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Acabar com a fome e retomar democracia são mais difíceis do que ir à Lua, diz Lula

Ao responder pergunta sobre a persistência da guerra da Rússia contra a Ucrânia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) insistiu, nesta quinta-feira (24/8), que só quer tratar do assunto quando os dirigentes dos dois países quiserem negociar a paz e disse que está concentrado numa “guerra” no Brasil, contra a fome e para “restabelecer a democracia”. Lula falou com a imprensa em Joanesburgo, na África do Sul, logo após o término da 15ª cúpula de chefes de Estado dos Brics, segundo o Metrópoles.

“Eu tenho uma guerra no meu país, que é acabar com a fome, que é trazer de volta a democracia, que foi jogada no lixo durante quase seis anos”, disse o petista, numa crítica que abarca os ex-presidentes Jair Bolsonaro (PL) e Michel Temer (MDB). “E essa é uma tarefa muito difícil. Talvez mais difícil do que mandar um foguete para a Lua. Então, só vou poder mandar um foguete para a Lua quando eu tiver restabelecido a democracia no meu país e acabado com a fome”, disse o petista.

Lula trouxe a Lua para o assunto porque dois membros dos Brics realizaram missões espaciais para o satélite natural da Terra nos últimos dias: Rússia, que falhou, e Índia, que fez um inédito pouso no polo sul da Lua.

O grupo dos Brics anunciou sua expansão nesta quinta. De 22 países que se candidataram a entrar no grupo, Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã receberam convites oficiais e deverão integrar oficialmente os Brics a partir do início do ano que vem.

Lula celebrou a expansão. “A vinda da Argentina, da Arábia Saudita, do Egito, dos Emirados Árabes, da Etiópia e do Irã é muito importante”, disse o presidente brasileiro. “Quanto mais gente tivermos, a gente pode negociar com outros blocos com mais garantia de sucesso. Ou de ser tratado em igualdade de condições e não a prepotência do senhor de engenho contra o escravo”, seguiu o brasileiro.

“Quando nós criamos os Brics, muita gente achava que era uma piada, muita gente não levava a sério”, lembrou o petista, que comentou ainda a ideia da criação de uma moeda alternativa ao dólar para o comércio entre os países membros.

“Outro avanço importante é questão de discutir a elaboração e confecção de uma moeda de negócios, sem precisar mudar a moeda do país. O Brasil continuar com real, ninguém quer mudar. O que queremos é criar moeda que permita a gente faça negócio sem precisar comprar dólar. Resolvemos criar moeda porque isso facilita a vida das pessoas. Não queremos pressa, porque não é coisa simples de fazer. O que decidimos, com muita maturidade, foi garantir que área econômica dos países dos Brics estudem durante todo esse ano, para que na próxima reunião de cúpula dos Brics, que será na Rússia, a gente apresente uma solução, para ver se a gente vai estar de consenso ou não”.

Os Brics formam um grupo político que busca se unir para ter mais influência nos debates internacionais, se contrapondo às potências tradicionais que se reúnem em torno dos Estados Unidos.

Brasil, Rússia, Índia e China formaram os Brics em 2006 e apenas outro país entrou no grupo desde então, a África do Sul.

Lula está na África desde o início da semana. A primeira parte da viagem termina nesta quinta, em Joanesburgo. Ainda hoje, o presidente brasileiro embarca para visita oficial a Angola. Ele deve chegar em Luanda à noite.

No domingo (27/8), Lula viaja para São Tomé e Príncipe e participa, no dia seguinte, da 14º Cúpula da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e de reuniões bilaterais com outros chefes de Estado.

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Lula: pedidos de entrada no Brics são “reconhecimento de relevância crescente”

Em discurso no segundo dia de reunião do Brics, o presidente Lula falou novamente na criação de uma moeda comum para o bloco.

No segundo dia de reuniões da 15ª Cúpula do Brics, em Joanesburgo (África do Sul), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez mais um discurso de elogios à força do grupo. Segundo ele, os pedidos de entrada no bloco mostram “reconhecimento de relevância crescente”, diz o Metrópoles.

“Hoje, os Brics estão plenamente consolidados como marca e ativo político de valor estratégico. A participação de dezenas de chefes de Estado e governo na sessão ampliada [que acontecerá nesta quinta-feira] representará um feito histórico”, discursou Lula. “Representamos 41% da população e somos responsáveis por 31% do PIB global em paridade do poder de compra”, exemplificou.

Como no pronunciamento de terça-feira (22/8), o presidente brasileiro falou da criação de uma moeda única para facilitar transações e pagamentos de dívidas entre os países integrantes do Brics. Lula também citou, novamente, a luta contra o que ele chama de “neocolonialismo verde”, em que países mais ricos usam o meio ambiente para dominar os mais pobres.

“O interesse de vários países de aderir ao agrupamento é reconhecimento de sua relevância crescente. Também teremos no G20 uma troika só com membros do Brics, no período 2023 a 2025. Trata-se de mais uma oportunidade para avançar as preocupações do sul global com as desigualdades e com o desenvolvimento sustentável”, apontou Lula.

Um dos objetivos dessa cúpula é exatamente tratar da expansão do bloco. A primeira vez que isso ocorreu foi em 2011, com a entrada da África do Sul. Desde então, há pelo menos 20 solicitações oficiais de entrada no Brics; algumas delas estão mais adiantadas, com o apoio da Índia e da China.

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Política

“Brics já ultrapassou o G7 e responde por 32% do PIB mundial”, diz Lula ao defender o protagonismo do Sul Global

“Somos importantes no debate global, sentando na mesa de negociação, em pé de igualdade com a União Europeia e os Estados Unidos”, enfatizou Lula no Fórum Empresarial do bloco.

No Fórum Empresarial do BRICS realizado em Joanesburgo, na África do Sul, nesta terça-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso enfático sobre o crescente protagonismo do grupo econômico BRICS e seu papel no cenário global. Segundo Lula, os países membros do BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – já ultrapassaram o G7 em termos de participação no Produto Interno Bruto (PIB) mundial, respondendo por impressionantes 32% do PIB global em paridade do poder de compra.

Lula baseou suas afirmações em dados econômicos e projeções divulgados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). “O Brics já ultrapassou o G7, e responde por 32% do PIB mundial em paridade do poder de compra. As projeções indicam que os mercados emergentes e em desenvolvimento apresentarão maior índice de crescimento nos próximos anos, previsto para 4% neste ano e no próximo Enquanto isso, os países industrializados devem desacelerar seu crescimento de 2.7%, em 2022, para 1.4% em 2024”, declarou o presidente brasileiro.

“Isso mostra que o dinamismo da economia está no Sul Global e o BRICS é sua força motriz”, ressaltou Lula.

*Com 247

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Política

Inclusão de novos membros no Brics deve definir futuro e perfil político do bloco

Cúpula na África do Sul abrigará debate sobre expansão em meio a receio de que grupo assuma caráter anti-EUA.

O Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, enfrenta na cúpula de Joanesburgo, de terça (22) a quinta-feira (24), o tema que deve definir o futuro e o perfil político do grupo criado para coordenar ações entre algumas das principais economias emergentes do mundo, diz a Folha.

Na reunião, que contará com as presenças do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, do dirigente chinês, Xi Jinping, e do líder da África do Sul, Cyril Ramaphosa, o bloco analisará se aceita novos membros e a que ritmo uma expansão se daria.

Entre outros pontos, o formato a ser desenhado no rico distrito de Sandton, na capital financeira sul-africana, deve indicar ainda se o Brics assumirá caráter mais político de contraposição a Estados Unidos e G7. Isso porque entre os mais de 20 candidatos a entrar no clube há países que antagonizam frontalmente com Washington, como Venezuela, Cuba, Irã e a Belarus, forte aliada de Moscou contra a Ucrânia.

A lista de postulantes inclui ainda as monarquias do Golfo Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, os vizinhos do Brasil Argentina e Bolívia, a Indonésia e importantes nações africanas como Egito e Nigéria.

Em maior ou menor nível, a expansão sempre esteve na agenda do Brics, tanto que os sul-africanos entraram no final de 2010, um ano e meio depois da primeira cúpula do clube, na Rússia. A ampliação é um projeto de longa data impulsionado pela China, mas enfrentava resistência dos demais sócios.

Mais de dez anos depois, a situação mudou. Pequim se consolidou como potência e viu crescer sua capacidade de influenciar o tabuleiro internacional. Em guerra contra a Ucrânia, a Rússia precisa do apoio chinês e não deve ser obstáculo à expansão. A África do Sul encara situação semelhante, com seu papel de liderança regional questionado diante de economias mais poderosas em seu continente.

Até mesmo Brasil e Índia —em geral os mais inflexíveis contra a ideia— têm dado sinais de que podem ceder. Recentemente, o chanceler indiano, Subrahmanyam Jaishankar, disse ver com a “mente aberta” a possibilidade de expansão, desde que haja regras para embasar as incorporações. Interlocutores dizem que o país se mostra disposto a aceitar o ingresso de alguns dos candidatos, como os do Golfo.

Já Lula deu declarações citando Arábia Saudita, Venezuela e Argentina como possíveis novos membros do Brics, o que colocou em xeque a posição do Itamaraty contra a expansão. Assim, a chancelaria brasileira tem negociado critérios para ao menos arrancar compromissos em troca da ampliação do bloco.

CANDIDATOS A ENTRAR NO BLOCO

  • Argélia
  • Argentina
  • Bangladesh
  • Barein Belarus
  • Bolívia
  • Cuba
  • Egito
  • Etiópia
  • Honduras
  • Indonésia
  • Irã
  • Cazaquistão
  • Kuwait
  • Marrocos
  • Nigéria
  • Arábia Saudita
  • Senegal
  • Palestina
  • Tailândia
  • Emirados Árabes Unidos
  • Venezuela
  • Vietnã

Os critérios ainda estão sendo negociados entre diplomatas dos cinco membros. O Brasil quer que os novos sócios declarem apoio à causa da reforma dos atuais mecanismos de governança internacional, entre os quais o Conselho de Segurança da ONU, além da defesa de uma arquitetura que preserve algum tipo de equilíbrio geopolítico. Existe a preocupação de que um crescimento desenfreado que inclua adversários históricos dos EUA seja percebido como o embarque do Brasil numa aliança antiamericana.

Para os assessores mais próximos de Lula, o Brics é crucial na estratégia do país de lutar por instituições internacionais que reflitam o atual caráter multipolar do mundo. Os auxiliares do petista dizem que o arranjo atual —seja no Conselho de Segurança ou em fóruns econômicos— não abre espaço para países emergentes e responde prioritariamente aos interesses dos EUA e de seus aliados europeus.

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Sob comando de Dilma, Banco dos Brics faz primeira emissão em moeda sul-africana

New Development Bank (NDB), conhecido como o Banco dos Brics, emitiu pela primeira vez papéis no mercado de títulos da África do Sul e usando a moeda local — o Rand. A informação é do Jamil Chade, colunista do UOL.

A iniciativa cumpre a missão dada para a nova presidente da instituição, Dilma Rousseff, de promover as moedas dos países membros e tentar criar uma certa independência em relação ao dólar.

Ao atuar na África do Sul, o banco se tornou o emissor com a mais alta classificação a ir aos mercados desde 2015 em Rands. A iniciativa ocorre às vésperas da cúpula dos Brics, na África do Sul. Na agenda dos presidentes estarão dois temas:

— O maior uso de moedas locais, substituindo à moeda americana

— O estabelecimento de critérios para a ampliação da aliança para novos membros

Foram ofertados 2,5 bilhões de Rands com vencimentos de 3 e 5 anos e, de acordo com o banco, a “carteira de pedidos foi bem diversificada, com 71% dos lances sendo alocados para investidores institucionais e o restante para bancos locais”.

“O NDB está buscando aumentar sua presença nos mercados de capitais locais de seus países membros, para financiar seu robusto portfólio de empréstimos em moeda local”, explicou Leslie Maasdorp, vice-presidente e diretor financeiro do NDB.

“Os recursos serão usados para financiar projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável na África do Sul e o resultado bem-sucedido estabelece o padrão para futuras emissões do NDB”, disse.

Hoje, o banco tem uma classificação de emissor AA+, pela S&P, e AA, pela Fitch. A emissão ocorreu na Bolsa de valores de Johanesburgo.

Dilma Rousseff assumiu o banco em março. Em sua primeira coletiva de imprensa, ela deixou claro que o fortalecimento das moedas locais seria sua prioridade, uma orientação expressa que recebeu de líderes como Xi Jinping e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.

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Rússia considera que Macron não tem nada a oferecer à cúpula do BRICS

Sputnik – A presença na cúpula do BRICS do presidente francês Emmanuel Macron, que pediu às autoridades sul-africanas para participar da reunião, mas nunca recebeu um convite, não ajudaria a resolver os problemas enfrentados pela união, afirmou em briefing a representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.

Maria Zakharova relembra que o envio de convites é prerrogativa do presidente do bloco, em coordenação com todos os participantes da associação.

“Quanto à posição russa, temos repetidamente expressado isso. Consideramos inapropriada a participação nas reuniões do BRICS dos representantes da linha de frente hostis ao nosso país e aos Estados que seguem o curso neocolonial dos países do Ocidente coletivo”, disse ela.

A chancelaria russa lembrou que o BRICS foi criado “para reforçar o papel dos países em desenvolvimento em um mundo multipolar, para desenvolver agendas coletivas, criativas e unificadoras para toda a

“Estamos convencidos de que a participação do presidente da França na cúpula do BRICS não contribuiria de forma alguma para a implementação dessas tarefas. A França não tem nada a oferecer a esta associação, que poderia interessá-lo [Macron]”, acrescentou Zakharova.

Anteriormente, o portal local News24 informou que o presidente francês Emmanuel Macron havia pedido às autoridades sul-africanas para estar presente na cúpula do BRICS em agosto.

De acordo com uma fonte informada, a África do Sul não respondeu se está preparada para permitir que outros líderes internacionais participem do evento. Um porta-voz do presidente sul-africano disse mais tarde à Sputnik que não tinha conhecimento do pedido de Macron para estar na cúpula do BRICS como convidado.

Na quarta-feira (19), o gabinete do presidente sul-africano Cyril Ramaphosa confirmou que a cúpula será realizada de 22 a 24 de agosto e Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, representará a Rússia.

Além do presidente sul-africano Cyril Ramaphosa, os presentes da China, Xi Jinping, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, bem como o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, participarão do evento.

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Mundo

Arábia Saudita deve aderir ao banco dos BRICS, no primeiro marco da gestão Dilma

BRICS e Arábia Saudita em negociações que podem abalar o domínio dos EUA, aponta o Financial Times.

Segundo informações divulgadas pelo jornal Financial Times e pela agência Sputnik, a Arábia Saudita está atualmente em negociações para ingressar no Novo Banco do BRICS. Essa notícia tem despertado grande interesse e gerado especulações sobre o possível enfraquecimento do domínio dos Estados Unidos. O Novo Banco de Desenvolvimento, presidido pela ex-presidente Dilma Rousseff, já iniciou um diálogo com os sauditas e considera o país de grande importância devido à sua posição como o segundo maior produtor de petróleo do mundo.

A inclusão da Arábia Saudita fortaleceria as opções de financiamento para o país e também aumentaria a capacidade de enfrentar as sanções ocidentais. Além disso, estreitaria os laços entre os países do bloco BRICS e o banco, que foi estabelecido pelas maiores economias em desenvolvimento do mundo como uma alternativa às instituições lideradas pelo Ocidente, como as de Bretton Woods.

Nova ordem mundial – O Financial Times também ressalta que a crescente influência dos BRICS sinaliza o possível fim da era de domínio dos Estados Unidos e do grupo conhecido como G7, que reúne as sete principais economias do mundo. Essa mudança de paradigma já vem sendo observada há algum tempo, e o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, afirmou anteriormente que os países do BRICS estão acelerando a transição para acordos comerciais em suas moedas nacionais.

A potencial entrada da Arábia Saudita no Novo Banco do BRICS representa um avanço significativo na consolidação do bloco e pode sinalizar um novo equilíbrio de poder no sistema financeiro global. Vale ressaltar que o banco é presidido por Dilma Rousseff, ex-presidente do Brasil. A busca por alternativas ao domínio econômico dos Estados Unidos tem sido uma tendência entre as nações emergentes, e o fortalecimento dos BRICS pode abrir caminho para uma nova ordem mundial mais diversificada e multipolar.

*Com 247

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Lula e aliados articulam encontro do ex-presidente com embaixadores do BRICS

Sputnik Brasil – Em uma reunião com o MDB, o ex-presidente Lula anunciou que prepara, para a próxima semana, um encontro com embaixadores dos países que compõem o BRICS. De acordo com a Folha de São Paulo, a expectativa de aliados é que o debate sobre a eleição e a confiabilidade das urnas estejam na pauta, além da discussão de temas como mudança climática, fome, desigualdade e paz mundial, relata a mídia.

A intenção também é que o ex-presidente se encontre com diplomatas de outros países em grupo ou individualmente. De acordo com integrantes de sua campanha, o petista tem sido procurado pela chancelaria de outras nações.

Na segunda-feira (21), Bolsonaro convocou diversos embaixadores ao Palácio do Planalto para falar sobre as eleições e colocar em xeque o sistema eleitoral brasileiro.

Entretanto, segundo diplomatas ouvidos pelo jornal, as declarações do mandatário não devem mudar a opinião das missões sediadas em Brasília, uma vez que o conteúdo apresentado no Alvorada pouco divergiu de ataques anteriores contra o TSE.

Para embaixadores, o chefe de governo, com o evento, tentou desviar o foco de problemas que afetam seu governo, como a inflação e o preço dos combustíveis.

Na visão de Lula, Bolsonaro fez uma reunião que simboliza sua disposição a questionar o resultado do pleito de outubro caso seja derrotado. Aos emedebistas, o ex-presidente comentou ainda que, se houvesse fraude nas urnas, ele nunca teria sido eleito.

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É o imperialismo, estúpido!

É difícil, num momento de catarse midiática falar em realidade. Vimos o que a parceria Moro, Lava Jato, EUA, Globo e congêneres, fez nesse país para golpear a primeira mulher presidenta da República da história brasileira para, em seguida, colocar na cadeia sem provas de crime, não só um presidente que obteve 87% de aprovação em oito anos de governo, mas o maior líder trabalhista e popular do país.

É uma medida exata da violência que essa química produziu. Foi no governo Obama, que tinha Biden como vice, que Dilma foi espionada pelos EUA, não pelo governo Putin. Portanto, não foi contra a Rússia que Dilma usou a tribuna da ONU para denunciar a espionagem que, todos sabem, tinha o objetivo de esmiuçar sobre o pré-sal que, em viagem ao Brasil, Biden disse à Dilma que os EUA tinha interesse em estabelecer parceria na exploração do pré-sal, o que foi negado por Dilma.

Não por acaso, Biden termina sua visita ao Brasil com uma longa reunião com Temer no Itamaraty e, em seguida, dá uma coletiva ao lado do sabotador.

Aonde entra Putin nessa história? Em lugar nenhum. Na verdade, o golpe em Dilma e a prisão de Lula, senão acabaram com os BRICS, que pretendiam estimular uma outra globalização, esfriaram com Temer e congelaram com Bolsonaro.

Lembrando quem são os BRICS, formados Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. por  não era segredo para ninguém, incomodavam muito os EUA, Brasil.

Então, se Putin entra nessa história, entra como prejudicado pela mão invisível dessa trama macabra que jogou o Brasil nesse inferno em que vive hoje.

Na verdade, se partir da realidade brasileira, não tem o que apontar de benefício que os EUA tenha trazido ao Brasil, ao contrário, os EUA foi responsável por boa parte das mazelas se deram nesse país pelo assassinato da ideia de nação promovida pelo imperialismo americano, em nome de uma democracia de mercado comandada pelo grande capital estadunidense.

Assim, não é preciso tanta pesquisa para comparar as relações com o Brasil de Biden e Putin, da Rússia e EUA.

E aqui nem foi mencionada a ditadura de 21 anos que teve como nave-mãe os interesses dos EUA.

Então, não custa nada partir da realidade brasileira para debater questões dentro do contexto da geopolítica global, porque, como bem disse Milton Santos, um dos maiores estudiosos da globalização, “o mundo é o que se vê de onde se está”.

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Política

A sabotagem de Bolsonaro com a vacinação é reflexo de dois golpes seguidos e continuados

Por duas vezes a casta tropical atropelou o resultado eleitoral de forma seguida e continuada.

O Brasil precisa de pelo menos 400 milhões de doses de vacina, e Bolsonaro, que é o resultado escarrado dos dois golpes, simplesmente ignora, quando não sabota a vacinação no país.

Essa é a síntese do Brasil atual, onde milhões de pessoas estão nas mãos de um genocida que se aproveitou de um mecanismo golpista formado por uma badalhoca do que existe de pior na sociedade brasileira para produzir, até aqui, mais de 240 mil vítimas fatais por covid.

Com Dilma e Lula, os gigantes da vacina, Rússia, China e Índia, que fazem parte do BRICS, tinham parceria prioritária com o Brasil. Bolsonaro dinamitou essa relação que já havia sido sabotada com o próprio golpe em Dilma, fazendo de Temer uma figura lateral, residual do BRICS.

Já Bolsonaro e seus “generais patriotas”, com suas fardas golpistas cheirando a naftalina, perfilaram-se no chão para que Trump desfilasse sobre as costas de todos eles e esfregasse os pés para limpar a sujeira dos seus sapatos durante o tempo em que governou em paralelo com o lacaio Bolsonaro.

O resultado foi Trump usar Bolsonaro para destruir o BRICS para servir aos interesses americanos em detrimento dos interesses brasileiros, tudo em nome do servilismo de uma espécie de junta militar tardia que inspira figuras como Daniel Silveira.

O que se pode colocar de forma definitiva é que Bolsonaro é sim o principal culpado por esse momento trágico em que a pandemia se alastra pelo país com novas cepas bem mais contagiosas, sem o menor interesse do monstro de vacinar a população, assunto que sequer ele comenta, como se não fosse o presidente do Brasil.

Mas isso nos obriga permanentemente a perguntar: como chegamos a isso?

E nós mesmos respondemos, através de um golpe continuado que se inicia com a destituição de Dilma, rasgando mais 54 milhões de votos e a prisão política de Lula para tirá-lo da eleição de 2018 para não devolver o poder ao PT.

Então, fica combinado, todos os que participaram, direta ou indiretamente, dos golpes em Dilma e Lula, são sócios do genocídio de Bolsonaro e seus espantalhos de milicos. E por mais que essa turma esperneie, a história não esquecerá de ninguém, sobretudo quando ainda insistem em dar um terceiro golpe para vir o próprio Bolsonaro ou coisa que o valha em 2022 e produzir ainda mais caos sanitário, econômico e social no Brasil.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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