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Opinião

O mau-caratismo de Sergio Moro contra Lula e o PT saiu pela culatra

Por Jair de Souza*

Em meados da década passada, o nome do então juiz Sergio Moro despontava com destaque nos veículos escritos de nossa imprensa corporativa, nos canais de televisão e nas programações transmitidas pelas ondas radiais. Ele tinha sido transformado por nossa mídia hegemônica em uma celebridade nacional e no abnegado salvador da pátria.

Como isso pôde ocorrer?

O que poderia justificar que uma figura tão grotesca, inculta e de baixíssimo nível intelectual viesse a ser elevada à categoria de herói máximo da nação e fosse glorificada como o paladino da luta pela moralidade e contra a corrupção?

Para encontrar as respostas que buscamos, é preciso levar em consideração que, além dos aspectos já mencionados, Sergio Moro também ostentava outra qualidade muito apreciada no seio de nossas classes dominantes: seu profundo mau-caratismo.

Foi esse mau-caratismo o motor que conduziu “nosso herói” na superação de todos os obstáculos que se antepunham à meta que ele se propunha atingir. E seu objetivo pessoal era nada mais, nada menos, que acumular fortuna, tornar-se rico, poderoso e temido.

Como sua diminuta capacidade intelectual não lhe seria de muita serventia para viabilizar a materialização desse sonho, seu mau-caratismo passou a ser o fator decisivo que funcionaria como a alavanca que lhe daria impulso no salto inicial e o ancoraria ao longo da empreitada. E assim sucedeu.

Para as forças do imperialismo e as do grande capital nacional a elas associadas (entre as quais se situa a mídia corporativa), as características de Sergio Moro se adaptavam como uma luva aos propósitos que nutriam.

Em outras palavras, estava ali o sujeito perfeito para encabeçar a tarefa de pôr fim ao tênue processo de inclusão social iniciado com a chegada de Lula e do PT ao comando do aparelho de Estado, assim como, a nível internacional, devolver o Brasil à esfera de influência absoluta do imperialismo estadunidense.

Aquela brincadeira de satisfazer necessidades das massas carentes e mostrar ao mundo ares de soberania nacional tinha ido longe demais. Era hora de dar um basta!

Portanto, em consonância com esta congruência de interesses, nada mais apropriado do que dar força a alguém que não se deteria no cumprimento de sua missão em razão de escrúpulos morais ou impedimentos legais.

Era muito reconfortante saber que a pessoa escolhida para liderar a execução do trabalho sujo requerido não hesitaria sequer em meter as mãos em excrementos, se preciso fosse, para cumprir com seu comedido.

A entrega dos recursos do pré-sal às multinacionais petrolíferas estrangeiras significou um violento golpe contra os planos de soberania que vínhamos cultivando há muito tempo.

Não à toa, Sergio Moro descarregou toda sua raivosidade contra a Petrobras e tudo o que ela representava.

De símbolo de nossa autonomia energética e orientadora de nosso projeto de desenvolvimento nacional, a Petrobras passou a ser encarada como o principal inimigo a ser abatido.

As empresas brasileiras de engenharia, que andavam ocupando espaços estratégicos num mundo que suas congêneres estrangeiras (especialmente as estadunidenses) consideravam de sua exclusividade, deveriam ser tiradas de cena.

Uma vez mais, as esperanças depositadas em Sergio Moro se viram convalidadas. O desempenho de nosso “juiz-herói” foi novamente eficiente e arrasador. Nos escombros de sua atuação, não sobrou pedra sobre pedra.

Hoje, mesmo para a realização de obras em nosso próprio território, as outrora portentosas construtoras brasileiras não estão em condições de competir com suas concorrentes do exterior.

Analisando o processo em retrospectiva, as evidências confirmam que os quase seis anos de insuflação e endeusamento midiático a Sergio Moro acarretaram resultados mais do que catastróficos para o povo brasileiro, assim como para a nação no cenário internacional.

As revelações do hacker Walter Delgatti difundidas atrav

és de The Intercept trouxeram à luz as evidências do lado podre, entreguista e canalha do grupo que conduzia as operações da chamada Força Tarefa da Lava-Jato.

À medida que as sórdidas tramoias entre seus integrantes iam sendo postas ao conhecimento público, as suspeitas, que até então eram limitadas a apenas algumas pessoas de maior senso crítico, passaram a ser fatos comprovados e visíveis para todos.

Certamente, a devastadora atividade de Sergio Moro não deve ser subestimada. Como consequência de suas medidas, temos hoje milhões de novos desempregados espalhados pelo país. A miséria absoluta chegou a níveis nunca vistos.

As ruas de nossas cidades estão repletas de gente sobrevivendo ao relento, em total desamparo. O flagelo da fome voltou a nos atentar.

Além disso, a sequência de ações protagonizadas por Sergio Moro foi, em grande medida, responsável pela chegada do nazismo bolsonarista à presidência do Brasil. As tragédias disso decorrentes são tantas que poderíamos dedicar todo o restante deste texto para enumerá-las.

No entanto, o que tínhamos proposto fazer desde o início era destacar algo de positivo advindo da atuação do ex-juiz.

Os casos de podridão que redundaram em angústia e sofrimento para a maioria de nosso povo foram abundantes, e já fazem parte do domínio público.

Sendo assim, vamos tentar efetuar um trabalho diferente, mais árduo e de maior complexidade: tratar de encontrar algum ato proveniente de Sergio Moro que possa ser avaliado como proveitoso para os interesses da nação brasileira.

Depois de muito vasculhar a memória, a única instância em que Sergio Moro me pareceu ter tomado algum posicionamento digno de alguma valoração positiva para o campo popular foi seu empenho e determinação em levar Lula à prisão.

Como assim? Não teria sido essa justamente a evidência maior de seu papel nefasto, destrutivo, entreguista e subserviente às classes dominantes e ao imperialismo? Sim, seguramente, tudo isso é verdade.

Mas, o que vou procurar demonstrar à continuação é que, apesar de toda sua sordidez, essa foi provavelmente a única de suas medidas que acabou gerando também consequências benéficas para o futuro da nação.

Lula surgiu como grande liderança popular nos embates concretos travados pela classe trabalhadora do ABC paulista nos terríveis anos da ditadura militar. Desde suas primeiras aparições públicas, distinguiu-se como uma pessoa de muita astúcia e coragem, com muita agilidade de raciocínio e argumentação.

Com o passar do tempo, todas essas qualidades positivas foram se aperfeiçoando, e a habilidade de Lula para coordenar e comandar as lutas dos trabalhadores por seus direitos, logo, tornou-se algo legendário.

Posteriormente, no exercício efetivo de seus dois mandatos presidenciais, Lula conseguiu estender seu prestígio para muito além das fronteiras de nosso país.

Ao findar seu segundo termo de governo, seu nível de avaliação positiva andava por volta dos 87%, um percentual nunca antes atingido por nenhum outro governante na história de nossa república. Mas, não era somente por aqui que Lula gozava de tão boa reputação.

Todos os que viajavam com frequência para o exterior naquele tempo podiam constatar o quanto a figura de nosso presidente era admirada e respeitada lá fora. Foi um período em que dava muito orgulho apresentar-se como brasileiro no exterior.

Entretanto, não obstante toda sua genialidade e capacidade de discernir caminhos corretos em situações conturbadas, para muitos analistas (dentre os quais eu me incluo), faltava a Lula um maior domínio teórico com relação à sociologia e à história do Brasil e do mundo.

Lula não tinha se aprimorado suficientemente nos estudos e parecia carecer de uma base científica mais sólida e aprofundada que lhe possibilitasse projetar ao futuro suas lutas do momento.

É claro que, por seus vínculos e constantes trocas de ideias com os mais importantes nomes das ciências sociais e da cultura, o nível de seu conhecimento efetivo de nossa realidade superava em muito o de certos acadêmicos plenamente diplomados.

Porém, se era para detectar debilidade, aí residia sua principal deficiência. Como fazer para que Lula conseguisse suprir essa carência em relação a conhecimento teórico cientificamente embasado?

Foi assim que, provavelmente, pela primeira vez em sua carreira de funcionário público, Sergio Moro pôde tomar uma medida que, embora involuntariamente, acabaria tendo um efeito colateral que favoreceria o campo popular, ou seja, justamente o setor ao qual ele sempre tratou de combater e aniquilar.

Ao atropelar resolutamente todos e quaisquer vestígios de respeito à legalidade e trancafiá-lo numa cela da Polícia Federal em Curitiba por quase dois anos, Sergio Moro proporcionou a Lula uma oportunidade para dedicar-se aos estudos como ele nunca antes tinha tido.

E Lula soube aproveitar cada hora de seus 580 dias de reclusão para ler todas as obras que lhe seriam importantes para dotá-lo do conhecimento mais aprofundado possível sobre a realidade histórica brasileira e mundial.

Valendo-se de sua incrível capacidade de compreensão e assimilação, durante o tempo em que foi mantido na prisão, Lula pôde acumular uma carga de leitura tão significativa que, quase com certeza, deve ultrapassar em muito tudo o que Sergio Moro, Deltan Dallagnol e Jair Bolsonaro, em conjunto, já leram ao longo de suas vidas, incluindo nesse somatório dos três os gibis de Super-homem, Mandrake e a revista Playboy, um tipo de leitura com a qual eles parecem estar mais afinados.

É por isso que, a despeito da pavorosa destruição sofrida pelo Brasil nos quatro anos de vigência do regime militar nazista-bolsonarista, estamos confiantes de que Lula tem plenas condições de nos guiar num rumo que nos permita reconstruir nossa pátria em um prazo relativamente curto.

Felizmente, hoje, Lula conta não apenas com o privilégio de sua inteligência e habilidade natas.

Depois do intensíssimo processo de estudos concentrados ao que se submeteu em seu calvário curitibano, Lula se consolidou não apenas como o mais carismático líder político mundial da atualidade, mas também como um dos mais bem preparados a nível intelectual.

Em função disto, apesar de todas as desgraças causadas a nossa pátria e ao povo, podemos assegurar que existe pelo menos um caso em que é possível atribuir a Sergio Moro alguns créditos por coisas positivas em favor de nossa gente. Foi ao arrepio de sua vontade, mas foi.

*Jair de Souza é economista formado pela UFRJ; mestre em linguística também pela UFRJ/Viomundo

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Política

O que Ciro faz contra Lula não é disputa política, é escrotidão

A meu ver, há uma tolerância inexplicável de parte considerável da esquerda com o execrável Ciro Gomes.

Na verdade, não vejo a menor diferença entre Ciro e um cretino como Guilherme Fiuza.

Ciro é tão baixo quanto Fiuza, com um adendo. Fiuza [e remunerado pela direita para agir como age, e Ciro, com discurso udenista, busca votos de um eleitorado progressista.

Vejo gente dizer que Ciro é o único candidato que tem projeto para o Brasil, mas ninguém diz que projeto é esse.

Ciro é um amontoado de palavrórios que, somados, formam um bolostrô oco adornado por lantejoulas triunfalistas.

Mas não é desse Ciro gabola que quero falar, mas de uma personalidade vulgar, para dizer o mínimo desse sujeito ressentido.

O que Ciro faz contra Lula, não é disputa política, é escrotidão humana. Uma coisa podre, rasteira, abjeta e pessoal, fruto de uma inveja miserável.

Ciro, quando foi ministro de Lula, frequentava sua residência, tinha o carinho e a confiança da família de Lula.

Lula perdeu a esposa, o irmão e o neto. O que fez Ciro, ao menos teve uma palavra de respeito a dor de Lula? Não, tripudiou sobre sua condenação e prisão sem provas, usando isso de forma asquerosa e imunda para animar sua plateia antipetista, incluindo muitos bolsonaristas.

Não, isso não é disputa política, isso tem outro nome, chama-se mau-caratismo em estado puro.

Por isso, não é sem motivos que Ciro está na sarjeta eleitoral. Como dizia Brizola: A política ama a traição e odeia o traidor.

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Leandro Fortes: Ainda Bem

A frase infeliz de Lula (“ainda bem que a natureza criou o coronavírus, etc,etc,etc”) é extremamente reveladora, mas não da essência do emissor, sobre o qual nunca pairou nenhum tipo de desvio humanitário.

Lula é e sempre foi um humanista pautado pela política de solidariedade, nos discursos e nas ações, ancorado na força do Estado como agente financiador de mudanças. Em dois mandatos como presidente da República, ele fez do desenvolvimento econômico do Brasil de então, o maior da história republicana, um ponto de partida para tirar o País do mapa da fome mundial, resgatar 40 milhões de pessoas da pobreza e garantir que cada brasileiro tivesse, ao fim de seu governo, três refeições diárias.

É preciso ser um ignorante absoluto sobre a história de Luiz Inácio Lula da Silva para interpretar uma frase mal construída como expressão de pensamento, em si. A alternativa, como rapidamente se pôde notar, foi a interpretação de má fé, opção adotada, de imediato, pelos arautos do universo antipetista: bolsonaristas, isentões, sabujos da mídia e ressentidos em geral.

Na mídia, a fala de Lula caiu como uma luva para o modelo de narrativa com a qual se pretende, em 2022, finalmente recolocar no Palácio do Planalto um tucano – embora, não necessariamente, do PSDB. Nessa moldura, Bolsonaro e Lula são antípodas do mesmo mundo bizarro, cada qual com suas loucuras extremistas, daí a necessidade de se buscar uma opção alegadamente moderada, de preferência, um ex-juiz capacho da TV Globo – ou um apresentador da emissora, se tudo der errado.

Comparar uma fala desastrada de Lula, um estadista reconhecido e admirado por todo o mundo civilizado, com o esgoto diário que transborda da boca imunda do demente que ora nos governa é, antes de tudo, uma opção pelo mau-caratismo.

 

*Do facebook de Leandro Fortes

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Vídeos: Com o vírus do mau-caratismo, Augusto Nunes, trabalhando em casa, faz discurso contra a quarentena

Assim que Moro anunciou sua saída do governo, Augusto Nunes, bolsonarista contratado pelo Planalto para fazer o mesmo papel que fez para os militares durante a ditadura, o de lustra-botas, teve uma recaída e pendeu para o lado de Moro.

Imediatamente, assim como JR Guzzo e Ana Paula do Vôlei, sócios na tal revista Oeste, foi atacado pelo exército de robôs que, naquele momento, via Bolsonaro agonizando.

No dia seguinte, os três, que tinham a revista patrocinada pelo governo Bolsonaro, mudaram de tom e passaram a defender o presidente, não propriamente na guerra com Moro, a tática foi abandonar o assunto sobre a briga dos dois e deixar que Guilherme Fiuza, também sócio da revista, fizesse esse papel para o lado de Bolsonaro, já que, desde o princípio do furdunço, ficou para o lado do patrão.

Cretino por natureza, do conforto e segurança de sua casa, Augusto Nunes faz um discurso de quem paga o banquete. Ele cria uma versão mais imbecil do que a de Bolsonaro para justificar o seu apelo covarde contra a quarentena que tem feito os índices da mortalidade pela Covid-19 dispararem no país.

Seu discurso assassino, no entanto, não consegue adesão sequer de seus seguidores, tal a insanidade de um sujeito que já nasceu com o vírus do mau-caratismo e contaminou muita gente por onde passou.

Todos sabem que, hoje, ele depende 100% de Bolsonaro, seja na revista ou como comentarista em telejornal. Mas o sabujo que passou a vida toda cumprindo o papel de capacho vigarista num balcão de negócios, é suficientemente blindado por sua total falta de escrúpulos tal a couraça que seu inapelável mau-caratismo lhe proporcionou.

Ocorre que, ao contrário de tudo o que Augusto Nunes fez na vida por dinheiro, seu discurso desta vez traz o que existe de mais macabro no lacaio, que é atentar contra a vida da população em troca de grana de quem lhe paga para promover o genocídio a que assistimos em função do coronavírus.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Lacaio de Bolsonaro, Alexandre Garcia diz que pandemia é invenção da OMS para beneficiar a China

Diante de uma crescente preocupação da maioria das pessoas no Brasil e dos próprios sanitaristas com as consequências da desigualdade no país e com a multiplicação de infectados pelo coronavírus, Alexandre Garcia entra na campanha e atiça os terraplanistas, botando lenha no bolsonavírus, a pretexto de tratar da pandemia como algo banal, de que tudo não passa de uma conspiração que vai gerar uma enorme riqueza para a China.

Não sei se Alexandre Garcia acredita no que falou, ele é suficientemente rato para fazer o discurso de acordo com a situação, melhor dizendo, conforme o dinheiro que recebe para tal, mesmo que ele próprio ache o que diz é um absurdo.

Todos sabem que Garcia nunca foi um jornalista de princípios, ao contrário, sabujo da ditadura e da Globo, ele é seguramente um dos mais execrados sujeitos da história do jornalismo brasileiro.

Ninguém esperaria dele preocupação com a população, mas chegar ao ponto de soltar uma teoria da conspiração infame como esta, em pleno surto do coronavírus, crescente no mundo, merecia cadeia.

Agora, que é um militante do bolsonarismo tosco, rude e bárbaro, Alexandre Garcia ultrapassou todos os limites da falta de caráter, transformado-se num multiplicador de fake news sem o menor constrangimento. Tudo em nome da sua conta bancária mais polpuda.

Convenhamos, o camarada tem talento para o mau-caratismo mais repugnante.

Assistam ao vídeo:

https://www.facebook.com/yoko.suzuki3/videos/2967370923325704/?t=17

 

*Carlos Henrique Machado Freitas