Moro, então ministro da Justiça e Segurança Pública, demorou mais de 48 horas para se pronunciar sobre o assassinato pela polícia da menina Ágatha Félix, de 8 anos, no Complexo do Alemão no Rio de Janeiro. Ainda assim, foi lacônico e protocolar em seu comentário sem mostrar qualquer traço de compaixão. O que ele queria, na verdade, e assim fez, foi se posicionar contra quem, citando o exemplo do assassinato de Ágatha, lembrou do risco da aprovação do “excludente de ilicitude”.
Moro jamais se mostrou preocupado em respeitar a memória e o raciocínio dos grandes juristas da história, sobretudo os humanistas.
Mas hoje, o patético ex-ministro, que viveu cinco anos de Lava Jato com cabelo nas ventas, resolveu fazer demagogia de quem, em vida, foi o oposto dele, escrevendo um post que rigorosamente não consegue expressar qualquer sinceridade e, como se pode ver abaixo, tomou uma coça de vários internautas.
Ela representa tudo que que vc abomina. Abstratos tais como: verdade, juízo imparcial, não favorecimento de elite , minorias, sacralidade do processo penal e a chegada ao supremo por meios legais sem a junção da prática do ativismo judicial com o uso da tolga.
Pelo tom da matéria ameaçadora da Crusoé/Antagonista sobre Toffoli, tendo Alexandre de Moraes como coadjuvante, os dias de Moro dentro do STF estão contados.
A reportagem que trata de uma suposta delação de Marcelo Odebrecht contra Toffoli tem aquela credibilidade que todos sabem quando o assunto é delação e Lava Jato.
A condenação de Bretas por unanimidade pelo TRF-2, a ordem de Gilmar Mendes para que Bretas explique em cinco dias a operação contra escritórios de advogados pela Lava Jato, autorizada por ele e a intimação da PF para Moro depor, mesmo como testemunha sobre os atos antidemocráticos, porque à época era ministro de Bolsonaro, mostram que a Lava Jato, senão toda, parte dela está sendo passada a limpo pela justiça.
E cada degrau perdido por qualquer um desses membros do oráculo lavajatista, como também é o caso de Dallagnol que caiu em desgraça, os antigos heróis vão perdendo força e, perdendo força, perdem também a capacidade de resistir a uma corrente contrária que se avoluma a cada dia contra o lavajatismo.
É difícil saber o que vem por aí, mas vem coisa grande, pelo tom da reportagem do blog do qual Moro é sócio, o que está sendo esculpido contra a república de Curitiba e congêneres, não é coisa pequena e pode revelar surpresas inimagináveis contra o califado lavajatista.
O que, aparentemente é uma coisa tola, pode se transformar num pesadelo para Moro, mesmo que deponha como testemunha no inquérito dos atos antidemocráticos,
Todos sabem que a convocação para as manifestações eram feitas e patrocinadas pelo gabinete do ódio dentro do Palácio do Planalto, enquanto Moro gozava a vida como ministro da Justiça e Segurança Pública, acobertando todos os delitos que envolvem o clã Bolsonaro, avalizando inclusive a explicação patética de Bolsonaro sobre as primeiras denúncias do Coaf de depósitos do miliciano Queiroz na conta de Michelle Bolsonaro.
Moro não pode dizer que desconhece o grupo de disseminação de fake news, comandado por Carlos e Eduardo, que atuava dentro do Palácio do Planalto em parceria com o vigarista Allan dos Santos, atualmente fugido do Brasil.
Para Moro, sobram somente duas opções, fingir que não sabia o que acontecia debaixo de suas barbas assumindo total incompetência para o cargo que ocupava ou que sabia, mas prevaricou para não melindrar o chefe.
Qualquer resposta que Moro der, sairá mais queimado do que já está, mesmo que tenha sido convocado a depor como testemunha pela Polícia Federal que, em última análise, deu-lhe uma cama de gato e o tombo pode lhe custar fraturas expostas irreversíveis.
Quase dois anos depois que assumiu o poder, Bolsonaro conseguiu uma unanimidade, todos já entenderam que ele não governa o país. Todos já entenderam que ele precisa ganhar tempo para livrar o seu clã da cadeia.
Seu entorno começa a desabar. O “mito”, que tinha fundido lavajatismo com neoliberalismo, flopou.
Guedes, que era tido até pelos Globonews como o novo oráculo da economia, se não caiu em desgraça, perdeu muita musculatura.
A turma que exigia reformas falando em nome do mercado, conseguiu, mas se vê órfã do mercado. Então, tome desculpas, culpas e outras formas de justificar o que todos já sabem quando começa e como termina o neoliberalismo.
É fracasso, fracasso, fracasso, que se transforma em tragédia, em dor para milhões de pessoas por onde o neoliberalismo passa, devasta e vai embora, levando riquezas, saqueando economias e enchendo os cofres dos grandes banqueiros, os parasitas de sempre, os abutres do Estado, os carrapatos que sugam a última gota de sangue de uma país sem qualquer regulação.
No Brasil, ninguém mais sabe dizer o que vai acontecer com a economia. E aqui não se fala de quem já tinha avisado sobre o resultado disso, mas dos entusiasmados das reformas, dos liberais carnavalescos, da turma do oba-oba em que se somam manipuladores e manipulados em um único coro.
No lado da moral, do combate à corrupção e toda essa balela falso moralista que Bolsonaro catalisou bombado pela mídia, o lavajatismo era o troféu, Moro, a joia da coroa, Bretas e Dallagnol, os papa-hóstias da hipocrisia. Tudo isso a partir da vaza jato, foi ao chão.
Para piorar, os interesses de Moro bateram de frente com os de Bolsonaro. Bretas vê seu afilhado Witzel ser cassado por unanimidade. Ele, o próprio Bretas, também punido por unanimidade, um revés inesperado, porque, ao contrário de Moro, aproximou-se demais de Bolsonaro e, consequentemente, de Crivella.
Essa é a papa que se tem agora, e disso não se faz mingau, nem para a engorda de porcos.
O Brasil, por culpa de Bolsonaro, é referência trágica de combate à pandemia. Salta aos olhos de todos a total incompetência dos militares dos quais Bolsonaro se cercou para governar. Os generais são outros parasitas, pois acreditavam que governar o país seria o mesmo que organizar um campeonato de petecas no clube militar.
Hoje, os generais trapalhões dependem do comando e da guia de um incendiário envolvido com milícias e garimpos, expulso do exército e com uma família de delinquentes que arrasta a imagem das Forças Armadas para a total desmoralização.
A logística que eles trariam é um espécie de delivery de bate-cabeças. O Brasil arde e chamas, enquanto assassinam milhões de espécies de animais, arrasam aldeias indígenas e levantam uma corrente mundial de boicote ao país.
Bolsonaro ainda conta com o apoio fretado do jornalismo Uber que segue na direção que o patrão mandar. De Augusto Nunes a Edir Macedo, de JR Guzzo a Silvio Santos, da Jovem Pan ao programa do Ratinho, tudo é um saco de nada, tão vazio quanto as palavras funestas de Alexandre Garcia, uma espécie de Caio Coppolla com o pé na cova.
Fux, literalmente, quis botar o seu topete na roda para salvar Bolsonaro diante dos empresários e a Lava Jato diante da comunidade jurídica. O que Fux está conseguindo é apanhar como gente grande.
Tudo isso por um simples motivo, não há mais desculpas, não há mais explicação plausível para o tamanho da tragédia em todos os setores. O antipetismo e o anticomunismo não colam mais, o discurso ideológico virou piada e, agora, com a redução drástica e, em seguida, o fim do auxílio emergencial, o que vai sobrar de Bolsonaro e do bolsonarismo será pó, assim como aconteceu com o PSDB que nem pó é mais, evaporou.
Com a mesma velocidade que surgiu na cauda da histeria midiática contra o PT, a meteórica ascensão do bolsonarismo se esfarela numa velocidade ainda maior.
Witzel sofre impeachment por corrupção e Bretas é punido por participação em evento político com Bolsonaro e Crivella.
Aparentemente há uma coincidência no fato de Witzel ver a aprovação pela Alerj do seu processo de impeachment no mesmo dia em que seu padrinho político, Marcelo Bretas, sofre uma amarga punição vinda do TRF-2, ou seja, de dentro do próprio ambiente jurídico.
É preciso entender isso por um ponto de vista amplo, porque sabe-se hoje que, enfim, Moro conseguiu sua carteira da OAB.
Aqui fala-se de três juízes de primeira instância, e é para esse ponto que tem que se atentar, que tiveram ascensão instantânea no país depois de, praticamente, uma década em que o judiciário se prestou à politicagem mais rastaquera de que se tem notícia na história do Brasil, deixando-se pautar pela mídia e pelos interesses nada republicanos que colocaram o judiciário de joelhos para o grande capital.
Em nome de um combate à corrupção, o STF aceitou ser protagonista da farsa do mensalão que serviu de degrau para a farsa da Lava Jato que, por sua vez, serviu de degrau para o militarismo representado pelo governo Bolsonaro chegar ao poder.
Hoje, para todos esses pontos em que se olha, que se concatenam pela mesma mentira, o resultado é igual, terra arrasada.
O STF nunca imaginou viver o inferno que viveu há pouco tempo por quem tinha o Supremo como o oráculo do antipetismo. Em seguida, foi Moro que se achou mais bolsonarista do que o próprio Bolsonaro, apostando numa popularidade efêmera e, hoje, além de amargar o ostracismo, vê a sua Lava Jato rebaixada a uma quadrilha de espertos que tentou, através de uma série de combinações, criar uma nova via para se chegar ao poder.
O resultado disso tudo foi o governo Bolsonaro com o aniquilamento completo do PSDB, que foi quem organizou essa barafunda em parceria com a Globo para sabotar e derrubar o governo Dilma.
O PSDB não existe mais, tanto que o Globo e o programa Roda Viva da TV Cultura farão homenagens póstumas ao túmulo do tucano desconhecido exaltando a múmia de FHC.
Ou seja, o PSDB não se sentindo satisfeito em quebrar o país três vezes durante o governo FHC, resolveu aniquilar com o país depois da quarta derrota consecutiva para o PT.
Hoje vê-se um governo de militares completamente incompetente em todas as áreas, produzindo a morte, até o momento, de mais de 134 mil brasileiros por Covid-19, incêndio de proporções catastróficas na Amazônia e pantanal, aumento exponencial da miséria e da fome, além da economia aos cacos que expões o Brasil ao vexame internacional, ao isolamento global e à marginalização do país no sistema financeiro mundial.
Isso tudo vem da mesma fonte, tanto que a imagem não mente quando se vê Witzel e Bretas comemorando juntos, no mesmo avião, o passeio à Brasília para a posse de Bolsonaro.
Nessa tragédia que o Brasil vive, mídia, Bolsonaro, Bretas, Crivella, Moro, Dallagnol, Lava Jato, STF, militares, PGR, estão todos juntos e misturados. Basta puxar um fio que vem o novelo inteiro.
Lula: “Sou contra isenção de impostos pra igreja católica, evangélica, ou qualquer que seja”.
O ex-presidente Lula, em entrevista concedida ao site DCM nesta terça-feira (15), apontou as organizações Globo como umas das principais mentoras da criminalização da política no Brasil, através da sua relação com a operação Lava Jato. “Como a Globo vai se desfazer do Moro? Foi ela que pariu o Moro”, disse Lula, que durante vários anos foi manchete principal do jornal Nacional, apontado arbitrariamente como corrupto.
“A Lava Jato todo dia inventa uma mentira na expectativa de que algo cole contra o Lula… Essa gente ainda vai ser condenada por crime de lesa pátria. É apenas uma questão de tempo. O Ministério Público é uma instituição séria e não pode ser tomado por fedelhos messiânicos”, acrescentou o ex-presidente.
Lula também disse que “eles [da Lava Jato em Curitiba] precisam encontrar rota de fuga”.
“O crime que eu cometi foi a ousadia. Eles tentam anular essa parte da história do Brasil. Tenho força e caráter para enfrentar a podridão da força-tarefa de Curitiba. Estou tranquilo. A mesma safadeza estão fazendo com o Cristiano Zanin [seu advogado de defesa]. Até quando o Judiciário terá conivência com essa podridão?”, concluiu.
Quando Celso de Mello oferece a Moro oportunidade de fazer perguntas a Bolsonaro sobre sua interferência na PF, ele, automaticamente o absolve do delito de ter usado a mesma PF para defender Bolsonaro quando era ministro.
A PF também ficou encarregada de investigar se o porteiro caluniou ou difamou Bolsonaro quando, em depoimento, disse que a voz que liberou a entrada de um dos assassinos de Marielle no condomínio Vivendas da Barra era a do seu Jair, da casa 58.
A investigação foi um desdobramento de ofício do, então ministro da Justiça, Sergio Moro. Ele pediu que se abrisse um inquérito para apurar o contexto da citação do nome do presidente na investigação.
Qual o nome disso além de aparelhamento da PF pelo ministro da justiça para blindar Bolsonaro?
Moro enviou uma solicitação a Aras para que instaurasse um inquérito para investigar as declarações do porteiro do Vivendas da Barra veiculadas na edição do “Jornal Nacional”.
No mesmo dia, o Procurador-Geral da República, encaminhou o ofício à Procuradoria da República no Rio de Janeiro para investigar o porteiro do condomínio do presidente Jair Bolsonaro, na Barra da Tijuca.
Qual o nome disso?
Celso de Mello não sabe?
Se seguir esse critério, Celso de Mello inocentará Moro da acusação de parcialidade no julgamento de suspeição no caso da condenação de Lula.
Se diante de um fato assombrosamente descarado de uso da PF e da própria PGR para pressionar o porteiro a mudar sua versão, pior, manter isso em sigilo sem que se veja como transcorreu esse interrogatório, é desanimador, porque perante tudo o que já se sabe, seja pela série de revelações do Intercept e o que se sabe através da mídia, somado às evasivas que foram praticamente cem por cento nas perguntas que parlamentares fizeram a Moro quando esteve na Câmara dos Deputados, o ex-juiz não foi parcial, mas ativista, conduzindo toda a argumentação do Ministério Público contra Lula.
Mas diante dessa posição de Celso de Mello de dar oportunidade a Moro de interrogar Bolsonaro, mesmo ele tendo como ministro da Justiça atitude ilegal de interferência na PF, ou seja, idêntica a que ele acusa Bolsonaro, não dá para ser otimista do que pode sair da cabeça de Celso de Mello em relação à suspeição de Moro na condenação e prisão de Lula.
O ativismo político do Judiciário sempre existiu e ficou ainda mais evidente após a Operação Lava Jato, avaliou o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR). Os métodos da operação, afirmou, não respeitaram as leis, como exemplifica o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “É claro que há uma parcialidade na posição da Lava Jato, todos sabem disso.
É evidente, é visível. Tirou o Lula da eleição, produziu uma situação nova para o país, a interpretação [da lei] mudou… Era uma [interpretação], mudou para prender Lula. Passou a eleição, mudou para soltar Lula. Não precisamos fazer muito esforço para perceber ativismo político”, disse durante participação no UOL Entrevista, conduzido por Chico Alves e Tales Faria, colunistas do UOL.
“Nós estamos assistindo ao ativismo político do Judiciário e do Supremo [Tribunal Federal]. {…) Isso sempre aconteceu, mas [está acontecendo] com muita intensidade de uns seis anos para cá. Um pouco antes da Lava Jato, nós já tínhamos sinais de que o Judiciário pretendia assumir o protagonismo.”
Barros também questionou o fato de o Ministério Público (MP) e a Justiça, de forma geral, supostamente não responderem pelos erros cometidos durante julgamentos. Os métodos de investigação — como as buscas e apreensões, por exemplo —, segundo o deputado, também são controversos.
“Quem sabe quem não vai ganhar uma eleição no Brasil? O MP e o Judiciário, porque eles agem contra o cidadão no meio da campanha, prendem, fazem busca e apreensão, tiram a pessoa do processo político. E depois de alguns anos, se ficar provado que não era nada… Não era nada, bate nas costas. Nem pedir desculpa eles pedem”, criticou.
O deputado ainda apontou falta de isenção na atuação do ex-juiz Sergio Moro, ainda que acredite que não lhe cabe julgar o ex-ministro. Para Barros, houve “atropelo das regras” em boa parte dos julgamentos e “isso ficará provado cada vez mais ao longo do tempo”.
“O fato de já ter dois votos afirmando que ele [Moro] não foi isento já é uma leitura que a população precisa considerar”, disse o líder, se referindo ao julgamento da suspeição do ex-juiz em relação ao caso do triplex do Guarujá (SP), envolvendo Lula. “Não é para isso que existe o Judiciário. A Justiça é cega e, no caso da Lava Jato, tem olhado para uns [de forma] diferente do que olha para outros.”
Bom, Mainardi dispensa apresentações. Qualquer um que entende do mecanismo utilizado pelo jornalismo de esgoto, sabe como funciona o Antagonista de Mainardi.
Agora mesmo, de tanto ser atacado de forma baixa pelo blog que é a bíblia do ódio no Brasil, o Antagonista, Cristiano Zanin deu uma resposta à altura para a turma da cloaca em seu twitter, com a seguinte fala:
@antagonista “me ataca porque fui o primeiro advogado a pedir uma investigação sobre o esquema que está por trás desses porta-vozes – poupados – da Lava Jato, atuais patrões do ex-juiz Sérgio Moro. A CVM conhece bem a atuação do blog, tb conhecida do delator Henrique Valladares”. (Zanin)
Nesta quinta-feira foi a vez de Mainardi usar seu blog para atacar Glenn Greenwald com seu estilo peculiar. Podre de caráter, fede no temperamento, é da índole do sujeito. A baixeza de Mainardi é uma questão de aptidão, está no seu interior, na sua têmpera, no seu espírito e, consequentemente na sua feição.
Sua ira contra Glenn se deu pela derrota pessoal pelo fim da Lava Jato, superando em decibéis sua própria linguagem de milícia digital.
Mainardi, hoje, é antibolsonarista, mas foi cabo eleitoral fardado da campanha de Bolsonaro, mas, com a saída de Moro do governo, optou por manter sua sociedade selvagem com Moro. Daí sua ira santa e seu ataque de cólera contra Glenn pelo belíssimo trabalho que fez expondo ao Brasil a podridão que envolve Moro e a Força-tarefa da Lava jato.
Diante de quatro derrotas, duas no CNMP em que, primeiro, Dallagnol consegue se safar da penalidade no caso do power point contra Lula, mas é espinafrado pelos conselheiros e, em segundo, Dallagnol é condenado por 9 a 1 no mesmo CNMP por seu ativismo político e interferência na eleição da presidência do Senado.
Soma-se a isso, a despedida compulsória de Dallagnol da Lava Jato e o suspiro final da operação que será enterrada de vez no dia 31 de janeiro.
Mas, por ora, a parceria entre Mainardi e Moro segue revelando o tamanho do caráter de Moro em que, na prática, revela-se uma chapa eleitoral que traz Moro como candidato à presidência e, Mainardi como vice, até que Moro consiga alguém pior que Mainardi, se é que é possível.
E quem pensa que essa chapa começou agora, esquece-se que Mainardi transmitiu ao vivo em seu blog, depoimento sigiloso vazado por Moro que mereceria punição exemplar aos dois, mas como estamos no Brasil e temos a justiça que temos, ficou elas por elas. E a dupla ainda vende moral aos tolos.
Assim a Lava Jato entra para a história como a maior lavanderia de doleiros e corruptos do mundo.
Detalhe: a Lava Jato só beneficiou delatores sem provas. Natural, se tivesse provas não precisaria de doleiros ou corruptos para delatar.
Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, Dario Messer, Pedro Barusco, nomes famosos por montar esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro têm algo em comum, todos tiveram o fruto de seus roubos lavados pela Lava Jato.
Uns moram em ilhas, outros em condomínios de super luxo, outros em resorts nos metros quadrados mais caros do país.
Nesta quarta-feira quem passou a engrossar esse time seleto de corruptos milionários por um mimo de Bretas, foi o delator, Orlando Diniz.
Bretas é o mesmo que não só libertou o corrupto delator Diniz dando a ele R$ 5 milhões, como liberou Dario Messer até de usar tornozeleira.
Em troca da delação, Diniz ganhou a liberdade e o direito de ficar com cerca de US$ 1 milhão depositado no exterior.
O doleiro de estimação de Moro, Alberto Youssef, desde o escândalo do Banestado até a Lava Jato é uma das maiores aberrações de que se tem notícia em termos de benefício que doleiros e corruptos já tiveram no mundo.
Mas foram muitos os beneficiados com a barganha de delatar inimigos políticos de Moro sem apresentar provas. Para tanto, bastava acusar quem Moro queria que o delator já estaria com a taça na mão.
Em síntese, essa foi a Lava Jato que será definitivamente enterrada no dia 31 de Janeiro de 2021.