Categorias
Política

Governo Lula quer dar auxílio para crianças e jovens órfãos da pandemia

Medida é considerada resposta ao estrago causado pela ação negacionista de Jair Bolsonaro.

De acordo com a coluna de Malu Gaspar,  O Globo, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende dar um auxílio para crianças e jovens de baixa renda que se tornaram órfãos em virtude da pandemia.

A medida, capitaneada pelo ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi uma das sugestões do grupo de trabalho criado na transição para cuidar de questões da área.

É também uma das medidas consideradas pela atual administração para compensar o estrago causado pela ação negacionista do governo de Jair Bolsonaro na pandemia.

O ministro esta formatando um projeto de lei, a ser encaminhado em breve para a Presidência da República. O texto ainda precisa ser aprovado por deputados e senadores para entrar em vigor.

Ao todo, mais de 694 mil pessoas já morreram no Brasil por conta da Covid-19.

De acordo com um estudo conduzido por pesquisadores da Fiocruz e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), só nos primeiros dois anos da pandemia (2020 e 2021), cerca de 40,8 mil crianças e adolescentes perderam suas mães no Brasil por conta do coronavírus.

“A falta de coordenação nacional na implementação de medidas de distanciamento social contribuiu para a rápida disseminação de casos. Por sua vez, o manejo inadequado da epidemia de covid-19 provocou uma crise sem precedentes na saúde brasileira”, escreveram os pesquisadores.

Procurado pela equipe da coluna, o Ministério dos Direitos Humanos informou que a ideia do governo Lula é “beneficiar crianças que tenham perdido tanto o pai quanto a mãe ou o genitor ou responsável legal garantidor do sustento do grupo familiar”.

Ainda não foi fechado o valor do benefício, o que vai depender de acertos com a equipe econômica em um momento de ajuste fiscal e desequilíbrio nas contas públicas.

Mas integrantes da pasta avaliam que o impacto orçamentário não seria alto, já que o universo de beneficiados chegaria a aproximadamente 70 mil pessoas, segundo estimativas internas.

Almeida pretende se reunir ao longo dos próximos dias com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e com os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Wellington Dias (Desenvolvimento Social) para discutir a proposta e acertar um plano de ação para a proteção de crianças e adolescentes órfãos.

Além do auxílio financeiro para esse grupo, o ministério avalia incluir na proposta a garantia de medidas de acolhimento e cuidado.

O estudo da Fiocruz e da UFMG também apontou uma taxa de mortalidade pela Covid-19 três vezes maior entre brasileiros analfabetos quando comparada à daqueles que completaram o ensino superior.

Para os pesquisadores, uma das possíveis explicações é que essas vítimas, com baixa escolaridade, tinham dificuldade de cumprir medidas de distanciamento social, já que tinham de garantir o sustento da família e trabalhar fora de casa, o que as deixou mais expostas à Covid-19.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

A primeira semana de Lula, uma lição de democracia

Ângela Carrato – Há seis anos o Brasil não via um presidente trabalhar tanto quanto Luiz Inácio Lula da Silva na primeira semana de seu terceiro mandato.

Minutos depois de empossado, ele já assinava 11 medidas, a maioria delas revogando atos de Bolsonaro.

O revogaço continuou ao longo da semana com a exoneração de mais de oito mil ocupantes de cargos comissionados – entre civis e militares – em ministérios e demais setores da administração direta.

Ao mesmo tempo, a maioria dos novos ministros tomou posse em cerimônias super concorridas.

A recordista de público foi Marina Silva, que assumiu a pasta do Meio Ambiente, mas os novos titulares dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, da Cultura, Margareth Menezes, do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, igualmente entusiasmaram os presentes com suas falas.

Brasília voltou a respirar esperança, mesmo que as condições para o início do novo governo tenham sido das piores.

Os acampamentos golpistas em frente aos quartéis em diversas cidades brasileiras continuam lá. O acampamento em frente ao “Forte Apache”, na capital federal, é o maior e o mais truculento deles.

Na véspera da posse, o número de seus integrantes chegou a aumentar. Na sexta-feira, a Asa Norte, única região de Brasília onde Lula venceu as eleições, foi palco de uma motociata, para indignação dos moradores locais.

Os bolsonaristas deram um aviso de que não se sentem derrotados e que permanecem defendendo a intervenção militar, outro nome para ditadura.

Na realidade paralela em que vivem, Lula não tomou posse e quem está governando o Brasil é o general Heleno, com Bolsonaro devendo voltar em breve.

Loucura à parte, essas pessoas usam como elementos para justificar tal visão, Bolsonaro não ter passado a faixa presidencial para Lula e Lula não ter despachado do Palácio do Planalto nesses primeiros dias.

Como se sabe, Bolsonaro deixou o país dois dias antes da posse de Lula. Sua ida para os Estados Unidos, ao que tudo indica, teve como motivo o medo de ser preso preventivamente tão logo deixasse o cargo.

Ele está em Miami, na casa de um ex-lutador de MMA e não há prazo para sua volta, se é que retornará ao Brasil.

Não faltam rumores de que esta casa também pertence a Bolsonaro, com o ex-lutador sendo apenas um laranja. Seus planos no momento se direcionam mais para a Itália, onde gostaria de fixar residência.

A não transmissão da faixa por Bolsonaro foi considerada excelente pela equipe de Lula. Sua presença na cerimônia sem dúvida tiraria o brilho e a beleza que alcançou.

A entrega da faixa presidencial a Lula por uma mulher negra e catadora de materiais recicláveis foi um dos pontos altos da cerimônia.

O outro foi a subida da rampa, com Lula sendo acompanhado por representantes do povo brasileiro e também pela cachorrinha Resistência, mascote na vigília de 580 dias, quando o então ex-presidente esteve preso em Curitiba.

Como todo ser minúsculo, Bolsonaro procurou criar tumulto até o último momento no poder. Tanto que deixou os palácios do Planalto e da Alvorada, respectivamente, locais de trabalho e residência do presidente da República, detonados.

Além de todas as portas trancadas e sem as chaves, goteiras tomaram conta de muitos destes espaços, o mesmo podendo ser dito da má conservação e sujeira de móveis, paredes e pisos.

Até obras de arte, como a famosa pintura dos Orixás, de Djanira, foram encontrados com furos e jogados no porão.

Não cuidar da conservação de bens tombados e públicos é mais um crime pelo qual o pior presidente da história do Brasil terá também que responder.

Por isso, só na quinta-feira Lula pode começar a despachar do Palácio do Planalto. Já sua mudança e a de Janja para o Alvorada ainda não tem data definida.

Esta é também a razão pela qual a primeira reunião com todo o ministério acabou acontecendo só na sexta-feira.

Se não bastassem os bolsonaristas armando confusão neste início de governo, o tal do “mercado” e a mídia corporativa também deram sua parcela para tumultuarem a vida do novo governo.

O tal do “mercado” – leia-se os super ricos – apavorou diante da determinação do novo governo em estabelecer um preço brasileiro para os combustíveis, acabando com a submissão imposta pelos golpistas à Petrobras.

O mercado reagiu mal a este anúncio, da mesma forma que reage mal a tudo que signifique melhoria para o povo brasileiro.

A midia corporativa, controlada que é por tais interesses, ecoou esse tipo de crítica, a ponto de poder ser dito que menos de 48 horas após a posse, Lula já enfrentava uma nova guerra da mídia contra ele.

Alguns podem dizer que não é bem assim, que o Grupo Globo anda até simpático ao novo governo. Record, SBT e Band, idem.

Gato escaldado que é, Lula sabe como estas simpatias são volúveis. Mais ainda: elas podem esconder apenas um álibi do tipo “apoiamos o que é bom e criticamos o ruim”.

Exatamente por isso, Lula tem tentado cortar o mal pela raiz.

Foi o que fez na primeira reunião ministerial, ao deixar

claro o que espera dos seus auxiliares diretos, do apoio que dará a cada um, mas também como agirá no caso de erros e ações inadequadas. Detalhe: a mídia já começava a explorar contradições nos discursos de posse de alguns ministros.

Esses primeiros ataques da mídia e do “mercado” devem ter servido para que Lula tivesse mais clareza ainda sobre o papel e a importância da comunicação neste terceiro governo.

Cuidadoso como sempre, ele está tomando as primeiras medidas como alguém que manobra um transatlântico encalhado. Primeiro é preciso colocá-lo em movimento e depois alterar o rumo com suavidade até que volte ao curso normal.

Tanto que vai aguardar 28 de janeiro para realizar a primeira reunião com todos os governadores. Até lá, os ministros terão tempo suficiente para estabelecerem prioridades de suas pastas e poderem conversar com os governadores sobre as prioridades de cada estado.

Nos quatro anos em que esteve na presidência, Bolsonaro nunca fez nada semelhante. Ao contrário. Sempre tratou governadores e prefeitos da pior forma possível.

O mesmo pode ser dito em relação ao Congresso Nacional, onde substituiu o diálogo e a articulação política pela compra de votos via Orçamento Secreto.

Certamente por isso, Lula, no discurso que fez na abertura da primeira reunião ministerial, foi enfático ao frisar o caráter político do seu ministério, ao mesmo tempo em que colocou como uma espécie de determinação para todos os seus integrantes, o diálogo com a Câmara dos Deputados e o Senado.

Se em termos de política interna, Lula já mudou o rumo das coisas, suas determinações em termos de política externa também se fazem sentir.

O Brasil voltou a ter importância no mundo.

No dia da posse, ao lado da bandeira nacional, em frente ao Palácio do Planalto, também tremulava a bandeira do Mercosur (assim mesmo, escrito em espanhol).

O Mercosul é um tratado fundamental para o Brasil e foi o primeiro a ser hostilizado por Bolsonaro.

O Itamaraty já deu início aos trabalhos de reabertura de representações diplomáticas do Brasil na África e retomou relações plenas com a Venezuela, outra briga estúpida comprada por Bolsonaro.

Em 24 de janeiro, Lula participará de reunião da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), em Buenos Aires. Será a primeira viagem internacional dele.

Na sequência, nos próximos meses, deverá ir aos Estados Unidos e à China, deixando claro que está de volta a política externa ativa e soberana.

A propósito, na quinta-feira, o ex-chanceler Celso Amorim foi nomeado chefe da assessoria especial do presidente, com gabinete no Palácio do Planalto.

Outra pessoa que terá gabinete no Planalto é a primeira-dama, Janja, que, para desespero dos machistas, golpistas e fofoqueiros de plantão, promete ter um importante papel ao lado de Lula.

Assim, este terceiro governo começa bem. O que não significa que a herança maldita dos golpistas esteja superada.

Daí ser fundamental para a governabilidade, que os setores progressistas continuem mobilizados.

Foi graças a esta mobilização que o golpe foi derrotado, Lula venceu as eleições, tomou posse e está governando.

Essa é a lição maior destes seis anos de lutas da população brasileira em defesa da democracia.

Uma lição que jamais poderá ser esquecida.

P. S. Quem sabe dizer o nome de três dos novos secretários de Zema? Ao contrário da posse de Lula, a dos novos governadores parece nem ter acontecido.

Zema, que dá início a um novo mandato à frente do governo de Minas, deve estar com as barbas de molho. Seu desafeto, Alexandre da Silveira, é o único ministro de Minas Gerais no primeiro escalão de Lula.

Silveira ocupa uma pasta fundamental, a de Minas e Energia. Para um Zema que pretendia privatizar tudo – Cemig, Copasa, Codemig – o vento mudou totalmente de direção.

*Ângela Carrato é jornalista e professora do Departamento de Comunicação Social da UFMG.

*Viomundo

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Lula quer ritmo ‘muito acelerado’ nas ações do governo, diz Rui Costa

Em duas semanas, ministros devem apresentar políticas prioritárias de cada pasta, afirmou o chefe da Casa Civil, após a primeira reunião ministerial do novo governo.

Rede Brasil Atual – O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que a primeira reunião ministerial do novo governo, nesta sexta-feira (6), deixou claras as diretrizes, prioridades e estratégias estabelecidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o novo governo. Em coletiva após o encerramento da reunião, Costa afirmou que Lula determinou “ritmo muito acelerado” de “entregas” nas ações dos ministérios. Disse que ainda em janeiro, antes da sua primeira viagem internacional à Argentina, Lula pretende fazer duas viagens a estados para inaugurar programas, principalmente nas áreas de Saúde, Educação e Habitação.

“É isso o que o presidente Lula fez. Foi colocar os seus convocados juntos, para definir as diretrizes, as prioridades, dizer qual é o ritmo. E ele quer um ritmo muito acelerado de entregas. Porque o povo está sofrendo, a fome não pode esperar. Tem muita gente sem casa para morar, problemas graves na saúde”, disse Costa.

Entre as prioridades, destacou Rui Costa, é o combate à fome, que deve incluir ações conjuntas de diversos ministérios. “A palavra mais utilizada nesta reunião foi transversalidade”, afirmou o ministro, detalhando que os esforços no combate à fome devem envolver os ministérios do Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social, e Agricultura, dentre outros, articulados num só programa a ser apresentado rapidamente.

Arrumando a casa

Costa relatou que Lula estabeleceu duas semanas para que os ministros planejem ações e programas que possam ser iniciados “imediatamente”. Ele comparou Lula a um “excelente técnico”, que primeiro leva seu time para o auditório, para definir as “táticas” a serem aplicadas no jogo, antes de levar o time para o campo.

Nesse sentido, ele disse que não houve “puxões de orelha” sobre eventuais desencontros nas falas dos ministros nessa primeira semana de governo. Segundo ele, o momento é de “arrumar a casa”.

Para os primeiros cem dias de governo, Rui Costa disse que a prioridade será a retomada de políticas públicas como o Minha Casa, Minha Vida, por exemplo. E, ainda no primeiro semestre, entregar obras de creches e escolas que estão paralisadas.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Notícia

Bolsonaro “represou” aposentadorias de propósito e deixou a conta para Lula, indica Casa Civil

Ministério do Trabalho deve reunir a imprensa para explicar o impacto do represamento das aposentadorias sobre o reajuste do salário mínimo.

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, disse nesta sexta-feira (6) que o reajuste do salário mínimo sofrerá o impacto do represamento artificial do pagamento de novas aposentadorias pelo governo Bolsonaro.

A medida de Bolsonaro – que, segundo Costa, foi adotada por “estratégia” no segundo semestre de 2022, e não por dificuldade fiscal – pegou o governo Lula de surpresa.

Por orientação de Lula, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), deve reunir a imprensa entre esta sexta até a próxima segunda-feira (9), para dar mais detalhes da situação.

De acordo com as informações preliminares de Rui Costa, o governo Lula identificou que o represamento das novas aposentadorias ocorreu até a eleição de 2022. Quando Bolsonaro perdeu, seu governo então liberou “um grande contingente” de recursos para o INSS absorver as novas demandas.

Essa liberação de recursos imediatamente após a eleição mostra, na visão do governo Lula, que o represamento se deu por “estratégia financeira”. Em outras palavras: Bolsonaro segurou o pagamento das aposentadorias enquanto gastava recursos públicos turbinando programas sociais para obter votos.

“Se fosse dificuldade administrativa, não haveria como liberar volume gigantesco, como foi feito após a eleição. Era uma estratégia de contenção de pagamentos de aposentadorias”, disse Costa. O ministro afirmou que a situação gera um “impacto evidente no tocante ao salário mínimo“.

Reportagem da Folha de S. Paulo publicada nesta sexta (6) indica o tamanho do problema deixado por Bolsonaro: o gasto para reajustar o salário mínimo será de R$ 7,7 bilhões acima do esperado.

O balanço após a reunião ministerial

Segundo Costa, a reunião ministerial com Lula impôs como meta para a Casa Civil a elaboração de uma lista de projetos, em até duas semanas, com ações de cada pasta que podem ser executadas o mais rápido possível.

A partir dessa lista, Lula pretende fazer ao menos duas viagens aos estados, “com entregas e ações concretas de cada pasta”, antes de viajar à Argentina.

“A partir de terça, a Casa Civil vai visitar cada ministério para recepcionar as sugestões de prioridades e as ações que podem e devem ser tratadas como metas dos 100 dias de governo”, disse Costa.

“Vamos priorizar essas ações e dar sequência a atos concretos, como retomada de programas como Minha Casa Minha Vida; na educação, retomada e entrega de obras de escolas e creches paralisadas. Vamos hierarquizar do maior percentual de execução para o menor, para fazer entregas o mais rápido possível”, pontuou o ministro.

Rui Costa ainda disse que não está na agenda do governo qualquer “preocupação” com as reportagens da grande mídia associando a ministra do Turismo, Daniela Carneiro (União Brasil), a apoio político de milicianos do Rio de Janeiro.

*Com GGN

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Governo Lula descobre sigilo de Bolsonaro que pode elucidar caso Marielle

Presidente já criou grupo de trabalho para levantar os famosos sigilos de 100 anos impostos por Bolsonaro a inúmeras informações de interesse público.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já começou a trabalhar para levantar os sigilos de 100 anos impostos por Jair Bolsonaro a inúmeras informações de interesse público. O próprio ex-presidente, em um sinal de desespero, já teria informado a aliados que vai acionar a Justiça caso o novo mandatário revele seus segredos.

Nesta quinta-feira (5), o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), que participou da equipe de transição de Lula, informou que a atual administração federal descobriu um novo sigilo que, quando derrubado, pode ajudar a elucidar o caso de Marielle Franco, vereadora que, ao lado de seu motorista Anderson Gomes, foi brutalmente assassinada em março de 2018.

Boulos se refere a sigilos impostos por Bolsonaro a telegramas do Itamaraty com informações sobre o caso. “Vai cair o sigilo de 100 anos! O governo Lula descobriu que Bolsonaro decretou sigilo sobre os telegramas do Itamaraty relacionados ao assassinato de Marielle Franco. O que será que o miliciano quer esconder?”, escreveu o parlamentar.

O sigilo foi colocado por Bolsonaro em abril de 2020, quando a bancada do PSOL na Câmara dos Deputados solicitou formalmente ao Ministério das Relações Exteriores esclarecimentos sobre orientações do Itamaraty a seus postos no exterior sobre o que deveria ser dito em relação ao assassinato de Marielle. Essas informações estariam em documentos e telegramas que, após o pedido, foram colocadas sob sigilo de 100 anos.

Tudo pronto para quebrar os sigilos 

Vinícius Marques de Carvalho, novo ministro indicado pelo presidente Lula (PT) para a Controladoria-Geral da União (CGU), assumiu a pasta na terça-feira (3) e, em seu discurso, anunciou que já formou um grupo técnico que vai dar início ao processo de abertura dos sigilos de 100 anos impostos por Jair Bolsonaro (PL) a inúmeras informações de interesse público.

A quebra desses sigilos é uma promessa de campanha de Lula. Logo que tomou posse, no último domingo (1), o mandatário assinou um pacote de decretos e medidas provisórias e, entre elas, está a que retoma a transparência da administração federal – solicitando que a CGU reavalie em até 30 dias, junto a este grupo técnico já constituído, os sigilos de maior relevância.

“Houve uso indiscriminado e indevido do sigilo para supostamente proteger dados pessoais ou sob o falso pretexto de proteção da segurança nacional e da segurança do Presidente da República”, disse Vinícius Marques de Carvalho em seu pronunciamento de posse na CGU.

Os sigilos que Lula mira e que colocam Bolsonaro em pânico 

Além do sigilo relacionado ao caso Marielle, há também o sigilo sobre a carteira de vacinação de Jair Bolsonaro, que pode revelar se ele tomou ou não a vacina contra a Covid -, alguns dos decretos de Lula têm o potencial de complicar ainda mais a situação jurídica do ex-presidente, que responde a centenas de processos.

Somente no Supremo Tribunal Federal (STF), em processos que serão remetidos à primeira instância após perder foro privilegiado, Bolsonaro é alvo de quatro inquéritos abertos para investigar supostos cometimentos de crimes no exercício da Presidência da República. Há, ainda, duas ações penais em que o presidente figura como réu por incitação ao estupro e injúria.

No inquérito 4888, Bolsonaro é investigado por divulgação de notícias falsas sobre a pandemia, que ligariam a vacina contra a covid-19 ao desenvolvimento da Aids. O inquérito foi aberto a pedido da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, do Senado Federal.

Nesse inquérito específico, o sigilo imposto ao processo disciplinar contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello sobre a determinação para a compra de cloroquina pelo Exército pode reforçar a responsabilidade de Bolsonaro pelo genocídio durante a pandemia – que pode ser interpretado até mesmo como crime contra a humanidade.

Além dele, o sigilo sobre as visitas de Carlos e Eduardo Bolsonaro ao Palácio do Planalto, também poderão ser usados no inquérito que investiga a atuação da milícia digital que propaga fake news e incitou atos terroristas no país. Outro processo que pode levar Bolsonaro e os filhos para a cadeia.

*Com Forum

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Militares temem desgaste com levantamento de sigilo sobre cloroquina e Pazuello

Generais ouvidos pela coluna avaliam que divulgação de informações incômodas para as Forças Armadas pode tensionar ambiente neste início de governo.

Segundo Malu Gaspar, O Globo, a sinalização do governo Lula de rever o sigilo sobre a compra de cloroquina pelo Exército e o processo disciplinar contra o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello vem preocupando as Forças Armadas, que temem as consequências da divulgação de informações com alto potencial de desgastar não só a imagem do governo Bolsonaro, mas a dos próprios militares.

Na última terça-feira, o novo ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques de Carvalho, anunciou que já constituiu um grupo de trabalho para analisar a revisão dos casos de sigilos de 100 anos impostos pelo governo Bolsonaro, uma das principais promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na ocasião, Carvalho acusou o governo Bolsonaro de fazer uso “indiscriminado e indevido” dos sigilos sob o “falso pretexto da segurança nacional”, fragilizando os órgãos de fiscalização para atender a interesses pessoais.

“Não é só o governo Bolsonaro que tem sigilo”, disse à equipe da coluna um ex-ministro da Defesa, temendo o tensionamento das relações entre a caserna e o recém-inaugurado governo Lula.

É a mesma avaliação de um outro general ouvido pela coluna, que considera o levantamento do sigilo envolvendo a compra de cloroquina e o processo disciplinar de Pazuello um “erro” neste momento, em que Lula ainda tenta dissipar o clima de desconfiança entre os militares com o seu retorno ao Planalto.

Além disso, o novo governo ainda é confrontado com dezenas de manifestantes que insistem em protestar na frente de quartéis contra o resultado das eleições, levantando acusações infundadas de fraude.

“Começar um período de governo olhando o Brasil pelo retrovisor, quando há tantos desafios pela frente, é amadorismo ou vingança. Mais adiante, se julgarem necessário, poderiam rever esses temas”, disse esse segundo general.

Ao Supremo Tribunal Federal (STF), o Comando do Exército alegou que a decisão de colocar em sigilo de 100 anos o processo administrativo envolvendo a participação do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello em uma manifestação ao lado do presidente Jair Bolsonaro é um “assunto interno”.

A manifestação do Exército foi enviada ao Supremo após PT, PCdoB, PSOL e PDT entrarem com uma ação no STF para derrubar o sigilo centenário sobre o processo de Pazuello.

Apesar de o regulamento interno da Força vedar a participação de militares em manifestações políticas, Pazuello não foi punido.

“Não existe absolutamente interesse público patente a motivar acesso às informações extraídas de referido processo administrativo disciplinar, o qual regulam unicamente uma relação personalíssima entre um militar e seu comandante, em que se analisa se o subordinado transgrediu ou não uma norma castrense”, alegou o Exército em junho de 2021.

O novo ministro-chefe da CGU já avisou que o novo governo pretende adotar a transparência como “regra” e o sigilo como “exceção”. Conforme mostrou O GLOBO, a decisão do Exército de decretar o sigilo centenário ignora entendimentos já firmados pela CGU, que já definiu que apuração disciplinar encerrada é de acesso público — tanto para militares quanto para civis.

Durante a transição, oficiais das Forças Armadas enviaram a emissários de Lula uma série de conselhos e dicas sobre como o presidente eleito poderia se aproximar dos militares e tentar desconstruir o legado bolsonarista.

Embora a relação seja de desconfiança mútua e até de hostilidade em alguns segmentos, a indicação do ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio para chefiar o Ministério da Defesa agradou a caserna e deu a Lula algum crédito.

Antes da eleição, o petista já tinha enviado aos militares um sinal de que não mexeria nas regras aprovadas pelo Congresso em 2019 para a aposentadoria dos militares, conforme informou a coluna em outubro.

Outras questões surgiram nas conversas, como a de que os petistas não promovam e nem defendam qualquer alteração no Estatuto dos Militares, em vigor desde 1980.

A mensagem é clara: os militares não querem intromissões do novo governo em assuntos considerados de natureza interna. Pelo visto, os militares e uma ala do governo Lula discordam da extensão do escopo “natureza interna” quando se trata de manter sob sigilo informações de interesse público.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Opinião

Julian Rodrigues: É hora de arregaçar as mangas com Lula e trabalhar muito para o terceiro governo ser mais à esquerda

Já começou o melhor da governo da história

O terceiro mandato de Lula tem tudo para ser o mais progressista, inovador e popular desde sempre no Brasil

Por Julian Rodrigues*

Não, o título acima não é fruto de ingenuidade ou excesso de otimismo.

As pouquíssimas pessoinhas que acompanham meus artiguetes sabem que – nem de longe – sou petista bobalhão ou lulista acrítico.

Ocorre que em muitas situações o saudável pessimismo da razão – ferramenta imprescindível para qualquer militante de esquerda – acaba por obnubilar em demasia nossa leitura.

E subestimamos o tamanho da vitória que foi eleger Lula ou até mesmo a beleza dessa alameda aberta diante de nós agora.

Não foi trivial a vitória que o povo brasileiro impôs ao neofascismo. Em que outro país houve uma reviravolta tão rápida?

Os hermanos argentinos se livraram de Macri, é verdade. Pero, o ex-presidente do Boca Juniors não era propriamente um neofaxo – talvez poderia ser melhor classificado como neoliberal quase de extrema-direita. Mas não prosperou.

Argentina é outra história. O PT é o maior partido do Brasil. Desde as primeiras eleições diretas pós-ditadura (em 1989) venceu ou ficou em segundo lugar em todas disputas presidenciais. E o senhor Luiz Inácio é simplesmente o maior líder popular (reformista, sim) de nossa história.

A “vida e obra” do Lulão serão referência por décadas – objeto de pesquisas, estudos, admiração e controvérsias.

O PT continuará forte e enraizado mesmo no pós-lula (talvez um pouco menos transformador).

O lulismo será uma força política reivindicada e disputada desde segmentos da direita à esquerda de todos matizes.

Uma espécie de peronismo à brasileira. Quem viver verá. O terceiro governo do ex-operário é resultado de uma vitória extraordinária. Bem improvável. Superamos o golpe de 2016 mais a prisão arbitrária de Lula.

Parece roteiro de ficção, – inclusive na perfeição do desenho do arco narrativo do herói. O sujeito vem de baixo, vence, vire presidente. Depois cai em desgraça, e é preso. Sai da cadeia inesperadamente.

Redimido, derrota o vilão fascista e se torna presidente de novo. Redenção gloriosa, tipo epopeia clássica. Não será fácil.

Em 2003 Lula assumiu em um cenário difícil, pós avalanche neoliberal, com um Estado mais fraco.

Olhando em retrospecto dá para brincar, sim: saudades de FHC. Não havia ameaças à democracia.

Suceder um governo liberal democrático, aprendemos agora, é totalmente diferente de assumir um país devastado pelo neofascismo ultraliberaloide.

Basta comparar um elegante intelectual banqueiro como Pedro Malan a um trombadinha fanfarrão especulador como Paulo Guedes.

Antes que algum apressadinho venha me rotular como petista-amigo-de-tucano,reitero: o PSDB abriu as portas para o bolsonarismo e fez em São Paulo e no Brasil, governos elitistas e antipopulares.

Todavia, é preciso colocar as coisas em perspectiva histórica.

O advento do bolsonarismo reconfigurou os parâmetros da política brasileira. Em comparação com o neofascismo, nosso velho malufismo vira um quase simpático direitismo demagógico.

O centrão se torna mera representação moderada, até razoável e bem pragmática das velhas oligarquias (sustentam o sistema político).

Os neoliberais, um bando de yuppies liberais-democratas a fim de ganhar muito dinheiro, diminuir o Estado, brilhar na mídia e na academia.

Lula sabe disso tudo.

Construiu uma candidatura popular – ao mesmo tempo radicalmente antineoliberal e antineofascista – mas com amplitude que lhe permitiu obter apoio de amplos setores liberais insatisfeitos com o bolsonarismo.

Reparem: Lula não girou o programa à direita. Mas, com Alckmin vice sinalizou para segmentos que queriam derrotar o bolsonarismo mas historicamente são adversários da esquerda.

Coisa de gênio, vamos combinar (falo isso na condição de quem criticou a indicação de Geraldo como vice).

Nossa tarefa é lutar e ajudar esse governo a ser mais “esquerdista” possível.

Repito: é um privilégio ter Lulão para nos salvar do neofascismo. Mas o Brasil precisa de muito mais que o “reformismo moderado”.

Temos que defender muito e empurrar para esquerda esse nosso terceiro governo.

Haddad no lugar de Guedes.

Aniele Franco, Silvio Almeida, Sonia Guajajara e Cida Gonçalves substituindo Damares.

Que tal Margareth Menezes ao invés de Mário Frias ou Regina Duarte? É tudo antagônico.

Não é exagero falar em um governo do bem e das luzes que vem suceder um regime do mal, das trevas.

Lembrei-me de um episódio clássico do seriado He-Man (a turma que foi criança ou adolescente nos anos 1980 vai gostar).

Foi quando o planeta Etérnia, transformou-se num lugar sombrio, amaldiçoado. Foi quando o pequeno Gorpo – feiticeirinho atrapalhado – e sua namorada Driele cantam juntos a letra de uma antiga canção:

“ o bem vence o mal/ espanta o temporal/o azul, o amarelo/tudo é muito belo /o bem vence o mal/ o fraco fica forte/e vence até a morte/ isso é o que ele faz”.

Quem esperava e exigia um Lulinha light está bem nervosinho até agora.

Aquele ente antropomórfico que se angustia, sofre, chora, fica alegre ou se enerva, o tal “mercado” anda meio estressado.

(Meu sonho era um dia descobrir quem é mesmo o big boss, oráculo, porta-voz, representante, assessor de imprensa, chefe, intérprete, verdadeiro deus encarnado, o tal mercado – a criança mais mimadinha do mundo)

O paradoxo: Lula herda terra arrasada em uma conjuntura internacional de crise, todavia é um líder gigante e um gestor muito mais experiente.

Resumindo: foi uma baita vitória; a desfascistização é um processo demorado e complexo; a crise econômica está aí; recebemos um país destroçado, com 20% de extremistas de direita; a oposição será implacável.

Mas, nós temos a força dos movimentos sociais, da juventude, das mulheres, dos lutadores e lutadoras do povo, das universidades, das pobres, dos pretos, dos LGBT, de toda gente de boa vontade.

Saímos do inferno. Agora é trabalhar. Vamos arregaçar as mangas com Lulão porque quem fica parado é poste.

*Julian Rodrigues, professor e jornalista, doutorando em América Latina. É ativista LGBTI e de Direitos Humanos/Viomundo

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Alckmin promete lealdade e dedicação integral a Lula

Ao tomar posse nesta quarta-feira (4) como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) prometeu lealdade ao presidente Lula (PT).

Ele rasgou elogios ao mandatário, classificando-o como o único capaz de liderar um “moderno e corajoso” projeto de desenvolvimento industrial e integração internacional. “Enquanto outros países lograram exercer papel central nas cadeias regionais, o Brasil não tem conseguido desempenhar o papel de coordenação em seu entorno. Assim incluir significará também integrar o Brasil. Não por capricho ou para simplesmente acompanhar as boas novas do pensamento econômico, mas porque juntos, integrados produtivamente a nossos vizinhos, somos mais fortes e cumprimos as diretrizes para as nossas relações internacionais que estão esculpidas no artigo 4º parágrafo único da nossa Constituição. A integração, contudo não virá por geração espontânea. Ela exigirá diálogo constante com nossos parceiros, com vistas a se criar uma verdadeira governança produtiva em nossa região”.

“O presidente Lula, todos sabemos, é o único capaz de liderar esse moderno e corajoso projeto. Presidente Lula, como o senhor tem falado repetidas vezes, o governo que agora se inicia não foi eleito apenas pela saudade de um tempo em que o Brasil crescia com inclusão, atingindo o pleno emprego e servindo de exemplo para o mundo, sobretudo para as nações irmãs, que almejam alcançar patamares mais elevados de desenvolvimento. O governo cujo mandato teve início foi eleito também pela esperança do povo brasileiro de que juntos podemos fazer ainda mais e melhor. E para esse esforço, sei da importância que o senhor atribui ao Mdic e do papel estratégico que ele deve desempenhar. Por isso, saiba, que o senhor terá de mim não apenas a lealdade de um ministro que se soma à de um vice, mas minha dedicação integral em prol de uma agenda que contribua para reverter os resultados inaceitáveis que nossa economia vem acumulando nos últimos anos”.

Alckmin citou o ex-presidente Juscelino Kubitschek ao resgatar seu plano de metas e sua agenda de industrialização sintetizada no lema ’50 anos em 5′. Outro lembrado pelo vice e ministro da Indústria foi Ulysses Guimarães: “na galeria dos ministros de Estado que construíram o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços encontramos o grande e exemplar Ulysses Guimarães. É de Ulysses a máxima de que as nações democráticas de economia de mercado são mais ricas e as mais fortes. São ricas por serem democráticas, e não democráticas por serem ricas”.

“Por isso mesmo, quando colocada em risco a democracia, a crise política acaba por fomentar terríveis crises econômicas. A inabilidade política tem custo e é socialmente injusta, porque penaliza o mais pobre e inviabiliza a atuação econômica produtiva. Na normalidade democrática é que o país pode crescer e se mostrar justo para seu povo. A nossa união, presidente Lula, não é episódica, de ocasião ou por uma eleição. A nossa união é por um país, por um povo e por seu direito de viver em um regime democrático e em um país verdadeiramente produtivo. Tenha em mim, presidente Lula, aquele a quem o senhor poderá confiar sempre a primeira e mais árdua missão, porque é inabalável o meu compromisso com o senhor, o seu governo e o nosso país. Que venham dias de crescimento e justiça social”, finalizou Alckmin, sob efusivos aplausos da plateia.

*Com 247

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Política

Após “varredura” da PF, Lula volta a despachar do Palácio do Planalto

O presidente terá ao menos cinco agendas no Planalto nesta quarta-feira (4/1). Ele vai se reunir com ministros do novo governo.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) volta a despachar do Palácio do Planalto, nesta quarta-feira (4/1), após a Polícia Federal realizar uma “varredura” no local, na terça-feira (3/1).

Enquanto sua sala estava sendo preparada, Lula despachou do hotel onde está hospedado em Brasília.

Nesta quarta, o petista terá ao menos cinco agendas, todas no Planalto. Entre elas, quatro são reuniões com ministros do novo governo: Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores), Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) e Paulo Pimenta (Secom).

Além disso, Lula vai participar da cerimônia de transmissão de cargo do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, como ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

“Varredura” da PF

Na terça, o gabinete presidencial passou por uma “varredura” e remodelagem. Uma equipe da PF e funcionários do Planalto preparam o espaço, localizado no terceiro andar do prédio, para receber Lula.

De acordo com o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, “entre aliados do presidente, há um temor de que Bolsonaro tenha instalado escutas”.

Durante a ação no gabinete, houve troca de mobília. Entre elas, a mesa principal usada pelo agora ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e uma mesa de centro.

*Com Metrópoles

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Presidente Lula

A emoção de Lula na despedida do rei Pelé

Na primeira viagem oficial desde que tomou posse, o presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) se emocionou durante o adeus ao rei Pelé durante cerca de 15 que permaneceu no velório na Vila Belmiro, em Santos, no litoral paulista, na manhã desta terça-feira (3).

“O adeus ao rei. Descanse em paz, Pelé”, tuitou Lula, que esteve ao lado da esposa, Rosangela Silva, a Janja, que também se mostrou extremamente emocionada.

https://twitter.com/LulaOficial/status/1610270987643244544?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1610270987643244544%7Ctwgr%5E22a80a97f2e8f7f2fd403a25786d0d6448cfa805%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-33839485303999209111.ampproject.net%2F2211302304002%2Fframe.html

Minutos depois de o presidente deixar o velório, o cerimonial iniciou os preparativos para o cortejo e o sepultamento.

O cortejo passa pelo Canal 6, onde mora a mãe de Pelé, dona Celeste, seguindo até a Memorial Necrópole Ecumênica, para o sepultamento reservado aos familiares.

Pelé escolheu o cemitério vertical – o mais alto do mundo – pois não queria ser enterrado.

O corpo do Rei do Futebol ficará em um mausoléu do Memorial, onde também estão enterrados o pai de Pelé, João Ramos do Nascimento, o Dondinho, que morreu em 1996, o irmão, Jair Arantes do Nascimento, o Zoca, morto em 2020, além de Antonio Wilson Honório, o Coutinho, parceiro de ataque no lendário Santos bicampeão mundial em 1962 e 1963, que faleceu em 2019.

Os parentes de Pelé estão no nono andar do prédio. O plano inicial era de que o Rei fosse enterrado em um jazigo no mesmo andar em homenagem ao pai Dondinho, que vestia a camisa 9. Mas a família mudou o planejamento em conversa com a administração e ele será sepultado no mausoléu situado no primeiro piso da construção.

Em entrevista, Pelé afirmou que escolheu o cemitério vertical por considerar que o local não se parece com um cemitério e transmite “paz espiritual e tranquilidade”.

“A pessoa não se sente deprimida, sequer parece com um cemitério”, disse ele em entrevista ao Jornal A Tribuna, em 2003.

*Com Forum

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição