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O vento mudou e a caça virou caçador

A tática da Lava Jato em parceria com a Globo era prender Lula aos poucos, a conta-gotas.

A escória golpista queria muito mais que um golpe de Estado em que a Lava Jato foi protagonista contra o mandato popular de Dilma.

Depois da queda de Dilma, a cabeça de Lula deveria ser servida na bandeja e fazer ecoar nos ouvidos da sociedade brasileira que ele era o maior ladrão da história do Brasil.

A demolição da imagem de um presidente que, entre ótimo e bom, chegou a 87% de aprovação no final de seu 2º mandato, tinha que ser irreversível.

Lula tinha que ser preso e estraçalhado pela Globo! Mas a globo e a escória da direita não tinham sustança política para tanto.

Mesmo condenado e preso sem provas, Lula mantinha um vigor político quase milagroso. O apelo popular por sua volta só aumentava. Mesmo depois de preso e insultado 24 horas por dia, todos os dias nos principais canais de TV fechados ou abertos, controlados pelo império Globo.

Mas o golpe que tirou Dilma e prendeu Lula foi ao TSE tirar o nome de Lula da urna.

Tudo ia bem, pois Bolsonaro venceu a eleição e Moro passou a ser o seu Ministro da Justiça e Segurança Pública.

De repente, o chão se abriu debaixo dos pés de Moro com as revelações fulminantes do site The Intercept Brasil, então, o barata voa tomou conta de toda a Força-tarefa da Lava Jato.

Era preciso dar respostas rápidas a todos os ilícitos cometidos pelo super Moro e seus procuradores que foram revelados.

Começa então a bateção de cabeças de Moro e as desculpas passaram a ser arma contra os próprios membros da Lava Jato, fazendo as mensagens vazadas ganharem formato de carta à população.

Nela tinha uma pedagógica e irrefutável denúncia oferecida pelo Intercept contra as práticas criminosas de Moro e procuradores para caçar Lula a qualquer preço.

O sonho de um Brasil policial sob o comendo de Moro desaba da noite pro dia.

O xerife está desmascarado. O ex- juiz está nu.

Lula, o nome que Moro queria sepultar, transforma-se numa sombra que não o deixa dormir.

O vento mudou de tal ordem que, na sabatina de Moro no senado, o ex juiz e atual ministro da justiça, evitou ao máximo dizer o nome de Lula.

A reação da comunidade jurídica no Brasil e no exterior diante dos vazamentos oferecidos pelo intercept foi explosiva e automática: Moro cometeu crime para incriminar Lula, para prendê-lo sem provas!

Nesse momento ficou claro que o vento mudou e a caça virou o caçador.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Raquel Dodge terceiriza sua decisão sobre Lula como prova de amor e lealdade ao Rei

O que estamos assistindo e achando pavoroso é a escancarada barganha política entre membros do aparelho judiciário do Estado brasileiro e políticos de direita.

Agora foi a vez de Dodge tentar calar Lula mantendo-o na prisão para que a direita não corra o risco de acender pavios explosivos.

Mas a manutenção do cárcere de Lula vai ficando cada vez mais insustentável, na medida em que o site The Intercept Brasil vai soltando à conta-gotas mensagens ácidas que vão corroendo toda a farsa da Lava Jato orquestrada e mantida sobre rédea curta por Moro.

Dodge opina contra o Habeas Corpus de Lula mirando um agrado a Bolsonaro para se manter como Procuradora Geral da República, porém, tudo indica que não vai colar.

Bolsonaro quer seu engavetador geral da república aos moldes de FHC, por isso tem que ser gente nova que obedeça apenas ao seu comando.

Dodge é do time de Temer e pode, por hesitação, não cumprir à risca as ordens do chefe.

Dodge, negando o Habeas Corpus a Lula, oferece um pacto de sangue a Bolsonaro. Ou seja, terceiriza sua decisão como prova de amor e lealdade ao rei.

O fato é que os escândalos revelados pelo Intercept ganham musculatura cada vez mais forte, apontando para um horizonte sombrio para Moro, tornando  indispensável a libertação de Lula.

Assim sendo, a bruxaria da PGR a contrapelo dos novos fatos, não somará na dinâmica que corre contra Moro e a favor de Lula.

Dodge teve um comportamento pedagógico.

Escancarando que o uso da máquina do judiciário para o benefício dos ocupantes de postos-chave, serve cada dia mais aos próprios interesses do que aos interesses da nação.

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Folha se une em parceria com Intercept Brasil e decide entrar com força total contra a Vaza Jato

“Mais revelações serão reportadas mais rapidamente e quem quiser prender os que divulgarem este material terá que prender muitos jornalistas”,diz Glenn Greenwald

De forma sigilosa, a Folha destacou uma equipe para também produzir novas revelações sobre a atuação do ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Força-tarefa da Lava Jato. é a segunda parceria de peso, depois que parte do material foi compartilhada com Reinaldo Azevedo e com a BandNews, cujo dono, Johnny Saad, fez críticas à Lava Jato.

Greenwald e sua equipe já estão trabalhando em parceria com a Folha. É uma novidade importante porque, até ontem, Glenn e sua equipe vinham trabalhando sozinhos, contando apenas com a repercussão de outros veículos. Nesta quinta-feira, no entanto, a primeira parceria produziu seus frutos, quando o jornalista Reinaldo Azevedo e a BandNews divulgaram que Moro escalou qual seria o time da acusação, definindo procuradores que deveriam atuar, ou não, na inquirição de Lula.

Além disso, Gleen disse ainda que “ninguém pode alegar que a reportagem tem um viés ideológico. E quem quiser prender os que divulgarem este material terá que prender muitos jornalistas”.

Confira, abaixo, um tweet recente relacionados ao caso:

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The Intercept Brasil usa FHC para dar uma surra de galinha em Moro

Poucas horas após a imprensa publicar a declaração de FHC de que Lula deveria continuar preso, apesar de todas as escandalosas revelações do Intercept sobre a criminosa condução e parcialidade de Moro na Lava Jato, o site revela que FHC era um protegido de Moro e que o ex-juiz, hoje ministro da justiça, era mesmo o proprietário da operação Lava Jato.

FHC, segundo Moro, era um forte aliado político que não podia ser melindrado.

Sua cobrança a Dallagnol foi direta e incisiva, mesmo Dallagnol avisando a Moro que era tudo de mentirinha e que a a investigação do FHC era pra inglês ver, dizendo que era para passar um recado de imparcialidade.

Nem assim Moro concordou: Melindra alguém cujo apoio é importante.

E o Intecept mata a xarada:

“Essas revelações sugerem mais uma vez a parcialidade na Lava Jato, que tanto Moro quanto a força-tarefa negam veementemente. Na nota oficial divulgada pela força-tarefa em resposta à primeira série de reportagens do Intercept no último domingo, por exemplo, eles insistiram que seu trabalho sempre foi movido pela “imparcialidade da atuação da Justiça”. Em entrevista ao Estadão na semana passada, o ministro Moro disse que não via “[n]enhum viés político nas mensagens que me foram atribuídas.”

Mas, aqui, Moro estava explicitamente preocupado com investigações da Lava Jato contra um apoiador político de seu trabalho. E Dallagnol admitiu acreditar que outros procuradores da força-tarefa passaram adiante uma investigação que sabidamente não resultaria em processo, a fim de fabricar uma falsa percepção pública de “imparcialidade”, sem, no entanto, colocar FHC em risco.”

 

*Por Carlos Henrique Machado Freitas

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Mais escândalo envolvendo Moro: Ele pediu aos procuradores para, através da imprensa, atacarem Lula e sua defesa

Um trecho do chat privado entre Sergio Moro e o então procurador da República Carlos Fernando dos Santos Lima mostra que o ex-juiz pediu aos procuradores da Lava Jato uma nota à imprensa para rebater o que chamou de “showzinho” da defesa de Lula após o depoimento do ex-presidente no caso do triplex do Guarujá. O conteúdo faz parte do arquivo As mensagens secretas da Lava Jato.

Os procuradores acataram a sugestão do atual ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, em mais uma evidência de que Moro atuava como uma espécie de coordenador informal da acusação no processo do triplex. Em uma estratégia de defesa pública, Moro concedeu uma entrevista nesta sexta-feira ao jornal o Estado de S. Paulo onde disse que considera “absolutamente normal” que juiz e procuradores conversem. Agora, está evidente que não se trata apenas de “contato pessoal” e “conversas”, como diz o ministro, mas de direcionamento sobre como os procuradores deveriam se comportar.

Juntamente com as extensas evidências publicadas pelo Intercept no início desta semana – em que Moro e Deltan conversam sobre a troca da ordem de fases da Lava Jato, novas operações, conselhos estratégicos e pistas informais de investigação –, esta é mais uma prova que contraria a tentativa de Moro de minimizar o tipo de relacionamento íntimo que ele teve com os promotores.

Ao contrário da defesa de Moro de que as comunicações eram banais e comuns – contendo apenas notícias e informações, mas não ajudando os promotores a elaborar estratégias (“existia às vezes situações de urgência, eventualmente você também está ali e faz um comentário de alguma coisa que não tem nada a ver com o processo”, disse ao Estadão) –, essas conversas provam que Moro estava sugerindo estratégias para que os procuradores realizassem sua campanha pública contra o próprio réu que ele estava julgando.

O episódio ocorreu em 10 de maio de 2017, quando Moro já presidia um processo criminal contra o ex-presidente no caso do “apartamento triplex do Guarujá”. Eram 22h04 quando o então juiz federal pegou o celular, abriu o aplicativo Telegram e digitou uma mensagem ao Santos Lima, da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal em Curitiba.

“O que achou?”, quis saber Moro. O juiz se referia ao maior momento midiático da Lava Jato até então, ocorrido naquele dia 10 de maio de 2017: o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo em que ele era acusado – e pelo qual seria preso – de receber como propina um apartamento triplex no Guarujá. Disponibilizado em vídeo, o embate entre o juiz e o político era o assunto do dia no país.

Seguiu-se o seguinte diálogo:

Santos Lima – 22:10 – Achei que ficou muito bom. Ele começou polarizando conosco, o que me deixou tranquilo. Ele cometeu muitas pequenas contradições e deixou de responder muita coisa, o que não é bem compreendido pela população. Você ter começado com o Triplex desmontou um pouco ele.
Moro – 22:11 – A comunicação é complicada pois a imprensa não é muito atenta a detalhes
Moro – 22:11 – E alguns esperam algo conclusivo

Moro – 22:12 – Talvez vcs devessem amanhã editar uma nota esclarecendo as contradições do depoimento com o resto das provas ou com o depoimento anterior dele
Moro – 22:13 – Por que a Defesa já fez o showzinho dela.
Santos Lima – 22:13 – Podemos fazer. Vou conversar com o pessoal.
Santos Lima – 22:16 – Não estarei aqui amanhã. Mas o mais importante foi frustrar a ideia de que ele conseguiria transformar tudo em uma perseguição sua.

Santos Lima – 22:26:23 – Será que não dá para arranjar uma entrevista com alguém da Globo em Recife amanhã sobre a audiência de hoje?
Assessor 1 – 22:28:19 – Possível é, só não sei se vale a pena. E todos os jornalistas que estão aqui e já pediram entrevista?
Assessor 2 – 22:28:32 – Mas dr., qual o motivo?
Assessor 2 – 22:29:13 – Qual a necessidade, na realidade..
Santos Lima – 22:30:50 – Uma demanda apenas. Como está a repercussão da coletiva dos advogados?
Assessor 2 – 22:30:58 – Rito normal do processo…vcs nunca deram entrevista sobre audiência…vai servir pra defesa bater…mais uma vez…

Deltan – 22:46:46 – Então temos que avaliar os seguintes pontos: 1) trazer conforto para o juízo e assumir o protagonismo para deixá-lo mais protegido e tirar ele um pouco do foco; 2) contrabalancear o show da defesa.
Deltan – 22:47:19 – Esses seriam porquês para avaliarmos, pq ng tem certeza.
Deltan – 22:47:50 – O “o quê” seria: apontar as contradições do depoimento.
Deltan – 22:49:18 – E o formato, concordo, teria que ser uma nota, para proteger e diminuir riscos. O JN vai explorar isso amanhã ainda. Se for para fazer, teríamos que trabalhar intensamente nisso durante o dia para soltar até lá por 16h

Deltan – 23:05:51 – Caros, mantenham avaliando a repercussão de hora em hora, sempre que possível, em especial verificando se está sendo positiva ou negativa e se a mídia está explorando as contradições e evasivas. As razões para eventual manifestação são: a) contrabalancear as manifestações da defesa. Vejo com normalidade fazer isso. Nos outros casos não houve isso. b) tirar um pouco o foco do juiz que foi capa das revistas de modo inadequado.

Deltan – 23:02:20 – Caro parabéns por ter mantido controle da audiência de modo sereno e respeitoso. Estamos avaliando eventual manifestação. A GN acabou de mostrar uma série de contradições e evasivas. Vamos acompanhar.
Moro – 23:16:49 – Blz. Tb tenho minhas dúvidas dá pertinência de manifestação, mas eh de se pensar pelas sulilezas envolvidas.

Deltan – 22:16:26 – Informo ainda que avaliamos desde ontem, ao longo de todo o dia, e entendemos, de modo unânime e com a ascom, que a imprensa estava cobrindo bem contradições e que nos manifestarmos sobre elas poderia ser pior. Passamos algumas relevantes para jornalistas. Decidimos fazer nota só sobre informação falsa, informando que nos manifestaremos sobre outras contradições nas alegações finais.