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Confusão criada por Bolsonaro na crise do coronavírus é inigualável no planeta, destaca imprensa francesa

O agravamento da epidemia de coronavírus no Brasil, que passou a ser o quarto país do mundo mais atingido pela covid-19, preocupa a imprensa francesa. Nesta segunda-feira (18), dois grandes jornais, o Le Monde e o Les Echos, publicam reportagens inquietantes sobre a situação no país.

Le Monde afirma que o “Brasil está desarmado diante do colapso sanitário” provocado pela covid-19. O correspondente do vespertino, Bruno Meyerfeld, escreve que enquanto uma parte do mundo inicia a saída da quarentena, a epidemia de covid-19 está em “plena explosão no país”, que tinha oficialmente no domingo (17) 241 mil casos confirmados e mais de 16 mil mortos.

O número de vítimas fatais dobrou em dez dias. O Brasil ainda tem a segunda mais alta taxa de mortalidade diária por coronavírus do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. “E a pandemia brasileira ainda não atingiu seu pico, que deve ocorrer no mês de junho”, salienta o diário.

Todos os pesquisadores estão alarmados. O jornal cita vários estudos. O Imperial College de Londres indica que o país tem a maior taxa de transmissão do mundo (conhecida pela sigla R0), 2,8. A Universidade de Washington prevê que o Brasil terá 193.000 mortos até o mês de agosto.

“O que aconteceu com minha mãe, pode acontecer com qualquer um”

A matéria do Le Monde começa contando o triste caso de Paula Ribeiro, de Manaus, que perdeu a mãe de 53 anos. Ela morreu de covid-19, porque apesar de apresentar todos os sintomas, não foi atendida a tempo pelos médicos e hospitais da cidade, superlotados pela crise sanitária. “Se a minha mãe tivesse sido internada a tempo, ela poderia ter sido salva. O que aconteceu com ela, pode acontecer com qualquer um”, declara revoltada.

Diante do drama em curso, e na falta de uma resposta adequada do governo de Jair Bolsonaro, autoridades municipais decidiram agir. Várias cidades do nordeste, como Fortaleza, São Luís e Recife, decretaram um rígido isolamento social. Outras impuseram o uso obrigatório de máscaras nas ruas, toque de recolher ou barragens sanitárias.

O melhor exemplo, aponta Le Monde, é o de Niterói, que conseguiu limitar o número de mortos na cidade. “Mas tudo é muito confuso e 43% da população brasileira não respeita nenhuma medida de quarentena”.

“Confusão inigualável”

Em plena epidemia, a demissão de Nelson Teich, o segundo ministro da Saúde em menos de um mês, cria consternação, avalia o Les Echos. A confusão criada pelo presidente Jair Bolsonaro, que é contra a quarentena, é inigualável no planeta. “O Brasil merece uma gestão séria e competente”, declara o governador do Maranhão, Flávio Dino, nas páginas do jornal econômico.

“Parece que o presidente está disposto a levar o país ao caos, até que ele encontre um ministro que aceite tomar decisões sem nenhum fundamento científico”, critica o ex-ministro da Saúde do PT Arthur Chioro, entrevistado pelo diário.

“A atmosfera de crise e instabilidade eclipsou as comemorações, portanto discretas, dos 500 dias do líder de extrema direita no poder, informa o correspondente do Les Echos.

 

 

*Com informações do Uol

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Saúde

Anticorpos clonados podem ser cura do coronavírus antes da vacina. Veja estudo

O clone de anticorpos para produzir uma terapia pode ser capaz de tanto combater o vírus de doentes, como também proteger o sistema imune dos que não foram contagiados.

No meio científico, a pandemia do novo coronavírus caminha entre medicamentos sem suficiente comprovação de eficácia e vacinas que estão a meses ou anos de serem concluídas. Uma terceira opção está sendo apostada pelo pesquisador brasileiro Michel Nussenzweing, da Universidade Rockefeller, em Nova York (EUA): o clone de anticorpos para produzir uma terapia capaz de tanto combater o vírus, como também proteger o sistema imunológico dos que não foram contagiados.

O cientista Nussenzweig publicou o avanço de sua pesquisa no site BiorXiv, informando que já dará início à fase de testes em pessoas entre junho e setembro deste ano. A partir do mês que vêm, o estudo preliminar deverá verificar na prática os resultados as proteínas de ataque do sistema imune, que foram reproduzidas em laboratório por um sistema similar ao clone das de pacientes que já superaram o Covid-19. O GGN teve acesso ao estudo [abaixo].

São anticorpos “monoclonais” produzidos a partir da análise do sangue de 68 pacientes recuperados, e detectando um material que o cientista acredita ser capaz de, no formato de dose proteica, combater o vírus em pacientes com complicações e em fase aguda e também em prevenir que pessoas se contagiem.

“Embora ainda não exista vacina, é provável que os anticorpos sejam essenciais para a proteção. No entanto, pouco se sabe sobre a resposta do anticorpo humano ao SARS-CoV-2. Aqui relatamos 68 indivíduos convalescentes da COVID-19”, aponta a pesquisa.

Ao analisar o sangue desses pacientes, Michel Nussenzweing identificou que apesar de se tratar de anticorpos diferentes, havia semelhanças na estrutura dessas proteínas que eram capazes de se conectar à superfície do coronavírus, e decidiu reproduzir em laboratório células com estas características. “A clonagem de anticorpos revelou clones expandidos de células B de memória específica para RBD que expressam anticorpos intimamente relacionados em diferentes indivíduos”, explica na introdução do artigo publicado.

A pesquisa ainda revelou que os pacientes recuperados do Covid-19 precisaram de somente pequenas quantidades desses anticorpos para neutralizar o coronavírus, o que foi considerado um ponto positivo para o uso desses anticorpos em vacinas futuras. Assim, o estudo indicou que “as vacinas que induzem especificamente anticorpos direcionados ao SARS-CoV-2 RBD podem vir a ser eficazes”.

“A maioria dos plasmas convalescentes obtidos de indivíduos que se recuperam do Covid-19 sem hospitalização não contêm altos níveis de atividade neutralizante. No entanto, foram encontrados em todos os indivíduos testados anticorpos específicos para RBD raros, porém recorrentes, com atividade antiviral potente, sugerindo que uma vacina projetada para obter tais anticorpos poderia ser amplamente eficaz”, traz o estudo.

Entretanto, neste último aspecto, de se utilizar estes anticorpos para vacinas, a pesquisa apontou que as reações do sistema imunológico do paciente hospedeiro podem tanto aumentar a imunidade e ajudar a limpar o vírus e as células infectadas, como também “podem levar ao aprimoramento da doença”, situação que foi vista durante as pesquisas de vacinas contra a dengue, e que “possivelmente podem ocorrer em infecções por coronavírus”.

“Esse problema impediu o desenvolvimento da vacina contra a dengue, mas não interferiu no uso clínico de anticorpos neutralizantes potentes que podem ser modificados para evitar interações com o receptor gama Fc e permanecer protetores contra patógenos virais”, apontou o estudo, indicando assim que o uso desses anticorpos clonados em terapias clínicas podem ser eficientes, além de seguras e mais facilmente desenvolvidas em um menor período.

 

 

*Com informações do GGN

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Por culpa de Bolsonaro, Brasil corre risco de ficar no fim da fila para receber vacina contra coronavírus

“Brasil paga um preço alto por ter eleito Bolsonaro: nação tem a imagem deteriorada pela desordem federal na condução da saúde pública. Descrédito em relação ao governo ameaça deixar o país como última fronteira a receber a vacina contra a pandemia”. (Saul Leblon – Carta Maior)

O Brasil corre o risco de ficar no fim da fila para receber vacina contra a covid-19 por uma iniciativa internacional visando acelerar a produção de vacina, tratamentos e testes contra a pandemia e assegurar um acesso equitativo.

Por causa de brigas deflagradas pelo presidente Jair Bolsonaro, o Brasil sequer foi convidado para lançar a “Colaboração Global para Acelerar o Desenvolvimento, Produção e Acesso Equitativo a diagnósticos, tratamento e vacina contra o covid-19”, no fim de abril, reunindo países como França e Alemanha, organizações internacionais, fundações e empresas privadas.

Enquanto vários governos prometiam juntar forças contra o vírus, que já matou milhares de pessoas, Bolsonaro acusava a Organização Mundial de Saúde (OMS) de incentivar masturbação de crianças, por exemplo. (Valor Econômico).

 

*Da redação

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Reprovação a Bolsonaro chega a 73% em Santa Catarina, estado no qual teve 76% dos votos em 2018

Um dia da caça. outro, do caçador. Não é assim?

Pois bem, Três de cada quatro moradores da Grande Florianópolis reprovam a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no combate ao novo coronavírus, segundo pesquisa realizada pela empresa de marketing Lupi & Associados.

Em quatro cidades de Santa Catarina onde o levantamento foi realizado, a administração de Bolsonaro durante a pandemia foi considerada ruim ou péssima para 73,3% dos entrevistados, enquanto 17,9% classificaram a gestão como ótima ou boa. Para 8,8% dos pesquisados, a atuação do presidente é regular.

O levantamento, intitulado “A Grande Florianópolis e a Covid-19”, entrevistou 901 moradores de quatro cidades de Santa Catarina (Florianópolis, Biguaçu, São José e Palhoça), entre 8 e 13 de maio, por telefone ou formulário eletrônico.

Em 2018, Santa Catarina elegeu Bolsonaro para presidente com a segunda maior diferença em relação ao segundo colocado: 75,92% dos votos, contra 24,08% de Fernando Haddad (PT).

Em contrapartida, a gestão da prefeitura de Florianópolis durante a pandemia foi considerada ótima ou boa para 70,6% dos entrevistados. A cidade é a capital com a menor letalidade por Covid-19 no país: 1,4 óbitos a cada 100 contaminados (a taxa nacional é 6,9%).

O governo de Santa Catarina registrou 4.562 casos confirmados de coronavírus, com 79 vítimas fatais. No Brasil, 14.817 pessoas morreram por Covid-19 até a última sexta-feira (15).

 

 

*Com informações do Yahoo

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Bolsonaro manda general assinar decreto que vai liberar cloroquina a todos os pacientes de covid-19

Alçado a chefe interino do Ministério da Saúde nesta sexta-feira, 15, o general Eduardo Pazuello deve assinar o novo protocolo da pasta que libera o uso da cloroquina até mesmo em pacientes com sintomas leves da covid-19. A medida é uma determinação do presidente Jair Bolsonaro – procedimento que o oncologista Nelson Teich se recusou a cumprir. Atualmente, a orientação é para profissionais do sistema público de saúde prescrever a substância apenas em casos mais graves.

Teich pediu demissão nesta sexta-feira após entrar em choque com o presidente Jair Bolsonaro. Segundo o Estadão apurou, a auxiliares, o ministro alegou questões técnicas para deixar o cargo. O ministro se reuniu com o presidente pela manhã. Ele vinha travando uma queda de braço com Bolsonaro sobre a recomendação do uso de cloroquina em pacientes de covid-19.

Desde que assumiu o cargo, Teich não conseguiu montar sua própria equipe e vinha sendo tutelado pela ala militar do governo, como revelou o Estadão. A expectativa de técnicos do ministério é a de que os critérios sejam apresentados já na próxima semana, mesmo sem que Bolsonaro tenha escolhido o substituto de Teich. A recomendação da substância foi o centro da divergência entre o presidente e o ministro demissionário.

Diante do impasse sobre a cloroquina, Teich chegou a propor a Bolsonaro um mega estudo, de autoria da própria pasta, para definir novas diretrizes sobre a recomendação da substância no combate ao novo coronavírus. As análises serão realizadas, mas o presidente cobrou urgência. A “demanda” foi apresentada a Teich na quinta-feira.

O protocolo avalizado por Pazuello deverá ser baseado na resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM). Em abril, a entidade liberou a aplicação da substância em pacientes com sintomas leves, mas ressaltou que a decisão foi tomada “sem seguir a ciência”, apenas para encerrar a polarização em torno do medicamento.

Com a decisão, médicos estão autorizados a prescrever o medicamento. No entanto, não há um protocolo de distribuição do remédio para que pacientes possam ter acesso à droga no sistema público. As diretrizes também poderão especificar dosagens a serem administradas.

Hoje, protocolos do Ministério da Saúde recomendam o medicamento para pacientes em ambiente hospitalar e em estado moderado ou grave. A hidroxicloroquina pode causar efeitos colaterais graves, como parada cardíaca.

Eduardo Pazuello sentou-se ao lado de Nelson Teich durante o pronunciamento em que o agora ex-ministro anunciou sua saída, na tarde desta sexta-feira. No discurso, o médico não abordou os motivos que o levaram a anunciar a se demitir, mas deixou claro que foi uma escolha sua.

Antes de assumir o cargo de secretário executivo do ministério, o general coordenou a Operação Acolhida, que tratou da interação com refugiados venezuelanos na fronteira com Roraima. É o principal entre vários militares escalados pelo governo para acompanhar Teich na pasta após a demissão de Luiz Henrique Mandetta. O presidente ainda não anunciou o sucessor de Teich.

 

 

*Vinícius Valfré/Estadão

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Governo Bolsonaro: Foco nos ricos e mortes aos pobres

Esse é o projeto do governo Bolsonaro, com Mourão, Villas Boas e o restante dos generais e milicianos que seguem, juntos com o genocida, rumo ao precipício.

Governo Bolsonaro já era um desastre antes da pandemia do coronavírus chegar. Dois meses depois, o Brasil segue à deriva da barbárie e direto para o cadafalso.

Com coronavírus, prévia do PIB tem queda de 5,9% em março, diz Banco Central.

Ou seja, Bolsonaro, tem uma bomba relógio prestes a explodir em seu colo. Daí seu desespero, agressividade e ameaça de golpe.

Não satisfeito com o genocídio que provoca no país, Bolsonaro diz que protocolo do Ministério da Saúde sobre cloroquina deve ser alterado nesta sexta-feira (15).

Bolsonaro, agora, é o ministro da saúde e encheu o ministério de militares submissos à sua loucura de extermínio em massa.

A dimensão da tragédia econômica e social decorrente da pandemia do Covid19 depende da intervenção do Estado, mas Bolsonaro se nega a assumir o papel de líder da nação, restringindo-se a dar cobertura total aos ricos e morte aos pobres, que são a imensa maior parte do povo brasileiro.

Por isso, a primeira coisa que fez com a chegada da pandemia ao país, foi, em 48 horas, entregar 1,2 trilhão para salvar os banqueiros.

Para o povo, Bolsonaro reservou a morte, negando a ele apoio e defendendo o fim da quarentena.

O Brasil responde por 2,7% de toda a população mundial. Mas hoje, um a cada dez mortos vitimados pela Covid19 no mundo, é brasileiro.

Mas o pior está por vir.

Invisíveis para Bolsonaro, 40 milhões de brasileiros pobres e paupérrimos vivem o dilema entre ficar em casa para viver e sair para ganhar a vida.

O resultado desses desmandos e irresponsabilidade do governo Bolsonaro, todos nós sabemos qual será.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Quase 14 mil vidas perdidas e Bolsonaro quer o suor dos trabalhadores pobres, suas mortes não interessam

Os dados da OMS apontam que, dos 193 países membros da organização, 81 gastam mais com Saúde do que o Brasil, proporcionalmente ao orçamento público.

A pandemia escancarou a crueldade desse capitalismo de Paulo Guedes e Bolsonaro que se declara desobrigado do destino dos pobres.

A concentração de renda no Brasil é uma coisa estúpida.

Com a chegada de Bolsonaro ao poder, isso ficou ainda mais estúpido.

Bolsonaro fez do isolamento social batalha política que, agora, ele chama de guerra.

A precariedade dos serviços públicos de saúde não interessa a ele. O colapso nos hospitais e as mortes em consequência disso, menos ainda.

Brasil teve na últimas 24 horas mais 844 mortes pela COVID-19 e óbitos já chegam a quase 14 mil.

Quase 14 mil vidas perdidas e Bolsonaro quer o suor dos trabalhadores pobres, suas mortes não interessam.

o Brasil registra até agora 202.918 casos confirmados, um crescimento de 13.944 novos casos em 24 horas.

Trata-se do recorde de confirmações em 24 horas, superando a marca de quarta-feira (13), quando foram registrados 11.385 novos casos.

Presidente da Mercedes Benz para Brasil e América Latina, Philip Schiemer, afirma que o Brasil perdeu a credibilidade e que alta do dólar é reflexo disso, pois não há explicação econômica. ‘Falta alguém que pense no Brasil’, lamenta o dirigente.

 

*Da redação

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Ministros do STF veem como vaga e inconstitucional MP de Bolsonaro que protege agente público na pandemia

Medida editada pelo presidente protege agentes públicos de responsabilização por atos na crise do coronavírus.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) entrará nesta quinta-feira (14) com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a medida provisória editada pelo presidente Jair Bolsonaro para afrouxar a responsabilização de agentes públicos por atos administrativos assinados durante a pandemia.

E a chance de o parlamentar ter sucesso, ao menos em parte, é grande. Isso porque a medida do Executivo não foi bem recebida por ministros do Supremo ouvidos em caráter reservado. Os magistrados acreditam que a MP é muito vaga e que dificilmente será considerada constitucional na integralidade pela corte.

Um ministro chega a questionar se a nova norma não irá inviabilizar a punição a gestores públicos. Seria praticamente impossível, segundo esse ministro, comprovar todos os elementos que caracterizariam um erro grosseiro. O mesmo integrante do STF afirma que seria algo muito exagerado e que ninguém deixa isso tão evidente.

Desde o início da pandemia, Bolsonaro tem minimizado o impacto do coronavírus e se colocado contra medidas de distanciamento social, atitude que culminou na demissão de seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e, na semana passada, por exemplo, em uma marcha com empresários ao STF. ​

Apesar de dizer lamentar as mortes, o presidente tem dado declarações às vezes em caráter irônico quando questionado sobre as perdas humanas com a Covid-19. Como na ocasião em que afirmou não ser coveiro ou quando disse: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre.”

A medida editada por Bolsonaro estabelece que os agentes públicos só poderão responder na Justiça nas esferas civil e administrativa se houver dolo e erro “grosseiro”. A proteção vale para responsabilizações referentes a medidas adotadas, direta ou indiretamente, no âmbito do enfrentamento da emergência sanitária e no combate aos efeitos econômicos decorrentes da Covid-19.

O texto classifica essa falha como um “erro manifesto, evidente e inescusável praticado com culpa grave, caracterizado por ação ou omissão com elevado grau de negligência, imprudência ou imperícia”.

Membros do Supremo reconhecem que é necessário dar segurança jurídica para os gestores no período de calamidade decretado em razão do covid-19, mas sustentam que é preciso manter bem claros os limites e as responsabilidades dos governantes.

Os magistrados também citam que a flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal autorizada em decisão monocrática do ministro Alexandre de Moraes e a posterior aprovação da PEC do orçamento de guerra já garantiram liberdade fiscal para as três esferas de governo conseguirem destinar recursos ao combate ao novo coronavírus.

Na MP publicada nesta quinta constam as assinaturas de Bolsonaro e dos ministros Paulo Guedes (Economia) e Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União).

Na avaliação do que deve ser erro grosseiro, devem ser levados em conta, de acordo com a MP

  • obstáculos e as dificuldades reais do agente público;
  • complexidade da matéria e das atribuições exercidas;
  • circunstância de incompletude de informações na situação de urgência ou emergência;
  • circunstâncias práticas que houverem imposto, limitado ou condicionado a ação ou a omissão;
  • contexto de incerteza acerca das medidas mais adequadas para enfrentamento da pandemia da covid-19 e das suas consequências, inclusive as econômicas;

Segundo relataram interlocutores à Folha, desde o início da crise da Covid-19 existe preocupação entre técnicos do governo sobre possíveis responsabilizações com medidas tomadas na pandemia. Eles argumentam, por exemplo, que o sistema de compras públicas teve que ser modificado e que é preciso algum tipo de proteção para processos que estão sendo feitos em caráter emergencial.

Também existe receio de responsabilização direta do presidente por alguma medida tomada na crise, o que poderia ser usado no futuro, por exemplo, como base para algum processo de impeachment.

 

 

*Com informações da Folha

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Bolsonaro apresenta seu terceiro exame ao STF sem seus dados pessoais

Por que o terceiro exame de Bolsonaro não tem os dados dele?

O exame que Jair Bolsonaro fez para a Covid-19 na Fiocruz, um dos três que ele apresentou ao Supremo Tribunal Federal, não tem informações pessoais de Bolsonaro, como CPF, RG, data de nascimento, que vinculem o laudo médico ao chefe do Executivo.

No papel da Fiocruz, Bolsonaro aparece apenas uma identificação de nome: “paciente 5”. Nos dois exames do Sabin constam os pseudônimos “Airton Guedes” e “Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz”, mas em ambos constam dados pessoais de Bolsonaro. O teste da Fiocruz foi o último a ser entregue ao Supremo, na manhã desta quarta-feira.

“O que pode se dizer é que, pelo documento sozinho, não há garantia que o laudo é ou não é do presidente”, avaliou o professor de proteção de dados pessoais Alexandre Pacheco da Silva, da FGV Direito São Paulo, ao jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski determinou, nesta quarta-feira, a divulgação dos exames a que Jair Bolsonaro se submeteu para verificar se havia contraído a Covid-19.

Veja os dois exames anteriores:

 

 

*Com informações do 247

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Estados e municípios negam plano de isolamento e Teich cancela apresentação

O ministro da Saúde, Nelson Teich, cancelou a apresentação que faria hoje de seu plano com diretrizes de isolamento social para estados e municípios devido ao novo coronavírus. A medida ocorreu depois que o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) reprovaram o estudo.

A coletiva de imprensa, marcada para as 17h de hoje, foi cancelada dez minutos antes de ocorrer. O órgão e o ministro já estavam se desentendendo desde segunda-feira sobre o plano.

No início da semana, o presidente do Conass, Alberto Beltrame, disse ao UOL que esse não era o melhor momento para a apresentação de um plano sobre níveis de isolamento.

Segundo Beltrame, tal medida poderia provocar uma flexibilização do isolamento, no momento em que os casos de coronavírus estão aumentando, e passar uma mensagem dúbia à população. Para Beltrame, agora “é hora de cuidar das pessoas”.

“Não pedimos ao ministério uma flexibilização do isolamento. Pedimos o apoio às medidas de isolamento social, mesmo que não fossem uniformes no Brasil inteiro. O plano de Teich é complexo e exige uma grande quantidade de informações sobre o sistema de saúde dos estados e municípios que ainda não estão disponíveis, como o número de testes”, disse.

O plano de Teich fixava diretrizes para estados e municípios, em suas decisões sobre medidas de isolamento social contra o novo coronavírus. Ele não teria caráter obrigatório, mas funcionaria como uma orientação.

O estudo previa um sistema de pontos baseado em quatro critérios: capacidade hospitalar instalada, contexto epidemiológico, velocidade de crescimento e índices de mobilidade urbana.

O resultado seria colocado em cinco níveis diferentes de risco: risco muito baixo, risco baixo, risco moderado, risco alto e risco muito alto. Para cada nível de risco, a recomendação de distanciamento seria diferente.

Na segunda-feira, Teich disse que seu plano não era político, nem recomendava a flexibilização do isolamento.

Em nota, a pasta comunicou nesta quarta-feira que a coletiva foi cancelada porque o Ministério da Saúde “aguarda a pactuação da estratégia de gestão de riscos junto a estados e municípios”.

Desde o último sábado, a estratégia tem sido debatida com os conselhos dos secretários de saúde estaduais e municipais, o Conass e o Conasems. O objetivo era ter um plano construído em consenso. No entanto, esse entendimento não foi obtido nas reuniões conduzidas até o momento”, informou a pasta.

O ministério acrescentou que, “devido a complexidade de organização de orientações para um país continental, observando as diversas realidades locais e cenários diferenciados em relação ao Covid-19, a discussão entre Ministério da Saúde, Conass e Conasems sobre diretrizes será aprofundada”.

“A ação conjunta tem por objetivo auxiliar a tomada de decisão dos gestores locais em resposta a pandemia de Covid-19 em nível local”, disse.

 

 

*Com informações do Uol