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A ignorância política da “extrema direita” dá muito lucro

Com a morte em vida de Bolsonaro e outros pares da tentativa frustrada de golpe de Estado, o sistema de arrecadação de dinheiro fácil e farto, teve uma enorme queda, mas ainda assim. dá muito lucro aos cafajestes.

A falsa polarização política, amplificada por redes sociais e mídia sensacionalista, ainda pode gerar engajamento, cliques e receitas publicitárias.

Figuras políticas ou influencers de extrema direita, muitas vezes, capitalizam com narrativas simplistas ou emocionalmente carregadas de mentiras cínicas que atraem seguidores leais e doações.

Ou seja, ainda é um negócio da China para a escória da política nacional.

Nikolas, aquele do Pix do PCC, é um exemplo claro e simples de gente que usa a desinformação como ferramenta para ganhar eleitores e dinheiro em estado puro.

A disseminação de narrativas falsas ou distorcidas pode ser lucrativa para quem vende produtos, cursos, livros ou até mesmo poder político.

A “ignorância” (ou a falta de análise crítica) de parte do público de manada, facilita a adesão a essas narrativas.

No Brasil, a extrema direita tem explorado temas como corrupção, valores tradicionais e segurança para mobilizar apoio.

Isso pode gerar lucro para lideranças políticas, para criadores de conteúdo e até para empresas que se alinham a esses discursos.

Não é nem de longe aquele mina da “era de ouro” da picaretagem nacional quando Bolsonaro estava no poder.

Durante o governo Bolsonaro, por exemplo, existiu uma estrutura formal de disseminação de desinformação, conhecida como “gabinete do ódio”, que operava em redes sociais para mobilizar apoiadores.

Essas estratégias não são exclusivas do Brasil: nos EUA, a alt-right e figuras como Steve Bannon usaram big data e algoritmos para radicalizar eleitores, transformando o engajamento em lucro político e financeiro.

A monetização ocorre via anúncios, impulsionamento de posts e plataformas como o YouTube, onde criadores de conteúdo de extrema direita lucram com visualizações.

A receita vem de publicidade e parcerias com grupos econômicos alinhados, como ruralistas e igrejas evangélicas.
A extrema direita utiliza narrativas que exploram medos e preconceitos, criando “câmaras de eco” que mantêm os seguidores engajados e dispostos a consumir produtos ou apoiar causas.

Embora a extrema direita seja eficaz em explorar essas dinâmicas, a esquerda também tem se adaptado, tentando recuperar espaço nas redes com estratégias mais humanizadas, como sugerido por especialistas, e tem dado muito certo em várias frentes.

Debates em podcasts como, por exemplo, os que Breno Altman tem detonado “vultos” do extremismo reacionário, tem um valor político extremamente vigoroso para a esquerda.

O último de Breno foi com Paulo Bilynskyj foi demolidor, a ponto do troglodita barbudo pedir o boné e pular fora.

Enfim, a esquerda deve adubar cada vez mais seus espaços nas redes, nas TVs e rádios, porque a direita vem com sangue nos olhos jogando todas as fichas imundas que tem na disputa eleitoral de 2026 na tentativa de recuperar o enorme terreno perdido.


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ONG da irmã de chefe do PCC posta vídeo ligando Nikolas Ferreira a PCC

A Associação da Comunidade do Moinho, cuja presidente foi presa em operação policial nesta segunda-feira (8/9), republicou um vídeo sobre supostas relações do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Alessandra Moja Cunha foi presa na operação Sharpe na manhã de hoje (8/9). Segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), ela atuava em conjunto com o irmão, Leonardo Moja, o “Léo do Moinho”, considerado o principal líder do PCC no Centro de São Paulo.

Na semana passada, a Associação da Comunidade do Moinho, presidida por Alessandra, repostou no Instagram um vídeo sobre a operação Carbono Oculto, que investiga a influência do PCC no setor de combustíveis e a lavagem de dinheiro da facção por meio de fundos de investimento.

A capa do vídeo traz uma foto do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e a placa da avenida Faria Lima, centro financeiro de São Paulo. “O crime organizado na Faria Lima”, diz o título. “Qual a relação da EXTREMA-DIREITA e do NIKOLAS FERREIRA com o caso?”, completa o texto da imagem.

O vídeo foi publicado originalmente pela vereadora do PSOL em São Paulo Keit Lima. No Instagram, ela se apresenta como “cristã, preta, nordestina, favelada e com 5 diplomas”.

“O crime organizado está na Faria Lima, no centro financeiro do país. A maior operação contra o crime organizado do Brasil escancarou uma verdade que a elite tenta esconder. Escancarou uma verdade que a periferia já sabia. O crime organizado que banca a vida de muita gente rica, inclusive muitos políticos, não está nas nossas periferias”, diz Keit Lima no vídeo.

A publicação faz menção ao vídeo viral de Nikolas Ferreira sobre a proposta da Receita Federal de fiscalização do Pix. Após a repercussão, o governo recuou da medida. Segundo a Receita, a ausência de regras facilitava a lavagem de dinheiro das facções. As novas normas entraram em vigor após a Carbono Oculto.

Na casa onde Alessandra Moja Cunha foi presa nesta segunda-feira, a polícia encontrou seis aparelhos celulares, 259 porções de cocaína, 630 de crack e 314 de maconha.

Segundo o MPSP, Alessandra “exerce importante papel na mobilização e organização das manifestações públicas que blindam a comunidade das intervenções policiais, além de auxiliar o irmão em suas empreitadas criminosas”.

Ainda de acordo com o MPSP, ela era responsável por extorquir moradores que desejavam aceitar o acordo proposto pelo governo do Estado para deixar o local.

Pela proposta, os moradores recebem uma ajuda de custo até serem alocados em imóveis da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU).

Alessandra é “responsável pelo grupo que cobra propina das famílias beneficiadas pelo acordo com o CDHU, somente autorizando o cadastro e a assinatura mediante o pagamento de valores à família Moja”, diz um trecho da representação.

“Tanto os valores arrecadados neste contexto como os recursos derivados das demais atividades ilegais controladas por ‘Léo do Moinho’ são arrecadados por Alessandra com o intuito de branqueamento (lavagem)”, acrescenta o documento.

Como mostrou a coluna, a associação presidida por Alessandra Moja se reuniu com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, para preparar uma visita do presidente Lula (PT) e da primeira-dama Janja da Silva à Favela do Moinho, no fim de junho.

Na ocasião, Lula anunciou o acordo do governo federal com o governo do Estado de São Paulo para a cessão da área, que pertence à União. O governo estadual pretende construir um parque no local.

“Quando estiver tudo pronto, estiver certa a casa que vocês vão comprar, aí faremos a cessão definitiva para o governo do estado. Por mais bonito que seja um parque, ele não pode ser feito às custas do ser humano”, afirmou Lula na visita à favela do Moinho.

A coluna procurou tanto Nikolas Ferreira quanto a Associação da Comunidade do Moinho para comentários. Ainda não houve resposta, mas o espaço segue aberto.

*Metropoles


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As mentiras criminosas de Nikolas sobre o Pix ajudaram enormemente os criminosos da Faria Lima

Falando objetivamente, Nikolas deve ser chamado aos tribunais pelas mentiras criminosas sobre o PIX que viraram esteio para o esquema bilionário do PCC /Faria Lima.

Na verdade, seu crime ressuscitou um esquemas criminosos que o governo Lula tinha liquidado e que teve que voltar atrás, tal a força dessa criminosa mentira anabolizada nas redes pelos próprios criminosos.

Não está ainda explicado integralmente qual foi a intenção de Nikolas quando aceitou fazer o vídeo e cometer esse grave crime.

O fato é que a percepção de que o crime de Nikolas deu pedal para os criminosos da Faria Lima/PCC, é unanime.

E ele, de alguma forma, tem que pagar por isso na justiça.


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O que o Grok, IA de Elon Musk, disse sobre Nikolas Ferreira, Faria Lima e PCC

Grok-@grok:
“A campanha de desinformação sobre o “imposto do PIX”, liderada por Nikolas Ferreira em janeiro de 2025, levou à revogação de uma norma da Receita Federal que exigia relatórios de transações acima de R$ 5 mil em fintechs, visando combater lavagem de dinheiro.

Segundo autoridades da Receita, isso reduziu a fiscalização e facilitou esquemas como o do PCC, revelado em 28/08/2025, que movimentou bilhões via fintechs.”

*Fontes: Receita Federal, Operação Carbono Oculto


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Fintechs ligadas ao crime irrigaram fake news de Nikolas sobre taxação do Pix

Plataformas financeiras ligadas a fraudes de combustíveis atuaram na campanha de desinformação, protagonizada por Nikolas Ferreira.

A ofensiva contra a Receita Federal no episódio da falsa taxação do Pix teve uma ajudinha — ajudona — financeira. Segundo fontes do Banco Central e da Receita Federal, fintechs investigadas por ligação com o crime organizado — agora expostas na Operação Carbono Oculto — tinham interesse em barrar a instrução normativa que ampliaria o monitoramento de transações suspeitas.

Por isso, atuaram na difusão do vídeo do deputado Nikolas Ferreira, do PL de Minas Gerais, cuja produção audiovisual foi usada como peça da campanha das fintechs.

A gravação em que o parlamentar afirmava que o Pix seria taxado superou 200 milhões de visualizações e levou o governo a revogar a instrução normativa.

De acordo com Dão Real, diretor do Sindifisco, a Receita já monitorava fraudes no setor de combustíveis, mas a migração para sistemas paralelos de pagamento criou uma zona cega.

A tentativa de incluir fintechs na e-Financeira — que obriga bancos a informar movimentações de CPF e CNPJ — foi abortada sob pressão política e desinformação.

“Em vez do controle preventivo, resta apenas a quebra de sigilo judicial, sempre posterior à fraude”, afirmou.

Deflagrada nesta quinta-feira, 28, a Operação Carbono Oculto cumpriu 350 mandados em oito estados. Investigações apontam que parte dos lucros do esquema de combustíveis foi lavada em fintechs e blindada em ao menos 40 fundos de investimento, com patrimônio estimado em R$ 30 bilhões. Uma única plataforma movimentou sozinha R$ 46 bilhões.

“Essas empresas funcionam como mecanismo de fuga. A instrução normativa visava justamente evitar isso”, disse Dão Real.

*Guilherme Amado/PlatôBR


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Lula nem deu nome ao boi e ele não para de mugir contra o presidente

O sujeito acionou os algoritmos com quase um milhão de reais, fora o custo profissional do vídeo e, certamente, a grana não saiu de seu bolso.

Claro, sem falar que o ator principal da maior mentira dita e espalhada nas redes, levou um tutu arrumado.

Quem tinha interesse em enfiar a mão no bolso para difundir tal mentira? Os beneficiados pela mentira e tudo leva a crer que, se o crime organizado da Faria Lima e PCC ganhou muito com o boi voador, ele levou um qualquer no dízimo da picaretagem.

Agora, abatido e com o olhar vago, o pigmeu moral quer emparedar quem conta a história dessa patifaria, dizendo que vai processar todos que estão difundindo a verdade sobre seus serviços prestados ao PCC e cia.


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A cada passo, a direita bolsonarista afunda um pouco mais

Parlamentares da base bolsonarista estão revoltados com a posição do presidente do Senado sobre o impeachment de Alexandre de Moraes

Senadores bolsonaristas protocolaram nesta quinta-feira (7) um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após obterem as 41 assinaturas necessárias.

No entanto, a alegria dos senadores bolsonaristas durou pouco. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), foi categórico durante reunião com líderes: “Nem se tiver 81 assinaturas, ainda assim não pauto impeachment de ministro do STF para votar.”

A declaração de Alcolumbre já repercute entre os parlamentares bolsonaristas e provocou uma reação inacreditável do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que fez uma grave ameaça ao presidente do Senado.

Por meio de suas redes sociais, Nikolas Ferreira ironizou a fala de Alcolumbre e disse: “Então serão dois impeachments.” Com Forum.


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Trump comeu a língua de Nikolas Ferreira sobre o Pix

Qual justificativa Nikolas Ferreira apresenta para se calar diante das ameaças de Trump contra o PIX?

A Meta, do Facebook, plagia o silêncio de Nikolas dando pinote do assunto porque ela tem seu próprio “PIX” .

Por isso também ajudou e muito Nikolas a chegar nos “trocentos milhões de visualizações” de seu vídeo fake.

Ou seja, a central de fake, unificada para espalhar mentiras sobre o PIX, agora, faz cara de paisagem diante das ameaças fascistas de Trump contra o PIX aqui no Brasil.

Lógico que Nikolas, mesmo sem pegada, tenta criar pautas funestas e irrisórias na vã ideia de que isso pode fazer fumaça que cubra seu silêncio cúmplice.

O fato é que nem uma careta Nikolas fez para as ameaças de Trump contra o PIX, num inacreditável atestado de submissão ao presidente americano.


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Vai cair

Qualquer close de Nikolas, o bacorinho sai mal na foto.

Nikolas está espinoteando contra o MP Eleitoral de Minas que exige sua cassação.

O problema é que o vigaristazinho também está com a bucha queimada no clã Bolsonaro.

Nikolas é aquele que se acha mais esperto que ele próprio.

Não tremelicou contra o clã só contra o MPE de Minas. Coisa claramente típica de bandidinho que afronta a justiça, mas afina para gente de seu bando com patente mais alta na gang.

O fato é que ele vai cair.

Não se sabe se ele já se deu conta de que seu mandato virou gemada e seu chão na direita ficou mole.

Fato é que ele está perdido em qualquer sentido do termo.

Qualquer latitude está áspera. Ficou espaçoso no mundo da criminalidade e azedou. Talhou!

O MPE de Minas está na cola do esperto e ele não tem vírgula de argumento para tentar reverter a mamona que está levando.

O que estamos assistindo ao vivo é à queda de mais um parvo que se acha gênio.


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Máquina de dinheiro: Empresa de Nikolas gasta R$ 750 mil na Meta para convocar cristãos para guerra

Muitos deputados seguem exercendo suas profissões de médicos, advogados e até apresentadores de televisão durante o mandato. Na ficha oficial de cada um deles no site da Câmara, a informação está ali, é pública. No caso de Nikolas Ferreira, do PL de Minas Gerais, o membro mais votado da Casa, no entanto, consta o seguinte: “Profissão não declarada”.

Nikolas escolheu esconder algo importante: ele é um empresário que tem enriquecido às custas de sua visibilidade como um dos mais radicais políticos da extrema direita.

Posso provar que Nikolas ganha dinheiro dessa forma porque eu mesmo contribuí com isso. Foram exatos R$ 497 que saíram da minha conta bancária e caíram na conta da Destra Cursos LTDA, uma empresa fundada em 2020 e da qual o Nikolas é sócio.

É um empreendimento relativamente antigo e já foi tema de uma ou outra matéria por aí. Mas que merece muito mais atenção.

Destra: o negócio de Nikolas
Antes de te contar o que aprendi nos cursos concluídos na Destra, vale relembrar: quando a empresa foi fundada, em setembro de 2020, Nikolas era candidato a vereador de Belo Horizonte – e ainda não aparecia no quadro societário.

Com menos de um mês, a empresa fechou contrato de R$ 68 mil com o então candidato a prefeito de BH, Bruno Engler, apoiado por Nikolas. Passada a eleição municipal, ainda naquele novembro pandêmico, Nikolas passou a integrar a sociedade da Destra.

Essa história até chegou a sair em um ou outro veículo da imprensa depois que o jornalista que revelou o caso no Twitter, Diego Feijó de Abreu, acionou o Ministério Público Federal. O órgão, porém, não viu crimes nos fatos e descartou uma investigação. Muita coisa se passou desde então.

Nikolas segue com 15% da participação societária em conjunto com outros dois jovens empresários: o curitibano Ivens Henrique Grahl Ribeiro, de 29 anos, e o goiano Arthur Torres de Assis, de 24 anos. Apesar da pouca idade dos sócios, a empresa tem movimentado cifras cada vez maiores.

Quase R$ 1 milhão na Meta
Reformulada, a empresa que nasceu fazendo campanha eleitoral virou uma plataforma de cursos no início de 2022 — o sócio Nikolas assumiu o papel de professor e garoto-propaganda. Em outubro daquele ano, o mineiro se elegeu com uma votação bombástica e virou um dos mais estridentes deputados da extrema direita. Sua estratégia online levantou suspiros de inveja de políticos de todas as matizes.

Já no início deste ano, quando o vídeo do deputado sobre a suposta taxação do PIX ganhou o mundo, com impressionantes 330 milhões de visualizações, muita gente foi atrás de sua relação com as big techs. A suspeita é de que os números pareciam inflados.

À época, algumas boas matérias circularam indicando que a empresa de Nikolas teria investido R$ 100 mil em anúncios nas redes sociais da Meta. Desconfiei que era pouco. E era. Além dos anúncios veiculados pelos perfis com o nome de Nikolas, encontrei milhares de peças pagas diretamente pela Destra. São mais de 3.300 anúncios que totalizam R$ 745,3 mil de abril de 2024 a abril de 2025.

É uma estratégia agressiva de tráfego pago – que se soma ao tráfego orgânico das redes de Nikolas. Na descrição do perfil do deputado no Instagram, utilizado para divulgar sua atividade parlamentar, está lá, à disposição, o link da Destra. Se levarmos em conta informações divulgadas pela própria empresa, a estratégia parece dar resultado, já que ela diz formar “mais de 60 mil cristãos”.

Resolvi fazer as contas. O único produto oferecido pela empresa é um plano de assinatura que garante acesso a dezenas de cursos, que custa R$ 500 – e, antes, chegou a custar R$ 685. Se todas as pessoas pagaram o mesmo valor que eu, o mais baixo, o negócio já trouxe mais de R$ 30 milhões aos seus sócios. Um deles? O Nikolas.

Eu prefiro acreditar que o número de clientes é inflado pela Destra, talvez para encorajar novos alunos. Enviei um e-mail para a empresa na última segunda-feira, 29, com essa e outras diversas perguntas. Até o momento, não houve resposta. O espaço segue aberto.

Minha jornada na Destra
Usei o PIX para garantir acesso ao “Plano Legado”, o produto oferecido pela Destra atualmente. Com isso, tive acesso a uma plataforma fechada com quatro “núcleos de formação”. Na prática, cada um deles é uma página com um layout diferente, mas todas imitando um “Netflix” em que cada pôster representa um curso.

Como assinei um termo que impede a reprodução de materiais do curso, não vou brindá-los com trechos das vídeo-aulas. Trago aqui, no entanto, o que mais me impressionou de tudo o que vi, ouvi e aprendi na plataforma da empresa do Nikolas.

Comecei pelos vídeos introdutórios chamados “Formação Destra”. São quatro minicursos online, cada um com três a oito vídeos com, no máximo, 15 minutos. O apresentador é um jovem que não se apresenta, não menciona qualquer formação acadêmica ou experiência profissional.

No primeiro vídeo que assisti, ele diz: “Você não está aqui por acaso. Talvez você tenha clicado em um link, algum anúncio ou propaganda ou até mesmo tenha sido convidado, mas quero que você saiba que chegou até aqui por um motivo maior. A Destra não é só uma plataforma, somos uma resposta para essa geração. E você, meu querido, faz parte disso”.

Me senti lisonjeado. Ele, então, apresenta a Destra da seguinte forma: “Somos um ecossistema criado para você, cristão, viver o Evangelho no dia-a-dia. A Destra é o fundamento. Não estamos aqui para te dar mais teoria ou te prender em debates. Aqui não há espaço para uma fé rasa”, conclui.

Depois dessas “boas-vindas”, parti para o primeiro núcleo, o “Destra Originais”. Comecei por um curso rápido chamado “Filosofia 10:31” — mais um apresentado por alguém não identificado. A filosofia é uma criação da Destra para oferecer um “novo estilo de vida” integrando a fé a todas as dimensões da existência.

“Vamos te apresentar o novo estilo de vida que você vai viver a partir de hoje”, diz o professor. “Nossa fé não é reservada para momentos de culto”, ele defende.

Depois, descobri que a tal filosofia – que parecia só um curso de autoajuda cristã – é o princípio que estrutura toda a plataforma. Os cursos vão de “como fazer amigos” a “como ter bons hábitos”, passando por “inteligência emocional” e “corrida de rua”. “Você precisa ser um cristão que se posiciona” é o mantra que atravessa os conteúdos, inclusive os de temas mais aparentemente neutros.

O Le Circle do Nikolas
Depois de alguns certificados conquistados, cliquei no núcleo seguinte, o “Le Circle” — por ter sido descrito como uma “comunidade viva e intencional”, com encontros ao vivo e trocas entre cristãos “comprometidos com o propósito”. Mas, infelizmente, essa funcionalidade ainda não estava disponível, apesar de um banner dizer que o lançamento seria em 23 de junho. Até agora, não foi ao ar.

Intrigado que a data já havia passado, fui checar no Google algo sobre o tal lançamento e digitei apenas: “Le Circle”. O primeiro resultado foi curioso. Eu não sabia – e espero, do fundo do coração, que o Nikolas também não. Mas Le Cercle (com “e” e não com “i) é o nome de um famoso grupo ultraconservador e anticomunista fundado na Europa.

No pós-Segunda Guerra Mundial, reunia políticos, banqueiros, militares e agentes de inteligência. E aqui vai um bônus: o grupo homônimo ao fórum concebido por Nikolas está ligado ao financiamento de regimes supremacistas, como o apartheid na África do Sul.

Depois, rumei ao núcleo “For The Nations”, cuja proposta é “levar a mensagem ao mundo”. Encontrei aulas de inglês com legendas, vocabulário cristão e conteúdos voltados à formação de uma “comunidade de aprendizado” — com grupos, fóruns e desafios.

O funil da radicalização
Por fim, o núcleo “Destra Front” é onde o jogo fica sério. Aqui, sim, finalmente aparece Nikolas Ferreira, em vídeos que funcionam como a “etapa final” do funil. A estética continua limpa, os vídeos têm ritmo, trilha e edição profissional. A pregação religiosa, embora ainda presente, aparece de forma mais sutil. Aqui, o púlpito vira palanque.

O principal produto oferecido no Front é o curso “O Cristão e a Política”. Nele, Nikolas apresenta a política como uma disputa entre o bem e o mal, em que os cristãos seriam chamados a combater forças que estariam destruindo os valores da família, da fé e da moral. E faz o pacote completo dos temas preferidos da extrema direita, repetindo opiniões e distorções sobre feminismo, socialismo e afins. Vou poupá-los disso.

Depois de atravessar toda a jornada, ficou claro que a intenção da Destra não é, em nenhum momento, dialogar com quem está fora da bolha cristã. Todas as aulas, de todos os módulos, poderiam ser pregações religiosas. A maioria delas, inclusive, se estrutura como tal: há um tom pastoral, versículos e apelos morais.

E aqui não há problema com a evangelização em si – ainda que cobrar tão caro por isso possa soar mal por aí. O que parece ser o objetivo, tanto quanto ganhar milhões de reais, é radicalizar politicamente os fiéis à extrema direita.

Digo isso como aluno: a plataforma funciona como uma usina de radicalização cristã, que não prega para converter, e sim para endurecer. Endurecer posições, fortalecer vínculos internos e, sobretudo, convencer que a agenda político-eleitoral da extrema direita é ungida por Deus.

Eu ainda tenho muitas horas de curso para fazer na Destra. E ainda há muito dinheiro a seguir nesse caso. Tenho algumas pistas. E pretendo trazer novidades em breve, numa edição futura. O que mais vocês querem saber sobre a Destra e as atividades empresariais e políticas do Nikolas?

E, aproveitando, é sempre bom lembrar: se você tiver o próximo grande furo de reportagem do país na mão, ou apenas uma informação que gostaria de dividir comigo, escreva para [email protected] ou responda a esse e-mail. Vamos conversar. Mas, por ora, continue aqui comigo que ainda há um pouco mais a falar sobre Nikolas Ferreira.

Nikolas e a frente ampla cristã
O site Bereia, com o Laboratório de Antropologia da Religião da Unicamp, publicou um ótimo artigo sobre a aproximação de Nikolas com setores ultraconservadores do catolicismo. Ele recomendou livro do padre Paulo Ricardo, leu São Josemaría Escrivá, fez live com o padre Chrystian Shankar e usou conceitos como “abertura à vida”. O texto aponta que, mais do que conversão, Nikolas estaria unificando evangélicos e católicos da extrema direita. Leia aqui.

*Intercept Brasil


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