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Justiça

Moro foi blindado pelo TRF-4 em 11 representações: nenhuma virou sindicância ou processo disciplinar

Gabriela Hardt foi alvo de 2 ações que igualmente não prosperaram. Dados foram obtidos pelo GGN e Museu da Lava Jato via LAI.

Entre 2015 e 2018, anos em que esteve à frente da Operação Lava Jato, o ex-juiz Sergio Moro foi alvo de 11 representações questionando abusos em sua conduta junto à Corregedoria Regional da Justiça Federal da 4ª Região, órgão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) encarregado de fiscalizar e orientar a atividade jurisdicional da Justiça Federal de primeira Instância.

Apesar da série de indícios de irregularidades levados ao conhecimento da Corregedoria, nenhuma das representações contra Moro evoluiu para uma sindicância ou PAD (processo administrativo disciplinar). Os números que mostram a forte blindagem a Moro pelo TRF-4 foram obtidos pelo Jornal GGN via Lei de Acesso à Informação (LAI) na última terça-feira (3/10). Representantes legais do Museu da Lava Jato fizeram requerimento similar.

Além de ter arquivado as 11 representações contra Moro, a Corregedoria também jogou vinagre em duas representações contra a juíza substituta da 12ª Vara Federal de Curitiba, Gabriela Hardt, responsável pelas execuções penais e fiscalização de acordos de colaboração homologados por Moro.

“CERTIFICO, assim, ter havido a autuação de onze reclamações em desfavor do ex-Juiz Federal Sérgio Fernando Moro e duas reclamações em desfavor da Juíza Federal Substituta Gabriela Hardt, as quais não resultaram em sindicância ou em processo administrativo disciplinar”, diz o despacho assinado por Gustavo Cassel, assessor da Corregedoria Regional do TRF-4, na resposta ao Museu da Lava Jato. Ao GGN, a Corregedoria informou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) foi notificado de todas as decisões.

Em setembro passado, o CNJ instaurou PADs (processos administrativos disciplinares) contra Moro e Gabriela Hardt, na esteira da correição realizada pelo corregedor-geral Luis Felipe Salomão na 13ª Vara de Curitiba e no TRF-4. Leia mais aqui.

Moro x Favreto
Das 11 representações contra Moro, apenas uma não tramitou em segredo de Justiça. O processo número 0007796-22.2018.4.04.8000, a que o GGN tem acesso via LAI, questiona a conduta de Moro em ter suspendido o gozo de suas férias para evitar que o presidente Lula pudesse deixar a prisão respaldado por um habeas corpus subscrito pelo desembargador Rogério Favreto.

Ao analisar a questão, a Corregedoria Regional da Justiça Federal da 4ª Região argumentou que Moro era titular da ação penal e apontou “a existência de precedentes do Supremo Tribunal Federal no sentido de que possível a atuação de magistrado em processo judicial mesmo durante gozo de férias.”

Fundação Lava Jato
No caso de Hardt, a única reclamação que não tramitou em sigilo, de número 0002471-32.2019.4.04.8000, trata de “abuso de competência ao homologar o denominado Acordo de Assunção de Compromissos firmado entre Ministério Público Federal e a Petrobras no âmbito daquela operação”. O documento daria respaldo ao time do ex-procurador Deltan Dallagnol para criar a famigerada “fundação Lava Jato”.

A Corregedoria deu-se por incompetente para julgar a questão. “(…) as questões que dão ensejo à presente reclamação, relacionadas à incompetência do juízo ou inconstitucionalidade material do acordo, são de cunho eminentemente jurisdicional, não podendo esta Corregedoria imiscuir-se na livre convicção do Magistrado para decidir as questões submetidas nas demandas judiciais a ele distribuídas. (…) Não há elemento a justificar a instauração de procedimento disciplinar. As questões suscitadas devem ser resolvidas no âmbito do processo judicial, e mediante o devido processo legal.“

*Com GGN

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Opinião

Esse aí

É Carlos Fernando dos Santos Lima, uma espécie de rei das ratazanas da Lava Jato.

Ele sempre foi apontado por nós como o Barão da república de Curitiba, ou seja, absolutamente soberano sobre a pilha de mutreteiros criminosos que compunham o mega teatro, espalhado pela grande mídia, chamado Força-tarefa da Lava Jato.

Carlos Fernando Boquinha é um tosco etiquetado e emoldurado como um fidalgo que produziu um enorme guarda-sol para hospedar os crimes do próprio Moro. Era o homem do protocolo e a figura mais exótica para transformar a Lava Jato em algo beatificado.

Pois bem, foi exatamente isso que também disse Tony Garcia, que Carlos Fernando e não o bobo da corte, Dallagnol, que sempre se colocou como um idiota reluzente, é quem mexia as peças do tabuleiro macabro da Lava Jato.

Nas declarações de Tony Garcia, Carlos Fernando Boquinha, assim como Januário Paludo é que traçavam as estratégias criminosas dos negócios espúrios da Lava Jato, como grampear Deus e todo mundo, tendo no Boquinha, por ser macaco velho para lidar com cumbucas, a figura do leão da fábula.

Esse sujeito é quem desfrutava a última resposta ensaiada entre os lavajateiros e os jornalistas nas coletivas após as operações, quando vinha a clássica pergunta relembrada à exaustão, “E Lula, está sendo investigado?”, e a resposta de Boquinha era sempre o mesmo rebosteio, “não investigamos rostos ou pessoas, investigamos fatos, e estes nos levam às pessoas”.

Boquinha, assim destilava veneno pelos olhos na sua habilidade política, mas deixava um certo mistério transparecer que ele era a própria caricatura da constituição da república de Curitiba, deixando assim escapar as unhas de onça que não apareciam claramente na mídia.

Agora, é esperar os novos passos de um processo que está sendo desossado pelo STF, via Toffoli, em que, de A a Z, não há um único lugar limpo nessa república de ratazanas curitibanas.

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Investigação

Moro colocou policial infiltrado em escritório de colaborador

Decisão ainda revela salas com “escutas de longo alcance”; presidente do TCE teria sido grampeado; Moro diz que “nunca foi solicitado gravações de autoridades com foro”.

Em decisão do dia 15 de dezembro de 2004, que sucedeu a assinatura do acordo de colaboração do ex-deputado estadual do Paraná, Tony Garcia, o ex-juiz Sergio Moro determinou que fossem instaladas escutas no escritório do empresário e que um policial federal atuasse infiltrado no local, como se fosse secretário de Tony.

Segundo o ex-deputado informou ao Supremo, essa estrutura permitiu que ele grampeasse autoridades com foro, como o então presidente do Tribunal de Contas do Estado no ano de 2005.

Em nota ao g1 e à GloboNews, Moro disse que nenhuma autoridade com foro foi investigada e que jamais solicitou tais gravações. Veja no final da reportagem.

O detalhamento do aparato fornecido a Tony, que diz ter sido usado por Moro para levantar informações sobre ministros do STJ, conselheiros do TCE e também desembargadores do TRF-4, está detalhado em decisão do ex-juiz.

Na decisão, Moro escreve que, para o andamento das investigações que começariam em 1º de fevereiro de 2005 seria necessário:

“a) instalação de equipamento de escuta ambiental, preferivelmente áudio e vídeo, com capacidade para gravação por períodos longos, em duas salas e em estabelecimentos distintos”.
“b) A provável utilização, por um período de cerca de seis meses de agente policial infiltrado como secretário de escritório de prestação de serviços”.

Moro, por fim, explica que “as medidas visam à investigação de crimes de colarinho branco provavelmente cometidos por agentes políticos e públicos”.

Nas declarações prestadas agora que trava uma batalha contra o ex-juiz no Supremo, Tony afirmou que esse aparado permitiu que ele grampeasse, por exemplo, o então presidente do Tribunal de Contas do Estado, por mais de uma hora.

Ainda segundo disse aos investigadores que atuam com o ministro Dias Toffoli, o conteúdo dos grampos era entregue “em mãos” para Moro, sem passar inclusive pelo Ministério Público antecipadamente.

Presidentes de Tribunais de Contas têm foro de prerrogativa de função no Superior Tribunal de Justiça.

Moro diz que Tony Garcia é um criminoso condenado, que mente às autoridades. “Tony Garcia é um criminoso condenado. Não existe, nem nunca existiu gravação de magistrado, nem nunca foi solicitado dele gravações de autoridades com foro”, diz o ex-juiz e hoje senador.

“As suspeitas eram principalmente de tráfico de influência, de terceiros que haviam pedido dinheiro a pretexto de entregá-los a autoridades sem que essas participassem dos ilícitos”, diz Moro. Como mostrou o g1, ele conduziu depoimentos sobre integrantes do STJ e outras cortes.

“Uma das pessoas investigadas, aliás, foi condenada exatamente por este crime. Nenhuma autoridade com foro foi investigada. É oportuno lembrar que os depoimentos foram colhidos perante a autoridade judiciária com a presença de representante do Ministério Público e de defesa.”

O ex-juiz conclui dizendo que “vale ressaltar que esses fatos ocorreram em 2004 e 2005, portanto, há mais de 17 anos”.

Veja íntegra da nota de Sérgio Moro

“Tony Garcia é um criminoso condenado. Não existe, nem nunca existiu gravação de magistrado, nem nunca foi solicitado dele gravações de autoridades com foro. As suspeitas eram principalmente de tráfico de influência, de terceiros que haviam pedido dinheiro a pretexto de entregá-los a autoridades sem que essas participassem dos ilícitos. Uma das pessoas investigadas, aliás, foi condenada exatamente por este crime. Nenhuma autoridade com foro foi investigada. É oportuno lembrar que os depoimentos foram colhidos perante a autoridade judiciária com a presença de representante do Ministério Público e de defesa. Vale ressaltar que esses fatos ocorreram em 2004 e 2005, portanto, há mais de 17 anos.”

*Reportagem de Daniela Lima/G1

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Política

Vídeo: Moro é notícia na GloboNews como ex-juiz chantagista

Documentos mostram que Moro tentou grampear e investigar juízes ilegalmente para cantageá-los.

Um sujeito, que gravou criminosamente a presidência da República, editou a gravação antes de repassar a Globo, o que já era crime, tanto a edição quanto o repasse da gravação, não surpreende ninguém, quando se sabe que ele mandou Tony Garcia investigar desembargadores para chantageá-los.

A novidade agora é esse fato se tornar notícia na GloboNews, principal guarda-chuva de Moro na imprensa brasileira. Uma reportagem corajosa de Daniela Lima que fez o nome de Sergio Moro explodir negativamente nas redes.

Isso acontece um dia após o ex-juiz fazer um discurso contra o STF, que o considerou um juiz parcial, picareta, pilantra, que votou contra os povos indígenas, a favor de ruralistas, grileiros do agrotóxico, com a justificativa de que estava marcando posição contra o STF.

Tudo indica que esse foi o pior passo que Moro escolheu dar.

A conferir.

https://twitter.com/GugaNoblat/status/1707469458330071401

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Opinião

Que tal uma pergunta sobre a Fundação Lava Jato com dinheiro da Petrobras?

A insofreável musa da Lava Jato pretendida por Dallagnol e Moro, como se sabe, era a fundação a ser gerida pelos picaretas de Curitiba, com o dinheiro da Petrobras. Ou seja, R$ 2,5 bilhões de dinheiro público, saído dos cofres públicos, ou melhor do lombo dos brasileiros, via Petrobras.

Mas o Estadão, que não toca no assunto, molda essa realidade a modo e gosto com uma pesquisa que diz que a maioria da população condena a atitude de Dias Toffoli de anular as provas da Odebracht, porque a Lava Jato é corrupta e imprestável.

Lógico que isso não muda o fato de a Lava Jato de Moro e Dallagnol ser corrupta e imprestável, muito menos que o pior roubo ou pelo menos a tentativa dele, foi praticado pelos próprios lavajatistas, e isso está longe de ser lenda. A fundação era um projeto de poder, que só foi adiante porque o STF cortou as asas do espertos, mas foi uma tentativa descarada de roubo, se foi.

Seria honesto o Estadão correr atrás de uma pesquisa para saber o que a população acha dessa tentativa de roubo para que, quem sabe, Dallagnol compartilhar no seu twitter, como fez agora com essa pesquisa mandrake encomendada pelo Estadão.

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Opinião

A derrocada do fascismo tropical

Com décadas a fio de um projeto da mídia de imbecilização nacional, o Brasil levou ao poder máximo da República os dois piores fascistas da sua história, Moro e Bolsonaro. Um complementava o outro e, com um silêncio profundo sobre um caso bisonho em que  um juiz condena e prende sem provas de crime, um candidato à presidência da República, que venceria a eleição no primeiro turno em 2018, num combinado prévio entre os dois vigaristas, de transformar Bolsonaro em presidente e Moro, em super ministro do mesmo governo.

Somente esse fato, narrado com detalhes, daria volume de uma enciclopédia.

Diante de tais vitórias, os pilantras tinham certeza de que jamais cairiam em desgraça, mas caíram.

Na verdade, houve uma sucção de quem estava entorpecido pelo poder e achou que a conjuntura política daria aos dois plenos poderes de intocáveis.

Sim, tanto Moro quanto Bolsonaro, para toda a direita nacional, viraram vaca sagrada. Os dois comparsas carregaram o mesmo defeito, o de matracolejar sem parar, acreditando que poderiam aprofundar suas popularidades nas zonas vivas da burrice nacional, hoje cada vez mais morta e tolhida de abrir a boca para defender as súbitas bestas.

Há sim uma paralisia no fascismo nativo, condicionado pelas reiteradas acusações de crimes praticados tanto por Bolsonaro quanto por Moro.

Ou seja, lentamente essas duas almas, sem um pingo de luz, viram o tempo fechar, pior, mostrando que um era produto conjugado do outro. E a coisa fez progresso, deixando que um rastilho de pegadas dos seus crimes marcasse com cal cada passo dado por cada um de seus crimes, sempre se refugiando no poder com proteção da mídia que, mesquinhamente, aceitava qualquer comportamento, porque, na essência, era antipetista, até que as 700 mil mortes por covid, provocadas pelos crimes de Bolsonaro, o transformassem num monumento de monstruosidade.

Enquanto isso, Moro seguia como um grande vulto da terceira via que a mídia insistia em emplacar, mas o mesmo encontrou na população janelas e portas fechadas.

Não havia mais tempo sequer para rabiscar uma nova estratégia de imagem, chegou ao ponto de um depender da garupa do outro, apesar das rusgas.

Hoje, os dois são só desolação. Para eles, foi um baque, que acreditavam que Lula apodreceria na prisão, mas tiveram que engolir que Lula voltaria triunfante a presidir o Brasil e, de lambuja, para ampliar ainda mais seu histórico de vitórias, presidir o G20, o Mercosul e ainda emplacar Dilma Rousseff no Banco dos BRICS.

Enquanto isso, os prodigiosos fascistas não poderão voltar nem aos seus mequetrefes mundos políticos.

Bolsonaro teve seus direitos políticos cassados e, certamente, não será poupado de amargar uma longa estadia na cadeia por uma série de crimes que não tem graça enumerar.

Já Moro, na marca do pênalti, perderá seu mandato, fato dado como líquido e certo dentro do próprio Senado e, por conta da mesma casca grossa de crimes, vai, de forma acarrapatada, acompanhar seu amo numa mesma penitenciária.

O resto, é história entristecedora para aqueles imbecis incapazes de abandonar o próprio umbral, admitir que o fascismo tropical foi para o vinagre.

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Justiça

Moro é alvo de investigação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por “graves indícios de violações” na Lava Jato, ao destinar R$ 2,1 bilhões à Petrobras

O ex-juiz e senador Sérgio Moro (União-PR) e a juíza Gabriela Hardt, que foram titulares da Lava Jato, passaram a ser alvo de uma reclamação disciplinar instaurada por determinação do corregedor Nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão. Segundo informações de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, Salomão identificou “graves” indícios de violações praticadas no âmbito da força-tarefa.

Caso punido, Moro pode virar ficha suja e se tornar inelegível. Eventuais crimes serão investigados pelo grupo da Polícia Federal (PF) que o corregedor está criando com o ministro da Justiça, Flávio Dino.

A decisão de Salomão se baseia em relatório preliminar da correição realizada pelo CNJ na 13ª Vara Federal de Curitiba e na 8ª Turma do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região). As cortes decidiam os casos da operação em primeira e em segunda instância, respectivamente.

De acordo com Salomão, Moro e Hardt podem ter promovido, entre 2015 e 2019, o repasse de R$ 2,1 bilhões à Petrobras sem critérios objetivos. O montante teria sido transferido antes mesmo do trânsito em julgado de parte das ações penais, em um processo instaurado de ofício que não incluiu a participação de réus e investigados.

Na decisão, Salomão cita um trecho da correição realizada que afirma o seguinte: “Em período compreendido entre o ano de 2015 e o ano de 2019, na cidade de Curitiba, Paraná, o então juiz federal Sergio Fernando Moro e a juíza federal substituta Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, em atendimento aos interesses do então procurador da república Deltan Dallagnol, de procuradores da república da denominada força-tarefa da Lava Jato e de representantes da Petrobras, violaram reiteradamente os deveres de transparência, de prudência, de imparcialidade e de diligência do cargo ao promoveram o repasse de R$ 2.132.709.160,96” à estatal, “atribuindo a essa companhia a posição de vítima, conscientes de que a Petrobras estava sob investigação por autoridades americanas desde novembro de 2014, por conduta ilícita da empresa nos Estados Unidos da América”.

“O alegado combate à corrupção não pode servir de biombo para se praticar, no processo e na atividade judicante, as mesmas condutas que se busca reprimir”, afirma o magistrado.

Salomão segue: “Durante a operação titulada Lava Jato, foi adotado pelo então juiz federal Sergio Fernando Moro, juntamente com integrantes da força-tarefa que se formou para executar aquela operação, critério de destinação dos valores decorrentes dos acordos de colaboração e de leniência absolutamente distante do critério legal de decretação de perda”, afirma o corregedor.

“A anuência do Juízo ao ímpeto de efetuar a execução imediata dos termos estabelecidos nos acordos firmados pela força-tarefa terminava por consolidar verdadeira dispensa do devido processo legal”, diz ainda.

Salomão destaca que a força-tarefa elegeu a Petrobras como a “vítima para todos os fins”, apesar de a empresa também ser alvo de investigação por fraudes cometidas em sua gestão.

Os repasses à estatal ainda teriam ocorrido num cenário de “vácuo informativo”, em que não foi apurado os prejuízos efetivamente sofridos pela empresa.

O corregedor afirma que, embora Moro não seja mais um juiz, a jurisprudência do CNJ busca impedir que magistrados deixem a carreira para se livrar de eventuais punições administrativa e disciplinar. Diz, ainda, que o senador respondia a cerca de 20 procedimentos administrativos quando deixou a magistratura.

Para o magistrado, Moro pode ter tentado burlar a lei ao pedir exoneração em meio aos processos.

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Grande mídia nada diz sobre a tentativa dos lavajatistas de surrupiar R$ 2,5 bi da Petrobras

Imagine se fosse o Lula que tivesse tentado roubar R$ 2, 5 bilhões da Petrobras para o seu instituto? Dá para imaginar o carnaval que a mídia faria? E o tamanho das garrafais nas manchetes?

Como se trata dos meninos de Moro, a mídia faz um enorme silêncio.

Será que Moro e Dallagnol fizeram alguma feitiçaria para produzir um mutirão de mudos na mídia?

É fato que há um catálogo grosso de notícias sobre corrupção e tentativa de golpe, e Bolsonaro lidera as duas questões, assim como Braga Netto que passou a ter as mesmas referências de Bolsonaro, mas não há como a mídia deixar de acompanhar tudo o que tem saído de notícia sobre a devassa que a tentativa de roubo da Petrobras, que seria praticada pelos lavajatistas.

Aliás, daria uma matéria com ótima combinação entre os malfeitos de Bolsonaro, Braga Netto e Sergio Moro. Ou seja, essa maravilhosa trinca que fazia parte do mesmo governo.

O que parece mesmo é que a expressão ouvidos moucos, é um fato nesse caso. Todo o país discutindo a malandragem de Dallagnol e seus comparsas, com Moro se esquivando ao dizer que não fazia mais parte da Lava Jato para, na verdade, afirmar que não é cepa do mesmo vírus de corrupção que contaminou todo o califado de Curitiba.

Mas não há nada que incomoda mais do que o contrato que gerou o pacto de sangue entre Moro e grande mídia, sobretudo a Globo.

Essa tem sido sempre a estratégia da mídia, fazer-se de morta, fechar-se em copas quando o assunto é corrupção dos lavajatistas. Pior, o colunismo corporativo tenta o tempo todo botar perfume na merda que esses caras fizeram.

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Afinal, de que Moro a Globo vem falando e defendendo tanto?

Alguém precisa avisar aos Marinho que não dá para adaptar um revestimento angelical num ex-juiz tropical enfiado num pântano nada banal.

Na verdade, não se tem notícia de que um mesmo juiz, num ambiente nativo, tenha produzindo um flagrante crime contra a constituição de seu país, operando nas sombras contra um candidato à presidência da República para dar vitória ao seu oponente, depois, assumir uma super pasta do governo para, de forma velhaca, construir degraus que o qualificassem como candidato à presidência da República no pleito seguinte.

Em qualquer lugar do planeta, um sujeito desse seria achincalhado pela mídia, mas, no Brasil, a mídia industrial, sobretudo a e o Globo, insiste em chamar seus leitores e telespectadores de idiotas, pondo-se a diuturnamente falsear a paisagem de uma operação criminosa chamada Lava Jato, mentindo de maneira microscópica ou mesmo depravada.

O embate entre o Sergio Moro real e o virtual, criado pela Globo, na triste vida jornalística que vive de cavação de engodos, é uma grande batalha modelada para tentar apanhar algum distraído a partir das labaredas dos Mervais da renascença da república de Curitiba.

Ora, a velha Globo não mudou nada, mesmo diante da revolução informacional proporcionada pela internet. A atitude é sempre a mesma quando se mete no ambiente político.

O segredo de gênio, agora, é uma verdadeira obra de arte de mistificação e furúnculo conceitual.

Os bichados, que hoje atacam Toffoli, escandalosamente para somar as trevas bolsonaristas, não deixam dúvida daquilo que sempre frisamos aqui, que nascedouro do fascismo rococó sempre foi a mídia, sem guardar qualquer diferença.

Esse fascismo pode engrossar ou apenas gravitar em torno de um determinado tema ou ação, mas a busca por uma visão enviesada sobree determinadas interpretações se caracteriza de forma idêntica àqueles que defendem a calúnia, difamação, injúria como liberdade de expressão.

Uma coisa que nem na arte caricatural, presta.

O que a Globo tem feito com os ataques a Toffoli, na construção de uma defesa tosca de um juiz criminoso, oficialmente dado como parcial pelo Supremo Tribunal Federal, de forma técnica e com grande eloquência, foi resultado de uma infinita quantidade de provas de sua parcialidade baixa, borrando a imagem do próprio judiciário.

Por isso, não há coro de colunistas do Globo que fará com que nos calemos diante da defesa imoral da Globo com Moro, para isso, utilizando pálidos conceitos que parecer ter sido extraídos da cabeça do advogado Hery Kattwinkel, que, em “defesa” do seu cliente do 8/1, confundiu Poncio Pilatos com Afonso Pilatos e o livro de Maquiavel, O Príncipe com O Pequeno Príncipe de Antoine de Saint-Exupéry.

Nesse nível.

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Grampos na sela: Youssef entra com ação-bomba contra Moro no STF que enterrará de vez a Lava Jato

Advogados do doleiro pedem ao STF que investigação sobre grampos na cela seja relatada por Dias Toffoli. Ação pode anular delação de Youssef, que serviu de base para o lawfare conduzido pela Lava Jato.

Investigado e prestes a perder o mandato, Sergio Moro (União-PR) terá uma preocupação extra a partir desta sexta-feira (15) quando advogados do doleiro Alberto Youssef entrarão com uma ação-bomba no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-juiz e atual senador que pode implodir toda a investigação da Lava Jato, diz a Forum.

Segundo informações divulgadas por Robson Bonin, na revista Veja, Youssef teria reunido provas contra Moro que podem anular o acordo de delação premiada feita por ele nos primórdios da força-tarefa e que serviu de base para todo processo de lawfare conduzido por procuradores e pelo ex-juiz.

O doleiro – que já havia sido investigado na operação do Banestado – foi detido em 2014 e teve condenação de 121 anos reduzida para três por conta de uma delação premiada homologada por Moro.

Por causa do acordo, Youssef deixou a prisão em 2016, enquanto a Lava Jato colocava nas ruas seu “projeto de poder”, como definiu o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), em sentença que apontou “erro histórico” na prisão de Lula decretada por Moro.