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Justiça

Perícia conclui que voz da gravação que Moro entregou ao TRF4 não é de Eduardo Appio

A voz que aparece na gravação entregue pelo ex-juiz suspeito e senador, Sérgio Moro, ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) não pode ser atribuída à do juiz federal Eduardo Appio. É o que atesta um parecer técnico do professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Pablo Arantes.

A gravação foi utilizada pelo TRF-4 para afastar Appio da 13ª Vara Federal de Curitiba, que julga os processos da Lava Jato. O estudo do professor e pesquisador em fonética forense foi feito a pedido da defesa do magistrado.

“A razão para essa conclusão são a inespecificidade e baixo poder discriminatório das características linguísticas identificadas e analisadas no Laudo”, afirma o professor da UFSCar.

Leia a íntegra do parecer do professor Pablo Arantes sobre a gravação entregue por Sérgio Moro ao TRF-4 e utilizada como prova para afastar Eduardo Appio:

Parecer técnico desmente voz de Eduardo Appio from Aquiles Lins

*Com 247

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Opinião

Para a Globo, a filosofia é: A Moro, tudo, a seus inimigos, a lei

O caso de Moro está tão profundamente imbricado, que a solução entre ele e seus padrinhos da Globo, é contra um escândalo, o remédio é outro escândalo ainda maior.

Atentem bem para isso, aqui não trataremos de rigorosamente nada desse vulcão de denúncias de banditismo explícito, protagonizado pelo então juiz Sergio Moro, revelado pelo delator Tony Garcia, numa entrevista bombástica, dada ao 247, depois de ter revelado parte do esquema criminoso d ex-juiz da República de Curitiba,

Aqui, falaremos de dois crimes confessos, ditos de boca pronta por Moro e Dallagnol. O primeiro deles chegou ao conhecimento público foi protagonizado por Dallagnol, em parceria com Moro, para naturalizar o maior saque de uma só vez aos cofres públicos, via Petrobras.

Dallagnol e Moro confessam publicamente que estavam surrupiando R$ 2,5 bilhões da Petrobras, através do Departamento de Justiça americano.

A justificativa cretina para tal roubo foi dada com uma explicação ainda mais criminosa, a de que os dois roubariam na cara de todos os brasileiros R$ 2,5 bilhões dos cofres públicos para a criação de uma fundação privada, administrada pelos dois, Moro e Dallagnol, para uma espécie de um produto embalado como pavilhão dos deuses combatentes da corrupção.

Ou seja, é muito zelo para gozar com a cara dos brasileiros. Mais que isso, é muita certeza de que esse escândalo dos “heróis de combate à corrupção”, a ser anunciado pela Globo como algo banal, perfeitamente mastigável e absolutamente genérico, coisa de pouca monta sem qualquer importância para o país.

Lógico que, na época, não teve como passar batido pela PGR Raquel Dodge, que pediu a imediata intervenção do STF, o que foi feito por Alexandre de Moraes, que ordenou a devolução da bolada bilionária.

Na verdade, os dois deveriam ter sido algemados imediatamente. Até hoje não se sabe por que sequer responderam por esse absurdo.

O segundo escândalo, dito pelo probo ex-juiz, hoje senador da República, foi confessar de forma espontânea, sem medir as palavras, que foi ele o responsável direto da retirada, a fórceps, do então novo juiz da Lava Jato, Eduardo Appio para, no lugar, colocar a juíza Gabriela Hardt, aliada de Moro para o que der e vier,

Qual o caminho original encontrado pelo senador Sergio Moro para conseguir tal feito? Segundo o próprio, em sua fala na GloboNews, o motivo é Appio querer dar voz e vez a Tacla Durán, que denunciaria a corrupção de Moro e seu entorno durante a Lava Jato.

O instrumento utilizado por Moro foi o de sempre, o bom e velho de guerra TRF-4, que nesses últimos 10 anos se transformou num Tribunal particular de Moro.

Moro confessou que manda e desmanda, demite e indica juízes, a modo e gosto, a partir dos desembargador Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

E Moro disse isso com a maior cara lavada, assoviando e com os pés nas costas.

O que espanta é o silêncio do Senado pela interferência de um senador em outro poder da República e o próprio STF, que vê calado tal absurdo confessado publicamente no maior conglomerado da comunicação do país.

O que nós mortais imaginamos ou sonhamos é que essas práticas criminosas, confessadas pelos próprios ou delatadas por terceiros, como é o caso de Tacla Durán e, agora, Tony Garcia, resultem numa palavra que esteve tão em monda nesse país nos últimos anos, justiça, porque, afinal, o filme promocional da Lava Jato tinha como slogan, A Lei é para Todos.

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Justiça

“Moro está com medo”, disse Tony Garcia depois da manifestação do ex-juiz à CNN

O empresário Tony Garcia, ex-deputado e delator na 13a. Vara Federal de Curitiba, disse que a curta nota de Sergio Moro, lida pela CNN, revela que o ex-juiz está “com medo”.

A nota foi a primeira manifestação de Moro depois que, em entrevista à TV 247, Tony Garcia revelou como foi usado de maneira ilegal num acordo de colaboração realizado com o ex-juiz.

“O relato do ex-deputado (Tony Garcia) é mentiroso e dissociado de qualquer amparo na realidade ou em qualquer prova”, disse o juiz, por meio de nota.

A manifestação de Moro foi lida pela apresentadora Tainá Falcão, no programa CNN 360o., depois da entrevista com Tony Garcia.

A CNN procurou Tony Garcia depois da entrevista à TV 247, em que ele contou que ajudou Moro a localizar e apreender um vídeo em que desembargadores do TRF-4 apareceriam de cuecas e gravatas, numa festa com prostitutas na suíte presidencial do hotel Bourbon, em Curitiba.

Segundo ele, a festa foi organizada pelo advogado Roberto Bertholdo, em 19 de novembro de 2003, depois do jogo da Seleção Brasileira contra o Uruguai, no Pinheirão, pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2006.

Bertholdo era conhecido pela influência no TRF-4 e também no Superior Tribunal de Justiça.

Um sócio de Bertholdo na época, Sérgio Costa, gravou a festa, sem que Bertholdo soubesse, para pressioná-lo caso rompesse a sociedade.

Quando soube, Bertholdo obrigou Costa a lhe entregar o vídeo, segundo relato de Tony Garcia.

Sergio Moro estava à frente da 2a. Vara Federal, mais tarde renomeada 13a., fazia cerca de dois anos quando determinou a Tony Garcia que tentasse localizar a vídeo. Tony tinha feito acordo de colaboração depois de ser acusado de fraude no Consórcio Nacional Garibaldi.

“Ele queria porque queria o vídeo. Eu indiquei a ele um endereço em São Paulo onde Bertholdo guardava um Jaguar (carro) e depois, quando fui novamente chamado por Moro, ele me cumprimentou e disse que a operação tinha sido bem-sucedida. Ou seja, pegaram o vídeo”, disse Tony.

A realização da festa que reuniu magistrados e prostitutas no Bourbon chegou a ser investigada pelo Ministério Público Federal, representado por Carlos Fernando dos Santos Lima e Januário Paludo.

Segundo a investigação, que não tem desfecho conhecido, as prostitutas que participaram da festa com os magistrados foram contratadas pela cafetina Mirlei de Oliveira, antiga prestadora de serviços a Roberto Bertholdo.

Segundo reportagem da revista IstoÉ, em uma conversa interceptada com autorização judicial, ela comentou que estava sendo pressionada a revelar detalhes de sua relação com Bertholdo.

A reportagem informa: “Numa das conversas, ela (Mirlei) se refere a uma festa específica, ocorrida no Hotel Bourbon, em Curitiba. ‘Fiz tanta festa para atender juízes, que não sei que festa é essa’, responde”.

A entrevista divulgada neste domingo pela CNN destaca o trecho da entrevista que realizou com Tony Garcia em que ele conta que Moro interferiu para afastar o juiz federal Eduardo Appio da 13a. Vara Federal de Curitiba, há cerca de duas semanas.

Tony disse acreditar que essa interferência aconteceu porque Appio levaria adiante as denúncias que ele fez à responsável anterior pela operação, Gabriela Hardt, em 2021.

Segundo Garcia, essas denúncias se referiam a fatos da época em que teria ficado por anos trabalhando para a Lava Jato para obter informações de interesse da operação.

“Eles me amarraram nesse acordo durante dez anos. Eles ficaram me usando para obter informações, usaram informações para perseguir o PT, eles usaram da minha amizade com o Eduardo Cunha para eu colher informações de operadores do PT, operadores da Petrobras, operadores do Zé Dirceu, de tudo, eles queriam pegar tudo”, afirmou.

Depois da entrevista, procurado pelo 247, Tony Garcia reafirmou que tem provas que confirmam suas denúncias. O vídeo, inclusive, teria sido usado para o ex-juiz chantagear os desembargadores do TRF-4. “Esse é o método Moro”, disse.

O que você achou da nota sucinta do Moro à CNN, Tony? “Medo, muito medo. Conheço ele”, respondeu, também sucintamente.

*247

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Opinião

Por que a denúncia do acordo clandestino de Moro com Cunha não surpreende?

Quem nesse país não percebeu o tratamento vip que Claudia Cruz, esposa de Eduardo Cunha, recebeu de Sergio Moro quando este disse que as contas de Claudia e o dinheiro movimentado no exterior não tinham nada a ver com Cunha?

A moça, viciada em sapatos e bolsas caríssimos, certamente, tinha uma renda vinda dos céus.

O fato é que, na verdade, por ordem de Moro, a Lava Jato, nunca, jamais importunou Eduardo Cunha, nunca o investigou ou associou toda a sua rede de picaretagens a um esquema pesado de corrupção, que contaminava quase todo o Congresso.

É bom lembrar que foi através de Rodrigo Janot, na época, Procurador-geral da República, que os documentos do Ministério Público suíço fez chegar às mãos do Ministério Público brasileiro, um raio-x das contas secretas que o condenado tinha em mais de quatro países e, junto, o mesmo Ministério Público suíço fez questão de divulgar tanto na imprensa suíça quanto na brasileira para que Moro, muito a contragosto, condenasse o maior vigarista da história da República brasileira.

GAMBÁ CHEIRA GAMBÁ

Agora, sabe-se que, através do delator Tony Garcia, por que tanto zelo de Moro com Eduardo Cunha.

E aqui abre-se um parêntese. Durante o governo Dilma, a mídia tratou Cunha como o imperador do Brasil, assim como tenta hoje fazer com deslegitimar a cadeira presidencial de Dilma Rousseff.

Como havia um complô entre a Lava Jato e a grande mídia, sobretudo a Globo, para, juntos, entregar a cabeça da presidenta na bandeja aos banqueiros que estavam furibundos, por conta da maior queda de juros da história desse país, o que enfureceu a agiotagem nativa, os dois, Moro e Cunha, segundo Tony Garcia, tinham um acordo de gaveta, clandestino, para que Moro trabalhasse como ganso para alcagoetar uma penca de políticos e empresários que faziam parte de um suposto esquema de corrupção envolvendo a Petrobras.

Nesse sentido, a coisa foi tão séria, que Moro conseguiu segurar Cunha na presidência da Câmara até o final do golpe para, depois, ser arrancado a fórceps por Teori Zavascki, por uma fieira de crimes, o que, logicamente, obrigou Moro a condená-lo.

Jamais Moro mandou a Lava Jato escaramuçar a fortuna de Cunha que o MP da Suíça tinha denunciado.

Então, qualquer pessoa, um cadiquinho mais atenta, percebia que tinha um acordo de cavalheiros milicianos entre Moro, Cunha e, consequentemente, a própria mídia para que Cunha fosse preservado o máximo possível e pagasse o mínimo pelos seus incontáveis crimes de corrupção.

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Política

Mídia tradicional esconde acusações de Tony Garcia contra Moro e procuradores

Por Ronny Teles, em seu twitter – Mais de 24 horas depois da BOMBA, na revista Veja, contra Sergio Moro, que é a denúncia feita por Tony Garcia, NENHUM portal da mídia tradicional mencionou o assunto.

Mais de 24 horas depois da BOMBA, na revista Veja, contra Sergio Moro, que é a denúncia feita por Tony Garcia, NENHUM portal da mídia tradicional mencionou o assunto.

Claro, fora a própria Veja.

E mais de 24 horas após o depoimento, ainda mais bombástico, que o mesmo Tony Garcia deu à TV 247, NENHUMA mídia tradicional mencionou o assunto.

Neste caso, nem mesmo a própria VEJA.

Fazendo uma contagem grosseira, a live da TV 247 teve cerca de 100 mil visualizações. Fora os cortes e os views na página de texto do Brasil 247.

Isto significa que, ao menos, cerca de 100 mil pessoas sabem hoje desta nova denúncia contra Moro, EXCLUSIVAMENTE graças ao trabalho de uma mídia QUE NÃO É da grande hejemônica digníssima, corporativíssima, bajuladíssima, concessionadíssima.

Além disso, só no canal Ronny Teles, mais 100 mil pessoas ficaram cientes desta denúncia. Isto sem contar nos canais semelhantes a este.

Em outras palavras, com os canais independentes como o nosso reverberando os assuntos, pelo menos o dobro de pessoas, e provavelmente muito mais que isso, tiveram acesso a uma informação de extrema importância para a política brasileira, nas primeiras horas.

Seria inteligente para a esquerda pensar bem antes de tomar decisões que fortaleçam a “sagrada mídia tradicional que nos salvará das fake news”. Ou mesmo antes de regulamentar o universo da notícia na internet sem consultar as nossas necessidades, como entes mais frágeis desse ecossistema.

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Justiça

Tony Garcia revela que Moro chantageou a rede Walmart para receber multa de R$ 10 milhões em processo contra ele

O empresário paranaense Tony Garcia, ex-deputado estadual, revelou nesta sexta-feira (2), em entrevista à TV 247, uma série de ilegalidades cometidas pelo ex-juiz suspeito e atual senador, Sérgio Moro, na condução de processos contra ele na Lava Jato. O empresário firmou acordo de delação premiada e revelou ter gravado conversas com o ex-governador do Paraná Beto Richa a mando de Sergio Moro.

Em um dos casos, em 2006, Sérgio Moro condenou Tony Garcia a seis anos de prisão por crime contra o sistema financeiro, por suposta participação em irregularidades que levaram à falência do Consórcio Nacional Garibaldi. Além da pena de prisão, Moro condenou Garcia a pagar uma multa de R$ 10 milhões.

Em entrevista ao jornalista Joaquim de Carvalho, Tony Garcia contou que, na época, disse a Moro que não tinha o dinheiro para pagamento da multa e revelou a existência de um contrato da sua família com a rede de supermercados estadunidense Walmart, pelo qual haveria recebíveis num prazo de 40 anos. “Eu falei para ele: ‘Sergio, só tem um jeito de eu pagar: tem um contrato da família, de 70 anos, com o Walmart. Eles pagaram 30 anos adiantado e tem ainda 40 anos para pagar. Se você falar que vai penhorar essa coisa deles para pagar a dívida, eles têm um monte de passivo ambiental no país e não querem ter uma demanda judicial, se você me ajudar a fazer isso, eu vendo esses 40 anos pelo preço que você está pedindo, pago e está tudo certo’”, disse Garcia na entrevista.

“E ele simplesmente fez isso. E amedrontando, até que o presidente do Walmart veio ao Brasil, junto com o advogado, e eles compraram e depositaram na Justiça”, afirmou o empresário Tony Garcia. “Ou seja, isso é legal? Ele usou isso para chantagear o Walmart. E foi assim que eu cumpri o acordo e o processo transitou em julgado”, completou o empresário.

“Moro fez de Curitiba a Guantánamo brasileira”

O empresário revelou um episódio em que prestou depoimento a Moro, com a participação dos procuradores Carlos Fernando dos Santos Lima e Januário Paludo, ambos da Lava Jato. “Quando eu disse que tinha interesse em fazer o acordo, ele [Moro] gravava, com um gravador comum. Quando eu respondia alguma coisa que não interessava para ele, ele desligava o gravador e chamava atenção dos advogados, que eu não tinha que falar assim, que eu tinha que falar que era propina. Ele botava na minha boca o que eu tinha que falar”, afirmou Garcia.

Tony Garcia comparou o método utilizado por Moro e pelo procuradores da Lava Jato como a tortura praticada pelos Estados Unidos na prisão de militar de Guantánamo, que ficou mundialmente conhecida por diversos casos de tortura de presos e agressões aos direitos humanos após os ataques de 11 de setembro de 2001.

“Eu estava preso, era pai de uma criança de um ano. Me jogaram num porão da Polícia Federal. Moro fez de Curitiba a Guantánamo brasileira. Ele fazia os mesmos métodos de tortura psicológica para tirar de você, preso, o que ele queria”, acrescentou o empresário.

Em outro trecho da entrevista, Tony Garcia revelou que o ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que condenou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Lava Jato, era alvo de chantagem de Moro e dos procuradores da Lava Jato. Além disso, o empresário revelou ainda que desembargadores do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) também foram chantageados, depois de participar de uma “festa da cueca” com prostitutas em Curitiba.

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Justiça

Delator acusa Moro e procuradores da Lava Jato de obrigá-lo a fazer escutas clandestinas de autoridades

Em novo desdobramento do caso que levou à prisão do ex-governador do Paraná Beto Richa, em 2018, o delator Tony Garcia apresentou denúncias contra o ex-juiz, ex-ministro de Bolsonaro e hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e procuradores da força-tarefa de Curitiba, diz o Agenda do Poder.

Segundo o depoimento sigiloso de Garcia, obtido pela Veja, ele teria gravado clandestinamente o ex-governador Richa e outras autoridades da República a pedido de Moro e dos procuradores da Lava Jato, chefiados por Deltn Dallagnol.

Garcia afirma que as evidências, obtidas de forma ilegal, eram produzidas em troca de promessas de benefícios na Justiça. O delator alega que era obrigado a manter em segredo a parceria ilegal com Moro e omitir tal informação de seus advogados.

As acusações contra o ex-juiz foram feitas em depoimento à juíza Gabriela Hardt no ano de 2021, porém o caso ficou parado na 13ª Vara Federal de Curitiba até ser remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo juiz Eduardo Appio, atualmente afastado do cargo.

Ao ser procurado para comentar as acusações, Moro negou veementemente: “Tony Garcia é um criminoso que foi condenado, com trânsito em julgado, por fraude e apropriação indébita. A pedido do Ministério Público e com supervisão da Polícia Federal, resolveu colaborar com a Justiça em investigação de esquemas de tráfico de influência e corrupção , ocasião na qual foi autorizado a gravar seus cúmplices. Este tipo de diligência é autorizada pela lei. Nunca houve qualquer escuta clandestina de conhecimento do senador, à época juiz, Sergio Moro”.

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O que os ministros do STF pensam sobre a possibilidade de Moro ser cassado

Ministros de alas distintas do Supremo Tribunal Federal (STF) veem um “ambiente ruim” para Sergio Moro em relação ao processo que pede a cassação de seu mandato de senador, segundo Bela Megale, O Globo.

A avaliação dos magistrados ouvidos pela coluna é de que a chance de o ex-juiz manter o mandato quando seu caso subir para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seria “pequena”.

Como informou a coluna, aliados de Moro têm a esperança de que o ex-juiz possa ter um destino diferente de Deltan Dallagnol, que teve seu mandato de deputado federal cassado neste mês por unanimidade na corte eleitoral. A leitura é que, como senador, Moro adotou uma postura de menos confronto que a do ex-procurador.

Os ministros destacam, no entanto, que a ação que Moro responde é distinta da de Deltan. No caso do ex-procurador, o TSE entendeu que ele deveria ser enquadrado na Lei da Ficha Limpa. A conclusão dos ministros foi que Deltan teria pedido a exoneração do cargo no Ministério Público Federal antes do prazo previsto em lei eleitoral para evitar condenação em possíveis processos administrativos.

Já a ação movida contra Moro pelos partidos PL e PT no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) para cassar o mandato do senador usa o argumento de que o ex-juiz teria cometido abuso de poder econômico na campanha eleitoral de 2022. Moro nega irregularidades e diz em sua defesa que a ação é “uma demanda de natureza política” com objetivo de “punir um desafeto”.

O processo ainda está em fase inicial no TRE e deve demorar para chegar ao TSE. Em caso de cassação, cabe recurso ao Supremo.

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Dallagnol diz que deixou MPF antes do prazo por causa de Moro

Em defesa enviada à Corregedoria da Câmara, Deltan Dallagnol diz que deixou MPF em 2021 para aproveitar filiação de Moro ao Podemos.

Em sua defesa à Corregedoria da Câmara, o deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) coloca na conta do hoje senador Sergio Moro (União Brasil-PR) o motivo para ter deixado o Ministério Público Federal (MPF) onze meses antes do período eleitoral de 2022, diz Igor Gadelha, do Metrópoles.

A data para Dallagnol deixar o MPF foi um dos motivos que levaram o TSE a entender que o ex-procurador tentou fraudar a legislação e escapar da Lei Ficha Limpa, deixando a carreira antes de ter processos administrativos disciplinares instalados.

Na defesa à Corregedoria, entre nesta terça-feira (30/5), Dallagnol argumenta que saiu do Ministério Público Federal em novembro para “aproveitar o impulso” a filiação de Moro ao Podemos. Na época, o ex-juiz ainda sonhava em concorrer à Presidência da República.

“Para aproveitar o impulso dado pela chegada do agora senador Sérgio Moro e para que houvesse tempo hábil de angariar candidatos comprometidos com o combate à corrupção, o deputado Deltan Dallagnol foi incentivado a que a exoneração e a filiação ao Podemos acontecesse até o final do ano”, escreveu o ex-procurador na peça.

Em 16 de maio, o plenário do TSE cassou o registro da candidatura de Dallagnol. O relator, ministro Benedito Gonçalves, foi acompanhado pelos demais ministros no entendimento de que o então procurador pediu exoneração para evitar que possíveis PADs fossem instalados.

“Deltan exonerou-se do cargo com o intuito de frustrar a incidência de inelegibilidade da alínea ‘q’ da LC nº 64/90 e, assim, disputar as Eleições 2022”, disse o relator em seu voto.

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Justiça

Bretas aparece em denúncia como chefe de esquema de venda de sentenças

Deflagrada em 2014, a Operação Lava-Jato chacoalhou o sistema político brasileiro, trazendo à tona esquemas bilionários de propinas que envolviam as lideranças dos maiores partidos do país. Ao longo de quase sete anos, 357 pessoas, entre lobistas, empresários e, principalmente, políticos, foram julgadas e condenadas nas duas principais frentes da investigação, capitaneadas pelo juiz Sergio Moro e pelo procurador Deltan Dallagnol, em Curitiba, e pelo juiz Marcelo Bretas, no Rio de Janeiro. A constatação do uso intensivo por todos eles de métodos pouco ortodoxos, prisões preventivas extensas e apego excessivo a delações premiadas fez a maré virar, diz a reportagem da Veja.

Aos poucos, a maior operação contra a corrupção da história nacional se transformou em gigantesca batalha política e a Lava-Jato passou a colecionar reveses. Os três grandes acusadores ingressaram no rol de acusados. Enrolado em denúncias, Dallagnol, eleito deputado federal pelo Podemos em 2022, acaba de ter o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Moro, hoje senador do União Brasil, pode enveredar pelo mesmo caminho. E as denúncias contra Bretas, que segue na carreira jurídica, continuam a aparecer.

O juiz carioca, afastado da 7ª Vara Criminal pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por suposto desvio de conduta, também é acusado de se envolver na venda de sentenças.

Ironicamente, a descrição da conduta imprópria relacionada a Bretas consta de um depoimento, o mesmo instrumento a que recorreu várias vezes em delações para sustentar acusações na Lava-Jato, e faz parte de dois procedimentos que questionam a sua imparcialidade: uma ação na Justiça Federal e uma representação no CNJ. VEJA teve acesso exclusivo ao documento lavrado em agosto de 2021 no cartório da cidade de Paraíba do Sul, a 140 quilômetros do Rio, anexado aos processos.

Na folha 21 do livro 13, Rogério Onofre de Oliveira, ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários (Detro/RJ), condenado por corrupção passiva, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, detalha as circunstâncias em que lhe foi oferecida a liberdade — “via Bretas” — em troca de 8 milhões de reais.

LEVA E TRAZ - Nythalmar (à esq.): onze visitas ao acusado Onofre na penitenciária Bangu 8 e negociação com a mulher dele em Copacabana

Segundo Onofre, a proposta foi apresentada a ele pelo advogado Nythalmar Dias Ferreira Filho — ele próprio um delator que gravou conversas com Bretas em que os dois aparecem orquestrando movimentos em processos da Lava-Jato fluminense, conforme revelado por VEJA, e incluiu os áudios no acordo de colaboração que firmou com a Procuradoria-Geral da República. Onofre relata que foi visitado onze vezes pelo advogado nos catorze meses em que permaneceu detido preventivamente no presídio de Bangu 8, tudo devidamente registrado.

Munido de uma pasta com informações sobre sua vida pessoal, Nythalmar teria dito que ele iria pegar uma pena de cinquenta anos de prisão, por estar sendo acusado de participação no milionário propinoduto do ex-governador Sérgio Cabral — no caso, uma negociata que rendeu 43,4 milhões de reais em subornos, pagos para favorecer empresas de ônibus. Além dele, teria dito o advogado, sua mulher na época, Dayse Onofre, também corria o risco de ser condenada a vinte anos, deixando o filho do casal desamparado. A saída seria recorrer a um “esquema” existente na 7ª Vara com dois procuradores amigos, teria lhe explicado Nythalmar, sem revelar a identidade deles.

Onofre conta que desconfiou da proposta. “Perguntei como que dois procuradores poderiam resolver isso de forma tão rápida, indagando-o como que o juiz Marcelo Bretas, que é rigorosíssimo, ia fazer vista grossa e compactuar com tudo isso”, relatou em seu depoimento. Resposta imediata do advogado: “Bretas é o chefe do esquema”. Sempre de acordo com o delator, deu-se início então a uma série de negociações com a participação de Dayse, que se encontrou diversas vezes com Nythalmar em um apartamento em Copacabana.

Ela diz que ele a pressionava pelo dinheiro, insistindo que os imóveis da família fossem vendidas para selar o acordo. A negociata, no entanto, não prosperou. Não só Rogério Onofre acabou condenado por Bretas a quarenta anos de prisão como Dayse recebeu pena de treze anos — castigo exagerado que seria fruto de uma vingança do juiz, segundo o réu. “A atuação do advogado Nythalmar traz uma névoa de dúvidas sobre a higidez da sentença”, diz Filipe Roulien, advogado de Onofre.

Bretas responde a outros três procedimentos no CNJ e, desde que foi afastado da função, ao menos vinte ações passaram a questionar na Justiça a imparcialidade de seus julgamentos. Enquanto trata de sua defesa, o juiz inunda o Instagram com vídeos em que exibe a cultivada musculatura e fala de Deus. “Nunca ouvi nada a este respeito. Seria mais uma mentira útil.

Se confirmada a existência desse relato, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal serão instados por mim a investigar e processar a prática, dentre outros, dos crimes de calúnia e denunciação caluniosa pelos citados”, afirma o juiz.

A declaração de Onofre também foi levada para a OAB, em uma representação contra Nythalmar que se soma a outras duas já existentes. “Não é a primeira vez que um réu tenta usar o meu sangue para lavar seus pecados”, diz o advogado. “Não cabe a mim julgar a estratégia de defesa do senhor Rogério, mas certamente mentiras não trarão bons resultados.” Hoje em liberdade, Onofre diz que não sai da cama, sofrendo de câncer, cardiopatia, hipertensão e diabetes. A Lava-Jato continua a deixar suas marcas, mas agora do outro lado da correnteza.

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