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Comitê que investiga OMS vai examinar se Brasil usou ciência contra a covid

O painel independente criado para investigar a resposta da OMS (Organização Mundial da Saúde) à pandemia de covid-19 anuncia que também irá avaliar governos nacionais. O Brasil, segundo a coluna apurou, será um dos casos principais a serem considerados, por conta do número elevado de óbitos e de contaminações.

De acordo com uma das lideranças do processo, a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia, Helen Clark, uma das perguntas a ser colocada aos governos é direta: “como as evidências científicas foram usadas”.

Segundo negociadores ouvidos pela coluna, a iniciativa promete causar constrangimentos entre certos governos, entre eles o do Brasil.

Oficialmente, não há nada que obrigue um país a colaborar com os investigadores. Mas, para a credibilidade do Brasil, uma recusa em cooperar com o comitê que ele mesmo pressionou para que fosse criado poderia ser um golpe forte para um país cuja imagem já convive com o descrédito no exterior.

A decisão de investigar a OMS havia sido incentivada pelo governo de Donald Trump, que acusou a agência de não dar uma resposta à altura da pandemia.

O Brasil foi um dos países que, rapidamente, se somou à proposta americana e pressionou por uma investigação. Jair Bolsonaro ainda tentou incluir no novo órgão criado para realizar o trabalho o ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, mas a candidatura foi rejeitada.

A relação OMS-China

Entre os membros do comitê, a percepção é de que um esforço significativo será destinado a entender como foi a relação entre a China e a OMS, principalmente diante das acusações de que a agência teria poupado Pequim de críticas. Emails internos, comunicações e documentos serão avaliados.

“Alguns países lidaram bem com o vírus e deveríamos perguntar o que podemos aprender com eles”, disse Ellen Johnson-Sirleaf, ex-presidente da Libéria e copresidente do painel de investigação.

“Adotaram a máscara universal nos cuidados de saúde e em contextos comunitários, investiram na descoberta de casos, testes, rastreio e capacidades dos sistemas de saúde pública baseados na comunidade, e prepararam os seus sistemas de saúde para lidar com o surto nos casos covid-19”, completou.

Entre as perguntas que serão feitas aos países, a ex-premiê Clark aponta para três delas:

– Como foram definidas estratégias nacionais e subnacionais, e como é que as estratégias para limitar o surto evoluem com o tempo?

– Como têm sido utilizadas as provas científicas ao longo deste processo?

– Como evoluíram as estratégias à medida que se tornaram disponíveis novas provas?

Relembrando o presidente na pandemia

– Ao longo de semanas, Bolsonaro fez questão de minimizar a gravidade da crise. No dia 9 de março, ele declarou que o alerta geral estava “superdimensionado”. Dois dias depois, ele apontou que “outras gripes mataram mais”.

– No dia 17 de março, ele chamou a situação de “histeria” e, três dias depois, a qualificou de “gripezinha”. Durante aquele mês, Bolsonaro ainda acusaria governadores e a imprensa de estarem “enganando” o povo e alertou que “tudo mundo vai morrer um dia”.

– No dia 12 de abril, ele anunciou ainda que o vírus estava “indo embora”. E, no final daquele mês, ainda disse que “não era coveiro” e completou com uma frase, dias depois, ao ser questionado sobre o número elevado de mortes: “e daí?”.

Comitê vai solicitar reuniões com representantes dos países

Mas não serão apenas suas frases que serão avaliadas. O que o comitê quer saber é se as decisões do Ministério da Saúde e do governo levaram em conta as recomendações da ciência e da OMS, ou se as considerações foram outras.

Isso incluirá o exame se houve incentivo para evitar aglomerações, se houve uma comunicação com a população sobre os reais riscos e se líderes políticos deram exemplo.

Para avaliar o Brasil e outros países, o comitê solicitará reuniões com os representantes de cada um dos países, além de documentos e estratégias nacionais.

 

*Jamil Chade/Uol

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Saúde

Nova onda: OMS registra novo recorde de infecções diárias por coronavírus em escala planetária

Só neste domingo foram 307.930 casos, o que indica uma segunda onda de contágio em escala planetária

Com 307.930 casos confirmados de COVID-19 nas últimas 24 horas, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou neste domingo (13) que o recorde de infecções diárias foi quebrado.

Os países que mais registraram novos casos foram Índia (94.372), Estados Unidos (45.523) e Brasil (43.718), informa a agência de notícias Reuters.

Índia e Estados Unidos registraram mais de mil mortes nas últimas 24 horas, enquanto o Brasil teve 874 óbitos no mesmo período.

O recorde anterior havia sido em 6 de setembro, quando 306.857 novos casos foram confirmados em todo o mundo. O recorde diário de mortes é de 12.430, registrado no dia 17 de abril.

Em todo o mundo, são 28.637.952 casos de coronavírus confirmados e 917.417 óbitos causados pela enfermidade.

 

*Com informações do Sputnik

*Foto destaque: Ítalo Ricardo

 

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Cada vez mais isolado, governo Bolsonaro fica de fora de comitês para reformar a OMS

Nenhum brasileiro fará parte do processo de reavaliação da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma das bandeiras do Itamaraty nos últimos meses. A entidade criou dois grupos diferentes de técnicos e especialistas para examinar e investigar a organização e sua resposta à pandemia. Mas, apesar de vários latino-americanos escolhidos para o processo, nenhum brasileiro foi selecionado.

Nesta terça-feira, um comitê de técnicos se reunirá pela primeira vez para começar a pensar na reforma do sistema de declaração de emergência global. Para o trabalho, 24 pessoas foram escolhidas. Nenhum brasileiro. Pela América Latina, o representante é uma chilena. O grupo também conta com especialistas da Noruega, Omã, Maldivas, Quênia, Irã, Espanha e Tunísia.

Mas não faltam os técnicos das principais potências: EUA, China, Alemanha, Rússia, Japão e Índia.

Oficialmente, cada integrante atua de forma independente e não representa governos. Mas a escolha desses técnicos respeita uma lógica da influência de países e, segundo experientes diplomatas, é um reflexo do prestígio de sanitaristas dentro dos governos.

Deisy Ventura, coordenadora do doutorado em Saúde Global e Sustentabilidade da USP, aponta que brasileiros fizeram parte de processos no passado sobre a revisão do regulamento sanitário internacional e das próprias reflexões sobre a OMS. O ex-secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, por exemplo, escolheu Celso Amorim para uma dessas funções, enquanto outros nomes do país estiveram em diferentes iniciativas.

“O Brasil teve um papel sempre importante no sentido de participar dos mecanismos de reavaliação da OMS”, disse. Segundo ela, isso era reflexo da qualidade técnica de seus sanitaristas e do fato de o Brasil apostar no multilateralismo. Hoje, diz a especialista, a ausência do Brasil nos mecanismos da OMS revela o “hiato” entre a expertise em saúde pública e o estado brasileiro.

“Nunca o estado brasileiro esteve tão divorciado da expertise na área de saúde pública”, afirmou. Em sua avaliação, o governo não busca resposta na ciência e a ataca quando ela não compartilha de sua opinião.

Diante desse comportamento do governo diante da ciência e do papel da saúde pública, portanto, não é de se surpreender a opção dos organismos internacionais por evitar nomes associados ao Brasil.

No caso do comitê que começará a trabalhar nesta terça-feira, um dos objetivos é o de avaliar o sistema de declaração de emergência e o Regulamento Sanitário Internacional, justamente o mecanismo que permite a troca de informações e ações entre governos diante de uma pandemia.

A queixa é de que a OMS teria demorado para acionar o sistema de emergência, o que ocorreu apenas no final de janeiro. A agência se defende, alertando que quando o fez, existiam menos de cem casos fora da China e nenhum morto. Uma das propostas sob debate será o estabelecimento de uma graduação para a declaração de uma emergência, nos moldes de uma escala de terremotos ou de furacões.

Dentro da OMS, fontes do alto escalão admitem à coluna que há um ambiente pouco propício neste momento para uma relação mais forte entre Brasília e Genebra. De acordo com negociadores, houve uma tentativa clara da OMS em não criticar o Brasil publicamente e de buscar caminhos para trabalhar em conjunto. Mas a queixa é de que, do lado brasileiro, os ataques continuaram.

Numa reunião do G-20 da qual participava o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, o chanceler Ernesto Araújo questionou no final da semana passada as entidades internacionais por defender uma resposta “apenas sanitária” para a crise. Ele também criticou os organismos que “demonizaram líderes que ousaram em falar das dimensões sociais e econômicas”.

Araújo ainda indicou que essas entidades “fracassaram” em lidar com a renda das pessoas e criticou abertamente o multilateralismo. Para completar, o chanceler usou seus minutos no G-20 para defender a cloroquina e lamentar que ela tenha sido “politizada”. Na OMS, testes foram realizados por meses sobre o produto e o resultado final foi a constatação de que o remédio não é recomendado.

O distanciamento entre a OMS e o Brasil ficou ainda claro quando, na semana passada, o ex-ministro da Saúde Nelson Teich não foi escolhido para fazer parte de uma comissão que irá investigar a resposta da agência diante da pandemia no novo coronavírus.

“Seria um grande constrangimento se ele tivesse sido escolhido”, disse Deisy Ventura. Com uma das piores respostas do mundo à crise, o Brasil poderia buscar que a avaliação fosse mais indulgente ao examinar a forma pela qual o governo agiu.

Para Paulo Buss, professor emérito da Fundação Oswaldo Cruz e com ampla experiência na OMS, a ausência do Brasil nessas comissões é “natural” diante de suas omissões diante das recomendações das entidades internacionais. “É natural que os países que se negavam a discutir com seriedade as recomendações fiquem de fora”, apontou.

Em Genebra, ainda assim, o veto foi considerado como uma derrota para a diplomacia brasileira, que esperava colocar o especialista na iniciativa e chegou a fazer campanha nos bastidores para que seu nome fosse aprovado.

A “candidatura” do nome escolhido por Jair Bolsonaro estava sendo interpretada como uma espécie de teste da relação entre a comunidade internacional no setor de saúde e o governo em Brasília.

No lugar dele estará Mauricio Cárdenas, ex-ministro de Finanças da Colômbia, além de Ernesto Zedillo, ex-presidente do México. Nomes da China, Índia e África do Sul farão parte da iniciativa.

Uma investigação sobre o comportamento da OMS (Organização Mundial da Saúde) diante da pandemia foi uma das exigências dos governo dos Estados Unidos. A Casa Branca insistiu que a agência falhou em alertar ao mundo e que sofreu pressões da China para não declarar uma emergência global mais cedo.

 

*Jamil Chade/Uol

 

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Até quando a hipocrisia nacional manterá um genocida no poder? Quantos ainda Bolsonaro terá que matar?

O novo informe diário da OMS sobre a situação da covid-19, publicado na manhã desta sexta-feira, aponta que o Brasil representou um quarto das mortes registradas e confirmadas no mundo num período de 24 horas.

É difícil prever exatamente o que vai acontecer no Brasil se Bolsonaro continuar orquestrando o fim do isolamento e levando milhares de brasileiros ao matadouro.

Se nada de concreto e imediato for feito para tirar Bolsonaro do poder, o Brasil vai pagar com vidas um preço inimaginável.

Contra o instinto assassino de Bolsonaro, acionistas das maiores empresas do Brasil são taxativos ao dizer que não é papel dos empresários pressionar governadores pela flexibilização do distanciamento social adotado para conter o coronavírus, como sugerido pelo genocida na semana passada em reunião com membros da Fiesp.

Contra o isolamento social, Bolsonaro disse que “é guerra” e que o setor empresarial precisa “jogar pesado” com os governadores. “Os senhores, com todo o respeito, têm que chamar o governador e jogar pesado. Jogar pesado, porque a questão é séria, é guerra”, disse Bolsonaro na ocasião.

Ou seja, o sujeito está usando a cadeira da presidência para buscar sócios para sua tara por mortes e, em nome de uma suposta democracia, nada é feito para arrancar esse monstro da cadeira de comando da chacina nacional.

O pedido de Bolsonaro não encontrou eco no setor empresarial. “Neste momento, não é guerra. É união”, disse a empresária Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza.

Mas isso não muda o jogo pesado que Bolsonaro segue fazendo para aumentar, de forma assustadora, o número de vitimas fatais por conta de seu apoio a disseminação do coronavírus em nome de um negacionismo assassino que não tem outra explicação que não seja a total incapacidade mental de mostrar um mínimo de humanismo.

Bolsonaro é um tipo de criminoso de perfil psicopatológico que comete crimes com determinada frieza e prazer. Não é possível que as instituições desse país continuem fingindo que não sabem disso.

Esse sociopata contrasta com a imagem que se tem de um louco homicida. Bolsonaro vibra com o aumento de mortes como forma de vingança pelos governadores não aderirem às suas loucuras.

Isso tem que acabar. Não é possível assistir passivamente ao que uma pessoa está fazendo sem ser incomodado pelo aparelho judiciário do Estado e a letargia política do Congresso em nome da hipocrisia democrática.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Mortes crescem 14 vezes após Bolsonaro dizer que vírus estava “indo embora”

Em 12 de abril, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou em uma live que o coronavírus estava “começando a ir embora” do Brasil. Hoje (19), cinco semanas após a declaração, o país registrou pela primeira vez mais de mil mortes em apenas 24 horas. No total, são 17.971 óbitos pela doença, 14,6 vezes mais do que naquele dia de abril.

Na ocasião, o Brasil registrava 1.225 mortes por covid-19. Bolsonaro defendia que a pandemia estava perdendo força enquanto crescia o desemprego, um problema tão ou mais grave em sua visão.

“Lá atrás eu dizia: o vírus e o desemprego. Quarenta dias depois, parece que está começando a ir embora a questão do vírus. Mas está chegando e batendo forte o desemprego. Devemos lutar contra essas duas coisas”, afirmou Bolsonaro então, em uma live com religiosos.

Dois dias depois da declaração, em 14 de abril o Brasil contabilizou 208 novas mortes por covid-19, um recorde à época. Desde então foram estabelecidos outros nove recordes de registro de óbitos em 24 horas, incluindo o de hoje, que adicionou mais 1.179 mortos ao balanço do Ministério da Saúde.

Bolsonaro já disse diversas vezes que considera o isolamento social um exagero — ou “histeria” e “neurose”, como chegou a classificar — e já afirmou que, se dependesse dele, “quase nada teria sido fechado” por causa da covid-19.

A ciência diz o contrário, e médicos e a OMS (Organização Mundial da Saúde) considera o isolamento social como estratégia mais eficaz contra a pandemia. Diversos estudos apontam nessa direção; um deles, divulgado pela USP (Universidade de São Paulo) neste mês, conclui que a quarentena salva uma vida a cada quatro minutos no Brasil.

A pandemia tem sido marcada pelo comportamento de Bolsonaro, que provoca aglomerações quase todos os dias e acumula críticas por suas declarações. Por tudo isso, já foi apontado por uma revista científica como “a maior ameaça à resposta do Brasil à covid-19”. Abaixo, o UOL relembra algumas das falas criticadas.

16 de março, 234 casos registrados
“Não posso viver preso dentro do Palácio da Alvorada, esperando mais cinco dias, com problemas grandes para serem resolvidos no Brasil”, disse Bolsonaro, em semana na qual aguardava o resultado de seu segundo exame de covid-19. No dia anterior, ele havia cumprimentado e tirado fotos com apoiadores em um ato que atacava o STF e o Congresso.

29 de março, 136 mortes registradas
“Essa é uma realidade, o vírus tá aí. Vamos ter que enfrentá-lo, mas enfrentar como homem, porra, não como um moleque. Vamos enfrentar o vírus com a realidade. É a vida. Todos nós iremos morrer um dia”, disse Bolsonaro.

2 de abril, 202 mortes registradas
“Eu fui em Ceilândia e Taguatinga no fim de semana passado e fui massacrado pela mídia. Duvido que um governador desses, Doria [João, de SP], Moisés [Carlos, de SC], vá no meio do povo. Vai nada. Tá com medinho de pegar vírus?”, provocou Bolsonaro em conversa com apoiadores.

20 de abril, 2.575 mortes registradas
“Ô, ô, ô, cara. Quem fala de… eu não sou coveiro, tá entendendo? Não sou coveiro”, disse Bolsonaro quando questionado sobre o número crescente de mortes por covid-19.

28 de abril, 5.017 mortes registradas
“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, disse Bolsonaro no dia em que o Brasil ultrapassou o número de mortos da China.

7 de maio, 9.146 mortes registradas
“Vou fazer churrasco sábado, aqui em casa. Vamos bater um papo, quem sabe uma peladinha. Devem ser uns 30 (convidados)”, disse Bolsonaro, rindo. O churrasco não aconteceu, mas no dia citado ele andaria de jet ski enquanto o Brasil batia 10 mil mortes.

14 de maio, 13.993 mortes registradas
“Não precisa dessa gana toda para conter a expansão [do coronavírus]. É só conter por um tempo, porque o vírus vai atingir pelo menos 70% da população. Essa maneira radical de proporcionar lockdown não dá certo, e não deu certo em lugar algum do mundo”, disse Bolsonaro, em crítica ao isolamento social.

 

 

*Arthur Sandes/Uol

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Por culpa de Bolsonaro, Brasil corre risco de ficar no fim da fila para receber vacina contra coronavírus

“Brasil paga um preço alto por ter eleito Bolsonaro: nação tem a imagem deteriorada pela desordem federal na condução da saúde pública. Descrédito em relação ao governo ameaça deixar o país como última fronteira a receber a vacina contra a pandemia”. (Saul Leblon – Carta Maior)

O Brasil corre o risco de ficar no fim da fila para receber vacina contra a covid-19 por uma iniciativa internacional visando acelerar a produção de vacina, tratamentos e testes contra a pandemia e assegurar um acesso equitativo.

Por causa de brigas deflagradas pelo presidente Jair Bolsonaro, o Brasil sequer foi convidado para lançar a “Colaboração Global para Acelerar o Desenvolvimento, Produção e Acesso Equitativo a diagnósticos, tratamento e vacina contra o covid-19”, no fim de abril, reunindo países como França e Alemanha, organizações internacionais, fundações e empresas privadas.

Enquanto vários governos prometiam juntar forças contra o vírus, que já matou milhares de pessoas, Bolsonaro acusava a Organização Mundial de Saúde (OMS) de incentivar masturbação de crianças, por exemplo. (Valor Econômico).

 

*Da redação

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Vídeo: Bolsonaristas praticam ‘tiro ao alvo’ com a cara do ex-herói Moro

A velha máxima de que, “um dia é da caça e, outro, do caçador”, parece que bateu na porta do ex-herói dos bolsonaristas.

Logo Moro, santificado por esses dementes por prender Lula sem prova de crime, transformando o maior imbecil do país em presidente, agora é alvo de todo o ódio que plantou no Brasil durante cinco anos contra Lula, Dilma e PT.

No ato bolsonarista deste sábado, em frente ao Palácio da Alvorada, os manifestantes praticaram “tiro ao alvo” com balões de água em um banner com as fotografias dos “inimigos” de Jair Bolsonaro.

Moro é o novo alvo do bolsonarismo e aparece no cartaz ao lado de João Doria, Joice Hasselmann, Rodrigo Maia, Wilson Witzel e Alexandre de Moraes.

O evento aconteceu em frente ao Congresso Nacional, Casa que decretou, também nesse sábado, luto pelas mais de 10 mil vítimas fatais da covid-19. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, que pertence ao próprio governo Federal, a única maneira de conter essa pandemia é com o isolamento social. Ambos os órgãos afirmam que aglomerações nesse momento, fará com que o número de infectados e de mortos, aumente.

https://twitter.com/GeorgMarques/status/1259135457792790532?s=20

https://twitter.com/GeorgMarques/status/1259163385280761856?s=20

 

*Da redação

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Bolsonaro diz que OMS incentiva masturbação e homossexualidade de crianças

O presidente Jair Bolsonaro acusou a OMS (Organização Mundial da Saúde), na noite de hoje, de incentivar a masturbação e a homossexualidade de crianças. Bolsonaro voltou atrás e apagou o post publicado em seu perfil no Facebook minutos depois.

“Essa é a Organização Mundial da Saúde (OMS) que muitos dizem que eu devo seguir no caso do coronavírus”, iniciou. “Deveríamos então seguir também diretrizes para políticas educacionais?”, completou.

Sem citar fontes, Bolsonaro então detalha supostas recomendações da OMS para crianças de 0 a 4 anos: “Satisfação e prazer ao tocar o próprio corpo (masturbação); expressar suas necessidades e desejos por exemplo, no contexto de ‘brincar de médico’; as crianças têm sentimento sexuais mesmo na primeira infância”, descreve o texto.

Depois, para crianças entre 4 a 6 anos: “Uma identidade de gênero positiva; gozo e prazer ao tocar o próprio corpo, masturbação na primeira infância; relações entre pessoas do mesmo sexo”.

Discurso distorcido

O guia citado por Bolsonaro realmente existe e foi publicado em 2010 pelo Centro Federal de Educação em Saúde da Alemanha, em conjunto com o escritório europeu da OMS. O texto, porém, não é dirigido às crianças, e sim aos pais, com o objetivo de ajudá-los na educação de seus filhos.

Segundo a OMS, crianças de 2 e 3 anos são curiosas em relação aos seus próprios corpos. Elas começam a perceber que são diferentes de outras crianças e dos adultos, e começam a ter noção do que é ser menino e ser menina. Por isso, é mais ou menos nesta fase que também desenvolvem sua identidade de gênero.

Como estão mais interessadas em descobrir seus próprios corpos, é comum que as crianças toquem seus genitais e queiram mostrá-los a outras crianças e adultos. Mas o guia da OMS não diz aos pais que incentivem os filhos a fazer isso, e sim que conversem com eles sobre essa fase e lhes digam que isso é normal.

 

 

*Com informações do Uol

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Por culpa de Bolsonaro, Brasil fica de fora da aliança com a OMS para vacina contra a Covid-19

A OMS realiza nesta sexta-feira uma reunião de alto nível com alguns dos principais presidentes e lideranças mundiais para criar uma nova aliança internacional. A iniciativa visa acelerar a produção e distribuição de tratamentos para lidar com a pandemia e garantir a chegada de uma vacina no mercado em um tempo recorde, com um fundo de mais de R$ 45 bilhões.

Mas o Brasil, que historicamente liderou o assunto de acesso a medicamentos, não participará com sua cúpula política e parte do governo sequer sabia do megaevento, num sinal da irrelevância que a diplomacia nacional ganhou.

O encontro coordenado pela cúpula da OMS está sendo liderado por Emmanuel Macron, presidente da França, com a participação de Bill Gates e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

O evento marca um compromisso de que qualquer tratamento ou vacina que seja criada será alvo de um esforço internacional para que seja disponibilizada a todos os países. Um fundo de US$ 8 bilhões foi lançado para financiar a distribuição de remédios e produção, além de fortalecimento dos sistemas públicos e toda a resposta contra a doença.

Ao abrir o evento, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, afirmou que o mundo não pode cometer o risco de repetir erros do passado de não garantir a distribuição de uma vacina, uma vez que esteja no mercado. “Não podemos deixar isso ocorrer de novo”, disse. O encontro ainda contou com as grandes empresas farmacêuticas do mundo.

Macron, num discurso, destacou que a criação do projeto representa um “acelerador para lutar contra coronavírus”. Segundo ele, alguns dos principais atores “decidiram agir concretamente para criar uma parceria inédita”. Seu governo, desde meados de 2019, deixou claro sua insatisfação em relação ao comportamento de Jair Bolsonaro em outros temas de cooperação internacional.

Segundo o francês, a luta contra a pandemia exige um papel central para a OMS, apoiar sistemas públicos de saúde, testes e tratamentos. Mas indicou que o projeto tem como objetivo principal acelerar a chegada de uma vacina. Segundo ele, não haverá desculpa para que uma vacina fique apenas no país onde foi inventada.

Já Angela Merkel, chanceler alemã, destacou o “papel de liderança da OMS”. “Só vamos ter êxito se agirmos juntos”, disse. Ela prometeu colocar investimentos para produzir uma vacina e garantiu que o produto será um bem comum para a humanidade. Mas indicou que o mundo precisa de mais recursos para ampliar a eventual produção.

O assunto de acesso a remédios foi tradicionalmente uma bandeira de diferentes governos brasileiros. No início do século, aliado ao governo francês, o Brasil estabeleceu um mecanismo para permitir acesso a remédios aos mais pobres, a Unitaid. Desta vez, porém, Paris assume a bandeira sem a presença de governo brasileiro.

A iniciativa ocorre ainda para ocupar o vácuo político deixado pelo G-20, incapaz de chegar a um acordo sobre como lidar com a pandemia. No domingo, uma reunião de ministros da Saúde do grupo terminou sem um acordo depois que o governo americano vetou a declaração final que citava o reconhecimento ao papel da OMS.

 

 

 

*Jamil Chade/Uol

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Bolsonaro nega genocídio e justifica ignorar OMS: ‘Diretor não é médico’. E Bolsonaro, é gente?

Bolsonaro negou genocídio ao descumprir orientações da OMS (Organização Mundial da Saúde) no combate à pandemia do novo coronavírus, em live transmitida pelas rede sociais na noite de hoje.

O fascista é alvo de denúncias por genocídio e crimes contra a humanidade, dentro e fora do Brasil.

Em uma delas, por exemplo, deputados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara listam 22 pronunciamentos e atos de Bolsonaro sobre o vírus, chamando-o de “gripezinha”, minimizando seus impactos e atacando governadores e a imprensa.

A cabeça do genocida

“Entre o Brasil e um país pobre africano: a expectativa é maior aqui ou maior do Zimbábue? É maior aqui. Por quê? Porque tem uma renda maior. Então, se a nossa renda vai cair, a morte chega mais cedo. É isso que eu sempre busquei ao conhecimento público. Eu estou sendo acusado, dentro e fora do Brasil, de genocídio por ter defendido uma tese diferente da OMS”, disse o insensível.

Não bastasse, Bolsonaro ainda tenta justificar a lambança de ignorar a OMS.

“O pessoal fala tanto em seguir a OMS, né? O diretor da OMS é médico? Não é médico. É a mesma coisa se o presidente da Caixa não fosse da área. Não tem cabimento. Então, o presidente da OMS não é médico”, afirmou ele, referindo-se a Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde.

Ocorre que Tedros não é graduado em medicina, mas sim em biologia. No entanto, o diretor da OMS tem mestrado em Imunologia de Doenças Infecciosas pela Universidade de Londres, doutorado em Filosofia (Saúde) pela Universidade de Nottingham e é considerado especialista em operações e liderança em respostas de emergência a epidemias.

Tedros atuou ainda como Ministro da Saúde da Etiópia entre os anos de 2005 e 2012, onde liderou uma reforma abrangente do sistema de saúde do país.

 

*Da redação