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A feliz citação da Semana de Arte Moderna de 1922 do manifesto da Fiesp pela democracia

Lógico, a carta da Fiesp em defesa da democracia é extremamente rebuscada para a cabeça ajumentada de Bolsonaro. Sim, alegra-nos ler a citação da Semana de Arte Moderna de 1922, liderada por Mário de Andrade que repudiava os discursos patrióticos a partir de uma estética oficial e exaltava o estrato mais humano da alma brasileira pela arte do povo.

Quando, já em 2017, o olhar arguto sobre o formato artístico espraiado em território nacional pelo povo de que a nossa arte deveria seguir o mesmo caminho obreiro e independente e de uma identidade severa, respaldada no sentimento coletivo da nação, refletido já na nossa maior arte de vanguarda até então, a música.

Essa celebração, que hoje é vista por Bolsonaro como principal inimiga do fascismo, dada a sua robustez e uma capacidade estonteante de resistência, vejam só, há um século é o principal pilar da construção de uma economia moderna a partir da comunhão de ideias que gerou a modernização da indústria nacional que, por sua vez, acabou inspirando, anos mais tarde, a criação da primeira indústria de base no Brasil, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda.

Trazer essa memória nesse momento foi, sem sombra de dúvida, uma feliz ideia, não só pela representação da mudança de paradigma determinante para o desenvolvimento do Brasil, como também trouxe à luz um caminho a ser retomado pelo próximo mandatário do país, que esperamos, seja Luiz Inácio Lula da Silva.

Há um aspecto bastante simbólico nesse ponto nevrálgico do manifesto da Fiesp, que é a adoção da primeira Semana de Arte Moderna pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, por ser o ponto alto dos três dias que abalaram o país, com o slogan de Mário de Andrade, “Brasileiros, chegou a hora de realizar o Brasil”.

No mesmo evento, Mário de Andrade leu um dos mais duros poemas críticos à falta de grandeza social da nossa burguesia. A leitura do poema foi feita na escadaria do Teatro Municipal de São Paulo, em tom de manifesto, “Ode ao Burguês”, extraído do seu livro “Pauliceia Desvairada”.

Por isso, não é sem motivos que a Semana de 1922, que foi repudiada pela burguesia daquele período, ganhou a dimensão que ganhou gerando os maiores debates  sobre cultura no Brasil, com um número incontável de livros que, 100 anos depois, continua sendo o grande marco institucional da cultura brasileira, por ser a expressão de natureza artística e cultural mais fiel ao sentimento mais profundo da alma brasileira, extraído do povo.

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Presidente da Fiesp: Não deveríamos estar discutindo urna eletrônica, e sim uma agenda para o país

Manifesto ‘Em Defesa da Democracia e da Justiça’ foi publicado hoje em forma de anúncio, com adesão de 107 instituições.

No dia em que o manifesto Em defesa da Democracia e da Justiça – de iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) – foi publicado em anúncios nos principais jornais do país, seu presidente, Josué Gomes da Silva, afirmou em entrevista à Folha de S.Paulo considerar “natural” que a entidade assine um manifesto em defesa da democracia. Segundo ele, “não existe liberalismo, economia de mercado ou propriedade privada, valores tão caros à entidade e ao setor industrial, sem que exista segurança jurídica, cujo pilar essencial é a democracia e o Estado de Direito”.

O dirigente é filho do vice-presidente da República de 2003 a 2010, José Alencar. À RBA, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo se referiu ao presidente da Fiesp na semana passada como “uma pessoa progressista, democrática e inteligente”.

Na entrevista à Folha, Josué afirma que “não deveríamos estar discutindo, a esta altura do campeonato, a urna eletrônica, e sim uma agenda para o país, como fomentar o desenvolvimento”. Um dos motivos que justificam o manifesto, acrescentou, é que não há como “ignorarmos a insegurança criada pela contestação da confiabilidade do sistema eleitoral e do Judiciário”.

Sem mencionar diretamente o presidente, ele comentou a semelhança entre os ataques de Jair Bolsonaro à democracia e os graves acontecimentos de 6 de janeiro de 2021 nos Estados Unidos, quando o ex-presidente Donald Trump se recusou a aceitar a derrota para Joe Biden e insuflou a invasão do Capitólio (o Congresso do país). “Nós não podemos aceitar que um 6 de janeiro aconteça no Brasil”, disse Josué. Na semana passada, isolado, Bolsonaro afirmou que o manifesto da Fiesp é uma “nota política em ano eleitoral”.

Movimentos pela paz, em defesa da democracia e do respeito às eleições se fortalecem

Adesão de mais de 100 entidades

O documento publicado nesta sexta é assinado por 107 entidades, entre as quais Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Câmara Americana de Comércio, Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos), FecomercioSP, 11 centrais sindicais de trabalhadores, União Nacional dos Estudantes (UNE), USP e Unesp, entre outras instituições.

As instituições defendem enfaticamente no texto “o papel do Judiciário brasileiro, em especial do Supremo Tribunal Federal, guardião último da Constituição, e do Tribunal Superior Eleitoral, que tem conduzido com plena segurança, eficiência e integridade nossas eleições respeitadas internacionalmente”.

Bolsonaro tem atacado as instituições judiciais e ministros dos tribunais sistematicamente, principalmente Alexandre de Moraes e Edson Fachin, ambos do STF e do TSE. Moraes, eleito como o inimigo número 1 do chefe de governo, será o presidente da Corte eleitoral, em substituição a Fachin, a partir de 16 de agosto e conduzirá o tribunal no processo eleitoral.

Tortura Nunca Mais

O advogado Ariel de Castro Alves, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, entidade que também subscreve o manifesto, afirma ser preciso

“reconhecer que existe risco de uma tentativa de golpe de Estado, protagonizado por Bolsonaro e pelos militares que o cercam”. Para ele, “a união e reação imediata das instituições de Estado, das entidades da sociedade civil e da população em geral são fundamentais para desestimular setores do parlamento, das polícias e das Forças Armadas a aderirem aos planos golpistas e ditatoriais de Bolsonaro”.

Assinam o manifesto Em Defesa da Democracia e da Justiça:

Academia Brasileira de Ciências, Academia Paulista de Direito, Academia Paulista de Letras, Anistia Internacional, APD, Artigo 19, Abimo, Abics, Abihpec, Abdib, Abracom, Abimapi, Pró-genéricos, Abiove, Abraf, Associação Brasileira de Economistas pela Democracia, ABI, AASP, Febrafite, Andifes, Amcham, CSB, CTB, Intersindical, CUT, Cebrap, Cebri, CDPP, Ceert, CLP, Clube de Engenharia, Coalizão Negra por Direitos, Comissão Arns, Comitê de Defesa da Democracia, Conectas, Conif, Democracia em Xeque, Febraban, Fiesp, Fecomercio SP, FenaSaúde, Força Sindical, Fórum Brasileiro de Segurança Pública, FNA, Fundação Fernando Henrique Cardoso, Greenpeace, Gife, Grupo Tortura Nunca Mais São Paulo, IBÁ, Akatu, IBCCRIM, Ibrac, BrasilCon, IDF, Iedi, Ieps, Ipam Amazônia, IAB Nacional, Iasp, Instituto Ethos, Instituto Marielle Franco, IMDS, Instituto Pro Bono, ISA, Instituto Sou da Paz, Instituto Vladimir Herzog, MDA, NCST Nova Central, OAB São Paulo, Pacto pela Democracia, PNBE, PUC-SP, Professores pela Democracia FGV-SP, Pública Central, Raps, Sinaemo, Sindbgesp, Sinbevidros, Sindicalçados Jaú, Sindilouça, Sindifibra, Sindicel, Sietex, Sindilux, Sipatesp, Sindusfarma, Sindmilho e Soja, Sindimov, Sinaesp, Sindical-MS, Sindicerâmica, Simagran-SP, Sindhosp, Sinpro, Sinaval, Sincs, Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência, Todos pela Educação, UGT, UNE, Unicamp, USP, Unesp e WWF.

*Com RBA

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Opinião

Entre a cruz e a caldeirinha, Bolsonaro tenta se equilibrar, e não consegue, com um pé na canoa do fascismo, e outro, na canoa da democracia

Bolsonaro está experimentando o amargo de ver pipocar em todos os cantos do país o esvaziamento do seu público mais fiel.

Na verdade, quem conhece a dinâmica que dita o retiro dos fascistas, sabe que é a do confronto, da guerra, do ódio, do sangue e da morte. Isso é o que eles chamam de rede de conservadores, os chamados cidadãos de bem que aplicam na conduta aquilo que acusam seus oponentes.

Pois bem, essa unidade praticamente não existe mais. E se ainda não virou pó, hoje representa a expressão de um movimento sorumbático que vem definhando semana após semana ao sabor das lambanças de Bolsonaro que, ao mesmo tempo em que convoca os fascistas para um ato de irracionalidade no dia 7 de setembro, tenta colocar mel na boca da burguesia que assinou a carta em defesa da democracia, encolhendo-se e não voltando a tocar no assunto 7 de setembro.

Ou seja, ele plantou a semente do golpe no dia da convenção do PL quando lançou sua candidatura, até porque não tinha o que mostrar dos seus quase 4 anos de governo e, agora, faz-se de morto se esquivando de sublinhar a convocação, como fez em sua última live em que tal assunto não passou nem de raspão por seus comentários.

Lógico que, para um eleitorado ávido por um golpe, em nome de “Deus e da família”, o silêncio de Bolsonaro ganhou destaque, porque teve a clara intenção de mudar de prosa para ver se consegue cicatrizar feridas que ele abriu no seio do grande empresariado, dos banqueiros e rentistas. Isso, sem dizer que ficou ainda mais acuado com a reprimenda americana de que não toleraria em hipótese nenhuma uma aventura golpista no Brasil, principalmente vida do maior lambe-botas de Trump.

Bolsonaro, agora, está em um não lugar, tentando se equilibrar com um pé na canoa do fascismo e, outro, na democracia, no momento de maior polarização.

Isso significa que aquela paixão bolsonarista pelo mito, ou assume uma nova linha com textura mais aveludada e fragrâncias mais leves para não ferir a sensibilidade da burguesia, ou abandona de vez quem arrastou a boiada até aqui.

Na verdade, Bolsonaro está experimentando outro momento completamente diferente daquele de 2018 em que muitos tucanos se cadastraram na seara do fascismo, da violência e da agressão que foram a grande marca de um movimento inspirado num idiota recalcado como Olavo de Carvalho.

Bolsonaro, agora, vai sentindo que os dois pés nas duas canoas antagônicas já estão dentro de uma poça d’água, prontas para afundar junto com as canoas.

Ele não consegue agradar a burguesia e nem os fundamentalistas que, juntos, deram-lhe suporte até dias atrás.

O que significa que Bolsonaro está sendo consumido pelo próprio inferno que criou.

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Florestan Fernandes Junior: “Faço um apelo a todos; participem dos atos de 11 de agosto”

Jornalista ressaltou a necessidade de lutar para a manutenção do Estado Democrático de Direito, conquistado com muita luta após a ditadura militar vivida no país entre 1964 e 1985.

Neste domingo (31), o jornalista Florestan Fernandes Júnior fez um apelo para que os brasileiros participem dos atos em defesa pela democracia no próximo dia 11 de agosto, quando será lida a “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito” na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, em São Paulo.

Florestan ressaltou a necessidade de lutar para a manutenção do Estado Democrático de Direito, que foi conquistado com muita luta após a sanguinária ditadura militar vivida no país entre 1964 e 1985: “Os atos vão ocorrer e é importante que todos que tiverem a possibilidade participem. É na hora do almoço, é fácil dar uma saidinha do trabalho e ir até o ato. Aqui em São Paulo um telão vai ser colocado do lado de fora da Faculdade de Direito da USP e na praça da Sé, que é a praça mais representativa da cidade, onde ocorreram vários comícios pelas Diretas Já. Vão ter vários carros de som de sindicatos e associações que vão estar acompanhando ao vivo esse ato.”

“Então é importante que todos estejam unidos, que todos saiam de onde estiverem e façam algo nesse dia, um buzinaço, um panelaço, que o Brasil escute esse grito em defesa da democracia”, afirmou.

*Com 247

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Bolsonaro vê ‘Carta aos brasileiros pela democracia’ como fim de linha de sua campanha

“Daqui para frente ele não cresce mais”, diz Tales Faria com informações do Planalto. Campanha de Bolsonaro entende que perdeu o apoio da elite.

Jair Bolsonaro (PL) e sua equipe de campanha pela reeleição estão “alarmadíssimos” com a gigante adesão dos mais variados setores da sociedade à “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito“, organizado pela Faculdade de Direito da (USP). O manifesto já tem mais de 200 mil assinaturas.

O ponto de maior preocupação, segundo Tales Faria, do UOL, é o apoio de entidades como a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) à carta. A campanha bolsonarista entende que perdeu o apoio da elite do país, o que foi decisivo para a vitória em 2018. “A informação que eu tenho é que a campanha do Bolsonaro está alarmadíssima com essa Carta aos Brasileiros. Ela é um ponto de inflexão na campanha, pois mostrou que, se em 2018 a elite chegou a apoiar Bolsonaro, dessa vez não tem conversa. Ele agrediu a democracia e a elite brasileira largou o Bolsonaro”.

O QG da campanha de Bolsonaro já sabia que não poderia contar com os votos do Nordeste e da camada mais pobre da sociedade, mas ainda esperavam certo respaldo dos mais abastados.” O Guedes seduziu o Bolsonaro dizendo ‘vamos fazer um programa ultraliberal e com isso vamos trazer a elite’. Isso, em 2018, teve resultados para o Bolsonaro. Mas agora não dá mais. O Guedes perdeu completamente a sua ligação com o empresariado em geral e a campanha do Bolsonaro está alarmada”.

O isolamento completo de Bolsonaro, segundo o colunista, afasta ainda mais uma possibilidade de golpe em caso de derrota nas urnas. “A equipe de campanha está sentindo que ele está isolado e, com o Bolsonaro isolado, não tem mais conversa. Se ele fizer um golpe agora, os militares sabem que não poderão apoiá-lo porque não têm também o apoio dos EUA, com quem os militares brasileiros mantêm uma ligação geopolítica muito forte”.

“Para Bolsonaro, essa Carta aos Brasileiros está sendo um ponto final na campanha dele. Daqui pra frente ele não cresce mais”, concluiu.

*Com 247

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Opinião

Isolado

O apoio da Fiesp ao movimento em defesa da democracia foi a gota d’água para afirmar que Bolsonaro está isolado do mundo civilizado.

As agressões constantes às instituições e a tentativa de assassinar a democracia com um golpe de Estado, assediando o TSE, não encontrou apoio em nenhuma camada da sociedade.

Os abusos que Bolsonaro comete, usando o cargo que ocupa, já deram nas medidas de todos.

Pra piorar, o novo presidente do Superior Tribunal Militar foi taxativo: “não temos que nos envolver nas eleições”.

A sociedade almeja mais e não menos democracia. Mais transparência e menos sigilo de um século como Bolsonaro tem feito para acobertar seus malfeitos, os dos filhos e aliados.

Bolsonaro hoje é visto pelos brasileiros como grave ameaça à democracia. Ele trabalhou duro pra isso. Sua arrogância, que caracteriza o temperamento dos psicopatas, foi um alerta para a sociedade do perigo que representa.

O blogueiro bolsonarista, Allan dos Santos, uma espécie de chefe da milícia digital, mais conhecida como gabinete do ódio, foi condenado novamente à prisão, mas segue foragido nos EUA.

A pesquisa Datafolha divulgada na última quarta feira (27)  mostra que Bolsonaro, entre os jovens, é o líder disparado em rejeição. Entre os jovens de 16 a 29 anos de 12 capitais brasileiras, 67% diz não votar em Bolsonaro de jeito nenhum.

Não é sem motivos que o chefe da Secom, Fabio Faria, deixou transparecer na expressão e na declaração, que Bolsonaro sentiu o repuxo, quando Fabio Faria disse que a Faria Lima continua apoiando, enquanto bolsonaristas tentam derrubar ou ao menos tenta adulterar o manifesto em prol da democracia, assinado por artistas, empresários, juristas e várias entidades da sociedade civil, definindo seus papéis diante da ameaça de Bolsonaro de tentar a aventura de uma ruptura democrática.

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Brasil

Nova ‘Carta aos Brasileiros’ alerta para defesa da democracia e respeito ao resultado das eleições. Leia a íntegra, você pode assinar

Na noite de 8 de agosto de 1977, em plena ditadura militar, o professor Goffredo Telles Jr. leu ém evento na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, um documento que se tornaria histórico: a Carta de 77.

“Das Arcadas do Largo de São Francisco, do ‘Território ­Livre da Academia de Direito de São Paulo, dirigimos, a todos os brasi­leiros esta Mensagem de Aniversário, que é a Proclamação de Princípios de nossas convicções políticas.

Na qualidade de herdeiros do patrimônio recebido de nossos maiores, ao ensejo do Sesquicentenário dos Cursos Jurídicos no Brasil, queremos dar o testemunho, para as gerações futuras, de que os ideais do Estado de Direito, apesar da conjuntura da hora presente, vivem e atuam, hoje como ontem, no espírito vigilante da nacionalidade.

Queremos dizer, sobretudo aos moços, que nós aqui estamos e aqui permanecemos, decididos, como sempre, a lutar pelos Direi­tos Humanos, contra a opressão de todas as ditaduras.

Nossa fidelidade de hoje aos princípios basilares da Democracia é a mesma que sempre existiu à sombra das Arcadas: fidelidade indefectível e operante, que escreveu as Páginas da Liberdade, na História do Brasil.

Quarenta e cinco anos depois a democracia está seriamente no Brasil.

Por isso, no próximo dia 11 de agosto, a Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, será palco da leitura de uma nova “Carta aos Brasileiros” (na íntegra aqui).

O documento já tem mais de 3 mil signatários.

Entre os quais, juristas, empresários, banqueiros, artistas, ex-ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), sindicalistas, professores, lideranças populares.

Aqui, a lista completa

Todas e todos nós comprometidos com a defesa da democracia e os direitos humanos podemos também apoiá-la.

Para assinar, clique aqui.

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Poder

Vídeo: O Brasil é uma República com três poderes, e as Forças Armadas não estão entre eles

Não existe cota de poder na República para esse debate falsificado que Bolsonaro criou sobre urnas eletrônicas que dá poder às Forças Armadas que elas não têm.

A pergunta obrigatória não é se as Forças Armadas, numa democracia, têm algum papel institucional nas eleições, porque a resposta está explícita na constituição, NÃO!

No vídeo abaixo, a fala didática e irretocável de Daniel Souza, no Estúdio I da GloboNews, estabelece os parâmetros de uma democracia, sobretudo o seu sistema político em que as Forças Armadas, diferente das fake news de Bolsonaro, querem nos fazer crer.

As Forças Armadas não têm poder para decidir rigorosamente nada a respeito desse assunto, porque estão subordinadas aos três poderes da República e não acima deles para ter um suposto papel central, como atribui em suas falácias, o arruaceiro Jair Bolsonaro, presidente fraco que precisa se esconder atrás de uma farda que, inclusive, o escarrou do exército, pelo mesmo motivo que, hoje, ele tenta reproduzir numa outra forma de sabotagem.

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Política

Fraqueza da centro-direita não é desculpa para ignorar risco que Bolsonaro traz à democracia

Presidente terminar seu mandato no cargo é prova de desastre.

Celso Rocha de Barros – Carlos Pereira é um grande cientista político brasileiro. Escreveu com Marcus Melo (o da coluna aqui do lado) um livraço, “Making Brazil Work”. Reunindo pesquisas empíricas de alta qualidade, a obra mostrou que o sistema político brasileiro funcionava bem melhor do que se pensava.

O problema é que o livro saiu quando já parava de funcionar. “Making Brazil Work” continua sendo um ótimo estudo dos 20 anos anteriores. Suas conclusões podem voltar a ser aplicáveis quando a crise política passar. Mas é evidente que seu modelo teórico subjacente perdeu poder explicativo na crise política dos últimos anos.

Após a eleição de Bolsonaro, Pereira passou a defender a tese de que Bolsonaro não oferecia risco à democracia brasileira. Afinal, Brazil works. Em sua coluna no Estadão da última segunda-feira (10), Pereira voltou a afirmar que a democracia sobreviveu bem a Bolsonaro, porque o STF conseguiu barrar várias iniciativas do presidente na pandemia e a CPI investigou seus crimes. Criticou quem defende que Bolsonaro ameaça a democracia, dizendo que essa tese não é testável empiricamente a não ser que o golpe ocorra.

O último argumento é claramente falso. Risco é uma probabilidade. Nenhum economista diria, por exemplo, que negócios bem-sucedidos nunca foram arriscados.

O procedimento correto, portanto, é examinar os episódios relevantes da política brasileira nos últimos três anos e discutir se eles são mais bem compreendidos pela hipótese “risco zero”, ou pela hipótese “democracia sob risco”.

Vamos ser generosos com a hipótese “risco zero” e aceitar que ela seja reformulada como “risco não maior do que o verificado em outros governos”. Vamos usar como juiz a análise dos governos anteriores em “Making Brazil Work”.

Já li o livro várias vezes e não vi nada comparável à renúncia coletiva dos chefes das Forças Armadas, ao manifesto dos empresários abortado por ameaças do governo, à tentativa de golpe do 7 de Setembro, à redistribuição de verbas publicitárias para a mídia chapa branca descrita no livro de Patrícia Campos Mello, a perseguição à imprensa, a tentativa de deslegitimar o processo eleitoral, ao conjunto da obra de Augusto Aras, à guerra permanente entre os Poderes, e, sobretudo, à politização das Forças Armadas.

A CPI, a propósito, foi mesmo uma ilha de “instituições funcionando”, mas deveria ter sido instalada um ano antes, quando teria pressionado Bolsonaro a comprar vacina; para quem morreu sem vacina, nossa democracia falhou. A CPI tampouco resultou no impeachment de Bolsonaro. Pereira sempre usou o julgamento do mensalão como exemplo de instituições saudáveis. Por esse critério, Bolsonaro terminar seu mandato no cargo é prova de desastre.

No fim de seu artigo, Pereira reclama que a tese “democracia ameaçada” pode ser usada para justificar o voto em Lula. Bem, a centro-direita ainda pode tentar construir uma candidatura presidencial viável. Se não conseguir, terá sido porque entregou a liderança da direita para o extremista Jair Bolsonaro em 2018. Naquela hora, muita gente gostou de ouvir que não estava colocando a democracia em risco quando votou em Bolsonaro. Se agora é difícil processar corretamente os fatos dos últimos três anos sem votar no Lula no segundo turno, a culpa não é nem do Lula nem dos fatos.

*Publicado na Folha

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Política

Relatório da Human Rights Watch alerta, Bolsonaro é uma ameaça para a democracia brasileira

Organização de direitos humanos lançou relatório global em que aponta também problemas no Brasil, como a tentativa de Bolsonaro de desacreditar o sistema eleitoral, além de ameaças à liberdade de expressão e à independência do sistema judiciário, informa o G1.

A Human Rights Watch (HRW), organização de defesa dos direitos humanos com sede em Nova York, lançou nesta quinta-feira (13) o seu relatório mundial de 2022. No documento, a entidade reitera a importância da manutenção da democracia pelo mundo e a ameaça representada pelas autocracias (forma de governo em que o poder fica concentrado em apenas uma pessoa).

Logo no início do levantamento, o diretor da HRW, Kenneth Roth, contraria a visão comum de que a autocracia está em ascensão e a democracia em declínio.

“De Cuba a Hong Kong, as pessoas saíram às ruas exigindo democracia quando governantes autoritários, como de costume, priorizam seus próprios interesses em detrimento dos de seus cidadãos”, diz Roth.

“Muitos autocratas afirmam servir melhor ao seu povo do que os líderes eleitos democraticamente, mas geralmente atuam, principalmente, por seus próprios interesses e passam a manipular os sistemas eleitorais para que os cidadãos não possam expurgá-los pelo voto. Ademais os autocratas normalmente tentam desviar a atenção com apelos racistas, sexistas, xenófobos ou homofóbicos”, diz a HRW.

Há, entretanto, um movimento importante e crescente que deve preocupar os autocratas, na visão da HRW. Uma ampla gama de partidos políticos de oposição começou a passar por cima de suas diferenças políticas para construir alianças que priorizam o interesse comum em conseguir que políticos corruptos ou líderes repressivos sejam retirados do poder.

Brasil

A organização publicou um capítulo exclusivamente dedicado à situação brasileira. Segundo indicado pela HRW, o presidente Jair Bolsonaro “ameaçou os pilares da democracia brasileira diversas vezes no ano de 2021”. A ONG Internacional destacou atitudes como a tentativa de descredibilizar o sistema eleitoral brasileiro , a ameaça à liberdade de expressão e à independência do sistema judiciário.

O documento também chama atenção para outros fatores. Um assunto amplamente apresentado foi a letalidade policial que alcançou números recordes nos últimos anos, em especial contra pessoas afrodescendentes (cerca de 80% dos casos).

O material traz o discurso de Michelle Bachelet, Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, como um registro importante desses números. Em junho de 2021, ela discursou sobre o aumento da violência policial no Brasil e pediu para que os países tomassem medidas concretas para erradicar o racismo sistêmico contra afrodescendentes e que se responsabilizassem por políticas contra abusos.

Ainda sobre o Brasil o levantamento da Human Rights Watch apontou para as ameaças e ataques aos povos indígenas, além de ressaltar o desmatamento, que continuou a avançar na Amazônia.

“Desde que assumiu o cargo em janeiro de 2019, o governo Bolsonaro enfraqueceu a fiscalização ambiental, encorajando, na prática, as redes criminosas que impulsionam o desmatamento e que têm usado ameaças e violência contra os defensores da floresta. A média do número de multas pagas por desmatamento na Amazônia em 2019 e 2020 foi 93 por cento menor do que a média nos cinco anos anteriores, mostrou um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais”, diz o documento.

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