Por que o neoliberalismo e o fascismo são uma coisa só

Relator do orçamento avisa, vai piorar. Não há mal que sempre dure como está. Tudo pode piorar. Só depende da boa vontade dos que “mandam”.

A maior autoridade do orçamento do país, trouxe a boa nova.

Não haverá reajuste salarial.

Mais que isso, terá um corte seco de gastos, linear nas chamadas despesas não obrigatórias.

Hugo leal berrou, cheirando a enxofre, que só há espaço para cortes, só há espaço para a filosofia neoliberal que impõe medidas para empanturrar a pança dos banqueiros e rentistas.

Aos trabalhadores, só um caco de salário corroído de forma galopante pela inflação e pela precarização.

Essa é só mais uma dentada de um ultraliberalismo feroz que fará uma economia que está no chão virar resto do resto.

Uma penitenciazinha a mais no lombo dos trabalhadores, não é nada perto do terror sagrado que ainda virá desse governo.

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Quanto mais ocultas, mais fétidas serão as emendas ao Orçamento

Nova semana de queda de braços entre o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF) teremos pela frente. Na aprovação da PEC dos Precatórios, a maioria do Senado manteve o sigilo sobre as emendas já executadas e adotou uma espécie de “me engana que eu gosto” em relação às que ainda não foram liberadas, ao propor que prefeituras, governos estaduais, órgãos federais e instituições da sociedade encaminhem “diretamente” ao relator os seus pedidos de emendas. A malandragem permite que os “padrinhos” desses pedidos não apareçam, ou seja os parlamentares, seus verdadeiros autores.

É como dizia, ironicamente, o cronista carioca Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta, “ou restaura-se a moralidade ou nos locupletemos todos”. A proposta aprovada no Congresso adotou a segunda opção, que ainda vai dar muito pano para as mangas dos que estão distribuindo verbas do Orçamento com mãos de gato. O Supremo, ao endossar a decisão da ministra Rosa Weber, mandando sustar a execução das emendas, foi muito claro: orçamento secreto é inconstitucional. Tudo o que ocorreu precisa ter transparência, inclusive os nomes dos autores das emendas.

A forma desesperada como se tenta esconder seus autores só aumenta as suspeitas de “intermediação onerosa”, superfaturamento e desvios de recursos públicos. Haveria até mercado de emendas. Sobrou para o relator-geral do Orçamento da União de 2021, senador Marcio Bittar (MDB-AC), operador das emendas secretas. O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), segundo a Advocacia do Senado informou ao Supremo, pediu a Bittar (PSL-AC) que adote todas as “providências possíveis e necessárias para o cumprimento das citadas deliberações do Congresso Nacional e da mencionada decisão do Supremo Tribunal Federal”.

No documento encaminhado ao STF, os advogados do Senado fazem questão de ressaltar que não havia obrigação para que esses dados — o autor da emenda, o valor pedido, o valor liberado e a destinação, por exemplo — estivessem cadastrados em algum sistema do Congresso. Somente os tolos podem imaginar que alguma emenda parlamentar ao Orçamento da União seja aprovada e liberada sem que se saiba e se registre o autor. Até os brincantes do calçadão da Gameleira, em Rio Branco (AC), sabem que o senador Bittar não dá ponto sem nó.

Além disso, o toma lá dá cá como instrumento de fidelidade na base governista impede que esse tipo de informação não seja do conhecimento de alguns mandachuvas do Centrão: o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); a deputada Flávia Arruda (PL-DF), ministra-chefe da Secretaria de Governo; e o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ministro da Casa Civil.

*Luiz Carlos Azedo/Correio Braziliense

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Governo revisa inflação mostrando que ela é 34% mais alta e conta estrangula orçamento

A projeção da inflação estimada, usada para elaborar o orçamento da União, era uma que, na verdade, se revelou 34% maior, esganou o pescoço do brasileiro e, lógico, pressionou o teto de gastos e achacou as despesas.

Se a economia brasileira já estava sem respiração, um novo cálculo da equipe econômica mostra que a forca na garganta, que obstrui e esgana a nossa economia, é muito mais raivosa.

O garrote que está matando a economia brasileira, segundo contas do próprio governo Bolsonaro, é 34% maior do que se previa.

Uma inflação dessa natureza que se falava em 6,2 e agora se fala em 8,4, afoga não só a economia, como comprime os investimentos do próprio governo que já não têm aonde serem mais comprimidos.

Ou seja, é o famoso abraço de afogado em que o governo, com suas políticas neoliberais, mata a economia e esta mata as contas da União. Um asfixia e, o outro, sufoca; um estreita e, o outro, comprime; um afoga e, o outro, enforca.

É nisso que deu, depois de praticamente três anos do neoliberalismo jurássico de Paulo Guedes.

Surpresa? Zero. O Brasil já viveu esse sinônimo de falência em todos os governos neoliberais da história. Dos governos militares da ditadura, passando por Sarney, Collor e FHC e, depois de 13 anos com Lula e Dilma em que o país ficou entre as seis maiores potências econômicas do mundo, voltamos, com Temer e Bolsonaro, à estaca fernandista, Fernando Collor e Fernando Henrique, quando se uniu inflação, recessão e, consequentemente, estagnação.

Resultado, o Brasil voltou para a 14ª posição global.

Bem vindos ao Estadinho, ao Estado mínimo em que o governo reduz o tamanho do estômago do povo ao invés de reduzir a miséria e a fome.

Marcio Pochman sintetiza com precisão o inferno que o país está vivendo:

“Sofisticação de Bolsonaro em fazer o mal não encontra paralelo no Brasil. Privatiza a gestão da Petrobras que eleva o preço do combustível, alimenta a inflação que corrói o poder de compra das famílias e desemprega os subutilizados que obtinha renda em transporte individual.”

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Governo Bolsonaro usou ‘taxa de fidelidade’ como critério para liberação de verbas em troca de apoio de deputados e senadores

Instrumento utilizado para distribuir recursos foi criado no Orçamento de 2020 para formalizar acordos políticos do Congresso. Procurador pediu ao TCU para investigar liberação de R$ 3 bilhões em emendas parlamentares.

Segundo matéria de O Globo, A liberação de R$ 3 bilhões em emendas parlamentares privilegiando aliados, ação que está na mira de uma investigação do Tribunal de Contas da União (TCU), consolidou a aproximação do governo de Jair Bolsonaro com o Centrão e fez com que o Palácio do Planalto criasse uma ‘taxa de fidelidade’ de deputados e senadores, usada como referência para distribuir verbas e cargos.

A distribuição dos recursos do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), no fim do ano passado, ocorreu por meio das chamadas “emendas de relator”. Esse instrumento foi criado no Orçamento de 2020 para formalizar acordos políticos do Congresso. A soma dessas emendas foi de R$ 20 bilhões no ano passado.

O governo Bolsonaro vem privilegiando aliados com verbas “extras” desde a aprovação da reforma da Previdência, seja com indicações informais ou com as emendas de relator.

Às vésperas das eleições da presidência da Câmara dos Deputados e do Senado, no fim do ano passado, o governo recebeu indicações para as emendas de relator — controladas pelo relator do Orçamento, em 2020 Domingos Neto (PSD-CE) — em que, como revelou o GLOBO, aliados tiveram direito a somas muito maiores do que as emendas individuais comuns, de R$ 8 milhões.

No momento da elaboração do Orçamento, os valores, embora formalmente sob a atribuição do relator, são divididos entre lideranças partidárias da Câmara e do Senado. No decorrer do ano, os parlamentares fazem a indicação de aplicação das quantias a a que têm direito e o governo fica responsável por honrar a divisão. Essas verbas só podem ser remanejadas de ministério com a autorização do relator, o que garante que o Legislativo mantenha o controle.
. Foto: Editoria de Arte

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Orçamento insuficiente para o tamanho da crise do Brasil sem rumo

Na quarta-feira, 28 de abril, o programa Pauta Brasil debateu como o Orçamento 2021 coloca o país em alto risco. Com cortes em áreas fundamentais, como saúde, educação, ciência e tecnologia, o enfrentamento à pandemia e a solução para as crises geradas pelo governo Bolsonaro ficam cada dia mais distantes.

Com mediação de Elen Coutinho, diretora da Fundação Perseu Abramo, o programa recebeu Guilherme Mello, Paulo Feldmann e Rogério Carvalho para saber quais são os riscos e consequências deste Orçamento.

Guilherme Mello é economista e professor do Instituto de Economia da Unicamp. Ele analisou o momento a partir da equação: quem paga a conta e quem se beneficia da formatação e destinação de recursos do Orçamento. “A disputa é política. Quando estamos falando de regras fiscais que vão balizar o Orçamento estamos falando de política”, disse.

As regras fiscais que o Brasil adota, para o professor, são “ensandecidas”, lembrando que numa crise as pessoas demandam os serviços públicos, de ensino, saúde, de renda. “As demandas crescem mas as regras fiscais impedem gastos com elas”, explicou.

Para Mello, mesmo com toda crise e a “falta de perspectivas, inclusive para o SUS, o governo não quis prorrogar o Orçamento passado e forçou a volta das regras fiscais, criando atalhos para contornar as regras e beneficiar os interesses do Centrão com aumento de volume de emendas parlamentares”. Ele também lembrou a ação e propostas do PT e da oposição para combater os desmandos do governo Bolsonaro.

Paulo Feldmann é professor de Economia da USP e pesquisador da Universidade Fudan (China), ex-presidente do Conselho da Pequena Empresa da Fecomercio. Para ele, o “Orçamento é a grande peça, mas o Brasil não tem plano de longo prazo, algo que deveria copiar da China”, com definição das prioridades do país para as variadas áreas. “É uma coisa capenga que precisa ser resolvida no futuro”, alertando para a falta de planejamento e relembrou os erros de Fernando Henrique Cardoso, ao seguir o Consenso de Washington e diminuir a ação do Estado e seu planejamento.

Para ele o momento é de preocupação com a geração de empregos e relatou que as empresas que estão voltando ‘ao normal’ não estão gerando novos empregos apesar de alta produtividade, “a automação está ocupando vários postos”. Os empregos surgirão das pequenas empresas “mas no nosso país não temos absolutamente nada em defesa delas”, lamentou.

Feldmann voltou a contar como os outros países funcionam e as políticas públicas que fortalecem as pequenas empresas, “o futuro está lá na pequena empresa”, disse, lamentando que a ausência do planejamento impeça investir nas áreas corretas no futuro. A destruição da indústria farmacêutica e a perda da capacidade industrial são grandes problemas hoje: “não fosse isso, o Brasil estaria inclusive produzindo o IFA para as vacinas”.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) elencou as irresponsabilidades de Bolsonaro com relação à pandemia, um governo que não levou “em conta a letalidade alta do vírus, o desconhecimento sobre o vírus e Bolsonaro ignorou todas as informações, insistiu em tratamentos sem eficiência, não fez plano de vacinação porque acreditam que a população deveria toda ser exposta ao vírus”, disse.

Apesar de todas as dificuldades foi possível propor alternativas: “tentamos aprovar um novo marco regulatório fiscal para o país, conseguimos garantir que o governo possa emitir créditos extraordinários para implementar programas em áreas sociais, mas é um paliativo, porque de fato o Brasil não tem planejamento, esse é um governo que vai fazendo o dia a dia e todo o trabalho diário é o de se manter no poder”, explicou.

Mas o senador acredita que as ações de Bolsonaro e Guedes são intencionais, trabalham pelos interesses do mercado financeiro e não tem visão de Estado necessária para a reconstrução industrial ou financiamento das pequenas e médias empresas. Para ele, a situação é de fato de “alto risco e que poderá ser mais grave ainda”. Carvalho defendeu a importância do Estado e seu necessário fortalecimento num momento de crise como a que vivemos.

A falta de debate econômico, basicamente negado pela grande mídia que defende o mercado como solução, a realização do Censo e a relação dele com o planejamento que falta ao país também foram abordados por Guilherme Mello e Paulo Feldmann.

*Fundação Perseu Abramo

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Em função do orçamento, mercado calcula risco de impeachment de Bolsonaro

Se Bolsonaro assinar o Orçamento do governo para 2021 como foi aprovado pelo Congresso, o risco de impeachment vai entrar definitivamente no radar do mercado. Apenas a possibilidade do processo de impedimento -mesmo que ele não vá adiante- já é suficiente para que os investidores fiquem mais desconfiados com relação ao Brasil. A consequência disso é a valorização do dólar em relação ao real e inflação mais alta. É o que dizem economistas de instituições financeiras.

O governo enviou ao Congresso uma proposta de Orçamento para 2021 com cálculos desatualizados que já deixaria um rombo de R$ 22,4 bilhões. No legislativo, os parlamentares aumentaram ainda mais as despesas, em mais R$ 26,5 bilhões. Para fechar as contas, a proposta é jogar para 2022 várias obrigações, como pagamentos do abono salarial, e a suspensão de outros compromissos. Para especialistas, isso é um tipo de crime fiscal, semelhante ao que motivou o impedimento da ex-presidente Dilma Rousseff.

Até membros do ministério da Economia reconhecem o potencial risco de o governo ser acusado de crime fiscal se seguir com esse Orçamento.

Se Bolsonaro sancionar, o risco de impeachment é enorme. José Márcio Camargo, economista-chefe da Genial Investimentos

O risco fiscal existe há um bom tempo, antes mesmo do teto de gastos. Mas, com o teto de gastos, a dúvida do mercado é se o fato gerador do crime fiscal ocorre com a sanção ou com a execução do Orçamento.

Teto de gastos entra em cena

O teto de gastos é isso mesmo: uma lei que determina um valor máximo de despesas para o governo. A Emenda Constitucional 95, de 2016, determina que despesas e investimentos públicos ficam limitados aos mesmos valores gastos no ano anterior, corrigidos pela inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Assim, dizem economistas, o mercado considera que basta Bolsonaro assinar esse Orçamento, que o risco de impeachment já é maior. O TCU (Tribunal de Contas da União) já sinalizou que essa interpretação pode ser usada.

E daí? Dólar caro e inflação alta

Para o mercado, basta a possibilidade maior de abertura de um processo de impeachment de Bolsonaro para que as consequências aconteçam. Esses profissionais lembram que isso foi assim nos meses antes do impedimento da presidente Dilma Rousseff, ao longo de 2016, em processo iniciado também por não cumprimento da legislação fiscal.

O risco de impedimento do presidente da República vai afastar investidores estrangeiros e atrasar novos projetos de empresários brasileiros, dizem profissionais de mercado. No fim das contas, isso significa dólar mais caro -o que contamina os preços da economia, provocando inflação, travando o crescimento da economia e a geração de empregos.

Em relatório a clientes, o banco BTG revisou para pior o cenário da economia brasileira neste ano. A estimativa para o dólar no fim do ano subiu de R$ 5,20 para R$ 5,40. A previsão de inflação (IPCA) aumentou de 4,7% para 5% no ano.

Diversos episódios recentes sinalizam que o país insiste em flertar com o perigo, aumentando a percepção de risco fiscal pelo mercado. BTG Pactual, em relatório.

*Com informações do Uol

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Revoltado com ministro, Paulo Guedes diz a Bolsonaro que o barco pode afundar

Paulo Guedes está irritado com o orçamento aprovado pelo Congresso.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, levou ao presidente Jair Bolsonaro sua irritação com o Centrão e com o ministro Rogério Marinho, do Desenvolvimento Regional, por conta do Orçamento de 2021. A interlocutores, Guedes chegou a cogitar abandonar o posto por conta da polêmica.

“É f…, presidente. Esse Marinho continua querendo afundar o barco. Arco de Noé é f… Tem sempre um pica-pau a bordo querendo ferrar o negócio todo”, disse Guedes ao presidente, segundo informações do colunista Robson Bonin, da Veja.

Guedes acredita que Marinho se reuniu com o relator do Orçamento, senador Márcio Bittar (MDB-AC), para furar o teto de gastos. O ministro classifica o texto aprovado no Congresso como “inexequível” e “fictício”.

Em entrevista ao Estado de S. Paulo, na sexta-feira (9), Bittar criticou a postura de Guedes. “Meu apoio ao governo é pela agenda, e principalmente pela agenda que o Paulo Guedes representa. E por isso acho que ele não podia ter feito o que ele fez. Mas tudo bem”, disse.

*Com informações da Forum

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Orçamento de 2021 favorece programas ligados ao bolsonarismo

Segurança, fortalecimento da família e obras ganharam mais; políticas externa e ambiental perderam.

Apesar de não ter recursos suficientes para despesas obrigatórias e prestação de serviços públicos até o final do ano, o Orçamento de 2021, aprovado pelo Congresso, favoreceu programas ligados ao bolsonarismo, que ganharam mais verba.

Áreas como segurança pública, proteção à vida e fortalecimento da família, defesa nacional e desenvolvimento regional, que cuida de obras, ampliaram o espaço no Orçamento após acordos partidários no Congresso, que também envolveram a ala política do governo.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) abraçou projetos regionais de infraestrutura numa estratégia que visa a reeleição em 2022. São obras de portes distintos, como irrigação, saneamento, casas populares. São temas que geram ganhos políticos também ao presidente.

A relação dele com essa área mudou principalmente a partir do segundo ano de mandato, quando Rogério Marinho, ex-deputado e que se aproximou de Bolsonaro, foi transferido da secretaria que cuidou da reforma da Previdência no Ministério da Economia para comandar a pasta de Desenvolvimento Regional.

Para 2021, o Orçamento aprovado retirou dinheiro de despesas obrigatórias, inclusive de aposentadorias e demais benefícios previdenciários, para inflar a verba para emendas parlamentares, destinadas principalmente para obras de infraestrutura.

Também foram cortados os recursos para programas antagônicos ao bolsonarismo. É o caso das áreas de política externa, transparência, agricultura sustentável e ações ligadas a mudanças climáticas.

Quando o governo envia a proposta de Orçamento ao Congresso, o que acontece anualmente em agosto, os parlamentares analisam o que pode ser alterado e como podem usar suas emendas —forma que eles têm de destinar mais dinheiro para projetos que consideram prioritários.

Geralmente as mudanças são para acrescentar mais gastos. Por exemplo, a previsão de despesas para 2021 subiu mais de R$ 20 bilhões entre a versão inicial (de agosto do ano passado) e a aprovada em março.

O esperado, portanto, é que a verba aumente ou, pelo menos, seja preservada durante o processo de negociação política no Congresso. Cortes são feitos, por exemplo, para abrir espaço para outros programas.

Entre as áreas mais afetadas pela tesourada também estão projetos de conservação e uso sustentável da biodiversidade e dos recursos naturais, além de inserção econômica internacional, que visa ampliar as parcerias comerciais do Brasil.

Como exemplo mais específico há a verba para relações e negociações bilaterais e multilaterais, que seria de R$ 450 milhões de acordo com a versão original do Orçamento, mas ficou com R$ 430 milhões. No ano passado, foram mais de R$ 750 milhões. O Itamaraty foi uma das pastas que perdeu recursos nas negociações em torno do Orçamento de 2021.

Foram meses de discussões sobre o projeto no Congresso. Por isso, as alterações foram motivadas por interesses de vários parlamentares e de diferentes campos políticos, inclusive opositores de Bolsonaro que queriam obras em suas bases eleitorais.

No entanto, o personagem com maior poder era o relator, senador Márcio Bittar (MDB-AC), aliado do presidente e que, até a votação do Orçamento, tinha relação muito próxima com a equipe do ministro Paulo Guedes (Economia).

O principal movimento de Bittar foi priorizar a área de desenvolvimento regional. Ele é próximo de Marinho, desafeto de Guedes. Os recursos desse segmento subiram de R$ 1,7 bilhão para quase R$ 13 bilhões na comparação entre o Orçamento original e o aprovado.

No caso do setor de segurança pública, que teve alta de R$ 2,7 bilhões para R$ 3,5 bilhões, as emendas de aumento de verba partiram principalmente da chamada “bancada da bala”, que reúne representantes de corporações alinhadas ao Palácio do Planalto, como policiais.

Isso também vale para os programas de defesa nacional. Os militares, que receberão reajuste salarial em 2021 apesar do Orçamento apertado, receberam mais dinheiro para investimentos.

Dentro da alçada da ministra Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos), os projetos englobados na rubrica de fortalecimento da família apresentaram forte expansão. Eram previstos R$ 2,8 milhões, na versão apresentada em agosto do ano passado. Esse valor mais que dobrou, e foi para R$ 6,7 milhões. Também ganharam mais dinheiro os programas listados como de proteção do direito à vida e defesa de direitos para todos.

Há casos em outros ministérios. Na pasta da Cidadania, o orçamento para infraestrutura esportiva de alto rendimento caiu de R$ 16,3 milhões para R$ 9,8 milhões em relação ao proposto originalmente em agosto e a versão aprovada.

No entanto, o dinheiro para projetos de redução de demanda de drogas, que fazem parte das ações do Ministério da Cidadania, saiu de R$ 32,3 milhões para R$ 186,7 milhões.

Procurados, os ministérios que tiveram o orçamento de programas alterados não quiseram se manifestar ou, no caso de forte queda orçamentária, responderam que ainda estão analisando os números finais para calcular o impacto da tesourada.

Bolsonaro tem até o dia 22 de abril para sancionar a proposta orçamentária e tenta resolver um impasse jurídico sobre a proposta.

Diante de uma reserva insuficiente de recursos para pagar despesas obrigatórias, como aposentadorias e pensões, o presidente tem receio de transformar em lei um Orçamento considerado inviável, inclusive pela equipe de Guedes, e assim correr risco de impeachment.

Por isso, ele quer vetar trechos do projeto de Orçamento, como parte da verba para obras —turbinada com o aval de alguns de seus ministros.

*Thiago Rezende/Folha

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Congresso dá uma turbinada no orçamento de órgãos controlados pelo Centrão

O mesmo Congresso que subestimou despesas obrigatórias com Previdência e seguro-desemprego no Orçamento de 2021 foi responsável por turbinar verbas de órgãos chefiados pelo Centrão – em um deles, o salto foi de 224%. A ampliação das verbas para instituições dirigidas por indicados políticos do bloco foi feita por meio de emendas parlamentares, recursos indicados por deputados e senadores para seus redutos eleitorais.

As verbas repassadas para a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), controlada pelo DEM e com a diretoria dividida com os partidos do Centrão, mais do que triplicaram em relação ao projeto enviado inicialmente pelo Executivo. Dos R$ 845,2 milhões iniciais, passaram para R$ 2,7 bilhões.

Os parlamentares também aumentaram o orçamento do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), ocupado pelo Progressistas; do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra Secas), presidido por um indicado do PL; e da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), comandado pelo PSD.

Durante a votação do texto, o relator do Orçamento de 2021, senador Marcio Bittar (MDB-AC), defendeu o aumento das verbas para obras e projetos de interesse eleitoral, apesar dos efeitos da pandemia na economia. Como justificativa, disse que, sem isso, os ministérios passariam por paralisação e teriam de escolher quais obras interromper. O argumento usado por congressistas é que “obra é saúde e gera emprego”.

“Era preciso aprovar um Orçamento que tivesse um pouco mais de robustez e não corrêssemos o risco de que obras fundamentais, no Norte, no Nordeste, no Centro-Oeste, nas regiões mais atrasadas e pobres do Brasil, ficassem paralisadas”, disse ele, durante a sessão do plenário que aprovou os recursos.

Procurado ontem para falar sobre esses repasses, Bittar não quis se pronunciar. Ele anunciou publicamente que concordou em cortar R$ 10 bilhões de emendas parlamentares para recompor despesas obrigatórias, mas não apontou quais verbas serão alvo dessa redução – o que terá de ser negociado com o governo e com as cúpulas da Câmara e do Senado. A proposta foi enviada para sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que tem até o dia 22 de abril para dar aval ao Orçamento e fazer vetos.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, já afirmou que o Orçamento, da forma como foi aprovado, é “inexequível”. Também houve reação na oposição. “Essa Lei Orçamentária é irrealizável. Olha, se a ex-presidente Dilma foi ‘impitimada’ por uma pedalada fiscal, como argumentam, essa Lei Orçamentária é um passeio ciclístico completo”, afirmou o líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

*Com informações do Estadão

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