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Política

Vídeo – “Entendo de persuasão e de mentira também”: Natuza Nery coloca Marcos do Val na parede

O senador bolsonarista Marcos do Val (Podemos-ES) foi enquadrado durante entrevista à GloboNews nesta quinta (15) pela jornalista Natuza Nery. Ele disse que sua acusação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que teria tentado coagi-lo “dar um golpe de Estado junto com ele”, não foi “nada oficial”.

“O que foi dito para a imprensa não era nada oficial”, afirmou o senador. Em resposta, Natuza Nery fez uma nova pergunta: “O senhor mentiu quando falou à imprensa?”. O bolsonarista negou ter mentido e disse ter usado “a estratégia da persuasão”, oferecendo enviar “documentos” à jornalista para que ela entendesse o assunto.

“Senador, o senhor não precisa me ensinar o que é persuasão. Até porque eu entendo bem o que é persuasão e entendo bem de mentira também. O senhor está dizendo que usa a imprensa para mentir, como é que eu vou acreditar que o senhor está falando a verdade agora?”, respondeu Natuza Nery.

A entrevista ocorreu após Marcos do Val ser alvo de busca e apreensão da Polícia Federal. A corporação realizou ação em endereços ligados ao senador, como seu gabinete no Congresso Nacional, seu imóvel funcional em Brasília e ao menos uma residência no Espírito Santo.

A operação foi autorizada por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito do inquérito que apura a prática dos crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação por revelar suposto plano para dar golpe de Estado.

*Com DCM

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Justiça

Marcos do Val tem celular apreendido e contas em redes sociais bloqueadas

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) teve o aparelho celular apreendido e as contas de redes sociais, como o Twitter, bloqueadas, na tarde desta quinta-feira. O parlamentar é alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal, em razão de uma tentativa de obstrução do inquérito que investiga os atos de 8 de janeiro. As medidas foram deferidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, segundo O Globo.

Os agentes da PF estão cumprindo os mandados no gabinete de Marcos do Val no Senado Federal. Endereços do político em Vitória, no Espírito Santo, sua terra-natal, também estão sendo alvos. Em um desses locais, onde o parlamentar está, é que foi apreendido seu celular.

Marcos do Val é investigado pelos crimes:

— Divulgação de documentos sigilosos;

— Tentativa, com emprego de violência ou grave ameaça, de abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais;

— Tentativa de golpe de estado;

— Organização criminosa

No início de fevereiro, Moraes havia determinado a abertura de uma investigação sobre o relato de Do Val a respeito de uma suposta articulação de um golpe, com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ).

Moraes afirmou que, no primeiro depoimento do parlamentar à PF, prestado no fim de janeiro, ele apresentou “uma quarta versão dos fatos por ele divulgados”, ressaltando que todas foram “antagônicas”, e que por isso é preciso investigar os crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação no curso do processo.

O ministro ainda determinou que a revista Veja e as emissoras CNN e GloboNews enviassem a íntegra de entrevistas concedidas por Do Val. A Meta, empresa controladora do Facebook, também deveria enviar uma transmissão realizada pelo senador na qual falou pela primeira vez sobre a suposta articulação.

O relato de Do Val vinha sendo investigado em um inquérito que apura a responsabilidade de autoridades do Distrito Federal — como o governador afastado Ibaneis Rocha e o ex-secretário Anderson Torres — nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Na ocasião, Moraes determinou a criação de uma petição, nome dado para um tipo procedimentos que tramitam no STF, que corre em sigilo.

Do Val denunciou que teria participado de uma reunião golpista com Bolsonaro e o ex-deputado Daniel Silveira para tentar gravar de maneira escondida Moraes — e forçá-lo a falar algo que poderia ser usado como uma espécie de admissão de alguma irregularidade no processo eleitoral e, com isso, evitar a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o senador, ele poderia usar equipamentos do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para gravar conversas com o ministro.

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Justiça

Urgente: PF faz busca e apreensão em endereços do senador Marcos do Val

Ação foi determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e ocorre em Brasília e no Espírito Santo. As informações são do Metrópoles.

Homens da Polícia Federal (PF) cumprem na tarde desta quinta-feira um mandado de busca e apreensão contra o senador Marcos do Val (Podemos).

O pedido foi feito pela PF há algumas semanas e acolhido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF.

No começo do ano, Marcos do Val afirmou ter tratado com Jair Bolsonaro sobre um plano para gravar Moraes e tentar anular a eleição presidencial.

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Política

Vídeo – Flávio Dino a Marcos do Val: ‘se o senhor é da SWAT, eu sou dos Vingadores’

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, participou na manhã desta terça-feira de audiência pública na Comissão de Segurança Pública (CSP) do Senado Federal. É a quarta vez que o ministro vai ao Congresso a pedido de opositores do governo. A sessão foi convocado pelo senador Magno Malta (PL-ES).

Durante a audiência, Marcos do Val (Podemos-ES) questionou o ministro a respeito de sua teoria sobre o atentado de 8 de janeiro. O senador disse ainda que aparecerá um vídeo de Dino dentro da Praça dos Três Poderes, assim como ocorreu com o ex-ministro do GSI, general Gonçalves Dias.

— Não adianta pegar trechos de entrevistas para pescar contradições inexistentes, a não ser na sua mente. Na verdade, o que acontece? Eu não estava lá, eu fui avisado e cheguei — respondeu Dino, que também mostrou insatisfação sobre vídeos gravados pelo senador para as redes sociais.

— Não precisa o senhor ir para porta do Ministério da Justiça fazer vídeo de internet porque se o senhor é da Swat, eu sou dos Vingadores. O senhor conhece o Capitão América? O Homem-Aranha? — disse o ministro e gerou risadas dentro do congresso (veja vídeo abaixo).

Marcos do Val é um militar do exército Brasileiro no 38º Batalhão de Infantaria. O senador de 51 anos, no entanto, tornou-se famoso como instrutor de agentes de segurança pública e privada.

Com esta qualificação, Marcos do Val fundou uma empresa — o Centro Avançado em Técnicas de Imobilizações (Cati) — e ofereceu cursos para agentes da Swat, Nasa, FBI, Navy Seals e Vaticano, conforme consta no site oficial do senador.

https://twitter.com/UOLNoticias/status/1655948919065710596?s=20

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Opinião

Em resumo, do Val diz o essencial: não é maluco, é vigarista mesmo

A deficiência de Marcos do Val é de caráter e não psiquiátrica, como atestou o médico do Senado, a pedido do próprio senador que assim fez para não ser chamado de doido pelas inúmeras versões “estratégicas” que o gênio enxadrista criou na mídia.

Isso não é uma condição particular no mundo bolsonarista, lógico que, na medida em que um gaiato, que se fantasia de agente da SWAT, comporta-se como um fascista e vai à prisão abraçar terroristas como prática de sua atividade parlamentar no Senado Federal, vê-se que seus padrões de pensamento são idênticos a três outros bolsonaristas que se utilizaram do fetiche das roupas, fardas e armas de polícia como pedagogia do ódio para se promoverem em atos golpistas, terroristas e criminosos, como é o caso de Daniel Silveira, Roberto Jefferson e Gabriel Monteiro.

Marcos do Val tem todas as condições naturais para ser um bolsonarista, burro, fora da realidade, mentiroso e medroso. Essas são somente algumas considerações.

Não há nada diferente nisso se comparado ao próprio Bolsonaro.

O fato é que Marcos do Val deu ampla margem para ser enquadrado pelo STF como criminoso comum. E, mesmo que queira buscar outros modelos, através de bons advogados, pegará pela proa a acusação por crime político.

Seja como for, a primeira parte de sua peça teatral foi concluída, onde o idiota brilhou como protagonista. Já a segunda parte, temos que aguardar para ver como o caso será tocado pela justiça brasileira, já que o estrategista confesso, no auge de sua fantasiosa imaginação, quis pregar uma cama de gato em Alexandre de Moraes, gastando toda a sua energia “intelectual”, somada à de Daniel Silveira e Bolsonaro.

O futuro de seu mundo particular está justamente nas mãos de sua pretensa vítima, Alexandre de Moraes.

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Política

Após divulgar quatro versões do “golpe Tabajara”, Marcos do Val procura psiquiatra

Marcos do Val (Podemos-ES), senador bolsonarista, divulgou, nesta quarta-feira (8), seu atestado psiquiátrico para, segundo ele, comprovar sanidade e aptidão para continuar a exercer o mandato parlamentar.

O documento foi assinado por um especialista do Senado Federal. “Laudo é para ninguém achar que eu estou doido”, declarou à CNN-Brasil.

“Atesto para os devidos fins que o Senador Marcos Ribeiro do Val foi avaliado por mim em 07/02/2023 e que encontra-se apto, do ponto de vista de sua saúde, para o exercício do cargo”, escreveu o médico.

Em mensagem encaminhada à imprensa, Marcos do Val negou a informação de que iria se licenciar por estar sem condições psicológicas para assumir os trabalhos no Senado.

Ele disse isso, apesar de ter afirmado, ao “denunciar” a tentativa de golpe, que renunciaria ao mandato: “Está circulando que irei tirar licença por questões de saúde ou por motivos pessoais. Comunico a todos que isso não procede e que seguirei trabalhando normalmente no Senado Federal”, apontou, de acordo com o Metrópoles.

Marcos do Val concedeu entrevista à Veja na qual denunciou que foi procurado por Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente teria tentado coagi-lo a participar de um golpe de Estado, que passava pela desqualificação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), até a derrubada do presidente Lula (PT).

Depois da repercussão da entrevista, o senador deu quatro versões sobre o caso. A confusão foi tanta que Alexandre de Moraes “batizou” a manobra de “golpe Tabajara”.

Senador admite que fez “manipulação de notícias desencontradas”

Marcos do Val afirmou, em entrevista ao canal de Ronny Teles, que a denúncia que fez sobre a tentativa de grampear Alexandre de Moraes foi “estratégica”.

“Tudo é estratégico. Estou tranquilo, o resultado está dando certo”, diz. “O objetivo foi atingido e eu, claro que eu fiz essa manipulação de notícias desencontradas, mas aí um dia vocês podem entender”, confessou.

Do Val ainda foi perguntado se ele deseja afastar Moraes da relatoria do inquérito das fake news, e responde: “Com o tempo vocês vão entender e vão ficar muito felizes”.

*Com Forum

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Opinião

Para quem não lembra, Marcos do Val é aquele gaiato que empregou a namorada no senado com salário de R$ 18 mil

Esse mais recente personagem da vida brasileira parece ter sido extraído de um romance policial.

E não pense que isso, para ele, é desvantagem, ao contrário, jorram jocosidades na vida do Odorico Paraguaçu capixaba, porque, para o sujeito, não existe fronteira para chegar ao ridículo, contanto que o negócio político traga resultados maravilhosos para ele e os seus.

É natural que, depois de produzir um barulho com o seu buraco n’água, que pode lhe custar a cassação e a cadeia, as pessoas acabam por redescobrir o que a história já registrou sobre essa peça.

Para Marcos do Val, o Senado é um poço de petróleo onde jorram oportunidades para qualquer mortal, a começar pelo histórico do senador capixaba que, além de empregar no Senado a namorada com um salário de R$ 18 mil, levou-a para dar um rolé nos EUA, gastando a bagatela de R$ 50 mil de dinheiro público.

O que é isso diante de alguém que abocanhou, via orçamento secreto, segundo o próprio, a bolada de R$ 50 milhões? Mesmo se tratando de um clássico, digamos, pouco nobre senador, para quem foi para o Senado apoiando Sergio Moro para “combater a corrupção”, os derivados de sua empreitada estão longe de serem republicanos.

O fato é que essa cavalgadura que, a serviço de Bolsonaro, pregou uma mentira nacional, é o mesmo que confessa o emprego da namorada, sua viagem com ela aos EUA e o negócio do orçamento secreto em que recebeu essa montanha de dinheiro.

Mas na raiz do seu calcanhar existem outras entidades do mesmo ser, que se diz instrutor da Swat, com direito a desenho rasgando a camisa para mostra logomarca da sigla norte-americana e self mostrando que, de gorducho, virou um senador marombado. Tudo isso em troca de benefícios do governo Bolsonaro. O sujeito ainda, no auge da pandemia, fez parte da criminosa comissão da cloroquina, liderada pelo apatetado e risonho, Carlos Wizard, atualmente dono da rede de lojas Mundo Verde.

Como, ao contrário de do Val que, num único dia, contou mais de seis versões de sua xaropada golpista, falamos, mas provamos.

Confira

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Medo?: Marcos do Val muda versão, tenta isentar Bolsonaro e recua de renúncia no Senado

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) deu versões diferentes sobre a reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o suposto plano de gravar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes para reverter o resultado das eleições de 2022.

Durante a madrugada desta quinta (2), Do Val fez uma transmissão ao vivo pelas redes sociais afirmando que a revista Veja publicaria uma reportagem mostrando que Bolsonaro tentou coagi-lo a “dar um golpe de Estado junto com ele”.

Horas depois, questionado pela Folha, o senador recuou na acusação direta e disse que Bolsonaro “só ouviu” o plano do ex-deputado federal Daniel Silveira e afirmou que iria pensar a respeito.

Apesar disso, Do Val contou à reportagem que se encontrou com os dois porque recebeu uma ligação do próprio ex-presidente da República e que entrou no local da reunião em um carro da Presidência.

Mais tarde, em entrevista à imprensa em seu gabinete, o senador afirmou que conversou sobre sair da política com o filho mais velho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro (PL), e teria sido convidado por ele a se filiar ao PL.

Na sessão do Senado desta quinta, enquanto Do Val falava à imprensa, Flávio afirmou que tinha conversado com o colega sobre a reunião, mas “na linha” de que houve “uma tentativa de um parlamentar de demover as pessoas que estavam na reunião de fazer algo absolutamente inaceitável”.

Do Val também não esclareceu onde foi o encontro com Bolsonaro e Silveira.

Primeiro, disse à Folha que estava em dúvida e que achava que tinha sido no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência.

Depois, na mesma entrevista à imprensa, mencionou a Granja do Torto, segunda residência da Presidência. À Veja ele disse que o encontro foi no Palácio da Alvorada, a principal residência oficial do presidente, e onde Bolsonaro se isolou após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT)

O plano de Silveira, segundo Do Val, era gravar o ministro do Supremo e tentar arrancar dele alguma contradição que pudesse, depois, prendê-lo. “Se aceitar a missão, parafraseando o 01, salvamos o Brasil”, diz uma mensagem atribuída a Silveira, revelada pela Veja e obtida pela Folha.

“Era muito perceptível o medo do Daniel de ficar vivendo com a sombra do Alexandre de Moraes querendo prender ele a qualquer hora. Aí ele queria fazer o inverso. Construiu um complô para o Alexandre ser preso”, disse à Folha.

Do Val afirmou que sua decisão sobre renunciar ou se afastar do mandato ainda não está tomada e que vai conversar com sua equipe nesta quinta-feira. A decisão de deixar a política também tinha sido comunicada por ele de madrugada, pelas redes sociais.

Do Val falou à Folha na manhã desta quinta-feira.

O que aconteceu? Ele [Daniel Silveira] me chamou no plenário, do lado de fora, disse que o presidente queria falar comigo. Nessa de querer falar comigo, ele passou [o telefone] para o presidente. Presidente perguntou se eu poderia me reunir com ele. Falei que naquela hora não dava porque eu estava por conta das votações e tal, mas que poderia ser outro dia.

Aí o Daniel me ligou, perguntou se podia, não lembro se de manhã ou de tarde, e aí eu fui lá e o Daniel falando como seria, de que forma seria. E eu falei: ‘Olha, que ideia é essa de gravar conversa minha com ministro, ainda mais ministro com quem eu lido profissionalmente. De forma profissional, não é nem meu amigo. E nenhum juiz vai aceitar uma gravação feita de forma ilegal. Que ideia de doido’.

E eles [Silveira e Bolsonaro] tentando me convencer. Eu falei: ‘Sabe de uma coisa? Deixa eu ir embora, aí eu dou uma resposta para vocês’. Aí eu fui até o ministro do STF e passei pra ele. Falei: ‘Olha, saí de lá agora e o plano era esse, esse e esse. Reportei para o ministro Alexandre. Eu não poderia prevaricar, precisava passar isso para uma autoridade. E aí eu não sei o que o Alexandre fez daí em diante.

Mas o senhor e Daniel Silveira saíram do Senado juntos de carro? Não. A gente se encontrou no meio do caminho porque ele falou que não era para eu entrar [na residência oficial] no meu carro, oficial. Aí eu entrei no carro do presidente e fui lá encontrar ele.

Estou vendo uma matéria aqui [da Folha]: “Bolsonaro tentou coagi-lo a dar um golpe”. Não, não…

Por isso eu estou ligando para o senhor. Então me explica. O que Bolsonaro falou para o senhor? Nada, ouviu. O Daniel tentando me convencer de fazer isso. Não é o Bolsonaro tentando me coagir. Coagir seria chantagear né. Mas não teve isso, não. A manchete aí está errada. Sentou eu, o Daniel e o presidente e o Daniel foi construindo como seria o raciocínio dele, a gravação e tal, tal, tal.

E qual é a manchete correta, então? O melhor seria: senador evitou um golpe de Estado.

Mas quem queria dar esse golpe? O Daniel. Estava tentando convencer o presidente. Tipo assim: tenho uma ideia pra você não ser preso. E que é uma pessoa que está próxima do Alexandre de Moraes. Entendeu? Não foi uma coisa que partiu do presidente, tentando me convencer, não. Não foi isso, não.

E o presidente falou o quê? Ele só ouviu? Não é possível, senador. Ele deve ter feito algum comentário. Então, ele só ouviu junto comigo. Aí eu fiz os questionamentos, da questão da legalidade, e por que. ‘Ah, porque a gente consegue, desse jeito, impedir a posse do Lula. E conseguimos também prender o Alexandre. E o presidente se manter no cargo.’ A única coisa que o presidente falou, quando eu fui embora… [não conclui].

Falei assim: ‘Olha, eu não vou dar resposta agora’. Porque, se eu desse a resposta na hora, eles poderiam ficar insistindo. Aí eu falei: ‘Eu vou embora, me dá um tempo e eu respondo depois’. E aí eu mandei uma mensagem para o Daniel. Olha, última forma, não vou cumprir essa missão. E, na hora de ir embora, a única coisa que o presidente falou foi o seguinte: ‘Vamos pensar’. Só isso.

Vamos pensar. É.

O Mourão estava, já que foi no Jaburu? Não. Só nós três.

Não tinha mais ninguém ali. Não, ninguém. Ninguém. Zero. Nem segurança, ninguém.

E a história da minuta encontrada na casa de Anderson Torres? Não, eu fiquei sabendo depois pela imprensa. Não foi tocado nesse assunto, se tinha isso, se não tinha. Nem eu sabia disso.

Só para entender. A proposta de Daniel Silveira efetivamente era qual? Gravar o ministro Alexandre. Eu conduzindo a conversa para ele falar que ele ultrapassou a linha da Constituição. A gravação então seria usada para invalidar as eleições, prender o Alexandre e o presidente permanecer no poder. Era muito perceptível o medo do Daniel de ficar vivendo com a sombra do Alexandre de Moraes querendo prender ele a qualquer hora. Aí ele queria fazer o inverso. Construiu um complô para o Alexandre ser preso.

Ele achava que a prisão do Alexandre de Moraes abriria caminho para Bolsonaro continuar no poder? Não. Deixaria de perseguir eles. É como se o Daniel estivesse tentando convencer eu e o Bolsonaro para fazer essa ação para que também o Bolsonaro continuasse, para evitar que Lula subisse ao poder e, principalmente, tirasse o Alexandre de Moraes do caminho.

Confesso que estou confusa. De que forma a prisão do ministro Alexandre de Moraes faria com que o presidente Lula não assumisse? Então, essa ideia do Alexandre ser preso, um ministro do STF ser preso. Tinham umas coisas meio infantilizadas assim. Uma ideia infantil. Eu saí de lá tipo assim, não acredito que eu ouvi isso. Era meio bizarro mesmo. Um troço esdrúxulo. Essa chamada de coagiu, não coagiu, isso não aconteceu, não.

*Com Folha

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Justiça

Após bomba de Marcos do Val, cresce no STF clima para prender Bolsonaro

Até então prevalecia no Supremo a ideia de tornar Bolsonaro inelegível, já que prendê-lo seria um “erro” porque tumultuaria ainda mais o país. A avaliação agora mudou.

Entre aliados políticos, também há percepção de que cresce a disposição para prender Bolsonaro. As informações são de Bela Megale, O Globo.

Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidos pela coluna avaliam que, a se confirmarem as revelações do senador Marcos do Val (Podemos-ES) envolvendo Jair Bolsonaro na articulação de mais uma tentativa de golpe, cresce o potencial de sua prisão. Essa leitura é compartilhada por aliados políticos do ex-presidente.

Até então, predominava na maioria do STF a avaliação de que levar Bolsonaro para atrás das grades seria um “erro”. O argumento que isso poderia tumultuar ainda mais o cenário nacional, seja em âmbito social ou político. Os magistrados ainda apontavam que Bolsonaro precisava ter “todas as garantias do processo legal observadas”, ou seja, responder ao processo e ter o direito de se defender. Com mais uma digital do ex-presidente em outra tentativa golpista, a leitura é que o ambiente deve mudar.

A coluna questionou investigadores da Polícia Federal se o relato de Marcos do Val pode embasar algum pedido de prisão de Jair Bolsonaro. Os investigadores responderam que “há elementos”, já que o então presidente teria participado de uma reunião para tratar do plano.

A PF pediu autorização judicial para interrogar Marcos do Val e o ministro Alexandre de Moraes já atendeu ao pedido. Em entrevista coletiva, o senador confirmou que, em dezembro, do ano passado reuniu-se com Bolsonaro e com o então deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), quando recebeu um pedido para gravar, escondido, uma conversa de Alexandre de Moraes. O objetivo seria criar uma espécie de armadilha para Moraes e impedir a posse do presidente Lula.

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Política

Senador Marcos do Val revela que Bolsonaro tentou convencê-lo a dar golpe e anuncia renúncia

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) afirmou na madrugada desta quinta-feira que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tentou coagi-lo para dar um golpe de estado. A investida, segundo o parlamentar, foi recusada e prontamente denunciada. O senador também anunciou que vai renunciar ao mandato.

https://twitter.com/desmentindobozo/status/1621078200251203589?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1621078200251203589%7Ctwgr%5E006686e280b1469999fd0f2ea0475112c81a6d38%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=https%3A%2F%2Fd-23482858093582754492.ampproject.net%2F2301181928000%2Fframe.html

 

— Eu ficava puto quando me chamavam de bolsonarista. Vocês me esperem que vou soltar uma bomba. Sexta-feira vai sair na Veja a tentativa de Bolsonaro de me coagir para que eu pudesse dar um golpe de estado junto com ele, só para vocês terem ideia. E é lógico que eu denunciei — afirmou do Val.

Após a transmissão, Marcos do Val usou sua conta no Instagram para reforçar o que havia declarado anteriormente. O parlamentar capixaba comunicou sua “saída definitivamente da política”.

“Perdi a convivência com a minha família em especial com minha filha. Não adianta ser transparente, honesto e lutar por um Brasil melhor, sem os ataques e as ofensas que seguem da mesma forma. Nos próximos dias, darei entrada no pedido de afastamento do senado e voltarei para a minha carreira nos EUA”, escreveu o senador.

Marcos do Val também alegou ter perdido a “paixão” por sua atividade parlamentar, lembrou que teve um problema de saúde, “chegando a sofrer um princípio de infarto”, e que vem sofrendo ofensas pesadas e que afetam até mesmo sua família.

“Desculpem, mas meu tempo, a minha saúde até a minha paciência já não estão mais em mim! Por mais que doa, o adeus é a melhor solução para acalmar o meu coração”, finalizou.

*Com O Globo

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