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Com um discurso vigarista, Moro dá mais motivos para não acreditar nesse teatro entre ele e Bolsonaro

Moro escreveu no twitter como candidato:

“Como cidadão, continuarei defendendo, como sempre fiz enquanto estive no governo, a aprovação de projetos anticorrupção, em especial a PEC ou o PL da execução em segunda instância.Claro que,no momento, a prioridade é combater a pandemia da covid e seus efeitos, como o desemprego.”

Como cidadão, vai combater a corrupção? Isso é uma novidade, porque como juiz, agiu como um corrupto dos mais vigaristas, corrompendo a Força-tarefa da Lava Jato, como vimos pelos vazamentos do Intercept e, em seguida, se corrompeu para o próprio Bolsonaro, trocando a cabeça de Lula, dando a eleição para Bolsonaro em troca do cargo de “super ministro”.

Qual a corrupção que ele combateu? Defendeu com unhas e dentes o próprio Bolsonaro e seus três filhos, principalmente o Flávio.

Qual ação contra a corrupção Moro coordenou no Ministério em um ano e seis meses de comando? Nenhuma, nada. Aliás, para a pasta, Moro foi um nulo, só serviu mesmo como leão de chácara do clã e como capanga da milícia.

Sobre a Covid-19, não é dele a frase que não tinha como prender o vírus?

Quando alguém leu em seu twitter uma linha sequer desse vigarista se compadecendo com as vítimas da Covid-19? Muitas foram vítimas da doença por culpa de Bolsonaro, por negar a gravidade do coronavírus e ainda sair receitando a cloroquina sem ser médico e sem comprovação científica de sua eficácia.

Moro, que viveu esse tempo todo como um gabola comentando as apreensões de drogas da PF, não deu um um pio sobre os 39 kg de pasta de cocaína encontrados no avião da comitiva presidencial que levou um militar à prisão na Espanha.

O que ele descobriu e ou comentou sobre isso? Coisa nenhuma. O sujeito entra num avião da comitiva presidencial com um volume relativo a oito pacotes de 5kg de arroz, que é um volume monumental, sem ser incomodado. E até hoje ninguém deu satisfação do fato aqui no Brasil, sendo Moro o chefão da Segurança Pública.

Para piorar, o candidato Moro teve a pachorra de falar que está preocupado com o desemprego. Não foi o próprio que, cobrado por ter produzido com a Lava Jato, a quebra das empreiteiras brasileiras e o desemprego de 7 milhões de trabalhadores, deu como resposta que não tinha compromisso com isso, dando de ombros para o estrago que ele fez na vida de milhões de pais e mães de família.

Moro fala como candidato, enquanto Bolsonaro ainda nem caiu, antecipando um jogo casado em que Bolsonaro deixa a presidência com poucos arranhões junto com os três filhos marginais e moro, aquele que “não sujou a biografia”, transforma-se no herói 2.0.

A coisa é tão descarada que ele não acusou Bolsonaro de nada grave, muito menos seus filhos estão sendo acusados de algo que lhes dê cadeia.

Para ficar ainda mais patética essa briga, Bolsonaro não acusa Moro de nada, somente se defende meio que sublinhando que o herói é incorruptível. Tudo muito ensaiado e tudo muito mal ensaiado.

Para quem sabe ler, pingo, neste caso, é um livro.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bruno Moreno: Para além da Reforma Trabalhista – evolução dos processos na Justiça do Trabalho

Nas décadas de 1990 a 2010 se observou o crescimento das terceirizações e do setor terciário no Brasil. Entretanto, ao contrário da última década do século passado, os anos de 2003 a 2014 contaram com um novo fenômeno, a forte geração de postos de trabalho na base da pirâmide salarial.

Ocorre que juntamente com este fenômeno, vimos a retomada do crescimento do número de ações ajuizadas por ano na Justiça do Trabalho.

Entre os anos 1990 e 2000, o Brasil completou a transição para uma economia de serviços, que atingiu 59,8% da força de trabalho em 2000 [1] e o processo de informalidade do trabalho acabou alcançando proporções mais drásticas. Já a taxa anual de desocupação nas regiões metropolitanas teria atingido 12,6% em 2002 [2].

Seguindo este quadro, houve flagrante redução das greves e exponencial crescimento das demandas ajuizadas na Justiça do Trabalho no período. Entre 1988 e 1997, o número de demandas trabalhistas ajuizadas na primeira instância no Brasil cresceu à média de 112.489 processos ajuizados por ano, saindo de 922.879 ações ajuizadas na primeira instância em 1988 e alcançando o patamar de 1.981.562 de demandas ajuizadas somente no ano de 1997. Embora haja redução também significativa do número de ações ajuizadas entre 1998 e 2002, o número permaneceu alto (1.614.255 ações ajuizadas) frente ao ano de 1988 [2]. Já o número de greves despencou, indo de 1.962 deflagradas em 1989 a 298 em 2002; e o número de horas paradas variou de 127.279 em 1989 a 16.521 em 2002, de acordo com o SAG do DIEESE.

Diferentemente, entre 2003 e 2014, segundo a PME, a taxa de desocupação anual foi reduzida nas regiões metropolitanas de 12,3% a 4,8% [3]. No entanto, assim como na década de 1990, se observou o crescimento das terceirizações e do setor terciário, tendo o mesmo alcançado 65,8% dos postos de trabalho em 2010 [1].

As terceirizações aumentaram a sua participação no conjunto dos vínculos formais de emprego, sendo que em 2014 quase 26% dos trabalhadores com vínculos formais estavam empregados em empresas que exerciam atividades tipicamente terceirizadas, totalizando 12,5 milhões de empregos formais, ao passo que esta taxa era de 23,5% em 2007, totalizando 8,5 milhões de vínculos [4].

A quantidade de ações trabalhistas

O crescimento das demandas trabalhistas ajuizadas por ano na primeira instância da Justiça do Trabalho foi retomado a partir do ano de 2005, passando de 1.607.163 ações ajuizadas em 2004 para 2.365.547 em 2014, numa média de 75.841,40 ações ajuizadas a mais por ano [5].

Mas diferentemente do que ocorreu nos anos 1990, este fenômeno se deu ao mesmo tempo em que o desemprego caiu consideravelmente e o número de greves e horas paradas voltaram a ter grande crescimento. Segundo o SAG do DIEESE, em 2012, o número de horas paradas (87 mil) foi inferior tão somente aos picos históricos dos anos de 1989 e 1990, 75% superior a 2011 e teria alcançando 111 mil horas paradas em 2014. Por outro lado, em 2013, o número de greves chegou a 2.050, representando um crescimento de 134% com relação a 2012 e o salário médio real aumentou 13% entre 2011 e 2013.

A hipótese que suscitamos para explicar o crescimento quase constante do número de ações ajuizadas por ano na Justiça do Trabalho é o crescimento da rotatividade no emprego. A taxa de rotatividade global celetista variou de 53,9% em 2002 a 64% em 2012. Para se ter ideia da curta duração do emprego no Brasil durante o período, de acordo com dados fornecidos pela RAIS, aproximadamente 2/3 dos desligamentos ocorridos em 2012 (66,5%) estão relacionados a contratos rompidos antes de completar o primeiro ano de trabalho. Portanto, um fator que potencializou a elevação das ações trabalhistas distribuídas foi o crescimento proporcional dos vínculos mais precários e com maior rotatividade, como dos trabalhadores terceirizados e do difuso setor terciário. Mas não foi só isso.

Vejamos que o número de ações ajuizadas por ano tende a acompanhar o número de desligamentos por ano:

Gráfico 1: Ações Ajuizadas na JT x Desligamentos

Fonte: TST e DIEESE

E ao mesmo tempo, a variação no número de desligamentos por ano apresenta comportamento contrário ao do desemprego:

Gráfico 2: Desemprego x Desligamentos

Fonte: PNAD e TST

Ou seja, nos períodos de maior estabilidade econômica e segurança social, o número de desligamentos aumenta e a taxa de rotatividade também. Isso porque um número maior de trabalhadores rompe por iniciativa própria os vínculos mais precários em busca de melhores oportunidades de trabalho em uma economia aquecida. E também por isso, processam mais seus ex-empregadores (e até mesmo os empregadores).

Como se nota nos gráficos acima, entre 2015 e 2017, há significativa queda no número de desligamentos por ano e crescimento do desemprego. Já entre 2016 e 2017 há redução no número de ações ajuizadas na Justiça do Trabalho, havendo uma queda brusca entre 2017 e 2018.

Além da reforma trabalhista, 2018 também foi o ano em que quem perdeu o emprego em 2015 (um percentual muito elevado) teria seu direito de ação prescrito, sem falar na corrida por ajuizamento de ações antes da vigência da Reforma Trabalhista em 2017. Ou seja, a conjuntura recessiva e a Reforma Trabalhista formaram um grande combo.

Ocorre que em 2019 o número de ações ajuizadas na Justiça do Trabalho (1.819.491) voltou a subir com relação a 2018 (1.742.507). Isto pode ser explicado pelo crescimento do número de desligamentos em 2018, que atingiu 18.259.576 (frente 17.990.703 em 2017) E, ainda pelo fato do desemprego sofrer reduções de 0,6% entre os últimos trimestres de 2019 e 2018 e de 0,8% com relação ao último trimestre de 2017.

Assim, é provável que caso haja nova redução significativa do desemprego, como ocorreu entre 2003 e 2014 e ainda levando em conta as formas mais precárias de trabalho trazidas pela Reforma Trabalhista, o número de ações ajuizadas por ano na Justiça do Trabalho volte aos patamares superiores a 2 milhões de ações ajuizadas por ano.

 

*por UERJ Labuta

*Bruno Moreno Carneiro Freitas, mestre em Sociologia e Direito pela Universidade Federal Fluminense, Professor Substituto da Universidade Federal do Rio de Janeiro e da Universidade Federal Fluminense e membro do CIRT – Configurações Institucionais e Relações de Trabalho da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

*Imagem destaque: Freepik

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População de rua em S Paulo chega a 24.344 pessoas; No Rio, 1.810 pessoas mortas pela policia

Rio de Janeiro: 1.810 pessoas morreram em intervenções policiais, o número mais alto em duas décadas. A letalidade policial foi um recorde em 2019, enquanto os crimes tiveram um declínio histórico, a última tendência que se estende ao resto do Brasil, um dos países mais violentos.

Mas especialistas em segurança pública alertam que a letalidade dos agentes e a diminuição de crimes estão desconectadas, embora os políticos de apoio à mão dura se orgulhem da suposta relação.” (El País, Espanha)

São Paulo: população de rua cresce 60% depois do golpe.

Segundo a Folha, os dados são do, ainda inédito Censo da População em Situação de Rua, realizado pela prefeitura.

A população de rua da cidade de São Paulo chegou a 24.344 pessoas em 2019, um salto de 60% em quatro anos.

A crise econômica, desemprego, baixa renda promovidos pelos governos Temer e Bolsonaro fizeram isso.

Mas não é só isso

Como bem disse Saul Leblon – Carta Maior, “o governo tido como eficiente pelas elites investiu pífios R$ 57,3 bi em 2019; disso, 28,7% (R$ 16,5 bi) foram na área militar, sim, mi-li-tar… (Folha).

Em contrapartida, reservou vergonhosos R$ 167,4 milhões para obras contra inundações, dos quais nenhum centavo pago até agora. A rua é só a ponta do iceberg do empobrecimento galopante numa sociedade em que mais de 50 milhões balançam entre o desemprego e o bico. O emprego, a dignidade dos trabalhadores, o patrimônio e a soberania têm neste governo um drone exterminador manejado pelo grande dinheiro.

Não sai nada daí, exceto isso: vidas ordinárias, nação dilapidada, gente empobrecida.

 

*Da redação

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O efeito bumerangue da manipulação midiática da economia

O desemprego, a precarização e a informalidade atingem cerca de 40 milhões de trabalhadores. É cada vez maior o numero de pessoas que trabalha por conta própria, sem previdência, férias, FGTS, 13º ou qualquer outro direito. Mas os grupos de mídia comemoram “a queda do desemprego.”

A estagnação econômica, a desocupação, o desalento e o pior nível de investimento público da história levam à redução drástica do consumo. Por isso, muitos preços param de subir. Consequentemente, a inflação cai. No entanto, a mídia festeja “a derrubada da inflação”, sem explicar a causa.

A economia anda de lado ou para trás. Assim, não cabe ao Banco Central outra medida a não ser rebaixar as taxas de juros. A taxa básica da economia, a Selic, cai então para o menor patamar da história, o que não tem nenhuma relação com a melhoria da qualidade de vida dos brasileiros e das brasileiras. Só que na visão da imprensa, os juros baixos são obra e graça da equipe de Paulo Guedes.

Partindo de um patamar extremamente baixo, qualquer economia reage, seguindo uma dinâmica própria do capitalismo. O crescimento esperado do PIB para o trimestre era de 0,4%, mas veio 0,6%. É o suficiente para as editorias de economia soltarem foguetes. Vale lembrar que no governo Dilma, por exemplo, crescimento de 2% no trimestre ganhava uma salva de vaias e a pecha de “pibinho.”

A manipulação grosseira do noticiário econômico, todavia, esbarra num grande obstáculo: a confrontação com a realidade, que cedo ou tarde a maioria das pessoas acaba fazendo.

Como ignorar as calçadas dos grandes centros urbanos repletas de homens, mulheres e crianças vivendo sob as marquises? E os milhões de trabalhadores se virando para sobreviver como motoristas de aplicativo ou entregadores de comida pelo ifood? E os preços exorbitantes do gás de cozinha e da gasolina? E os salários cada vez mais achatados, além do fim da valorização do salário mínimo?

É difícil encontrar uma família brasileira que não tenha pelo menos um de seus membros desempregado. O calvário dos jovens para a conquista do primeiro emprego é outro drama familiar. O projeto de Bolsonaro para enfrentar o problema, através dos empregos sem direitos previstos na “carteira verde e amarela”, está fadado ao fracasso, uma vez que passa ao largo de decisões de política econômica capazes de gerar emprego e renda.

Os grandes veículos de comunicação têm logrado êxito considerável em suas campanhas de criminalização dos que eles consideram seus adversários políticos, bem como na criação de falsos heróis do combate à corrupção e na caçada implacável a lideranças e partidos com compromisso popular.

No que se refere à economia, porém, a história é diferente. Despejar sobre a sociedade informações desconectadas da realidade costuma produzir um efeito bumerangue.

O cidadão olha ao redor e depara com colegas de trabalho, vizinhos ou parentes que perderam seus empregos. Em casa, se angustia vendo seu filho não trabalhar nem estudar e faz malabarismos para sustentar a família com um salário que vale cada vez menos. É impossível que ele não veja também a quantidade de pedintes e de gente passando fome nas ruas. Tudo isso se choca com as manchetes edulcoradas da Globo e congêneres.

Exemplo inverso se deu nos governos do PT. Durante os mandatos de Lula e Dilma, a imprensa teimou em brigar com os fatos o tempo inteiro e se deu mal. Enquanto a vida das pessoas melhorava e o país atravessava sua melhor fase, Globo, Folha, Estadão e Veja não reconheciam nenhum mérito na política econômica desenvolvimentista, com base na inclusão social, na educação e na soberania, e a atacavam diuturnamente. O povo respondeu impondo-lhes quatro derrotas eleitorais consecutivas.

Em tempo : estava com toda pinta de manipulação o aumento das vendas natalinas em 9,5% alardeado pela associação das grandes lojas de shopping centers e reverberado com furor pela imprensa. Logo, a associação que reúne os lojistas pequenos e médios, cerca de 60% dos estabelecimentos dos shoppings, tratou de colocar os pingos nos is : em termos de vendas, o Natal de 2019 foi igual ou pior do que o do ano passado.

 

 

*Do Blog do Bepe

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Brasil, o país dos bicos: A mentira descarada de Bolsonaro sobre a retomada do emprego

No Brasil como um todo, o quadro estampado na imagem em destaque é cada vez mais frequente em pequenas e médias cidades, mas principalmente nos grandes centros. É a luta desesperada pela sobrevivência, mas, para Bolsonaro, isso é a retomada do emprego.

Entre o quarto trimestre de 2016 e o terceiro trimestre de 2019, o contingente de trabalhadores informais, sem direitos, aumentou 12%, enquanto o que tem carteira assinada caiu 0,4%

É o setor informal da economia que vem sustentando a retomada do mercado de trabalho, de acordo com dois estudos feitos a cada trimestre pelo Banco Central (BC), divulgados nesta quinta-feira (19).

Um dos estudos conclui que “o processo de recuperação do mercado de trabalho observado nos últimos anos tem se apoiado primordialmente no setor informal, diferentemente do que foi observado no ciclo de expansão que precedeu a última recessão”.

“O movimento pode estar associado não apenas ao gradualismo que caracteriza a retomada da atividade econômica, mas também a fatores tecnológicos que ampliaram as possibilidades de se ofertar trabalho autonomamente”, diz o BC.

Segundo o BC, entre o quarto trimestre de 2016 e o terceiro trimestre de 2019, o contingente de trabalhadores informais, sem direitos, aumentou 12%, contribuindo com 5 pontos percentuais no aumento de 4,7% da população ocupada.

“A maior parte da contribuição decorreu de aumentos de empregados nos segmentos do setor privado sem carteira e, principalmente, de trabalhadores por conta própria”, explica o Banco Central.

Já o emprego formal apresentou queda de 0,4%, nesse período.

Em relação aos rendimentos médios, segundo o relatório, houve incrementos de 4,4% e 4,3% para os trabalhadores formais e informais, respectivamente, interrompendo as tendências observadas na fase anterior.

“A massa de rendimentos acumulou alta de 7,5% no período, com a maior parte (4,6 pontos percentuais) repercutindo elevações da população ocupada e do rendimento médio dos trabalhadores informais.”

Em outro estudo, o BC diz que “períodos de contração econômica e recuperação gradual, como o vivenciado pela economia brasileira nos últimos anos, podem provocar aumento da subocupação, saída de pessoas do mercado de trabalho por desalento e entrada de pessoas oferecendo trabalho para complementar a renda domiciliar”.

“Simultaneamente, inovações tecnológicas e alterações da legislação têm contribuído para a flexibilização das relações trabalhistas nos últimos anos”, acrescenta o BC.

Os subocupados são aqueles que trabalharam por menos de 40 horas semanais, estavam disponíveis e gostariam de trabalhar por mais horas.

Os desalentados são pessoas que gostariam de ter um trabalho e estavam disponíveis para trabalhar, mas não realizaram busca efetiva por trabalho.

Nesse contexto, diz o BC, “medidas mais amplas de subutilização da força de trabalho – comparativamente à usual taxa de desocupação (TD) – ganham relevância para avaliação do nível de ociosidade no mercado de trabalho”.

“A evolução recente dos indicadores alternativos sugere retomada mais lenta do mercado de trabalho do que a apontada pela TD [taxa de desocupação], evolução explicada, em parte, pelo aumento dos subocupados”, concluiu.

 

 

*Com informações do Viomundo

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O grande fundamentalismo de Bolsonaro: Bancos lucram R$ 109 bilhões em 12 meses, maior valor em 25 anos, diz Banco Central

Os bancos lucraram R$ 109 bilhões entre julho de 2018 e junho de 2019, informou nessa sexta dia 22 de novembro o diretor de Fiscalização do BC (Banco Central), Paulo Souza, durante a apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira.

Esse é o maior lucro nominal (sem considerar a inflação) em 25 anos, desde o lançamento do Plano Real, em 1994.

Os dados mostram que o resultado é 18,4% superior ao lucro de R$ 92 bilhões registrado entre julho de 2017 e junho de 2018.

Esta é a resposta pra quem pergunta por que Bolsonaro ainda não caiu diante de tantos escândalos, crimes e quebradeira nacional.

Como disse Lula:

“Parece que enfiaram o Brasil numa máquina do tempo e nos enviaram de volta a um passado que a gente já tinha superado. O passado da escravidão, da fome, do desemprego em massa, da dependência externa, da censura, do obscurantismo

O Brasil precisa embarcar de volta para o futuro – Aos que criticam ou temem a polarização, temos que ter coragem de dizer: nós somos, sim, o oposto de Bolsonaro.

Não dá para ficar em cima do muro: somos e seremos oposição a esse governo de extrema-direita que gera desemprego e exige que os desempregados paguem a conta.”

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Bolsonaro bate todos os recordes negativos: desemprego, bico, desmatamento, miséria, dólar nas alturas e fuga de capitais

Não há antipetismo possível que faça sumir a imagem de terra arrasada do governo Bolsonaro.

O fascista é um portento em matéria de desgraça coletiva.

Nem estou colocando na conta seu laranjal, fantasmas milicianos, Queiroz, o cheque da Michelle, o patrimônio do Flávio e as inúmeras picaretagens de Eduardo e Carluxo, o pavão misterioso da Fake News.

Muito menos quero falar agora do assassinato de Marielle e do sumiço do porteiro que dedou seu Jair.

Vou pular por enquanto a nuvem cinza que paira sobre os 39 kg de cocaína encontrados pela polícia espanhola no avião da comitiva de Bolsonaro e outros tantos episódios bisonhos envolvendo seu governo e sua família.

Vou me ater apenas aos recordes negativos.

Mais de 12 milhões de desempregados.

Economia brasileira estagnada no maior período da história.

Recorde de bicos com 38 milhões de trabalhadores na informalidade durante o governo Bolsonaro, atingindo 41,4% da população ocupada.

Desmatamento na Amazônia bate recorde com Bolsonaro e cresce 29,5%.

Foram destruídos 9.762 quilômetros quadrados de floresta, segundo o Inpe. Entre agosto de 2018 e julho de 2019 o Brasil bateu o recorde do desmatamento na Amazônia.

Brasil alcança recorde de 13,5 milhões de miseráveis, aponta IBGE.

O número é superior à população de países como Bélgica, Portugal, Cuba e Bolívia.

A cotação do dólar voltou a subir nesta segunda-feira (18) e fechou a R$ 4,207, maior valor nominal (sem contar a inflação) da história.

O recorde em valores reais (corrigido pela inflação brasileira) é de 2002, quando a moeda chegou a R$ 4 nominalmente, que hoje seriam R$ 10,80.

Saída mensal de capital externo na bolsa é recorde.

É a a maior fuga de capital estrangeiro em, pelo menos, 23 anos.

Trocando em miúdos, em menos de um ano de governo Bolsonaro, com reforma trabalhista e da previdência que prometiam o céu na terra para os trabalhadores, o Brasil se encontra no buraco do inferno.

O que o Brasil tem de “positivo” é apenas o recorde de lucro dos bancos.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Em cinco anos de Lava Jato, golpe e governo Bolsonaro, Desigualdade no Brasil dispara e pobreza chega a 23,3 milhões de pessoas

O Brasil vive o ciclo mais longo de aumento da desigualdade de sua história . Estudo do economista Marcelo Neri, diretor do FGV Social, mostra que a concentração de renda cresce no país há 17 trimestres, pouco mais de quatro anos.

A piora na desigualdade, segundo Neri, é resultado do aumento do desemprego no país, que ainda aflige 12 milhões de pessoas :

— O principal fator que influencia o aumento da desigualdade é o desemprego, que, embora apresente sinais de alguma recuperação, ainda é grande no país.

O economista pondera que, quando o desemprego aumenta, o mercado de trabalho tende a diferenciar ainda mais os trabalhadores de acordo com o grau de instrução. Os mais capacitados têm mais chance do que os de baixa escolaridade.

A desigualdade é medida pelo índice de Gini, que mostra a concentração de renda e varia de zero a 1. Quanto mais próximo de 1, mais desigual é a distribuição de renda. No Brasil, o indicador segue tendência de alta desde o quarto trimestre de 2014, quando estava em 0,6003, até o segundo trimestre deste ano, quando alcançou 0,6291.

A concentração de renda avançou no período que abrange os governos de Dilma Rousseff, Michel Temer e o primeiro semestre da gestão de Jair Bolsonaro.

Para João Saboia, professor do Instituto de Economia da UFRJ, a precariedade do mercado de trabalho é uma das causas que explicam o aumento da desigualdade no país.

— O que esses números mostram é a disparidade no mercado de trabalho. O índice de Gini abarca todas as fontes de renda, sejam elas formais ou informais. Sendo assim, inclui trabalhadores que têm renda irregular e os registrados, com salário fixo. O mercado ainda não consegue absorver o contingente de trabalhadores disponíveis. E, quando absorve, é de uma maneira muito desigual — explicou Saboia.

Impacto maior para jovens
De acordo com o estudo, nem mesmo em 1989, pico histórico de desigualdade brasileira, alimentada pela inflação galopante, houve um período de concentração de renda por tantos trimestres consecutivos.

Outro indicador do avanço da desigualdade no país é a análise do comportamento dos rendimentos do trabalho de acordo com a faixa de renda. No período de 2014 a 2019, a renda da metade mais pobre da população caiu, como antecipou o colunista do GLOBO Ancelmo Gois. A perda foi de 17,1%. No mesmo período, a renda da parcela que compreende o 1% mais rico avançou 10,11%.

O levantamento tem como base a renda do trabalho per capita familiar, ou seja, considera todos os trabalhos de todos os integrantes da família, divididos pelo número de pessoas do domicílio. O cálculo desconta a inflação do período.

Os mais pobres não foram os únicos que viram seu rendimento encolher no período. Os mais jovens, com idade de 20 a 24 anos, registraram queda de 17,7% no período. As pessoas sem instrução tiveram recuo de 15%.

— Uma das explicações para a queda na renda dos jovens é que eles não conseguem inserção no mercado de trabalho. Com a crise e as demissões de chefes de família, jovens passaram a procurar ainda mais emprego. Os resultados mostram que quem mais perdeu nesta crise foram as pessoas com pouca experiência ou com pouca instrução — destaca Neri.

Segundo o estudo, o desemprego foi o principal responsável pela queda no poder de compra das famílias.

“Desemprego é sinal de desajuste do mercado de trabalho e de frustração. A maioria dos ocupados passa a temer cair no desemprego, e, por precaução, reprime sua demanda por bens e serviços”, diz o o estudo.

23,3 milhões na pobreza
Além da disparidade crescente de renda entre os trabalhadores, o número de pobres no Brasil aumentou. De acordo com o levantamento, entre 2015 e 2017, a população pobre brasileira aumentou de 8,3% para 11,1% do total. Assim, este contingente representa uma parcela de 23,3 milhões de pobres no Brasil, pessoas que vivem com menos de R$ 233 por mês.

Em dois anos, o Brasil passou a ter mais 6,2 milhões de pobres. Uma das causas para esta situação de aumento da pobreza, ressalta o diretor do FGV Social, é a falta de expansão de programas sociais:

— Ao passo que o desemprego aumentou e mais pessoas perderam suas fontes de renda, as políticas públicas não conseguiram incorporar esse novo contingente de desassistidos. Um exemplo é o Bolsa Família. Foram feitas medidas para evitar fraudes e melhorar o cadastramento, mas a expansão do programa não foi suficiente para impedir o aumento significativo na pobreza do Brasil.

 

 

*Com informações de O Globo

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Com desemprego em alta, população está sem paciência com as bobagens de Bolsonaro

Bolsonaro tem no combate ao desemprego a sua pior avaliação entre 18 áreas, de acordo com pesquisa Datafolha, divulgada nesta segunda (2). Após oito meses, 65% da população considera a atuação de seu governo como ruim ou péssima nesse quesito. O top 5 da tristeza se completa com saúde (59%), combate à fome e à miséria (58%), meio ambiente (49%) e educação (49%). Sua reprovação geral passou de 33% para 38% e a aprovação, de 33% para 29%.

O presidente da República teria mais liberdade para a sua pauta medieval em costumes e comportamento caso tivesse conseguido reduzir drasticamente o desemprego no país. A maioria da população brasileira, que não é de direita, nem de esquerda, mas pragmática, digeriu as denúncias do Mensalão e reelegeu Lula, em 2006, em meio ao crescimento econômico. Toleraria mais facilmente, portanto, o pacote bolsonarista desde que o seu governo garantisse dignidade econômica. O que não tem sido o caso.

A geração de empregos segue patinando. Na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) Contínua, divulgada pelo IBGE, na última sexta (30), a taxa de desocupação caiu de 12,5% (no trimestre encerrado em abril) para 11,8% (no encerrado em julho). São 12,6 milhões de brasileiros procurando trabalho sem encontrar.

Mesmo diante desses números, o presidente não apresentou até o momento um projeto nacional para fomentar geração de postos formais de trabalho. Pelo contrário: pressionado, já disse: “Tenho pena? Tenho. Faço o que for possível, mas não posso fazer milagre, não posso obrigar ninguém a empregar”. O argumento é intelectualmente indigente, uma vez que governos podem e devem criar ambientes propícios para o crescimento econômico e a geração de postos de trabalho.

Acreditando que tinha cacife junto à população ou apostando no acirramento de posições para agregar aliados em torno de sua proteção, Bolsonaro apertou a tecla “foda-se” a partir de uma live no Facebook no dia 18 de julho. Não que ele já não fosse Bolsonaro antes disso, mas parece que qualquer indício de freio desapareceu.

Desde então, ele trouxe o cocô para o centro da retórica presidencial, abraçou publicamente o nepotismo e a filhocracia e brigou com o mundo quando reclamaram que ele estava permitindo a maior fogueira tropical do planeta. Com o desemprego e a informalidade em alta, um indulto às suas loucuras foi negado pela maioria da população como se pode ver pelos números do Datafolha.

A informalidade bateu recorde na série histórica da PNAD Contínua. A taxa de desocupação vem caindo através do aumento de postos sem carteira assinada (mais 441 mil frente ao trimestre anterior) e dos trabalhadores por conta própria (mais 343 mil). Vagas sem 13o salário, férias, descanso semanal remunerado, limite de jornada. Ou seja, sem direitos.

O que vai ao encontro de outro bordão presidencial: “o trabalhador vai ter que decidir se quer menos direitos e emprego, ou todos os direitos e desemprego”. Essa relação tende a ser binária apenas em matrizes de pensamento simplistas, que excluem a possibilidade de um empregado produzir mais riqueza quando está sob condições saudáveis.

Os números da informalidade, por incrível que pareça, são comemorados por membros de sua equipe que veem nisso um momento em que brasileiros se “libertam” do jugo da CLT. Confundem o empreendedor consciente com o precarizado desolado. Ignoram que muitos dos que trabalham como vendedores de quentinhas e bolos na rua e motoristas para serviços de aplicativos trocariam seu CNPJ de MEI por um emprego que garantisse segurança e direitos num piscar de olhos.

Parte de seus apoiadores vendeu a falsa ideia de que, com o avanço da Reforma da Previdência, leite e mel correriam no meio fio das calçadas de imediato e unicórnios vomitariam arco-íris nos trabalhadores. Mesma ladainha, aliás, vendida pelo governo Michel Temer com a Reforma Trabalhista, que prometeu um dilúvio de empregos formais. Agora que a vida real se impõe, encontram outras desculpas.

Bolsonaro inverteu a ordem das coisas, acreditando que manter uma base bolsonarista bem alimentada e com energia para sair às ruas é a melhor garantia de proteção ao seu mandato. Optou por manter o país em Estado de campanha eleitoral constante, fazendo com que a principal meta do governo não seja emprego, saúde, combate à miséria, meio ambiente, educação, mas sua reeleição e o bem-estar de seus filhos. Se a campanha, em 2018, foi a mais curta da história recente, durando 45 dias, a de 2022 será a mais longa, e vai durar quase quatro anos.

O problema é que a maior parte da população está ficando irritada em ver um presidente comprar briga com tudo e com todos, pondo em risco a imagem e os negócios do país, enquanto entrega, no lugar de empregos decentes, vídeo de golden shower e declarações com cocô.

 

*Por Leonardo Sakamoto/Uol

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Ampulheta virada: As chamas que queimam a Amazônia podem se transformar no impeachment de Bolsonaro

Antes de outubro chegar o grito pelo impeachment de Bolsonaro já será atordoante. Evidente que ele não deve derrapar na primeira curva, mas o caminho estará aberto para que o seu governo seja interrompido antes das eleições de 2020.

A destruição da Amazônia provocada pelas ações do governo Bolsonaro e da nova política, que tem como ministro do Meio Ambiente um dos quadros mais importantes do Partido Novo, o advogado Ricardo Salles, tem todos os ingredientes para levar o Brasil a uma crise sem precedentes.

O grito de Macron pedindo a convocação em caráter de urgência de uma reunião do G7 não é nada mais do que uma ação oportunista de um governante que aprendeu a interpretar os sinais das ruas depois de viver uma crise que quase o derrubou.

A Europa foi tomada ontem por imagens de uma floresta em chamas, de animais queimados, de fumaça cobrindo cidades, de relatos catastróficos, porém realistas, do que ocorre por essas paragens.

Em menos de 24 horas a cidadania ativa dos países desenvolvidos ligou os pontos. Um presidente fascista e bufão, que já tinha péssima imagem pública por lá, virou o responsável pelo maior crime ambiental da história recente.

Os europeus têm razão. O programa de governo e os discursos de Bolsonaro referendam o que está acontecendo. Não foi acidente. É crime.

E a cidadania ativa europeia exige um posicionamento dos seus governantes. Macron foi apenas o primeiro a trucar. Outros seguirão sua linha nos próximos dias.

Em breve, os produtos agrícolas brasileiros serão boicotados e interditados nos supermercados europeus. Sanções serão decretadas para importações de produtos como soja e carne. E haverá protestos na frente de embaixadas verde e amarela mundo afora.

Bolsonaro tentará usar a mesma tática da política interna para lidar com essa avalanche internacional e provocará mais crise.

A economia que já se arrasta na estagnação tende a entrar rapidamente em recessão. O nível de desemprego que já é alto se ampliará. E os filhos das madames de laquê e dos mascus de pulover vão abandonar o barco do capitão. Porque é impossível pra eles se manter a favor de um governo que destrói a Amazônia. Nem o discurso mais neoliberal moderno aceita esse roteiro demoníaco.

Para que imensas manifestações de rua sejam construídas falta apenas uma boa convocação. Serão milhões em todos os cantos do planeta.

E antes de outubro chegar o grito pelo impeachment de Bolsonaro já será atordoante. Evidente que ele não deve derrapar na primeira curva, mas o caminho estará aberto para que o seu governo seja interrompido antes das eleições de 2020. Foi assim com Collor. Foi assim com Dilma.

Já há condições para um pedido de impeachment de Bolsonaro antes do Natal chegar. Talvez de muitos pedidos.
A economia, essa donzela, será decisiva. E o crime contra a Amazônia tende a esfarelar qualquer perspectiva (que já era baixa) de reação.

A queda de Bolsonaro se tornou uma questão de tempo. A ampulheta está virada.

 

*Com informações da Forum