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‘Pelo amor de Deus, Omar Aziz, encerra logo essa CPI!’, pede Bolsonaro

Segundo o Estadão, o presidente Jair Bolsonaro criticou nesta quinta-feira, 27, o presidente do CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), e pediu “pelo amor de Deus” que ele encerre logo os trabalhos da comissão. “Vai plantar batata, ô CPI!”, reclamou Bolsonaro. Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, desta vez de Matucará (AM), o presidente também atacou Aziz pela apresentação de um projeto de lei que tipificava como crime a prescrição de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais, sem comprovação científica.

“Ou seja, aquilo que eu mostrei para a ema (cloroquina), se um médico prescrevesse aquilo para mim (seria condenado a) três anos de cadeia”, afirmou o presidente, lembrando o episódio no qual apareceu com uma caixa de cloroquina diante das emas que ficam no jardim do Palácio da Alvorada.

Bolsonaro disse que o projeto de Aziz não era apenas destinado aos médicos, mas tinha o objetivo de atingi-lo. “Se eu voltasse a mostrar aquilo (cloroquina) para a ema, eu pegaria três anos de cadeia. Parabéns, Aziz! Que vergonha, hein?”, ironizou. “Pelo amor de Deus, encerra logo essa CPI e vem aqui fazer outra coisa. Ficar no Senado? Pelo amor de Deus…”

O presidente afirmou que 30 minutos após ter criticado a proposta nas redes sociais, Aziz a retirou. “Esse é o presidente da CPI”, desdenhou Bolsonaro ao dizer que, se o projeto fosse aprovado, vetaria. “Omar Aziz, não quero entrar em detalhes sobre como era a saúde do seu Estado quando você era governador”, provocou.

Ao criticar a CPI, criada para investigar ações e omissões do governo no combate à pandemia, Bolsonaro defendeu a convocação do pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. “Por que não convocam o Malafaia? É uma das pessoas com quem eu mais converso. Estão com medo dele? Ou dos evangélicos?, perguntou o presidente.

Aziz se negou a pôr em votação um requerimento do senador Marcos Rogério (DEM-RO), vice-líder do governo, que pretendia convidar Malafaia a depor. “Vem com papinho (que não dá para convocar) porque é um assessor espiritual. Ah, vai plantar batata, ô CPI, vai plantar batata!”, esbravejou. “Ele fala sobre muita coisa comigo”.

Saltitante

Logo em seguida, Bolsonaro disse ter visto um senador “saltitante” na CPI querendo convocá-lo. “Ô, saltitante, ‘tá’ de brincadeira, né? Não tem o que fazer não, ô, saltitante?”. Apesar de não citar o nome do parlamentar, mas, sim, o seu Estado (Amapá), a ironia tinha endereço certo: quem protocolou pedido para convocar Bolsonaro foi o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O requerimento, porém, não chegou a ser votado.

Na live transmitida diretamente de Matucará, Bolsonaro afirmou ter encontrado índios no Amazonas que “detestam” o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e outros que gostam.

“Fico do lado daquele pessoal que não é muito chegado em ICMBio para deixar bem claro”, disse ele, que exibia adereços indígenas no braço. “Nós devemos redirecionar esse instituto para aquilo que os índios querem de verdade. A gente sente na região que algumas comunidades sofrem uma influência, uma verdadeira massificação por parte de ‘brancos’, vamos assim dizer, e por parte de instituições”.

Bolsonaro visitou a região nesta quinta-feira (27) e vai pernoitar em Santa Isabel do Rio Negro (AM), só retornando a Brasília na sexta. Ele relatou que, em uma das comunidades, alguns índios contraíram coronavírus e se curaram. “Eu perguntei: ‘Foi antes da vacina?’. (E eles responderam que) foi antes da vacina. Eles já foram vacinados também. E não morreram por que, né?”, questionou o presidente. “Pessoal, anota aí: segundo eles, os tais índios tomaram chá de carapanaúba, saracura ou jambu”.

O presidente disse também ter visitado outra comunidade indígena na qual três pessoas morreram em decorrência de covid. Irônico, afirmou que, como o tratamento com chá não tem comprovação científica, a CPI poderia convidar índios para prestar depoimento. “E levar, quem sabe, o chá”.

*Daniel Galvão, Pedro Caramuru e Gustavo Porto/O Estado de S.Paulo

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“O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, está sob cerco”, diz The Economist

Reportagem da publicação britânica diz que o presidente se rendeu ao clientelismo, está envolto em escândalos, apanha na CPI e despenca nas pesquisas.

A publicação britânica “The Economist” afirma, em sua edição desta semana, em reportagem com o título “o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, está sob cerco”, que o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) se rendeu ao clientelismo ao cooptar o apoio do centrão enquanto a sua popularidade despenca.

O texto aponta que “o apoio do Centrão nunca é gratuito. O governo distribuiu mais de R$ 20 bilhões por meio de emendas de relator e, pelo menos, R$ 3 bilhões foram encaminhados por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) atendendo a indicações de parlamentares”.

“O escândalo, que a imprensa chamou de ‘tratoraço’, é a mais evidente prova até agora da participação de Bolsonaro na política clientelista. A situação se desdobra juntamente com um desastre de relações públicas ainda maior: uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga como o governo lidou com a pandemia. As duas crises demonstram como Bolsonaro tem se enfraquecido cada vez mais e como o Congresso”, destaca a reportagem.

A reportagem da “The Economist” diz ainda que “um impeachment é improvável, em parte porque Bolsonaro reinventou na prática a compra de apoio político no fim de 2019. A maioria dos novos recursos orçamentários foi destinada a legisladores que votaram em Rodrigo Pacheco, escolha de Lira e do Centrão para a presidência do Senado”.

“Uma ameaça maior à popularidade de Bolsonaro é a CPI, que começou os depoimentos no Senado este mês. As sessões diárias são transmitidas ao vivo na TV, criando uma macabra história oral do desastre brasileiro na pandemia”, completa o texto.

O periódico destaca também que “as pesquisas mais recentes mostram queda no apoio ao presidente em quase todos os segmentos do eleitorado, incluindo entre seus defensores mais convictos, como os evangélicos. É provável que seu principal rival nas eleições de 2022 seja Luiz Inácio Lula da Silva, ex-presidente petista cuja popularidade aumentou recentemente”.

*Com informações da Forum

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As 15 ‘mentiras’ que Pazuello contou na CPI, segundo Renan Calheiros

G1 – Relator da CPI da Covid elaborou lista com 15 tópicos, entre eles declarações de Pazuello de que nunca sofreu pressão de Bolsonaro. Renan afirmou que vai pedir para o MP investigar ‘omissões’ nos depoimentos.

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), listou o que para ele foram as mentiras contadas pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello na CPI da Covid.

Pazuello deu depoimento em dois dias, na quarta-feira (19) e na quinta (20).

Senadores da oposição se indignaram com os momentos em que, segundo eles, Pazuello deixou de apresentar a verdade sobre a condução da pandemia pelo governo.

O relator anunciou que pretende contratar uma agência de checagem para apurar as declarações feitas pelos depoentes à comissão. Renan afirmou que vai encaminhar um relatório preliminar ao Ministério Público para que seja apurado se houve omissões nos depoimentos.

Vejas as “mentiras” listadas por Renan:

Ordens do presidente

Na quarta-feira (19), Pazuello foi questionado se a nomeação dele no Ministério da Saúde se deu sob a condição de cumprimento de alguma ordem específica, entre elas a recomendação de tratamento precoce com cloroquina ou outro medicamento.

O ex-ministro respondeu: “Em hipótese alguma. O presidente nunca me deu ordens diretas para nada”.

O relator, porém, ressaltou vídeo divulgado por Jair Bolsonaro em outubro do ano passado. Ao lado do presidente, um dia após ter sido desautorizado a fechar contrato para a aquisição da CoronaVac, o ex-ministro afirmou: “É simples assim: um manda e outro obedece”.

“Aqui, tenta justificar que o que se fala em redes sociais são falas políticas, que não correspondiam a sua ação. Se essa desculpa pudesse prevalecer, seria impossível a esta CPI avaliar as ações do Ministério e do Governo, que são o principal objeto desta CPI, pois as declarações públicas não serviriam de nada e, como Vossa Excelência respondeu várias vezes ontem, não havia produção de documentos”, afirmou o relator.

Divulgação do aplicativo TrateCov

Também na quarta, o ex-ministro afirmou que o aplicativo TrateCov, plataforma que prescrevia o chamado tratamento precoce, não chegou a ser distribuída aos médicos. “A plataforma nunca entrou em operação”, disse Pazuello.

A plataforma previa o tratamento a pacientes que têm sintomas que podem ou não ser da Covid-19 O “tratamento” indicado incluía medicamentos que, segundo demonstraram diferentes estudos, não funcionam contra a doença, como a cloroquina, a hidroxicloroquina e a azitromicina.

Calheiros ressalta, porém, que o aplicativo foi lançado pelo Ministério da Saúde no dia 11 de janeiro, durante evento em Manaus. O lançamento da plataforma foi noticiado na TV Brasil.

Na quinta, ao ser novamente questionado sobre o aplicativo, Pazuello afirmou que um hacker vazou o conteúdo.

Limitação do STF

Logo em sua fala inicial, o ex-ministro afirmou que decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) limitou a atuação do governo na pandemia e que não havia “a possibilidade de o Ministério da Saúde interferir na execução das ações dos estados na saúde sem usurpar as competências dos estados e municípios”.

O relator, no documento, rebate a declaração: “Em nenhum momento o Supremo proibiu ou limitou ações federais. A decisão na Ação de Direta de Inconstitucionalidade nº 6341 permite que estados e municípios tomem suas medidas, mas não impede que o Ministério da Saúde tome as suas. O STF diz que o entendimento foi reafirmado pelos ministros em diversas ocasiões”.

Ranking de imunização

À CPI, Pazuello afirmou que o Brasil figura entre os países que mais imunizaram no mundo. “Ficamos atrás apenas de Estados Unidos, China e Índia”, disse.

“A informação visa a confundir. Não faz sentido comparar números absolutos. O que importa é imunização percentual, ou seja, quantos por cento da população receberam a vacina. Além disso, começamos a vacinar no final de janeiro, quando poderíamos ter começado em dezembro do ano passado, como tantos países conseguiram. Nosso ritmo é um dos mais lentos do mundo”, avalia o senador.

Atuação da cloroquina

O ex-ministro da Saúde também declarou que a cloroquina “é um antiviral e um anti-inflamatório conhecido pelo Brasil”. “Pelo menos é o que me é trazido, eu não sou médico”, acrescentou.

“A cloroquina não é um antiviral nem um anti-inflamatório, e sim um antimalárico, utilizado no combate ao plasmódio da malária, que é um protozoário”, pontuou Renan.

Na sessão, o senador Otto Alencar (PSD-BA), que é médico, também advertiu Pazuello.

Cloroquina contra o zika vírus

Sobre o remédio, Pazuello também afirmou que em 2016, na crise do zika vírus, a cloroquina foi utilizada e colocada como protocolo pelo Ministério da Saúde. “Cloroquina em altas doses – isso para grávidas”, reforçou.

Segundo o relator, “nunca houve administração de cloroquina para pacientes contaminados pelo Zika vírus”.

“Iniciou-se uma pesquisa em ratos, com resultados que não se replicaram em humanos. Por isso, a pesquisa foi interrompida. Além disso, o zika vírus não é semelhante ao coronavírus. A afirmação servia para confundir, para tentar passar uma ideia de versatilidade à cloroquina e, assim, tentar justificar seu uso para outras doenças”, afirmou Calheiros.

Impeditivos legais para a vacina

O relator também questiona a declaração de Pazuello de que o governo não teria como comprar a vacina da Pfizer sem a autorização do Congresso.

Renan destaca que, à época das primeiras tratativas, o então ministro e o presidente reclamavam das cláusulas da Pfizer, mas não citavam a necessidade de uma lei.

“Ao contrário, retiraram esse dispositivo do anteprojeto da Medida Provisória 1.026. Vossa Excelência disse que não sabe por que o governo fez isso e que não foi decisão do ministério. Ainda assim, afirma que a Presidência não tinha ingerência sobre sua gestão. A alteração legislativa veio de um projeto do Senado. O governo, que tinha a iniciativa legislativa, nada fez”, pontua o relator.

CoronaVac

Pazuello disse que Jair Bolsonaro “nunca” determinou que ele desfizesse qualquer contrato ou acordo com o Instituto Butantan para a aquisição da CoronaVac. “Nunca houve a ordem” (…) “Uma postagem na internet não é uma ordem”, afirmou.

Em outubro, o próprio presidente afirmou, porém, que havia mandado cancelar o protocolo de intenções. “O presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade. Até porque estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado por ela, a não ser nós”, disse Bolsonaro.

À CPI, o ex-ministro disse que a declaração não representava uma ordem de cancelamento, mas somente uma “posição política”.

“O Presidente do Butantan, Dimas Covas, antes mesmo do depoimento de Vossa Excelência, fez questão de enviar ofício para esta Casa, afirmando que, após a contraordem do Presidente da República, em outubro de 2020, houve uma completa paralisação do processo de negociação, só sendo realmente assinado em 7 de janeiro de 2021”, escreveu Renan.

Tratamento precoce

Apesar de o ex-ministro ter dito que não haveria a possibilidade de o Ministério da Saúde interferir na execução das ações de estado da saúde, o relator apontou que Pazuello, em evento com Bolsonaro no dia 11 de janeiro, confirmou a atuação pelo tratamento precoce.

“Você entrou com o tratamento precoce em Manaus, não entrou?”, perguntou Bolsonaro ao então ministro.

“Já está funcionando com a nova gestão”, respondeu Pazuello.

Colapso no oxigênio

Sobre o colapso do oxigênio hospitalar em Manaus, Pazuello afirmou que ele fora alertado da situação apenas na noite do dia 10 de janeiro. Ele reforçou ainda que no dia 13 de janeiro houve uma queda de 20% na demanda e no consumo e que no dia 15 o estoque voltou a ser positivo.

Renan pontuou que faltou oxigênio em Manaus por mais de 20 dias.

“Ofício que a Advocacia-Geral da União enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) em janeiro afirma que o governo federal sabia do “iminente colapso do sistema de saúde” do Amazonas dez dias antes de a crise estourar e faltar oxigênio para pacientes no estado”, disse o relator.

Covax Facility

Já sobre a adesão da menor quantidade de doses de vacina oferecida pelo consórcio Covax Facility, o ex-ministro disse que “estar presente no consórcio era mais importante” do que a aquisição de um número elevado de imunizantes no primeiro momento.

Ele reforçou que se houvesse uma aceleração de entrega, seria possível comprar mais vacinas em um segundo momento.

“A informação não condiz com a realidade. O consórcio era capitaneado pela OMS, praticamente todos os países já haviam aderido e o Brasil, naquele momento, não tinha perspectiva de outras contratações que justificasse a reserva de valor tão pequeno de doses da vacina”, ressaltou Renan.

Veto à Pfizer

O ministro afirmou que órgãos de controle, entre eles o Tribunal de Contas da União (TCU), deu orientação contrária à assinatura do contrato de compra de vacina da Pfizer.

Após a declaração, o TCU publicou nota de esclarecimento dizendo que “nenhum de seus ministros se posicionaram de forma contrária à contratação da empresa Pfizer”.

Produção de cloroquina pelo Exército

Segundo Renan, Pazuello “afirmou desconhecer que a produção de cloroquina para Covid pelo Exército tenha passado pelo Ministério da Saúde”.

Para o relator, o “Ministério da Defesa informou textualmente que foi o Ministério da Saúde que determinou a produção de cloroquina pelo Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército”.

Pressão pró-cloroquina

Pazuello disse na CPI que não sofreu pressão do presidente Jair Bolsonaro para estimular o uso de cloroquina. Renan lembrou que os dois antecessores de Pazuello, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, afirmaram que sofreram pressão. Para Renan, é “inverossímil” que o mesmo não tenha acontecido com Pazuello.

“Contraditoriamente, o depoente quis convencer a Comissão de que ele, justamente o único que não tinha qualquer formação médica, foi o único que não sofreu qualquer pressão, orientação ou determinações do Presidente da República. Essa declaração é absolutamente inverossímil considerando os outros depoimentos e as condições de sua chegada ao ministério”, afirmou Renan.

Plano de contingência

O relator contesta relatos de Pazuello sobre o plano nacional de contingência contra a pandemia.

De acordo com o Renan, diante dos resultados “pífios” do plano e de uma cobrança do Tribunal de Contas da União (TCU), o ministério, em vez de melhorar a execução, trocou palavras no projeto para facilitar a meta. Onde havia, por exemplo, a palavra “garantir”, entrou “apoiar”.

“O depoente não explicou por que foi feita alteração do normativo após a notificação do TCU, tendo ficado claro que o movimento foi para driblar as ordens da autoridade de controle. Evidentemente o TCU não se deixou enganar e já está investigando a manobra”, explicou Renan.

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Pazuello pode responder a três processos criminais e um cível por depoimento na CPI

Já ações contra Bolsonaro só ocorreriam caso a Procuradoria Geral da República encontre responsabilidade do presidente nos atos e peça autorização à Câmara, onde o Governo tem maioria parlamentar.

El País – Pelo que se apresentou nos interrogatórios na Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, o general e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, poderia responder judicialmente a ao menos três processos, dois criminais e um cível. Nos dois dias de depoimentos, Pazuello chamou para si a responsabilidade por quase todas as decisões tomadas no enfrentamento do coronavírus e, ao poupar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), acabou abrindo espaço para que fosse processado por prevaricação, por falso testemunho, por crimes contra a saúde pública e por improbidade administrativa, conforme analisado por advogados consultados pela reportagem.

Iniciar essas ações contra o ex-ministro não caberia aos senadores da CPI, mas ao procurador-geral, Augusto Aras, e outros membros do Ministério Público Federal. Processá-lo não depende, necessariamente, do fim da apuração dos parlamentares. A apresentação desses processos, ainda é incerto, se considerarmos a PGR, já que 15 meses após o início da pandemia de covid-19 o procurador-geral, Augusto Aras, e seus assessores ainda não buscaram nenhum tipo de responsabilização da União, mesmo diante de 441.000 óbitos em decorrência da doença. Aras, no entanto, já pediu investigação de Pazuello sobre sua suposta omissão na crise de Manaus.

A prevaricação é quando um agente público retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou o pratica contra a disposição expressa da lei. Está previsto no artigo 319 do Código Penal e tem pena de até um ano de detenção. “Se for comprovado que, por questão ideológica, o Governo, apostou na imunidade de rebanho, apostou na campanha de desinformação sem o uso de máscara ou distanciamento social, estaria provado que ele agiu de uma maneira contrária ao expresso na lei”, diz o advogado Guilherme Amorim, professor do mestrado em direito constitucional na Uninove.

Já o crime contra a saúde pública poderia ser enquadrado no artigo 268 do Código Penal, que trata da infração de medida sanitária preventiva. Conforme esse dispositivo, seria necessário comprovar que o agente teve o objetivo de infringir determinações que tinha como objetivo impedir a introdução ou a propagação de doença contagiosa. A pena também é de um ano de detenção. Na esfera cível, conforme o professor Amorim, haveria a possibilidade de o general ser enquadrado na lei de improbidade administrativa desde que se comprove em que medida os atos praticados por ele que causaram prejuízo, não só do ponto de vista financeiro, mas do atendimento do interesse público primário. “Em uma pandemia qual é o primeiro interesse público que deve ser observado? É a saúde da população, é a vida”, disse o especialista.

O falso testemunho, que é quando uma pessoa mente em declarações à Justiça, pode ser replicado na CPI. Nos Estados Unidos é conhecido como perjúrio. No Brasil, ele está previsto no artigo 342 do Código Penal e tem pena de dois a quatro anos de prisão. Durante a sessão desta quinta-feira, os senadores já sinalizaram que vão encaminhar a transcrição do depoimento de Pazuello ao Ministério Público para os procuradores apurem se ele cometeu esse crimes especificamente. O mesmo expediente já fora usado na semana passada, quando o ex-secretário de comunicação Fábio Wajngarten mentiu continuadamente à CPI.

Na prática, contudo, dificilmente algo será feito neste momento contra o ex-ministro ou contra seu antigo chefe, Bolsonaro. O presidente só poderia ser investigado por crimes comuns caso houvesse uma autorização de 342 dos 513 deputados, em uma situação semelhante à enfrentada pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), em 2017, quando ele conseguiu barrar a abertura de dois processos contra ele no Legislativo. Sem autorização, qualquer eventual crime comum cometido pelo presidente só poderia ser investigado após ele deixar o Governo.

O remédio político contra Bolsonaro, então, seria um processo de impeachment pelo crime de responsabilidade. O que teria uma chance mínima de passar pela mesma razão: o presidente ainda tem apoio parlamentar e, principalmente, do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que é quem dá o pontapé inicial em qualquer processamento no Legislativo.

“As instituições brasileiras demoraram um ano para reagir, incluindo o Congresso Nacional, que só agora conseguiu fazer uma CPI, e a PGR, que se omitiu na investigação só se voltou para apurar os casos de corrupção nos Estados no repasse de recursos para a covid-19”, avaliou o doutor em direito e em política Fábio de Sá e Silva, professor de estudos brasileiros na Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos. Na visão deste estudioso, a PGR, contudo, decidiu deixar o Executivo brasileiro “solto”. “É evidente que o problema do Brasil não foi corrupção, foi a má gestão e incapacidade de planejamento e coordenação dos vários entes. Além do negacionismo em relação às medidas restritivas, às vacinas e o apoio a medicamentos ineficazes contra o coronavírus”, ponderou.

A omissão da PGR era algo esperado pelo meio político em Brasília, onde o procurador Augusto Aras é visto como um apoiador do presidente Bolsonaro. Chamado por alguns de advogado-geral da União substituto, Aras é um dos cotados para ocupar a próxima vaga no Supremo Tribunal Federal, que será aberta em julho, com a aposentadoria do decano Marco Aurélio Mello. “O que parece é que o PGR tem agido muito politicamente e pouco funcionalmente”, diz o advogado Amorim.

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Estratégia do partido dos generais para se safar na CPI está sendo exitosa

“O SR. RENAN CALHEIROS – Quem indicou o seu nome, Ministro, para o Presidente Bolsonaro?

O SR. EDUARDO PAZUELLO – Eu acredito que as indicações vieram dos oficiais generais … Eu não sei qual deles, mas acredito que veio do grupo de oficiais que trabalhavam com o Presidente”.

Sessão da CPI da Pandemia no Senado, 19/5/2021.

A CPI da Pandemia está acertando nos alvos secundário e terciário, que são o presidente Jair Bolsonaro e o general Eduardo Pazuello. Mas, até aqui, na sua 3ª semana de funcionamento, a Comissão está tangenciando o alvo principal da cadeia de responsabilidades pelo genocídio de quase 500 mil brasileiros e brasileiras, que é o partido dos generais.

São eles que de fato controlam o governo militar e presidem as escolhas, as omissões, as negligências e os desatinos oficiais – não só no desastre pandêmico, como também na catástrofe humanitária, na devastação social, ambiental e econômica do país e na destruição da soberania nacional.

Ao ser perguntado pelo relator Renan Calheiros sobre quem o indicou para o cargo, o general Pazuello não poderia ter sido mais previsível a respeito de quem, de fato, está no comando: “Eu acredito que as indicações vieram dos oficiais generais …. acredito que veio do grupo de oficiais que trabalhavam com o Presidente”, ele declarou.

No momento inaugural do depoimento, em pronunciamento lido com suor no rosto, Pazuello já tinha mencionado que “entre os dias 14 e 16 de abril de 2020, recebi algumas ligações telefônicas dos oficiais-generais que estavam no Governo Federal, para discutir uma possível indicação para que eu pudesse auxiliar na transição do Ministro Mandeta para o ministro que seria nomeado”.

Numa frase meticulosamente construída para aparentar falsa desvinculação do Comando do Exército com sua alocação política no governo, Pazuello leu que “no dia 16 de abril à tarde, quando o Comandante Supremo das Forças Armadas, o nosso Presidente da República, me ligou e se posicionou de forma clara e direta para eu vir”.

E ele complementou, traindo-se em relação à real subordinação hierárquica, que na verdade é devida aos chefes do partido dos generais, e não a Bolsonaro: “A partir daquele momento, organizei a minha partida, peguei meus uniformes, embarquei com meu assistente-secretário, para vir cumprir a missão”.

Se se tratasse de um governo civil comandado por um presidente civil, o general da ativa não seria convocado para cumprir missão civil trazendo seu uniforme militar e assistente-secretário idem.

A geração atual no comando das Forças Armadas, especialmente os generais que comandam o Exército, acalentam um plano duradouro de poder. Trata-se da geração cultivada no “porão fétido do velho regime e fermentada numa cultura conspirativa e autoritária, que possui forte ambição política” e que nunca aceitou o fim da ditadura, em 1985.

O problema é que este ajuntamento partidário de militares fora da lei não contava que no meio do caminho do seu projeto de poder aparecesse a pandemia do coronavírus e que a farsa da gangue da Lava Jato contra Lula fosse descoberta.

Com a perda de popularidade dos militares e o aprofundamento da crise de legitimidade do regime, os militares rapidamente passaram a ajustar o posicionamento em relação a Bolsonaro, procurando marcar distância da aberração parida por eles mesmos.

A “demissão” do ministro da Defesa e dos comandantes das 3 Forças, em abril passado, como se tivessem sido demitidos por discordarem da escalada autoritária do Bolsonaro, é parte da pantomima para incutir a narrativa do falso papel “legalista, democrático e profissional” das Forças Armadas.

Na CPI, esta estratégia militar está sendo explorada com êxito. O partido dos generais está entregando Bolsonaro, Pazuello e quaisquer atores militares coadjuvantes, que são os anéis. Assim, preservam seus dedos, braços, corpo, cérebro …

A presença de Pazuello em traje civil ao invés da farda militar, como seria o esperável para um general da ativa em missão oficial, é parte do planejamento para desvinculá-lo da instituição militar. Jogaram-no aos leões, em certo sentido.

A CPI, por enquanto, não está conseguindo – ou não está querendo – chegar nos reais responsáveis pela barbárie que promove o morticínio evitável de centenas de milhares de brasileiras e brasileiros, e que faz do Brasil uma ameaça biológica, humanitária e civilizatória em escala planetária.

Esta realidade não caracteriza, evidentemente, um fracasso na prioridade fundamental de desgastar, sangrar e inviabilizar a continuidade do facínora que exerce o poder nominal como biombo do partido dos generais, mas é uma clara evidenciação do limite de alcance da CPI até aqui, que permite que os militares estejam se livrando de suas responsabilidades criminais e históricas.

*Jeferson Miola/247

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CPI da Covid: Bolsonaro, na busca pela imunidade de rebanho, levou o Brasil à tragédia

O Brasil chegou à marca macabra de mais de 440 mil mortes por covid e a responsabilidade por grande parcela desses óbitos se deve às ações do governo Bolsonaro.

Essa foi a síntese da senadora Zenaide Maia (PROS-RN) ao se dirigir a Pazuello que, não satisfeito em ser submisso a Bolsonaro, como ministro da Saúde, numa servidão vergonhosa, está assumindo toda a responsabilidade das mortes em decorrência da pandemia pelo projeto de imunidade de rebanho.

Não há novidade nisso, lógico, mas agora ganha caráter oficial. Talvez por isso, na CPI, Flávio Bolsonaro esteja marcando homem a homem cada fala dos senadores. E todas as vezes que os absurdos cometidos pelo seu pai são expostos à luz do dia, ele usa a sua fábrica de chocolate, não para explicar os depósitos de Queiroz em sua conta, mas como codinome de cloroquina.

Daí Flávio, no desespero, diz que a CPI não derrubará seu pai e corre o risco de implodir.

O tolo acha que ninguém percebe seu desespero na própria CPI, comportando-se como um moleque nas tolices que fala, mostrando o quanto o clã Bolsonaro está se borrando de medo dos desdobramentos, superando Pazuello, até porque Manaus, como já foi dito inúmeras vezes por senadores na CPI, serviu como laboratório desse crime hediondo estimulado por Bolsonaro, o que causou o colapso da falta tanto de oxigênio quanto de insumos.

Não foi um mero desprezo de gestão, mas um projeto de pagar para ver quantos sobreviveriam e quantos morreriam.

Então, não há como a CPI não desembocar numa responsabilização do presidente da República. Todos os seus atos, sejam eles políticos ou pelas ações do próprio governo diante da pandemia, levam ao mesmo destino, a busca pela imunidade de rebanho.

“Se isso é verdadeiro, o presidente incorreu em um grave crime, que representa um dolo eventual, ou seja, que ele correu o risco de causar um dano irreversível às pessoas com essa tese. E isso se transforma em um grave crime de responsabilidade”, diz o senador Humberto Costa.

Este é o ponto central que será cada vez mais colocado às claras para que a sociedade tenha pleno conhecimento do porquê o Brasil chegou à pior tragédia sanitária de sua história.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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CPI, independência ou pizza

Ninguém esperava nada de verdadeiro vindo da boca de Pazuello, tanto que ele recorreu ao STF para ter o direito de mentir e não ser preso, sem falar que queria dar uma carteirada indo de farda ao depoimento para tentar intimidar senadores.

Deu volta, deu volta e acabou por confirmar que em nenhum momento teve qualquer atrito com Bolsonaro, o que era óbvio, já que todos sabem que Pazuello era um mero leva e traz de Bolsonaro, o verdadeiro ministro da Saúde é o próprio presidente da República, porque já seria responsabilizado pelo morticínio que está sob a batuta do comandante da nação e, consequentemente, a principal responsabilidade pelas ações e omissões do governo federal, ele e sua caneta Bic.

Bolsonaro, com essa atitude, só mostrou que, enquanto em outros países se buscava uma política de combate à pandemia, aqui o que vimos foi a destituição do ministro da Saúde e, por consequência, a omissão do ministério nas questões mais agudas. Tudo para que o vírus ganhasse força, contaminando toda a população para se chegar na suposta imunidade de rebanho, na base do morra quem tiver que morrer e viva quem tiver que viver. Assim, a economia seria de R$ 20 bilhões.

No sentido prático, o resultado foi, o Brasil tem 2,7% da população mundial. Se tivesse 2,7% das mortes por Covid-19, seriam 92.508 vidas perdidas. Até hoje, são 346.870 mortes em excesso do que seria esperado pelo tamanho da nossa população.

Ou seja, há uma diferença enorme do ponto de vista percentual entre população e casos e mortes por covid, o que mostra de maneira clara quanto custou em termos de vidas a política genocida adotada pelo Brasil.

E é sobre essa questão que não há mais discussão, que a CPI terá que dar a resposta. Uma coisa é unânime para quem assistiu ao depoimento de Pazuello ontem, o sujeito mentiu desbragadamente sem uma vírgula de pudor para livrar a cara de Bolsonaro.

Mas fica a pergunta ainda mais cara, e daí, o que vai acontecer com os envolvidos diretamente nesse morticínio? Que preço pagará o chefe da nação, responsável direto por essa tragédia humanitária?

Essas são as perguntas que os brasileiros fazem, porque, do contrário, ficará a impressão para a sociedade de que tudo não passou de um grande teatro.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Pazuello se contradiz e nega ordem do Planalto para recusar CoronaVac

O presidente Jair Bolsonaro nunca mandou o Ministério da Saúde desfazer qualquer contrato com o Instituto Butantan para aquisição de doses da CoronaVac, segundo afirmou hoje (19) o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello à CPI da Covid.

A declaração evidencia uma contradição do ex-membro do governo em relação a um vídeo publicado em outubro de 2020, período em que ele se recuperava de contaminação por covid-19. Na ocasião, logo depois de a pasta federal recuar na compra de 46 milhões de doses do imunizante, o então ministro apareceu publicamente ao lado de Bolsonaro e afirmou:

“Senhores, é simples assim: um manda e o outro obedece. Mas a gente tem um carinho, entendeu? Dá para desenrolar, dá para desenrolar.”

O episódio ficou marcado como uma desautorização pública do chefe frente à condução do Ministério da Saúde e, em especial, aos procedimentos para compra de vacinas contra a covid-19.

A CoronaVac foi desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com uma fabricante chinesa, a Sinovac, responsável pela origem dos estudos e fornecedora dos insumos necessários. O Butantan faz parte da estrutura do governo de São Paulo, comandado por um dos rivais de Bolsonaro, o tucano João Doria.

Além disso, na gestão Bolsonaro, houve vários episódios de atritos com a China e demonstrações por parte de membros do governo de antipatia com o país asiático. O acúmulo de desgastes nesse sentido foi um dos elementos que colaboraram para a demissão do ex-chanceler, Ernesto Araújo.

Nunca o Presidente da República mandou eu desfazer qualquer contrato, qualquer acordo com o Butantan. Em nenhuma vez. E eu gostaria de colocar uma coisa aqui diretamente? eu queria lembrar que o presidente fala como chefe de estado, chefe de governo, como comandante-chefe das forças armadas, chefe da administração federal, mas fala também como agente político.

Em relação à frase “um manda, outro obedece”, Pazuello tentou minimizar o impacto das interpretações sobre o assunto, e justificou suas declarações alegando que esse é “um jargão simplório, colocado para discussões de internet”.

Bolsonaro, na altura, falou em ter sido “traído” por Pazuello diante das compras do imunizante contra a covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Em seguida, à época, o presidente e o então ministro da Saúde se encontraram para acabar com rumores sobre a demissão do general.

A visita ocorreu fora da agenda oficial dos dois e foi transmitida por uma rede social.

*Com informações do Uol

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Nervoso e gaguejando, Ernesto Araújo confirma que governo não fez plano de ação internacional da Covid

Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, nesta terça-feira (18), o ex-ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que o governo de Jair Bolsonaro não preparou um plano único de ação internacional no combate à pandemia.

O comentário foi feito após o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), ter questionado o ex-chanceler se o governo federal estruturou uma diretriz única de ações internacionais na crise sanitária. Com a voz trêmula, o ex-chanceler disse que as ações foram definidas conforme os “requisitos do momento”.

“O governo federal acredito que não tenha definido um documento único de orientações para atuação internacional. As orientações surgiram em diferentes momentos, que vieram a partir do Ministério da Saúde, de acordo com o requisito do momento”, respondeu Araújo. Ele citou como exemplo a importação de equipamentos e apoio à negociação de vacinas.

“Acho que houve diretrizes que foram sendo proporcionadas ao longo do tempo, em diferentes momentos, de acordo com a realidade daquele momento, e com os requisitos daquele momento”, completou o ex-chanceler.

O relator da comissão então provocou o depoente, referindo-se às ações do governo como “improvisadas”. “Foram circunstanciais, né? Meio que improvisadas pelas circunstâncias”, disse. Araújo então retrucou: “O fato de não ter havido um documento não quer dizer que tenha havido improviso. No caso da vacinação, teve uma estratégia definida pelo Ministério da Saúde, que foi apoiada pelo Itamaraty”.

*Com informações da Forum

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Ernesto Araújo, que vai depor daqui a pouco na CPI, magoado, preocupa governo

O ex-chanceler Ernesto Araújo, que já foi considerado o pior diplomata do mundo e conseguiu desmoralizar o Itamaraty, ao levar teorias olavistas para dentro da instituição, depõe nesta terça-feira à CPI da Pandemia, com transmissão aqui no Antropofagista, e preocupa o Palácio do Planalto. Isso porque fontes do governo avaliam que ele se sente abandonado pelo Palácio do Planalto após ter sido demitido. Ernesto foi um dos principais responsáveis pela tragédia brasileira, ao sabotar os esforços para a compra de vacinas e atacar a China, maior fornecedor de insumos.

Alinhado com a extrema-direita internacional, ele atacava o que chamava de “comunavírus”. O diplomata também participou de uma misteriosa missão a Israel, supostamente para adquirir “spray nasal”, mas que foi colocada em sigilo.

“No caso de Ernesto, a preocupação é que os integrantes independentes e da oposição da CPI explorem uma eventual mágoa do ex-ministro das Relações Exteriores com o Planalto após uma saída turbulenta da pasta”, informa reportagem do Valor.

“Diferente de Eduardo Pazuello, Ernesto não contou com o mesmo respaldo da Advocacia-Geral da União (AGU) às vésperas de seu depoimento. Fontes relatam que o próprio ex-chanceler preferiu contar com um advogado privado, mas havia a preocupação de que ele passasse por ‘uma síndrome do abandono’”.

*Com informações do 247

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