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Bolsonaro terá de responder à ONU sobre alto nível de mortalidade da covid

Num exame que o Comitê de Direitos Humanos da ONU realizará sobre as políticas de direitos humanos no Brasil, o governo de Jair Bolsonaro terá de dar respostas sobre o que é considerado como taxas elevadas de mortalidade por conta da covid-19.

Num documento oficial, obtido pelo UOL e enviado ao governo em 7 de abril, o órgão destaca temas que terão de ser explicados pelas autoridades brasileiras durante a revisão de suas políticas.

Num dos trechos, porém, o foco é o direito à vida e, de acordo com o documento, caberá ao governo explicar o que foi feito diante da pandemia.

O Comitê, assim, solicita ao governo “responder aos relatos de altos níveis de mortalidade da covid-19 e descrever as medidas tomadas para evitar mortes evitáveis”. O órgão, na prática, coloca o governo contra a parede, exigindo que as autoridades expliquem o que foi feito para lidar com a pandemia a partir de uma estratégia que foi condenada por especialistas, cientistas e médicos.

Com 661 mil mortos, o Brasil aparece como o segundo lugar com maior número de óbitos pela covid-19, desde que a pandemia começou em 2020. Apenas os EUA, com mais de 900 mil mortes, superam a marca brasileira.

Por meses, o governo Bolsonaro negou a gravidade da doença e promoveu remédios e tratamentos que tinham sua eficácia contestada pela ciência.

Ao longo dos meses, o Brasil foi alvo de críticas públicas por parte da OMS (Organização Mundial da Saúde), que imploravam para que líderes políticos assumissem suas responsabilidades. Em 2021, ainda na ONU, um relator chegou a sugerir a criação de uma comissão internacional de inquérito contra o Brasil por conta das decisões tomadas sobre a pandemia.

Não existe uma punição prevista por parte da ONU. Mas uma conclusão de que o governo falhou em garantir o direito à vida será um constrangimento político relevante para a imagem internacional de um presidente que já sofre para ser recebido por governos estrangeiros. Fontes em Genebra ainda apostam que uma eventual conclusão do Comitê sobre o tema poderia alimentar a queixa que existe no Tribunal Penal Internacional contra Bolsonaro.

No atual texto enviado no início do mês, a ONU ainda pediu para o governo “descrever as medidas tomadas para proteger grupos vulneráveis, tais como afro-brasileiros, mulheres grávidas e povos indígenas, da covid-19 e fornecer estatísticas sobre taxas de mortalidade da COVID-19 dentro desses grupos, em comparação com a população em geral”.

Se o vírus foi logo chamado de “democrático” por afetar a todos, ficou claro em diversos países que ele foi mais mortal justamente entre as camadas com menor acesso aos serviços públicos. No Brasil, isso não foi diferente.

Os peritos do Comitê ainda pedem que o próprio governo “compartilhe as conclusões da investigação lançada pelo Senado sobre o tratamento da pandemia” por parte do Executivo. A CPI da covid-19 pediu o indiciamento do presidente Bolsonaro, assim como de vários de seus ministros e ex-ministros. Um ano depois da instalação da Comissão de Inquérito, nenhum dos envolvidos foi oficialmente denunciado pela Procuradoria-Geral da República.

O documento enviado ao Brasil resume, no fundo, o mal-estar internacional diante do desmonte das políticas públicas de direitos humanos nos últimos três anos.

A carta pede que se explique os ataques do presidente contra a democracia, a fragilidade do combate à corrupção, o corte de recursos para programas de apoio à mulher, o discurso do ódio por parte das lideranças políticas, a situação dos indígenas, meio ambiente, imprensa, afrodescendentes, violência policial e outras suspeitas de violações.

A cobrança ocorre no momento em que o órgão das Nações Unidas inicia seu processo para examinar a situação brasileira, no que ganha uma dimensão de um levantamento sobre o impacto dos anos do governo de Jair Bolsonaro no poder.

O Executivo já havia submetido um informe sobre a situação do país para o Comitê, na esperança de que o documento fosse suficiente para que os peritos tomassem como base para examinar o Brasil. Mas, conforme o UOL revelou com exclusividade, o informe tratava das questões de direitos humanos apenas até o final de 2018 e não explicava o que havia sido feito no governo Bolsonaro.

Procurado, o Ministério da Família, Mulher e Direitos Humanos explicou que não houve tempo para incluir as atuais políticas no documento, que havia sido preparado nos primeiros meses de 2019. Mas o gesto brasileiro foi recebido com ironia e desconfiança por parte de alguns dos peritos que, agora, questionam o governo sobre acontecimentos e dificuldades dos últimos três anos.

*Jamil Chade/Uol

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Brasil

Brasil tem maior média móvel de mortes por Covid desde agosto de 2021

País registrou 1.264 mortes em 24 horas e 178.814 novos casos da Covid-19 e a média de óbitos diários subiu para 873.

Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 1.264 mortes mortes provocadas pela Covid-19. Com isso, a média de óbitos diários subiu para 873 – a maior desde 12 de agosto de 2021. O número representa uma alta de 112% em relação ao verificado há 14 dias, informa o Metrópoles.

O país também computou, nesta quarta-feira (9/2), mais 178.814 casos confirmados. A média diária de infecções pelo coronavírus está em 166.046.

Os dados são do mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

No total, o Brasil perdeu 635.074 vidas para a doença e computou 26.955.434 casos de contaminação.

Devido ao tempo de incubação do novo coronavírus, adotou-se a recomendação de especialistas para que a média móvel do dia seja comparada à de duas semanas atrás.

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Saúde

Brasil chega 5,8 milhões de infectados por Covid-10 e se aproxima de 165 mil mortes

País registrou 523 óbitos e 29.052 casos da doença, mostra consórcio da imprensa.

Brasil registrou 523 mortes pela Covid-19 e 29.052 casos da doença, nesta sexta-feira (13). Com isso, o país chegou a 164.855 óbitos e a 5.811.699 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.

São Paulo, mais uma vez, não disponibilizou dados sobre a doença. O estado afirma estar enfrentando problemas no sistema de registro do Ministério da Saúde. O Paraná também não divulgou dados pelo mesmo motivo.

Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 403, o que representa um cenário de estabilidade em relação à média de 14 dias atrás. Nas últimas semanas, o país variou entre situações de queda da média e estabilidade. A média, porém, também foi afetada pelo recente apagão de dados de alguns estados.

Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​​

 

*Com informações da Folha

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Saúde

Mundo bate recorde de casos e mortes diárias pela covid, diz universidade Johns Hopkins

A nova onda de contaminação pelo coronavírus que atinge principalmente a Europa e os Estados Unidos fez com que o mundo batesse recordes diários de casos e mortes ontem. Segundo dados da Universidade Johns Hopkins, instituição americana que é referência em estatísticas da pandemia, foram registrados nas últimas 24 horas ontem 666.053 novos casos de covid-19 e 12.241 mortes causadas pela doença.

As marcas quebraram recordes anteriores estabelecidos ainda na semana passada. Na sexta-feira (6), o mundo registrou 641.152 novos casos diários. Já na quarta (4), o planeta teve um recorde de mortes, com 11.031 óbitos computados pela universidade americana.

No total, desde o início da pandemia, a instituição já registrou 52.274.070 casos e 1.286.790 mortes em consequência do novo coronavírus. Os números diferem um pouco das estatísticas da OMS (Organização Mundial da Saúde).

De acordo com a OMS, o mundo tem até agora 51.547.733 casos confirmados e 1.275.979 mortes. Também segundo a organização, o último informe diário indica 530.118 novos casos e 10.177 óbitos causados pela covid-19.

A análise dos dados da Universidade Johns Hopkins aponta que a segunda onda da doença tem comportamento diferente no mundo. Os casos diários, que tiveram um pico de cerca de 360 mil no fim de setembro e ficaram próximos dos 300 mil em julho e agosto, agora são mais numerosos.

Por outro lado, a pandemia indica um grau de mortalidade menor, já que nos meses de julho e agosto o mundo já havia registrado picos de óbitos em torno ou até acima de 10 mil mortes diárias.

Lockdowns na Europa e explosão de casos nos EUA

As últimas semanas têm sido de apreensão e de tomadas de medidas mais restritivas por partes de governos europeus por causa da intensificação da pandemia no continente. Inglaterra, Irlanda, Alemanha, Portugal, França e Grécia são exemplos de países que decretaram lockdowns locais para tentar conter a transmissão.

Já nos Estados Unidos o presidente Donald Trump não tem tomado novas medidas em meio a uma explosão de casos, que tem sustentado uma média diária superior a 100 mil novas infecções. Ontem, o estado de Nova York restringiu o funcionamento de bares, restaurantes e academias.

Na África, as autoridades também demonstram preocupação com a piora da pandemia. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças, principal autoridade de saúde pública do continente, afirmou que a região teve um aumento médio de 8% dos novos casos de covid-19 em outubro.

 

*Com informações do Uol

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Ao vivo: Emocionante! No Chile, Mais de um milhão de pessoas no centro de Santiago pela derrubada de Piñera

Depois de longa miséria da classe operária no Chile, provocada pelo naufragado neoliberalismo, parece que todos os seres humanos hoje estão no Chile, presencialmente ou de coração.

Não há quem não se envolva numa manifestação tão linda contra a brutalidade e a crueldade de Sebastián Piñera que comanda um banho de sangue, tortura e mortes contra seu próprio povo, repetindo os tempos da ditadura de Pinochet.

Vale a pena assistir a essa condensada manifestação dos chilenos que somam mais de um milhão somente no centro de Santiago. Somando a outros três milhões de manifestantes por todo o Chile.

Que o Brasil siga o exemplo contra o neoliberalismo.

 

*Da redação