prioridades do Ministério da Justiça estarão a redução do armamento da população, o combate ao feminicídio, à violência policial e aos crimes de ódio. É o que pontua o próximo titular da pasta, Flávio Dino (PSB), em recente entrevista concedida para o jornal O Estado de S. Paulo. O ex-governador do Maranhão e senador eleito em 2022 com cerca de 2,2 milhões de votos disse, ainda, ver elementos de terrorismo nos episódios de violência promovidos por bolsonaristas em Brasília no início da semana e declínio do que chamou de “partidarização indevida da força policial”.

Flávio Dino explicou que um mecanismo para estabelecer as prioridades da nova gestão será a divisão entre os estados da verba do Fundo Nacional de Segurança Pública. “Vamos alinhar os critérios de acordo com as metas. Não posso interferir nas prioridades dos governadores, independência total. Agora, na partilha dos recursos do Fundo Nacional nós temos metas nacionais a cumprir com, por exemplo, combate ao armamentismo, apoio às vítimas de crimes violentos, combate a feminicídio, combate a crimes de ódio. Esses são pontos que passarão a ser valorados. Estados que implantam câmera ou não implantam câmera nos uniformes dos policiais a gente vai valorar. A gente acredita que é importante combater a violência policial. Ninguém é obrigado a fazer, mas quem fizer a gente vai valorar mais. Essa é a ideia geral”, afirmou para o Estadão. Ele também revelou a criação da Secretaria de Acesso à Justiça, dedicada especialmente ao combate ao racismo e ao feminicídio.

Caráter terrorista

Sobre os atos antidemocráticos promovidos por grupos bolsonaristas em Brasília na segunda-feira (12), Flávio Dino afirmou haver a possibilidade de caráter terrorista, pois enxerga crimes com intuito político. “Essa é a fronteira que demarca a fronteira de terrorismo e de crimes contra o estado democrático de direito. Na medida que ali havia sim intuito político evidente, é um enquadramento possível. Tanto na lei do terrorismo quanto no capítulo do Código Penal sobre crimes contra o estado democrático de direito”. O ex-governador maranhense, porém, destacou que a confirmação dessa tese não depende do ministro e sim do delegado que vai conduzir os inquéritos e do Ministério Público.

Politização das polícias

O aparelhamento e a partidarização indevida das polícias, em especial da Polícia Rodoviária Federal (PRF), durante o governo Bolsonaro, também estará na pauta do Ministério da Justiça a partir do mês que vem. E o caminho, segundo Flávio Dino, não passar por uma canetada. “Não se supera com um momento mágico de repactuação”, disse. “Supera com uma agenda de trabalho. ‘Olha, a agenda é essa aqui e nós vamos caminhar por aqui’. Quem quiser vir, ótimo, é seu dever. E quem não quiser cumprir seu dever? Seguiremos o que a lei manda. Um servidor público não pode escolher a qual governo ele serve.” O futuro titular da pasta disse, ainda, já ver declínio na politização da PRF. “Progressivamente, há uma acomodação. A pessoa teve a sua opção eleitoral, legítima, mas não está mais de modo expressivo militando, brigando por essa opção. Temos fatores objetivos. Lula foi diplomado, não houve grandes atos de massa, o Bolsonaro sem capacidade de reação, as badernas e arruaças acabaram afastando pessoas.”

Polícias Estaduais

O comportamento das polícias estaduais, apesar de fora da gerência direta do governo federal, também terão atenção da próxima gestão do Ministério da Justiça. “Entre o ministro da Justiça e as polícias tem o governador e o secretário de segurança. Jamais, no âmbito do SUSP vai ter ideia de subtrair a autoridade do governador ou de um secretário. Isso deu errado. Uma das razões das dificuldades de melhoria da segurança foi essa atitude de plantar motim em polícia como a gente viu no Ceará. Havia claramente uma sabotagem contra o governador. Como contornar isso? Prestigiando a autoridade dos governadores. Esse é o caminho. Não vai ter um diálogo nosso direto com as polícias estaduais porque não nos cabe.”

*Com Rede Brasil Atual

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Carcaças de ônibus queimados e delegacia apedrejada: atos de vandalismo em Brasília termina sem nenhum preso; veja fotos

Quatro ônibus e três carros foram ‘totalmente consumidos pelas chamas’, segundo os bombeiros, e uma delegacia ainda estava com vidros estilhaçados na manhã seguinte aos ataques.

Segundo O Globo, o entorno da sede nacional da Polícia Federal, em Brasília, amanheceu nesta terça-feira com um rastro de destruição após apoiadores bolsonaristas tentarem invadir o prédio, em protesto à prisão de um líder indígena determinada pela Justiça após um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) .

Carcaças de ônibus e carros queimados, lixeiras e caçambas derretidas, placas derrubadas e muito lixo, pedaços de pau e pedras se espalhavam pelas ruas do setor hoteleiro norte. O cheiro de ferro e plástico queimado ainda pairava no ar.

A delegacia mais próxima da PF, a 5ª DP, trazia a porta de vidro ainda estraçalhada — um manifestante arremessou do lado de fora uma pedra, que estourou a vidraça e ainda não foi recolhida, à espera da perícia. Dois agentes trabalhavam na manhã desta terça em meio aos vidros quebrados.

Na porta da Polícia Federal, onde os manifestantes tentaram resgatar um indígena preso — sob a acusação de tentar organizar atos violentos contra a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, que ocorreu na segunda-feira — cinco viaturas da Polícia Militar faziam a segurança do local. Quinze PMs patrulhavam a área tentando localizar alguma movimentação suspeita.

Manifestantes bolsonaristas ateiam fogo em ônibus durante protesto em Brasília — Foto: Cristiano Mariz

‘Consumidos pelas chamas’

De acordo com o Corpo de Bombeiros, sete veículos foram “totalmente consumidos pelas chamas”, sendo quatro ônibus e três carros. Um quinto ônibus foi danificado parcialmente.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal informou que vai divulgar uma nota “até o fim da manhã” com um balanço das ações de repressão ao protesto.

Manifestantes bolsonaristas ateiam fogo em ônibus durante protesto em Brasília — Foto: Cristiano Mariz

Aos poucos, as carcaças dos ônibus incendiados estão sendo retiradas das vias da área central de Brasília. A operação é complexa porque o fogo consumiu todos os pneus. Para que eles possam ser arrastados, funcionários das concessionárias precisam esperar o ferro esfriar e trocar as rodas com marretas.

Ônibus que foi queimado por manifestantes bolsonaristas em Brasília — Foto: Eduardo Gonçalves/Agência O Globo

Guincho que rebocou ônibus queimado pertence a apoiador de Bolsonaro  — Foto: Eduardo Gonçalves /Agência O Globo

Só às 6h desta terça-feira a empresa conseguiu tirar o ônibus que estava atravessado em um viaduto, com riscos de cair — manifestantes tentaram empurrá-lo para baixo, mas não conseguiram porque as rodas ficaram presas na mureta.

O hotel onde Lula está hospedado amanheceu com poucas modificações visíveis no esquema de segurança. Do outro lado da rua, cinco PMs vigiam a entrada do local ao lado de uma viatura. Nos últimos protestos, grades de isolamento já haviam sido instaladas no lobby.

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Vídeos: Cenário de guerra: bolsonaristas queimam carros e tentam invadir sede da PF

Manifestantes vestidos com camisetas da Seleção Brasileira quebraram dezenas de carros estacionados em frente ao prédio da corporação.

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentam invadir, na noite desta segunda-feira (12/12), a sede da Polícia Federal, na Asa Norte, em Brasília.

Com integrantes vestidos com a camisetas da Seleção Brasileira, o grupo danificou dezenas de carros que estavam estacionados nos arredores do prédio da corporação. Alguns, inclusive, chegaram a ser incendiados. Um ônibus com motorista dentro d Para tentar impedir a depredação, policiais reagiram disparando tiros de balas de borracha e lançando bombas de efeito de moral.

Alguns bolsonaristas justificaram o ato alegando que agentes da PF “prenderam injustamente um indígena”. O Metrópoles apurou que seria o Cacique Tserere, um líder indígena apoiador de Bolsonaro. Bastante conhecido entre aqueles que estão há dias no QG do Exército pedindo intervenção militar, ele faz os discursos mais inflamados contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Vídeos mostram alguns dos manifestantes armados com pedaços de paus correndo em direção à sede da Polícia Federal. Um homem dizia que ônibus com mais bolsonaristas chegariam para reforçar o ato antidemocrático. Um deles, muito exaltado, gritava: “Eu posso morrer aqui hoje, não tem problema, não”.

Diante do clima tenso, a corporação pediu reforço, a fim de impedir a destruição do prédio. A Polícia Militar do DF (PMDF) usou spray de pimenta para espantar o grupo. Com o conflito, os arredores da PF aparentavam clima de batalha, com pedaços de paus e pedras espalhados por todos os lados. Por conta do cenário de guerra, a W3 Norte precisou ser fechada na altura do Brasília Shopping. O centro comercial, inclusive, precisou ser evacuado em função do ambiente hostil.

*Com Metrópoles