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Grupo de Haia determina seis medidas contra genocídio na Palestina

32 países se comprometeram, entre outros pontos, a vetar venda ou transferência de armas para Israel, rever contratos públicos com regime sionista e pressionar por julgamento dos crimes internacionais

A primeira Cúpula Ministerial de Emergência do Grupo de Haia, realizada em Bogotá, Colômbia, nos dias 15 e 16 de julho, adotou uma declaração conjunta com seis medidas para deter o genocídio na Palestina, proibir o apoio militar a Israel e promover a justiça internacional em resposta à crise humanitária no Território Palestino Ocupado.

A declaração conjunta adotada pelos países reunidos em Bogotá detalha as seguintes medidas para abordar crimes internacionais e a situação na Palestina:

Proibição de Remessas Militares para Israel
Os Estados se comprometeram a bloquear a exportação de armas, munições, combustível e equipamentos militares para Israel. Essa medida visa impedir que as indústrias nacionais dos países participantes contribuam, direta ou indiretamente, para genocídios, crimes contra a humanidade e outras violações do direito internacional nos Territórios Palestinos Ocupados. A proibição inclui quaisquer materiais que possam ser usados para perpetuar a ocupação ilegal ou a violência contra civis palestinos, garantindo que recursos estatais não sejam vinculados a essas ações.

Restrição à passagem de embarcações que transportem equipamentos militares

Os países proibirão o acesso, a atracação ou a prestação de serviços em seus portos a embarcações que representem risco claro de transporte de armas, munições ou suprimentos militares destinados a Israel. Essa medida está em conformidade com o direito internacional, especialmente com as obrigações dos Estados de não facilitar atividades que violem os direitos humanos ou o direito humanitário.

Os portos nacionais implementarão controles rigorosos para identificar e deter qualquer embarcação suspeita de contribuir para a máquina de guerra israelense.

Controle de embarcações que arvoram bandeiras nacionais
Embarcações registradas sob as bandeiras de países membros do Grupo de Haia estão proibidas de transportar armas, munições, combustível militar ou equipamentos de dupla utilização para Israel.

Essa restrição garante que as frotas nacionais não sejam utilizadas para apoiar a ocupação ou crimes na Palestina. Os Estados devem estabelecer mecanismos de supervisão para garantir o cumprimento, incluindo inspeções e sanções para embarcações que violem esta disposição.

 

Revisão de Contratos Públicos com Israel
Os Estados revisarão urgentemente todos os contratos públicos com entidades israelenses, tanto governamentais quanto privadas, para garantir que fundos estatais não sejam utilizados para atividades que perpetuem a ocupação ilegal da Palestina ou violações de direitos humanos.

Essa medida inclui a avaliação de acordos comerciais, contratos de defesa e qualquer tipo de cooperação que possa contribuir para a maquinaria da ocupação. Os países se comprometeram a suspender ou cancelar contratos que não estejam em conformidade com os princípios do direito internacional.

Investigação e julgamento de crimes internacionais
Os países promoverão a investigação e o julgamento de crimes graves, como genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade, cometidos nos Territórios Palestinos Ocupados. Essas ações serão realizadas em tribunais nacionais e internacionais, garantindo que as vítimas recebam justiça e que crimes futuros sejam prevenidos. Os Estados fortalecerão seus sistemas judiciais para julgar esses casos e colaborarão com organismos internacionais para garantir a responsabilização.

*Opera Mundi


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Petro pede presença militar da Colômbia em Gaza para ‘deter genocídio’ de Israel

Durante cúpula em Bogotá, presidente colombiano afirmou que, esgotada a via diplomática, é preciso medidas que envolvam o uso da força para proteger palestinos

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu a presença militar da Colômbia na Faixa de Gaza. Em discurso no Grupo de Haia, organizado em Bogotá, o mandatário colombiano defendeu que vai solicitar que tropas colombianas estejam na região para “deter o genocídio”.

Ele, no entanto, disse que é preciso esgotar as ferramentas diplomáticas antes de tomar medidas que envolvam o uso da força.

“Nosso objetivo é simples: implementar medidas jurídicas, diplomáticas e econômicas concretas que possam deter a destruição de Israel e defender o princípio fundamental de que nenhum Estado está acima da lei”, disse durante a abertura da reunião de ministros de 8 países chamada de Grupo de Haia.

A reunião dos governos tem representantes da Bolívia, Cuba, Honduras, Senegal, África do Sul, Malásia, Namíbia e Colômbia. A cúpula começou nesta terça-feira (15/07) e vai durar dois dias. A ideia é que os representantes escrevam uma resolução com uma série de medidas. Nesta quarta-feira (16/07), o encontro terá a presença da relatora especial da ONU, Francesca Albanese.

Apoio da Venezuela
O governo de Nicolás Maduro enviou uma carta elogiando os trabalhos realizados pela Colômbia e África do Sul na organização dessa frente contra os ataques israelenses. Para o mandatário venezuelano, a reunião representa uma resposta moral e política essencial num momento em que “toda a humanidade é desafiada pelo horror e pela impunidade”.

No documento, o mandatário afirma que o governo da Venezuela se posiciona desde o início do mandato de Hugo Chávez, em 1999, sobre o genocídio em curso contra os palestinos. O texto ressalta que desde outubro de 2023 o mundo testemunha uma fase “cruel de extermínio” que deixou quase 60 mil mortos, 138.520 feridos e milhares de desaparecidos, mas que o genocídio “não começou há 21 meses”.

Maduro afirma que esses ataques têm origem em 1948, com o início da ocupação sionista, com a expulsão forçada do povo palestino de suas terras e o “estabelecimento de um regime colonial e criminoso”, que usou a expropriação, a repressão, o bloqueio e o terror como políticas de Estado.

“O que vemos em Gaza, Rafah, Nablus e em toda a Palestina não é um conflito entre iguais. É um plano sistemático para destruir um povo, erradicar sua identidade e apagar sua memória. É um crime contra a humanidade, sustentado pelo fluxo constante de armas, dinheiro, tecnologias de vigilância e proteção diplomática das potências ocidentais, que insistem em criar um enclave militar na Ásia Ocidental. O regime de Netanyahu, sob o controle de uma elite sionista que fez da guerra e do racismo uma doutrina de Estado, tornou-se a maior ameaça à humanidade”, afirma o documento.

Além de apoiar o encontro, o mandatário venezuelano afirmou que respeita e apoia o trabalho de Francesca Albanese, sobre a situação dos direitos humanos nos Territórios Palestinos Ocupados. “Apelamos para que ela continue sua missão, apesar das sanções e da estigmatização que enfrenta. Sua voz é necessária. Sua verdade incomoda os poderosos, mas salvará os oprimidos”, afirmou.

Ele também lembrou da sua proposta de realizar uma cúpula entre países do Sul Global para discutir a resolução dos conflitos no Oriente Médio e o fim da escalada de conflitos na região, com ameaça do uso de armas nucleares. A ideia seria reunir organizações internacionais para chegar ao consenso de uma “paz duradoura” na Ásia Ocidental.

*Opera Mundi


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Mundo

Ex-premiês israelenses repudiam plano de Netanyahu: ‘novo campo de concentração’

Ehud Olmert e Yair Lapid comentaram planos do ministro da Defesa, Israel Katz, de instalar palestinos em área confinada.

Os ex-premiês de Israel Ehud Olmert e Yair Lapid criticaram enfaticamente, neste domingo (13/07), o projeto israelense de criar o que chamam de “cidade humanitária” sobre as ruínas de Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Em longa entrevista ao The Guardian, o ex-primeiro-ministro Ehud Olmert afirmou que a proposta seria, na prática, construir um campo de concentração. Segundo ele, forçar os palestinos a viverem nesse local configuraria uma tentativa de limpeza étnica.

“É um campo de concentração. Me desculpe”, declarou Olmert, ao comentar os planos do ministro da Defesa, Israel Katz, de instalar centenas de milhares de palestinos em uma área fechada, sem direito de sair, exceto para outros países.

A iniciativa representa uma escalada no que ele qualificou de “crimes de guerra” cometidos por Israel em Gaza e na Cisjordânia. “Se eles [os palestinos] forem deportados para essa nova ‘cidade humanitária’, então pode-se dizer que isso faz parte de uma limpeza étnica. Ainda não aconteceu, mas essa seria a interpretação inevitável de qualquer tentativa de criar um campo para centenas de milhares de pessoas”, frisou.

A proposta
Segundo o governo israelense, a “cidade humanitária” abrigaria inicialmente 600 mil palestinos deslocados, atualmente vivendo em condições precárias na região de al-Mawasi, próximo à costa sul de Gaza. No entanto, o objetivo final seria transferir toda a população de Gaza, mais de dois milhões de pessoas, para a área confinada em Rafah.

Olmert disse que a justificativa humanitária dada pelo governo israelense não é crível, principalmente após meses de retórica violenta e declarações de ministros sobre a necessidade de “limpar” Gaza.

“Quando eles constroem um campo onde planejam ‘limpar’ mais da metade de Gaza, o entendimento inevitável dessa estratégia não é salvar os palestinos. É deportá-los, empurrá-los, jogá-los fora. Não tenho outra compreensão possível”.

Crimes de guerra
Olmert também criticou a conivência das autoridades israelenses com os chamados “jovens dos topos das colinas”, responsáveis por atos sistemáticos de violência contra palestinos.

“Não há como operarem de maneira tão consistente, massiva e ampla sem um arcabouço de apoio e proteção provido pelas autoridades israelenses nos territórios ocupados”, afirmou. A entrevista aconteceu no mesmo dia do enterro de dois palestinos, entre eles um cidadão norte-americano, mortos por colonos israelenses.

O ex-primeiro ministro israelense denunciou a atuação de ministros extremistas que, segundo ele, representam uma ameaça maior à segurança de Israel do que qualquer inimigo externo. “Esses caras são o inimigo interno”, afirmou.

Ele segue defendendo a solução negociada de dois Estados e acredita que uma paz duradoura poderia ser alcançada com o apoio internacional. Olmert também lamentou que Netanyahu, acusado de crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional, tenha preferido indicar Donald Trump ao Prêmio Nobel da Paz. “É por isso que não posso me abster de acusar este governo de ser responsável por crimes de guerra cometidos”, afirmou.

*Opera Mundi


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Brasil

Genocídio em Gaza: Brasil vai aderir a denúncia sul-africana contra Israel em Haia

Chanceler Mauro Vieira disse que governo Lula estava ‘trabalhando’ na adesão que acusa Tel Aviv de cometer genocídio contra os palestinos.

O chanceler Mauro Vieira confirmou que o Brasil se juntará formalmente ao processo movido pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ) das Nações Unidas em Haia. “Os últimos desenvolvimentos da guerra nos fizeram tomar a decisão de nos juntarmos à África do Sul na Corte Internacional”, declarou o Ministro das Relações Exteriores em entrevista exclusiva à emissora catari Al Jazeera no último sábado (12/07).

O processo, que acusa o governo israelense de cometer genocídio contra civis palestinos na Faixa de Gaza, agora contará com a participação do Brasil como terceira parte. A decisão marca uma mudança significativa na postura diplomática brasileira e deve provocar reações tanto de Israel quanto de aliados estratégicos, como os Estados Unidos.

Vieira também afirmou que a demora para formalização era porque estavam “trabalhando nisso” e reiterou que logo “terão boas notícias em pouco tempo”.

A medida marca mais um passo na estratégia diplomática do governo Lula de reposicionar o Brasil em fóruns multilaterais e reforçar a defesa do direito internacional e dos direitos humanos.

Na semana retrasada, o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, declarou à Folha de S.Paulo em 4 de julho, que o Brasil “não deve aceitar a indicação de um novo embaixador por Israel”, em resposta à escalada militar na Faixa de Gaza e às milhares de mortes entre civis palestinos. “O Brasil deve manter as relações em níveis mínimos e ser muito severo no acordo de livre comércio, talvez até suspendê-lo”, afirmou.

Posicionamento África do Sul
A África do Sul apresentou uma ação na CIJ em dezembro de 2024, argumentando que a guerra em Gaza viola a Convenção das Nações Unidas para a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio de 1948, acusação que Israel nega.

O país sul africano abriu uma nova petição na última semana apontando que o governo de Benjamin Netanyahu teria escalado o conflito a “uma nova e horrenda fase”.

Em outro momento, o diplomata sul-africano Ronald Lamola também condenou a agressão sionista ao Irã. O líder repudiou veementemente a violação do território iraniano por Israel e os ataques a instalações nucleares do país.

Corte de Haia
O Grupo de Haia convocou uma reunião de emergência em Bogotá, Colômbia, para terça-feira (15/07) com o objetivo de encontrar medidas concretas contra Israel e buscar uma resposta internacional para o conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta desde outubro de 2023.

Representantes de mais de 30 países de todos os continentes devem participar do encontro. A iniciativa pretende aplicar políticas tanto no plano jurídico quanto diplomático, para tentar pôr fim a agressão sionista.

“Não podemos aceitar o retorno de épocas de genocídio diante dos nossos olhos e da nossa passividade. Se a Palestina morre, a humanidade morre”, declarou o presidente colombiano Gustavo Petro. A Colômbia, assim como o Brasil, apoia o processo histórico movido por Pretória contra Israel na CIJ.

*Opera Mundi


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Mundo

Estudo revela que Israel já matou mais de 90 mil palestinos em Gaza

Pesquisa de Mortalidade em Gaza aponta que vítimas do genocídio podem ser quase o dobro do registro oficial, contabilizado pelo Ministério da Saúde.

Uma pesquisa conjunta entre diversas universidades, acadêmicos e centros de pesquisa do mundo revelou que o genocídio promovido por Israel na Faixa de Gaza já matou pelo menos 91.500 palestinos.

O número do estudo denominado “Número de mortes violentas e não violentas na Guerra de Gaza: novas evidências primárias” é ainda maior do que os números divulgados pelo Ministério da Saúde do enclave palestino, de pelo menos 56 mil mortes.

A pesquisa liderada pelo especialista em mortalidade em conflitos violentos Michael Spagat, da universidade inglesa Royal Holloway utilizou uma metodologia de inquérito domiciliar em larga escala, intitulado de Gaza Mortality Survey (Pesquisa de Mortalidade em Gaza, em tradução).

Com a colaboração do cientista político Khalil Shikaki por meio da Centro Palestino de Pesquisas de Políticas e Pesquisas de Opinião, o estudo entrevistou dois mil domicílios palestinos entre 30 de dezembro de 2024 a 5 de janeiro de 2025.

“A proporção de mortes composta por mulheres, crianças e idosos corrobora a percepção geral de que os não combatentes são vítimas frequentes do conflito”, pontua o estudo.

Outros 16.300 palestinos morreram de forma considerada não violenta, de acordo com o estudo. Apesar de não oferecer uma definição clara do que se enquadraria nessa categoria, outro dado pode auxiliar na compreensão deste.

O artigo releva a primeira estimativa de mortes não violentas em excesso, ou seja, acima do número de mortes previstas sem a guerra. Assim, Israel assassinou 8.540 palestinos de formas não violentas que não deveriam ter morrido em situações fora do genocídio.

*Opera Mundi


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A famosa inteligência sionista que já havia falhado miseravelmente contra o Hamas, não sabia que o Irã a detonaria?

Se em 7 de outubro, debaixo das barbas do exército sionista, o Hamas invadiu Israel com armas obsoletas, para não dizer arcaicas e sequestrou vários israelenses, por que Israel fez um ataque ao Irã que, segundo os sionistas, tem tecnologia militar para produzir armas nucleares?

Quer coisa mais sem sentido! Isso é Inteligência aonde?

O fato é que Israel, em seu ataque ao Irã, reproduziu a derrota militar que teve com o Hamas em seu próprio território e, agora, não suportando o tranco do exército do Irã, correu para enfiar os EUA na guerra que começou, confessando-se incapaz de enfrentar a onça que cutucou com vara curta.

Sim, Israel está diante de uma segunda e vexatória derrota militar em menos de um ano.

Agora, avisa que voltará à rotina genocida em Gaza de assassinar civis desarmados, sobretudo crianças, bebês e mulheres para lhes roubar a terra como qualquer Estado colonialista e racista.

Esse fascismo rançoso de Israel, que recebe repúdio da opinião pública mundial, cada vez maior e mais intenso, tem que ser banido do chamado mundo civilizado. Essa falange sionista selvagem tem que ser aniquilada e enterrada como o Nazismo.


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A cobertura da mídia pró-Israel no genocídio de crianças em Gaza e na guerra contra o Irã é de puxadinho da CONIB

A mídia nativa não tem analistas capazes de mostrar um mínimo de independência na hora de esculpir uma narrativa pró-Israel tanto no genocídio em Gaza quanto no conflito dos sionistas com o Irã.

Essa gente carrega a mão nos cartazes arquitetônicos de suas fábulas pró-genocídio. Para toda parte que se olha, no universo da mídia industrial, abundam detalhes vazios do “grandioso” Israel.

A ideia central, diretora do bate-entope, só pode ser da CONIB, dos leões sionistas no Brasil que chamam de antissemita qualquer um que grite Palestina Livre!

Nenhum sopro de realidade. Tudo é um grande teatro. É narrativa que busca convencer pelo valor estético.

É uma espécie de projeto de rolo. Uma concepção de jornalismo de barganha. Não diz nada de negativo sobre o genocídio de Israel em Gaza que nos cobre de vergonha porque são horrivelmente parciais no sentido mais apaixonado de torcida.

A paisagem que se pinta sobre Gaza e Irã é a borroqueira que a própria CONIB escreve nas redes sobre os temas.


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Vídeos: Políticos brasileiros que viajaram a Israel e ficaram em bunkers tiveram doutrinação sobre Gaza

O representante de Israel divulgou várias informações questionáveis aos representantes brasileiros.

Teve destaque no noticiário da última semana o drama de dezenas de políticos brasileiros que estavam em Israel justamente quando o governo de Benjamin Netatnyahu lançou os primeiros ataques sobre o Irã. Os iranianos responderam disparando mísseis sobre território israelense, e os brasileiros tiveram que se abrigar em bunkers e pedir resgate ao Itamaraty.

Após o susto, todos acabaram retornando ao Brasil, mas não ficou claro o que levou um governador (Marcos José Rocha dos Santos, de Rondônia); prefeitos de diferentes regiões; vereadores; secretários municipais e estaduais; deputados e integrantes de empresas públicas a viajar para Israel, a maioria usando recursos públicos. O número total de integrantes do grupo não foi divulgado. Algumas vagas explicações sobre intercâmbio na área de segurança pública e parcerias de negócios não ajudaram a responder a esta questão.

Um vídeo obtido pelo site O Potiguar e cedido ao ICL Notícias ajuda a identificar pelo menos um dos compromissos cumpridos na viagem. Houve uma palestra ministrada aos políticos brasileiros feita por um porta-voz do exército de Israel para tentar justificar o massacre que o governo Netanyahu empreende em Gaza. A palestra não foi dvulgada na programação oficial.

Enquanto acusava a mídia internacional, e em especial a brasileira, de noticiar mentiras sobre o genocídio na Palestina, o representante de Israel divulgou várias informações questionáveis aos representantes brasileiros. O objetivo da palestra era que os integrantes do grupo se tornassem “embaixadores da verdade” no Brasil.

O porta-voz brasileiro do governo de Israel se apresentou com o nome de Rafael, e disse que sua meta era repor a verdade sobre o conflito no qual Israel está envolvido.

Afirmou que a desinformação no Brasil é grande, que há narrativas enganosas e por isso Israel tem necessidade de “passar as informações de uma forma direta para o público brasileiro sem a intermediação da mídia”, porque a “notícia chega totalmente equivocada”. Ele atacou a Globo, SBT e outras emissoras brasileiras por divulgar informações falsas sobre o conflito em Gaza.

Na verdade, acontece justamente o inverso: a linha editorial da Globo e dos principais veículos do país privilegia as versões de Israel para o massacre dos palestinos. (Veja aqui e aqui).

Na palestra, Rafael reclamou das informações baseadas em “autoridades de Gaza” ou no “Ministério da Saúde de Gaza”. Citou como mentirosas as notícias de fuzilamento de inocentes, explosão de hospitais e de que Israel está “esfomeando” a população de Gaza. “Na guerra midiática, quem mente já ganhou a guerra”, disse ele. “E as pessoas publicam essas mentiras”.

A verdade é que inúmeros casos de ataques a inocentes, destruição de hospitais e bloqueio de ajuda humanitária aos palestinos foram confirmados por representantes da ONU, Crescente Vermelho, veículos da imprensa internacional com correspondentes em Gaza e outras entidades.

Em outro trecho do vídeo, ele rebate a acusação de que Israel esteja promovendo um massacre em Gaza, com reação desproporcional à investida terrorista do Hamas, ocorrida em outubro de 2023. O porta-voz israelense contesta o conceito de proporcionalidade divulgado.

“As pessoas pensam da seguinte forma: proporcionalidade é simetria. Ou seja, se o exército israelense entrar na faixa de Gaza, eliminar até mil, mil e duzentos terroristas, que foi o que fizeram aqui em outubro, e prender cerca de trezentos, quatrocentos e deixar até cinco mil feridos vai ser proporcional, porque os números são simétricos. Mas isso é um erro muito grande”, afirmouele aos políticos brasileiros.

Segundo o militar, o direito internacional teria estabelecido em 1977 que o dano colateral (morte de civis inocentes) não pode ser exageradamente maior do que a vantagem militar do ataque. Deu como exemplo um hipotético ataque a um cozinheiro do Hamas que está em uma creche com 50 crianças. Para o porta-voz, esse seria um ataque desporporcional, porque o integrante do grupo palestino teria pouca importância. Mas ele cita outro exemplo, em que um chefe importante do comando do Hamas estivesse cercado por dez civis.

“A vantagem militar está bem pesada. O dano colateral existe, são dez civis, mas com certeza não é exageradamente maior do que essa enorme vantagem militar”, explicou. Ou seja: nesse caso, para Israel, o ataque seria proporcional.

O ICL Notícias consultou um dos maiores especialistas brasileiros na área, o jurista Tarciso Dal Maso Jardim, que atuou como consultor da Cruz Vermelha internacional. Ele desmentiu a tese.

“Não há a menor base no DIH para esse raciocínio”, respondeu o especialista.

DIH é o Direito Internacional Humanitário, conjunto de normas que busca limitar os efeitos dos conflitos armados, protegendo pessoas que não participam das hostilidades e estabelecendo limites aos meios e métodos de guerra. Também é conhecido como “direito da guerra” ou “direito dos conflitos armados”.

Ainda sobre a quantidade de vítimas de Gaza, o militar disse que das 55 mil pessoas mortas na região, 25 mil seriam terroristas. Outras 10 mil terriam morrido de causas naturais. Rafael conclui, então, que o número de civis mortos por Israel nos ataques iniciados em outubro de 2023 é de 20 mil.

O porta-voz do governo israelense disse que, de acordo com a União Europeia, o número médio de civis mortos em uma guerra urbana é o seguinte: para cada militar abatido, morrem 9 civis. Com isso, diz que o número de mortes de civis em Gaza estaria bem abaixo dos parâmetro aceitável.

Ouvido pelo ICL Notícias, o jurista Tarciso Dal Maso mais uma vez rebateu a afirmação. “Não existe cálculo e nem é aceito esse argumento”, afirmou

Além disso, o militar israelense não deu dados que comprovassem que das 55 mil pessoas mortas em Gaza, 25 mil eram terroristas. E nem elementos para comprovar que ocorreram nesse período 10 mil mortes naturais.

Segundo a Unicef, mais de 50 mil crianças foram mortas ou feridas em Gaza desde outubro de 2023.

Veja um trecho da palestra

No final do vídeo, o portavoz de Israel fala de uma pesquisa em 24 países o Brasil é o que apresenta menor rejeição a Israel. Mas para ele a grande preocupação é que os brasileiros estão entre os de maior percentual na faixa dos que nem rejeitam e nem apoiam Israel: mais de 70%.

“O que isso mostra para os senhores e para as senhoras? Que no Brasil as pessoas querem e precisam escutar o que acontece aqui”, disse Rafael. “São pessoas como vocês que vão voltar para o Brasil… e vocês são lideranças nas cidades de vocês, têm o privilégio de poder duzer: eu estive lá e posso explicar o que eu vi, o que eu escutei. Vocês têm também argumentos pra poder explicar o que acontece”. Foi aplaudido pelos ouvintes.

Veja nesse trecho:

Ao final da palestra, o porta-voz do governo israelnse foi aplaudido novamente.

Abaixo, parte da lista de políticos brasileiros que participou do tour a Israel:

  • Marcos José Rocha dos Santos – governador de Rondônia
  • Cícero Lucena –  prefeito de João Pessoa,
  • Álvaro Damião – prefeito de Belo Horizonte
  •  Mersinho Lucena (PP-PB) – deputado federal
  • João Cardoso – deputado distrital (Avante)
  • Claudia da Silva, vice-prefeita de Goiânia (GO)
  • Francisco Nélio, tesoureiro da CNM
  • Francisco Vagner, secretário de Planejamento de Natal (RN)
  • Janete Aparecida, vice-prefeita de Divinópolis (MG)
  • Johnny Maycon, prefeito de Nova Friburgo (RJ)
  • Márcio Lobato, secretário municipal de Segurança Pública de Belo Horizonte (MG)
  • Welberth Porto, prefeito de Macaé (RJ)
  • Davi de Matos, chefe executivo do Centro de Inteligência, Vigilância e Tecnologia de Segurança Pública do Rio de Janeiro (Civitas)
  • Flávio Guimarães, vereador do Rio de Janeiro (RJ)
  • Gilson Chagas, secretário de Segurança Pública de Niterói (RJ)
  • Vagner Araújo , e o secretário de planejamento de Natal,
  • Ana Paula Soares Marra – secretária de Desenvolvimento Social do Distrito Federal
  • Thiago Frederico de Souza Costa – secretário-executivo Institucional e de Políticas de Segurança Pública do Distrito Federal
  • Rafael Borges Bueno – secretário de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal
  • Pedro Leonardo de Paula Rezende – secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás
  • Ricardo José Senna – secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul Christinne Cavalheiro Maymone Gonçalves – secretária-adjunta da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul
  • Marcos Espíndola de Freitas – coordenador de Tecnologia da Informação da Secretaria de Saúde de Mato Grosso do Sul
  • Augusto Leonel de Souza Marques – secretário de Integração de Rondônia
  • Valdemir Carlos de Góes – secretário-chefe da Casa Militar de Rondônia
  • Maricleide Lima da Fonseca – chefe de Agenda do Governador de Rondônia
  • Rute Carvalho Silva Pedrosa – chefe de Gabinete do Governador de Rondônia
  • Renan Fernandes Barreto – chefe de Mídias do Governador de Rondônia
  • Marco Antônio Costa Júnior – secretário de Ciência e Tecnologia do Distrito Federal
  • Rasível dos Reis Santos Júnior – secretário estadual de Saúde de Goiás
  • Keila Edna Pereira Santos – esposa do secretário Rasível
  • José Eduardo Pereira Filho – secretário-executivo do Consórcio Brasil Central
  • Renata Helena Cese Caram Zuquim – diretora de Relações Internacionais e Parcerias do Consórcio Brasil Central
  • Bruno De Oliveira Watanabe – diretor de Projetos do Consórcio Brasil Central
  • Fabrício Oliveira dos Santos – assessor de comunicação do Consórcio Brasil Central
  • Ana Luisa Farias Barros Coêlho – analista internacional do Consórcio Brasil Central
  • Maryanne Terezinha Mattos – vice-prefeita e secretária de Segurança Pública de Florianópolis (SC) Vanderlei Pelizer Pereira – vice-prefeito de Uberlândia (MG)
  • Dilermando Garcia Ribeiro Júnior – secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação de Aracaju (SE)
  • Paulo Rogério Rigo – secretário de Proteção Civil de Joinville (SC)
  • Alexandre Augusto Aragon – secretário municipal de Segurança Pública de Porto Alegre (RS)
  • Verônica Pereira Pires – secretária de Inovação, Sustentabilidade e Projetos Especiais de São Luís (MA)

*Reportagem de Chico Alves publicada no ICL


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A guerra de extermínio pela sede: a água como arma de limpeza étnica em Gaza

Mais de 90% da infraestrutura de abastecimento de água e esgoto da Faixa de Gaza foi completamente destruída; não se trata de uma escassez natural, mas de uma estratégia deliberada para secar a vida.

Em Gaza, já não são apenas os projéteis que matam. Existe uma arma mais lenta, mas ainda mais atroz: a sede. Desde o início da agressão israelense em outubro de 2023, a água deixou de ser apenas um luxo — tornou-se um instrumento de extermínio coletivo praticado a sangue-frio.

A água, esse direito natural primordial, foi transformada numa arma de punição coletiva que atinge a vida em sua raiz. Segundo a Autoridade da Água e da Qualidade Ambiental, mais de 90% da infraestrutura de abastecimento de água e esgoto da Faixa de Gaza foi completamente destruída. Poços foram dinamitados, tubulações explodidas, e o esgoto corre livremente pelas ruas e entre as casas. Enquanto isso, a população é forçada a beber água salobra ou contaminada, em meio ao colapso total das estações de tratamento.

A quantidade de água disponível por pessoa caiu de 120 litros por dia para menos de 10. Não se trata de uma escassez natural decorrente de uma crise passageira, mas de uma estratégia deliberada para secar a vida. Com esse colapso, proliferam epidemias, doenças de pele e do aparelho digestivo, enquanto crianças, mulheres e deslocados são empurrados à beira do abismo.

Mas a tragédia não para na sede. Em alerta oficial, a Prefeitura de Gaza revelou que a escassez de combustível impede o funcionamento da maioria dos poços, ao mesmo tempo em que a demanda cresce com o deslocamento em massa e as altas temperaturas. Isso significa uma coisa: uma crise hídrica aguda, prestes a evoluir para um estado de “sede coletiva” generalizada, caso esse cerco sufocante não seja rompido imediatamente.

Nessas condições, Gaza se converte em epicentro de uma catástrofe ambiental e sanitária. A água está contaminada, o esgoto colapsou, o lixo toma os becos e o mau cheiro envolve o cotidiano. É uma bomba epidemiológica prestes a explodir numa cidade sitiada por uma morte lenta e silenciosa.

Em contrapartida, instituições locais e internacionais emitem comunicados e pedidos de socorro exigindo a abertura de corredores humanitários para o envio de água, equipamentos de purificação e combustível. Mas a ocupação segue sufocando Gaza e aprofunda sua política de “morte por racionamento”, enquanto a comunidade internacional assiste impassível — como se a morte lenta não fosse crime enquanto não for transmitida ao vivo.

Já o Centro Palestino pelos Direitos Humanos optou por chamar as coisas pelo nome. Em comunicado enérgico, afirmou que o que está ocorrendo é um crime de guerra que se eleva à categoria de genocídio, com o uso da sede como arma. Trata-se de uma violação flagrante do direito internacional humanitário e das decisões da Corte Internacional de Justiça. Mais de dois milhões de pessoas têm acesso a menos de 5 litros por dia — o que significa que cada hora de atraso as aproxima ainda mais do colapso.

Essas pessoas não são números — são seres humanos: crianças, doentes, idosos, mulheres grávidas, deslocados dormindo ao relento e bebendo em poças. A sede em Gaza não é mais uma consequência da guerra — é uma forma de guerra em si.

O que acontece em Gaza não é apenas uma tragédia humanitária — é uma mancha moral na consciência do mundo. Cada minuto de silêncio é cumplicidade. Cada hesitação em romper o cerco é conivência declarada. Quando a água vira instrumento de repressão, resistir é um direito — e calar, uma traição.

A ocupação usa a água como uma bala lenta que atravessa a vida, enquanto o mundo distribui comunicados em papel. Mas Gaza — mesmo sedenta — não se rende. Precisa de combustível, sim. Precisa de água, sim. Mas, acima de tudo, precisa de justiça — e de uma decisão política corajosa que ponha fim a essa guerra de extermínio.

Gaza não morre apenas de sede… mas do abandono internacional contínuo.

Gaza não precisa de piedade… precisa de vontade que interrompa o crime. Agora.

*Diálogos do Sul


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O confronto de Lula ao G7 no Canadá: “Nada justifica a matança indiscriminada em Gaza”

Em um gesto ousado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafiou diretamente a declaração final do G7, durante sessão ampliada da cúpula do grupo realizada nesta terça-feira (17), em Kananaskis, no Canadá. Lula condenou as ações de Israel contra Gaza e o Irã, e responsabilizou o bloco das sete economias mais industrializadas por um posicionamento enviesado e perigoso.

“Os ataques de Israel ao Irã ameaçam fazer do Oriente Médio um único campo de batalha, com consequências globais inestimáveis”, disse o brasileiro, em referência ao documento divulgado pelo G7, que responsabilizou o Irã como “fonte de instabilidade e terror” e reafirmou o “direito de defesa de Israel” — fórmula que tem justificado bombardeios em série contra civis.

Sem meias palavras, Lula acusou: “Nada justifica a matança indiscriminada de milhares de mulheres e crianças e o uso da fome como arma de guerra em Gaza.”

Choque de visões: paz versus escalada

Embora o comunicado do G7 mencionasse um cessar-fogo em Gaza, a exigência de resolução prévia da “crise iraniana” foi criticada por Lula como incoerente e excludente. O texto, ambíguo, levou a interpretações divergentes entre os próprios líderes ocidentais. Enquanto o presidente francês Emmanuel Macron sugeriu que os EUA iniciariam negociações de paz, o presidente Donald Trump — que deixou a cúpula antes do fim — negou com ironia: “Seja propositalmente ou não, Emmanuel sempre erra.”

No mesmo dia, Trump endureceu sua retórica, apoiando a retirada definitiva dos palestinos de seus territórios, sinalizando disposição para uma nova escalada no Oriente Médio. Lula, por sua vez, reafirmou a defesa do Estado palestino e criticou o que chamou de “seletividade na defesa da justiça e do direito internacional”.

Clima, energia e a crítica à festa dos ricos

Além da crise no Oriente Médio, Lula também dedicou boa parte de sua fala à transição energética e às mudanças climáticas. Em crítica velada à decisão de Trump de abandonar o Acordo de Paris, o presidente brasileiro alertou: “A mudança do clima não espera, nem pode ser combatida sem esforço coletivo.”

Ao ressaltar que o Brasil tem mais de 90% de sua matriz elétrica oriunda de fontes limpas e é o segundo maior produtor de biocombustíveis do mundo, Lula afirmou:

“É impossível discutir a transição energética sem falar deles [dos biocombustíveis] e sem incluir o Brasil.”

O objetivo do presidente brasileiro é obter dos líderes presentes o compromisso de participação pessoal na COP30, que será realizada em novembro, em Belém. Segundo ele, a próxima conferência do clima pode ser “a última com capacidade real de transformação global”.

“Parcerias reais, não rivalidades geopolíticas”

Em outro recado direto aos EUA, Lula condenou a guerra tarifária iniciada por Trump, a retórica isolacionista e o desmonte da governança multilateral. “Parcerias devem se basear em benefícios mútuos, não em disputas geopolíticas”, declarou.

Lula defendeu que a segurança energética só será possível com estabilidade e paz no mundo, citando o Haiti como exemplo de fracasso da comunidade internacional: “É patente que o vácuo de liderança agrava esse quadro. É o momento de devolver o protagonismo à ONU.”

“O G7 não precisa mais existir”

À imprensa, antes mesmo do encontro oficial, Lula disparou: “O G7, no fundo, não há nem necessidade de existir. O G20 é mais representativo, tem mais densidade humana e econômica.”

O brasileiro também defendeu o retorno da Rússia ao bloco, do qual foi expulsa após a anexação da Crimeia, em 2014. Ao ser questionado sobre sua presença constante na cúpula dos “primos ricos”, Lula ironizou: “Sou convidado desde 2003. Eu participo para não dizer que recuso a festa dos ricos.”

Contradições e bastidores diplomáticos

Apesar da dureza do discurso, Lula protagonizou momentos de descontração, como durante a tradicional “foto de família” do G7, quando posou ao lado do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e da italiana Giorgia Meloni. “Lula, Lula, a foto!”, gritou o anfitrião canadense Mark Carney, rindo com Macron, enquanto o petista conversava animadamente com o europeu António Costa.

Nos bastidores, Lula manteve reuniões bilaterais com líderes do Canadá, Coreia do Sul, Alemanha e, principalmente, com Zelensky — com quem tem relação conturbada desde o início da guerra na Ucrânia, por contrariar a disposição do ucraniano para escalar o conflito envolvendo ajuda de outros países. Ao comentar o conflito, Lula reafirmou: “Qualquer conflito me preocupa. Sou um homem que nasceu pra paz.”

Protagonismo global e o caminho para Belém

A participação de Lula na cúpula do G7 — embora o Brasil não integre o grupo — é vista como sinal do crescente papel diplomático do país no cenário internacional. A insistência em pautas como a multipolaridade, o fortalecimento da ONU e a transição verde visa projetar o Brasil como ator-chave na próxima COP30.

Lula busca usar o G7 como plataforma para consolidar o protagonismo brasileiro na agenda climática. A expectativa agora é que a pressão de Lula sobre os líderes ricos resulte não só em presença política em Belém, mas também em compromissos financeiros concretos.

“Se a rivalidade prevalecer sobre a cooperação, não existirá segurança energética”, alertou Lula. E encerrou seu discurso com um apelo: “Não repetiremos os erros do passado. A prosperidade econômica não pode custar a destruição da natureza.” Com Vermelho.


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