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Erika Hilton sobre a chacina no Rio promovida por Claudio Castro

Cláudio Castro, até ontem, era aliado de TH Joias, que vendia fuzis para o Comando Vermelho.

Nikolas Ferreira é denunciado no STF por ligação com a Máfia dos Combustíveis.

Flávio Bolsonaro deu a Medalha Tiradentes para Adriano da Nóbrega, chefe da organização Escritório do Crime.

O senador Ciro Nogueira, presidente do PP, é acusado de receber propina do PCC.

Antonio Rueda, presidente do União Brasil, é acusado de ser dono oculto dos jatos executivos usados para transportar integrantes do PCC.

Não é a esquerda que passa pano pro crime organizado.

Nós só denunciamos que sacrificar policiais e inocentes em nome de operações midiáticas, desastrosas e feitas sem inteligência ou planejamento nunca vai acabar com o crime organizado.

Nós só denunciamos que, acabar com o crime organizado, na verdade, vai contra os interesses de muitos políticos que dizem combater o crime organizado.


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Política

TSE marcou julgamento de Claudio Castro para 4/11 que poderá ser cassado e ficar inelegível

Julgamento no TSE: O que está em jogo para Cláudio Castro
Sim, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para terça-feira, 4 de novembro de 2025, o julgamento de duas ações eleitorais que podem resultar na cassação do mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e na inelegibilidade dele por oito anos.

O caso também envolve o presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil). A decisão pode alterar drasticamente o cenário político do estado para as eleições de 2026.

As acusações são de abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2022. O Ministério Público Eleitoral (MPE) alega irregularidades no Centro Estadual de Produção de Pesquisas e Estatísticas (Ceperj), como contratações suspeitas e descentralização de recursos para entidades ligadas a aliados, visando vantagens eleitorais para Castro e Bacellar.

Histórico: Os dois foram absolvidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) em 2024, mas o MPE recorreu ao TSE. A relatora é a ministra Isabel Gallotti, que liberou o processo para julgamento antes do fim de seu mandato em 21 de novembro.

Defesa: Castro e Bacellar negam as irregularidades e argumentam falta de provas, destacando que o TRE-RJ já analisou o caso.
Impactos potenciais
Se condenados:

Cassação dos mandatos, com inelegibilidade por oito anos (até 2034).
Para o governo do RJ: O presidente do Tribunal de Justiça (TJ-RJ), desembargador Ricardo Couto de Castro, assumiria interinamente. Uma eleição suplementar direta seria convocada em até 40 dias, conforme o Código Eleitoral (prevalece sobre a Constituição Estadual, que prevê eleição indireta).

Para 2026, Castro, que planejava candidatura ao Senado, ficaria fora do jogo. Bacellar, cotado para o governo estadual, também seria afetado. Isso beneficiaria opositores como o prefeito Eduardo Paes (PSD), favorito nas pesquisas para o Palácio Guanabara, que poderia disputar uma eleição antecipada sem rivais consolidados.


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Política

Necropalanques

Massacre, pós-massacre e o próximo extermínio.

As polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro mataram mais de 130 pessoas nesta terça-feira, 28, numa operação contra o Comando Vermelho em dois complexos de favelas da Zona Norte da capital fluminense. O governador do Rio, Claudio Castro, chamou de “dia histórico” o da maior chacina policial da história do estado.

A imagem mais chocante do “dia histórico”, da “Operação Contenção”, apareceu no dia seguinte, na manhã desta quarta-feira, 29: dezenas e dezenas de corpos retirados da mata da Vacaria, na serra da Misericórdia, pelos próprios moradores do Complexo da Penha e dispostos lado a lado na praça São Lucas, na Vila Cruzeiro, formando um muito comprido tapete de cadáveres.

Uma advogada que acompanhou a remoção dos corpos que as polícias de Castro deixaram para trás relatou que alguns deles tinham marcas de tiros na nuca e de facadas nas costas. A mãe de um dos mortos, um jovem de 20 anos, contou que achou o filho na mata com os pulsos amarrados.

Nesta quarta, enquanto os moradores do complexo da Penha desciam cadáveres da Serra da Misericórdia, saía a notícia de que outros governadores de extrema-direita vão ao Rio nesta quinta-feira, 30, unir vozes ao cantor gospel que ocupa o Palácio Guanabara. E o que eles vão cantar? O salmo, a senha com a qual se reconhecem aqueles que têm inveja dos bombardeios do SOUTHCOM no mar do Caribe e gostariam de ver o mesmo na Baía de Guanabara: “classificar facções do Rio como narcoterroristas”.

Em coletiva dada no fim da manhã desta quarta, Claudio Castro se referiu à “Operação Contenção” como o “início de um grande processo no Brasil. Tenho convicção de que nós temos condições totais de vencer batalhas, mas sozinhos não temos condições de vencer essa guerra”.

A chacina na Penha e no Alemão e a movimentação política no imediato pós-chacina indicam decisão da extrema-direita de conflagrar de vez o Rio de Janeiro visando conflagrar o país, quem sabe com apoio de outro país, às vésperas das eleições de 2026. Ou, como disse um senador do Brasil ao secretário de “Guerra” dos EUA, “você não gostaria de passar alguns meses aqui nos ajudando?”.

*Hugo Souza/Come Ananás


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Política

Operação no Rio “Sopro do Demônio” tem as digitais de Bolsonaro

Por que isso cheira a chacina planejada?

Há uma grita coletiva dos bolsonaristas tentando ridiculamente culpar Lula pela chacina comandada pelo bolsonarista Claudio Castro.

Mais que isso. Todos martelando o termo “narcoterrorismo”
Qual o objetivo?

Associar o Brasil a um suposto narcoterrorismo na América Latina que Trump bostejou para atacar a Venezuela.

Objetivamente, é uma forma de tentar criar um impasse político de Lula com Trump depois do encontro exitoso entre os dois.

Isso é tão emporcalhado e de objetivo declarado que especialistas em segurança, como os do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec) e pesquisadores da UFF, apontam que operações assim, centradas em incursões ostensivas em favelas densamente povoadas (com mais de 50 mil moradores só na Penha), priorizam letalidade sobre inteligência ou prevenção.

Não há evidência de planejamento para minimizar danos civis: sem integração com a PF, sem uso amplo de câmeras corporais e com relatos de bombardeios via drones rudimentares do crime organizado como resposta.

O MPF e a DPU já cobraram explicações do governo estadual, exigindo prova de que não havia “meio menos gravoso”, e o STF sinaliza retomada da ADPF das Favelas, que limita ações letais em comunidades.

Ativistas como Raull Santiago e a Rede Nacional de Advogados Populares (RENAP) chamam de “genocídio contra o povo preto e pobre”, destacando que, sob gestões recentes, chacinas viraram “regra, não exceção”.

Cláudio Castro (PL) defendeu a ação como “sucesso” em coletiva, dizendo que só os policiais mortos são “vítimas” e que o conflito foi confinado a áreas sem civis – mas isso foi desmentido pelas imagens de corpos enfileirados e barricadas incendiadas.

Ele culpou o governo federal por “abandono”, alegando três pedidos negados de blindados (o que o Planalto refuta, dizendo que não houve solicitação recente).

Críticos veem nisso uma jogada midiática.
Com pesquisas ruins para 2026 e base bolsonarista em derretimento pela iminência de prisão de Jair, Castro via Clã apostou em uma “linha dura” para reconquistar eleitores que valorizam confronto.
Como disse um ministro ao Planalto em off: “É eleitoralismo puro, usando matança para atrair o voto bolsonarista desgarrado”.
Isso seria fatal

Castro é aliado fiel da família desde 2018 – foi vice de Wilson Witzel (outro bolsonarista radical na segurança) e herdou uma política de “tiro na cara” que ecoa o discurso de Jair Bolsonaro de armar a PM e tratar favelas como territórios inimigos.

Sob Castro soprado por Bolsonaro, o RJ registrou as cinco maiores operações letais desde 2021, com mais de 900 mortes em chacinas.

Um membro da Inteligência da Segurança Pública acusa Claudio Castro de planejamento conjunto com Flávio Bolsonaro para “produzir caos” e desviar foco de escândalos (como a possível prisão de Jair); outro chama de “operação para alimentar a mídia bolsonarista que saiu pela culatra”.

No fim, isso expõe a falência da segurança no RJ: o crime cresceu apesar das mortes (CV e PCC expandiram territórios), e o custo humano é pago por quem menos tem defesa.

Se era para combater facções, falhou feio – virou palco para show de horrores.


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Política

MP pede cassação de chapa de Castro em ação sobre ‘folhas secretas’

O Ministério Público Eleitoral deu um parecer nesta terça (2) pedindo a cassação da chapa do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), e de seu vice, Thiago Pampolha (MDB), eleitos em 2022. A ação judicial tem como base série de reportagens produzida pelo Uol.

O parecer diz respeito a ação movida pelo candidato derrotado e atual presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT), que alega que a chapa cometeu abuso de poder político e econômico nos escândalos das “folhas secretas” da Ceperj (Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro) e da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

Os casos foram revelados em reportagens, que mostraram que as duas instituições fizeram milhares de contratações sem transparência em ano eleitoral. Entre elas, estavam as de cabos eleitorais de Castro e seus aliados

Os nomes dos contratados só foram conhecidos após solicitações do Ministério Público do Rio e do TCE-RJ (Tribunal de Contas do Estado do Rio). No caso da Ceperj, o MP constatou que foram realizados saques em dinheiro vivo de mais de R$ 200 milhões em ano eleitoral.

No parecer, as procuradoras Neide Cardoso de Oliveira e Silvana Batini opinam pela cassação de Castro e Pampolha e a declaração de inelegibilidade dos dois por oito anos, a contar de 2022.

Não se mais discute aqui o fato de que a máquina pública foi manejada em ano eleitoral, com evidente desvio de finalidade. A ampliação e alteração dos projetos, a forma como foram executados de molde a beneficiar eleitores e cabos eleitorais demonstra de forma evidente que o poder de autoridade foi usado em prol da alavancagem da candidatura dos dois primeiros investigados [Castro e Pampolha].
Parecer do MP Eleitoral.

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Política

Assim como Valdemar, Cláudio Castro, também do PL, elogia Lula: “político experiente”, incapaz de fazer algo “contra o povo”

O elogio a Lula ocorre poucos dias após o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, ter chamado o petista de “figura popular”, o que causou desconforto no partido

O governador do Rio, Cláudio Castro (PL), elogiou nesta terça-feira (16) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem chamou de “político experiente”, incapaz de fazer algo “contra o povo”. Em entrevista à CNN, Castro enfatizou o apoio que recebeu do governo federal, após as fortes chuvas que castigaram a Região Metropolitana no último fim de semana e que deixaram ao menos 12 mortos. Nesta terça, Castro e três ministros do governo Lula participaram da reunião em que foram discutidas medidas para evitar novas tragédias e socorrer as vítimas dos temporais.

Castro e Lula conversaram por telefone, e o presidente afirmou que vai analisar o pedido de antecipação dos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para ajudar nas obras das regiões atingidas.

— No momento de crise, pouco importa o lado político. Vejo como natural Lula ter procurado o Paes primeiro. Mas ele não deixou de me ligar quando eu o procurei. Um político experiente não faria nada contra o povo para me atingir. Ainda mais pela grandeza do cargo. Eu não ataco, não sou inimigo dele, nunca fomos — disse Cláudio Castro.

Nesta manhã, em seu perfil no X (antigo Twitter), Lula relatou que conversou por telefone com Castro ontem. “O governo federal continuará atento para apoiar todos os estados e municípios do Brasil em momentos de dificuldade, sem diferenciar partidos e sempre respeitando os governantes eleitos pelo povo”, escreveu.

Filiado ao partido de Jair Bolsonaro (PL), Cláudio Castro esteve com o ex-presidente nas eleições de 2022. Apesar da aproximação, o chefe do Executivo fluminense nunca pertenceu a ala mais ideológica do Partido Liberal.

O elogio a Lula ocorre poucos dias após o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, ter chamado o petista de “figura popular”, o que causou desconforto no partido.

Ao falar com apoiadores, Bolsonaro classificou os elogios de “declarações absurdas” que estariam implodindo o partido.

— Se continuar assim você vai implodir o partido, tem pessoa do partido dando declaração absurda como “o Lula é extremamente popular”. Manda ele vir tomar 51 aqui na esquina, não vem — disse, sem citar Valdemar nominalmente.

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Investigação

STJ quebra sigilos bancários e telefônico de Cláudio Castro, e PF encontra na casa do irmão dinheiro em caixa de remédios

PF disse ter identificado ‘pagamentos de vantagens ilícitas variáveis entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, que totalizam mais de R$ 70 milhões’. Castro declarou não haver fato novo nem provas contra ele.

O ministro Raul Araújo, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou a quebra dos sigilos bancário e telefônico do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), dentro da Operação Sétimo Mandamento, deflagrada nesta quarta-feira (20) pela Polícia Federal (PF), diz o g1.

Irmão de criação de Castro, Vinícius Sarciá Rocha foi um dos alvos de busca pela PF. Agentes apreenderam na casa dele R$ 128 mil e US$ 7,5 mil (total de R$ 160 mil) em espécie. O g1 apurou que parte desse dinheiro estava em uma caixa de remédios. Também foram apreendidas diversas anotações e planilhas com nomes, valores e porcentagens.

Ao todo, Araújo expediu 7 medidas de afastamento de sigilo bancário e fiscal e 6 medidas de afastamento de sigilo telemático.

O governo confirmou as medidas cautelares.

A Operação Sétimo Mandamento
A Operação Sétimo Mandamento investiga possíveis fraudes em programas assistenciais do estado. “Foram identificados pagamentos de vantagens ilícitas variáveis entre 5% e 25% dos valores dos contratos na área de assistência social, que totalizam mais de R$ 70 milhões”, afirmou a PF.

Além de Sarciá, que é presidente do Conselho de Administração da Agerio (a Agência Estadual de Fomento), também sofreram buscas Astrid de Souza Brasil Nunes, subsecretária de Integração Sociogovernamental e de Projetos Especiais da Secretaria Estadual de Governo, e Allan Borges Nogueira, gestor de Governança Socioambiental da Cedae. Os nomes foram revelados pelo Blog da Andréia Sadi. Cláudio Castro não é alvo de buscas nesta quarta, mas é investigado.

Sarciá é irmão de criação de Castro. A mãe dele se casou com o pai do governador.

De acordo com as investigações da PF que levaram à operação desta quarta, “a organização criminosa penetrou nos setores públicos assistenciais sociais do estado e realizou fraude a licitações e contratos administrativos, desvio de verbas públicas e pagamentos de propinas aos envolvidos nos esquemas”.

“O grupo obteve vantagens econômicas e políticas indevidas, pois procurou direcionar a execução dos projetos sociais para seus redutos eleitorais, aproveitando-se também da população mais necessitada”, afirmou a PF.

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Justiça

Cláudio Castro e seu vice são novamente acusados de irregularidades na campanha

A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro entrou nesta terça-feira, 20, com uma nova ação contra o governador Cláudio Castro (PL) e o vice Thiago Pampolha (União Brasil) por supostos gastos ilícitos durante a campanha de 2022. O MP eleitoral pede a cassação dos diplomas da chapa (o que resultaria na perda dos mandatos) e que eles fiquem inelegíveis por 8 anos.

De acordo com o MP Eleitoral, foram identificadas, entre os fornecedores da campanha, empresas com número reduzido de empregados, o que poderia indicar, em tese, falta de capacidade operacional para prestar os serviços contratados . As despesas ficaram em torno de R$ 1 milhão, de acordo com a ação. A coligação da Castro, por nota, negou que tenham acontecido irregularidades.

O Ministério Público Eleitoral no Rio de Janeiro já havia pedido a inelegibilidade (que resultaria na cassação dos novos mandatos) de Castro, Pampolha e de outros políticos, entre eles deputados estaduais e federais eleitos em 2022 – ao todo, doze pessoas foram acusadas na Justiça Eleitoral.

Todos foram denunciados por supostos abuso de poder político e econômico e conduta vedada, na campanha eleitoral de 2022, pelo suposto uso de uma “folha de pagamento secreta”, com 27 mil cargos temporários, na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Estado do Rio de Janeiro (Ceperj) e mais 18 mil nomes na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Se a ação for considerada procedente pelo Tribunal Regional Eleitoral fluminense (TRE-RJ), os acusados, além de perderem os seus mandatos, podem ser punidos com inelegibilidade por oito anos e multa.

Reação

Por nota, a aliança que elegeu Castro afirmou ter feito contratos regulares com seus fornecedores.

A íntegra é a seguinte:

“A coligação Rio Unido e Mais Forte reforça que todas as empresas que prestaram serviços à campanha do governador Cláudio Castro e do candidato a vice Thiago Pampolha foram regularmente contratadas”

“Todos os serviços foram devidamente executados e os documentos comprobatórios reconhecidos pela Justiça Eleitoral, que aprovou as contas por unanimidade.”

“Vale ressaltar ainda que a coligação apresentará as informações cabíveis, assim que for notificada.”

*Com Uol

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Política

Assombrações fluminenses: Os fantasmas de Castro e a reaparição de Witzel

Escândalo do Ceperj complica atual governador e dá palanque a ex-juiz, que tenta ressurgir no papel de vítima

Depois de dois anos, o governador do Rio, Cláudio Castro, ganhou um escândalo para chamar de seu. O caso da folha de pagamento secreta revelou um novo tipo de esquema na administração estadual. A Fundação Ceperj foi transformada numa fábrica de dinheiro vivo, que distribuiu R$ 226 milhões em saques na boca do caixa.

O ritmo dos pagamentos disparou desde o início do ano. Isso reforça a suspeita de que a fundação tenha se tornado um cabide para remunerar cabos eleitorais. Uma planilha com o nome “governador” sugere a participação direta do Palácio Guanabara.

O escândalo foi revelado pelo UOL, que noticiou a contratação de 18 mil pessoas sem registro no Diário Oficial. A falta de transparência encobriu outras irregularidades, como a acumulação ilegal de cargos públicos e o pagamento a funcionários fantasmas. Em outra frente, servidores disseram à TV Globo que devolviam parte dos salários a dirigentes do Ceperj, numa operação que lembra a rachadinha do clã presidencial.

Para o Ministério Público, as nomeações secretas inviabilizam “qualquer possibilidade” de controle externo sobre o uso dos recursos públicos. É o ambiente ideal para o clientelismo e a corrupção que dominam há décadas a política estadual.

Nos últimos anos, o Rio teve cinco ex-governadores presos: Moreira Franco, Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho, Sérgio Cabral e Luiz Fernando Pezão. O sexto, Wilson Witzel, foi cassado após a descoberta de desvios na saúde. Deixou de herança o vice, que já foi acusado de receber propina em delação premiada. Ele se diz inocente e tenta anular o caso no Superior Tribunal de Justiça.

No primeiro debate da campanha, Castro foi cobrado pelo escândalo do Ceperj. Numa resposta mambembe, disse que “não existe fantasma algum se a pessoa tem que ir ao banco receber”. O fato de sacar dinheiro no caixa não garante que o funcionário cumpra as funções para as quais foi contratado.

Além de complicar o governador, o caso arrisca dar palanque a outra assombração fluminense. Recém-filiado ao Partido da Mulher Brasileira, Witzel ensaia uma reaparição no papel de vítima. Apesar da cassação dos direitos políticos por cinco anos, o ex-juiz quer disputar a eleição de outubro. Na quinta-feira, ele se referiu a Castro como “aquele inescrupuloso” e prometeu voltar ao cargo do qual foi apeado.

*Bernardo Mello Franco/O Globo

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A moda de Bolsonaro pegou: governador do Rio impõe sigilo nas falcatruas de seu governo

Escândalo do Ceperj: governo botou sob sigilo documentos de três projetos investigados pelo MP.

Juntos, até julho deste ano, os programas consumiram R$ 25 milhões apenas em pagamentos a mão de obra.

Segundo O Globo, é restrição de acesso onde, após denúncias, o governo do Rio tem prometido transparência. Três dos projetos da Fundação Ceperj na mira de investigação do Ministério Público do Rio (MPRJ) e de auditoria especial do Tribunal de Contas do Estado (TCE) — RJ Para Todos, Resolve RJ e RJ Sustentável — têm seus documentos classificados como sigilosos no Sistema Eletrônico de Informações (SEI-RJ), que dá publicidade às ações da gestão fluminense. Juntas, até julho deste ano, essas iniciativas já tinham consumido R$ 25 milhões só em pagamentos à mão de obra contratada por prazo determinado, no centro das denúncias contra o Ceperj.

Mas seus planos de trabalho, relatórios, pagamentos, entre outros dados, continuam com leitura bloqueada ao cidadão nas relações de documentos referentes aos termos de cooperação para realização dos projetos. Cada uma dessas listas, que incluem até ofícios e e-mails trocados entre servidores sobre o tema, ganha um número SEI. Os SEIs dos processos de origem dos três programas estão trancados. Já os que detalham outros três projetos — Agentes de Trabalho e Renda, Observatório do Pacto RJ e Cultura Para Todos, também investigados — estão parcialmente abertos.

Bloqueios no caminho

Estão fechados, no entanto, os planos de trabalho desses três últimos. São documentos básicos, que apontam, por exemplo, a missão do programa a ser desenvolvido, o cronograma das ações e os resultados esperados. Em outros números SEI, O GLOBO conseguiu localizar os planos de trabalho do Observatório do Pacto e do Agentes de Trabalho e Renda, sem restrições.

O sigilo imposto ao plano inicial de outro projeto, o Esporte Presente, uma parceria do Ceperj com a Suderj, chegou a motivar o TCE a determinar a apresentação das informações. Assim como a restrição de acesso a documentos relacionados ao processo SEI que culminou com o credenciamento da organização social Fair Play para a gestão do mesmo Esporte Presente está entre as justificativas para o MP instaurar inquérito sobre a fundação. O plano de trabalho do projeto agora está aberto. Os documentos da Fair Play seguem trancados.

O governador Cláudio Castro, no entanto, disse durante o debate entre os candidatos ao governo do Rio, realizado pela Band no último domingo, que “os dados (relativos ao Ceperj) estavam disponibilizados e públicos”. Na semana passada, ele usou o Twitter para dizer que orientou dar “total transparência” às informações.

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