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Bolsonaro usa GSI e Abin para anular investigação sobre Flávio, Queiroz e Michelle

Mobilizados pelo governo Bolsonaro, órgãos da esfera federal atuaram a fim de encontrar elementos que sustentassem a anulação das investigações que envolvem transações financeiras entre Fabrício Queiroz, ex-assessor e operador financeiro da família, e o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Em uma reunião ocorrida em 25 de agosto, GSI (Gabinete de Segurança Institucional), Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Receita Federal e Serpro (empresa pública de tecnologia da informação) estiveram presentes, convocados pelo presidente, para encontrar alguma prova que apontasse irregularidade nos relatórios de movimentações atípicas produzidos pelo Coaf.

O encontro, que acontece no Palácio do Planalto, teve a presença também de duas advogadas de Flávio, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, de acordo com reportagem da revista Época. A defesa do senador relatou que teria descoberto a chave para derrubar o caso Queiroz na Justiça, apresentando documentos que, na visão delas, provariam a existência de uma organização criminosa instalada na Receita, responsável por levantar informações que embasariam os relatórios de inteligência do antigo Coaf, atualmente chamado de Unidade de Inteligência Financeira.

Depois da revelação sobre a reunião pela imprensa, o chefe do GSI, general Heleno, divulgou uma nota em que admite ter se encontrado com as advogadas, mas afirma que o órgão “não realizou qualquer ação decorrente” e que avaliou que o caso era de responsabilidade da Corregedoria da Receita Federal. A Abin não se manifestou sobre a presença de seu diretor na reunião e mandou a mesma nota enviada pelo GSI. A Receita Federal não quis se manifestar. O Serpro não respondeu ao pedido de informações.

De acordo com extratos bancários de Queiroz, o ex-assessor depositou 21 cheques na conta de Michelle, entre 2011 a 2016, totalizando R$ 72 mil. Márcia Aguiar, esposa de Queiroz, depositou outros seis, totalizando R$ 17 mil.No primeiro semestre deste ano, o procurador da República Sérgio Pinel afirmou ter encontrado “fortes indícios da prática de crime de lavagem de dinheiro” envolvendo Flávio. O MP-RJ investiga o possível esquema de rachadinha no antigo gabinete de Flávio na Alerj desde 2018 e teria dito ter encontrado indícios de que o senador lavou R$ 2,27 milhões com compra de imóveis e em sua loja de chocolates.

 

*Com informações do 247

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Vídeo: Queiroz foi babá de Flávio Bolsonaro

Queiroz foi babá de Flávio Bolsonaro, é o que diz o autor de “República das Milícias”.

O policial militar Fabrício Queiroz foi “uma espécie de tutor, de babá” do hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), afirma o jornalista e pesquisador Bruno Paes Manso, autor de “A República das milícias — dos esquadrões da morte à era Bolsonaro” (Todavia), que acaba de ser lançado.

Queiroz e Flávio são investigados pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) por comandarem um suposto esquema de repasses ilegais de salários de funcionários do gabinete do filho do presidente da República, quando ele era deputado estadual da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Para Paes Manso, Queiroz serviu de instrutor e protetor para Flávio em sua plataforma política voltada ao apoio de policiais conhecidos por participação em ações violentas nas comunidades do Rio.

Em entrevista concedida ao UOL, na manhã de hoje, Paes Manso afirmou também que a família presidencial deu “apoio moral” ao falecido ex-PM Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado pelas autoridades como chefe de uma milícia na zona oeste do Rio e de um grupo de matadores de aluguel conhecido como Escritório do Crime.

Capitão Adriano, como era conhecido o ex-PM, chegou a ser homenageado por Flávio Bolsonaro por comendas da Alerj. Quando era deputado federal, Jair Bolsonaro fez discursos no plenário da Câmara de Deputados defendendo o então policial militar de acusações de homicídios.

“A família Bolsonaro deu apoio moral e são responsáveis morais por isso [pela trajetória de Adriano da Nóbrega]. Quanto a isso, eu acho que não tem a menor dúvida”, disse.

“Essa turma [a milícia de Adriano Magalhães da Nóbrega] está relacionada aos crimes mais importantes da história recente do Rio de Janeiro, e que ajuda a entender o peso e o perigo da cena criminal da cidade, tem fortes vínculos com a família do presidente Bolsonaro. Ao mesmo, não há provas que coloquem Jair diretamente na cena dos milicianos. Provavelmente lá em Brasília ele tinha pouco conhecimento do que acontecia nos territórios. Eu não sei até que ponto também Flávio Bolsonaro tinha esse conhecimento”, acrescentou.

Caso Marielle

O jornalista e pesquisador do Núcleo de Estudos da Violência da USP(Universidade de São Paulo0 é considerado um dos maiores especialistas em violência urbana do país e tem mais dois livros sobre o tema publicados: “O Homem X” (Record), sobre os grupos de extermínio em São Paulo, e “A Guerra — A ascensão do PCC e o mundo do crime no Brasil” (Todavia), uma coautoria com a socióloga Camila Dias Nunes.

Em seu último livro, Manso faz um apanhado histórico que situa a origem das milícias do Rio de Janeiro no final dos anos 1970. Mostra como a ausência do Estado em territórios vulneráveis impulsionou a crença na “violência redentora”, que cria o ambiente para inserir os filhos de Jair Bolsonaro na política e que, depois, o elege presidente.

“É como se a solução, em vez da política, fosse a polícia”, afirma Paes Manso.

Esse mesmo contexto levou ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018. O livro aborda também o papel da intervenção federal um mês antes do crime, uma tentativa do ex-presidente Michel Temer (MDB) de alavancar a própria popularidade, que acaba por fortalecer a ideia de que uso da força é o meio para enfrentar a crise na segurança pública.

A pesquisa de dois anos de Bruno Paes Manso revela que a milícia existe porque há conluio entre milicianos, políticos e policiais, além de ligações com bicheiros, donos de máquinas de caça-níqueis.

“O grande desafio do caso Marielle é o fato de a investigação lidar com autores e suspeitos que são da polícia e por causa disso sabem como enganar as ações policiais”, conta.

O caso da Marielle interrompeu esse cinismo diante da conivência que existia entre quem deveria apurar esse homicídio e os matadores do Rio”, diz Manso.

Assista à entrevista:

 

*Com informações do Uol

 

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Cotidiano

Porque armas de crime envolvendo Queiroz e Adriano não foram periciadas

O ofício requerendo a análise dos fuzis usados pela dupla, envolvida em um homicídio na Cidade de Deus, nunca chegou às autoridades.

A Polícia Civil já sabe o motivo pelo qual as armas usadas em um homicídio na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, ocorrido há 17 anos, que envolveu o então sargento Fabrício Queiroz – apontado como o operador do esquema de rachadinhas no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro – e o ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega, nunca foram periciadas. Investigações realizadas nos últimos meses, que VEJA teve acesso, apontam para um erro crasso: o ofício de encaminhamento para o Instituto de Criminalística Carlos Éboli dos dois fuzis apreendidos, ambos de calibre 5.56 (M16), inexplicavelmente, foi entregue na época a um dos próprios suspeitos do crime, no caso, Adriano. O que veio a seguir é o previsível: o documento jamais chegou ao seu destino.

A morte do técnico em refrigeração Anderson Rosa de Souza, de 29 anos, durante uma incursão policial cercada de vários fatos ainda a serem esclarecidos, ocorreu quatro anos antes de Queiroz, hoje em prisão domiciliar, se tornar assessor do filho Zero Um do presidente Jair Bolsonaro. O senador e o PM aposentado são investigados por suspeita de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no caso da prática de rachadinhas na Assembleia Legislativa do Rio. Na época do homicídio, Queiroz e Adriano, então 1º tenente, eram lotados no 18º Batalhão, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Adriano, suspeito de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco e acusado de chefiar o Escritório do Crime, grupo de extermínio ligado à milícia, foi morto em janeiro pela polícia na Bahia.

Com uma série de lacunas a serem preenchidas, o homicídio na Cidade de Deus é tratado com atenção pelo Ministério Público do Rio. Depois de solicitar em torno de trinta diligências em março passado e não se satisfazer com o relatório enviado pela polícia, o órgão está cobrando que sejam ouvidas as testemunhas sugeridas e, enfim, se faça a perícia das armas usadas na noite de 15 de maio de 2003. Hoje, os fuzis portados na ocasião por Queiroz e Adriano estão em de posse de dois batalhões, o 23º BPM (Leblon) e o 41º BPM (Irajá). Já se sabe, no entanto, que quase 20 anos, uma das armas está danificada e que provavelmente será difícil fazer uma perícia acurada.

Vários fatos chamaram a atenção da 3ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial, que tem à frente o promotor Cláudio Calo Souza. A incursão de Queiroz e Adriano na Cidade de Deus, cujas as investigações nunca foram concluídas, ocorreu durante uma madrugada, entre meia-noite e meia e 1h30, e tinha como argumento, segundo o relato na delegacia, a repressão ao tráfico de drogas. Naquela noite, no entanto, não havia nenhuma operação policial prevista pelo 18º BPM. Na 32ª DP (Taquara), responsável pelo inquérito, o ex-capitão e o então sargento isentaram os outros três PMs que participaram da ação.

De acordo com os dois, ao entrar na favela, um grupo de pessoas “supostamente armado” ao avistar a viatura teria efetuado disparos, o que os obrigou a revidar à “injusta agressão”. A dupla registrou na delegacia o caso como um auto de resistência – na versão deles, dispararam para se defender, desde sempre a licença para matar mais usada pela polícia.

O resultado do laudo, no entanto, levanta a suspeita de execução do morador da Cidade de Deus, que não tinha antecedentes criminais e era pai de dois filhos. Anderson Rosa de Souza foi morto com três disparos, os dois primeiros pelas costas – na parte de trás da cabeça e na parte da lombar; o seguinte na região mamária. “O laudo cadavérico é desfavorável aos investigados”, diz o promotor Cláudio Calo. A questão que fica no ar é: se Queiroz e Adriano estavam trocando tiros com Souza, o suposto traficante, não deveriam ter acertado inicialmente a parte da frente de seu corpo e não as costas?

O Ministério Público também questiona o fato de o inquérito, que foi aberto um ano após o homicídio, não ter ouvido em 17 anos nenhum parente da vítima ou testemunha. Há três meses, o programa Fantástico, da TV Globo, localizou a viúva de Souza e ela contou que, soube por testemunhas, que ele foi executado, apesar dos apelos de joelho de seu marido. No inquérito, de acordo com o MP, também chama a atenção a falta de exame pericial de resíduos nas mãos de Souza e o fato de não constar folhas de antecedentes criminais (FAC) dos dois policiais envolvidos.

Seis meses após o episódio na Cidade de Deus, em novembro de 2003, Adriano foi preso em flagrante, acompanhado de outros PMs, pela morte do guardador de carro Leandro dos Santos Silva. Poucos tempo antes, o ex-capitão do Bope, conhecido como exímio atirador, havia recebido moções de louvor de Flávio Bolsonaro, na Assembleia Legislativa do Rio, e de Carlos Bolsonaro, na Câmara dos Vereadores fluminense. Queiroz, por sua vez, tem uma ficha corrida por agressões e suspeita de mortes.

Levantamento de Veja identificou mais de vinte boletins de ocorrência e uma dezena de inquéritos envolvendo o suposto operador das rachadinhas – boa parte sem conclusão até hoje. Também na Cidade de Deus, o hoje policial militar aposentado participou de uma incursão, na qual ele e outro policial mataram um suposto traficante, Gênesis Luiz da Silva, de 19 anos, com um tiro nas costas.

Novamente o relato na delegacia foi de auto de resistência – mataram para se defender. Neste caso, o Ministério Público também está requerendo o cumprimento de novas diligências. O ex-assessor de Flávio Bolsonaro também foi denunciado, em 2008, pela mulher, Márcia Aguiar, que hoje cumpre prisão domiciliar com ele, por ter sido vítima de vários “socos na cabeça, costelas e braços” desferidos pelo marido. O caso foi registrado na Delegacia da Mulher de Jacarepaguá, mas Márcia acabou desistindo da medida restritiva.

 

*Com informações da Veja

 

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Política

Após vazamento do Globo, MP-RJ suspende denúncia contra Flávio Bolsonaro e Queiroz

O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, suspendeu a apresentação da denúncia contra Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz depois que o conteúdo da peça foi divulgado para a imprensa antes mesmo de ser entregue à Justiça. A informação é do repórter André Vieira, do jornal Valor Econômico.

Na segunda-feira (28/9), o jornal O Globo publicou uma reportagem informando que o Ministério Público do Rio apresentou denúncia contra os dois por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa por um esquema de “rachadinha” no gabinete do político quando ele era deputado estadual do Rio.

No mesmo dia, em nota, o MP informou que “até o momento, não há denúncia ajuizada contra o atual senador Flávio Bolsonaro nas investigações referentes a movimentações financeiras em seu gabinete no período em que era deputado estadual. A Instituição lamenta e repudia a divulgação de notícias relacionadas a investigações sigilosas, sem qualquer embasamento ou informação oficial por parte do MP-RJ, o que causa prejuízo à tramitação do procedimento e desinformação junto ao público”.

A peça foi compartilhada com a imprensa antes mesmo de ser entregue à Justiça, o que teria irritado Gussem. Por isso, ele ordenou a suspensão da transmissão da denúncia ao sistema. Também segundo o Valor, internamente, o PGJ tem uma postura crítica aos vazamentos sistemáticos.

Denúncia
Com base em quebras de sigilo bancário e fiscal, a denúncia do MP-RJ sustentaria que Flávio Bolsonaro usou pelo menos R$ 2,7 milhões em dinheiro vivo do esquema. De acordo com a promotoria, funcionários que passaram pelo gabinete de Flávio Bolsonaro quando ele era deputado estadual devolviam parte dos salários a Queiroz.

Posteriormente, conforme o MP-RJ, os valores seriam lavados e retornavam ao senador por meio de três formas: do pagamento de despesas pessoais com dinheiro vivo, da loja de chocolates dele e de transações imobiliárias.

 

*Com informações do Conjur

 

 

 

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Flávio Bolsonaro e Queiroz são denunciados pelo Ministério Público

Depois de mais de dois anos de investigação, o Ministério Público do Rio (MP-RJ) denunciou nesta segunda-feira ao Tribunal de Justiça do Rio o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e Fabrício Queiroz, subtenente da reserva da Polícia Militar e assessor do senador no período em que foi deputado estadual no Rio. Flávio foi apontado como líder da organização criminosa, e Queiroz, como o operador do esquema de corrupção que funcionava no antigo gabinete na Assembleia Legislativa. Ambos foram acusados pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia possui cerca de 300 páginas.

A partir dos dados das quebras de sigilo bancário e fiscal, os promotores apontam que o senador usou, pelo menos, R$ 2,7 milhões em dinheiro vivo do esquema das rachadinhas. Os valores somam os três métodos pelo qual o filho do presidente Jair Bolsonaro “lavou” o dinheiro em espécie.

Em junho, Queiroz foi preso na casa do advogado Frederick Wassef, em Atibaia, no interior de São Paulo. Wassef era advogado de Flávio na investigação até aquele momento. Ele foi trazido ao Rio para cumprir a prisão em Bangu, mas um habeas corpus do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), permitiu que ele fosse para prisão domiciliar em seu apartamento na Taquara, na Zona Oeste do Rio.

A investigação do MP-RJ teve início em julho de 2018, depois que um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou a movimentação atípica de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz. Além disso, foi apontado no documento que oito assessores de Flávio faziam repasses para Queiroz, além de estar assinalada a participação de integrantes da família do ex-assessor. Foram identificadas transferências e depósitos de Márcia Aguiar, Nathália e Evelyn Queiroz, mulher e filhas do subtenente.

Quando o MP-RJ avançou nas investigações, após a quebra de sigilo bancário e fiscal de 106 pessoas e empresas em abril de 2019, verificou provas de um esquema no qual assessores eram nomeados e tinham que devolver a maior parte de seus salários para Fabrício Queiroz. Muitos, inclusive, não atuavam efetivamente e eram “funcionários fantasmas”. O dinheiro era repassado por transferências, depósitos, mas também em espécie. Depois, segundo a investigação, o dinheiro era lavado e voltava para Flávio por meio de transações imobiliárias, na loja de chocolates e também no pagamento de despesas pessoais com dinheiro vivo, o que oculta a origem.

São 23 os ex-assessores citados em relatórios do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (Gaecc) do MP-RJ. Eles são divididos em três grupos. O primeiro, composto por 13 ex-funcionários, é o núcleo ligado a Queiroz, formado por seus familiares, além de vizinhos e amigos indicados por ele para o gabinete. Esses 13 ex-assessores depositaram, ao longo dos 11 anos, R$ 2,06 milhões na conta bancária de Queiroz (69% do valor em dinheiro vivo). Além disso, esse grupo sacou R$ 2,9 milhões em espécie ao longo desse período.

No segundo grupo, constam ainda Danielle Nóbrega e Raimunda Veras Magalhães, ex-mulher e mãe de Adriano Nóbrega, ex-capitão do Bope e líder de uma milícia de Rio das Pedras, que foi morto em fevereiro. Elas repassaram juntas para Queiroz um total de R$ 200 mil. Já as pizzarias de Raimunda ainda repassaram outros R$ 200 mil para Queiroz.

 

*Com informações de O Globo

 

 

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Operação policial no Brasil todo: nenhuma é para saber por que Queiroz depositou R$ 89 mil na conta de Michelle

O que não falta nesse país é escândalo, sobretudo os fabricados. E o destino no Brasil parece que está cada vez mais fadado a um conjunto desses escândalos que só têm a primeira parte.

Hoje foi mais um dia desses. É mandado judicial para todos os modos e gostos. mas curiosamente, a pergunta que o Brasil inteiro faz, segue sem resposta, mesmo diante da aberração do presidente da República ameaçar de encher a boca de porrada em um repórter do Globo por ousar perguntar diretamente ao chefe da nação, por que o miliciano Queiroz depositou R$ 89 mil na conta de Michelle, a primeira-dama do país?

Em pleno século XXI, o Brasil vive um retrocesso, do ponto de vista imoral, que se compara à decadência romana, repetindo religiosamente o período do misticismo da idade média.

A mídia segue fazendo seus discursos balofos em prol dos interesses do grande capital, numa devastação de direitos, empregos e, consequentemente da economia nacional.

Bolsonaro, que faz tudo para perpetuar o silêncio dos crimes do clã, pois, do contrário, seria aniquilador para seus filhos e para ele próprio, mantém-se intocável, enquanto juízes, procuradores e PF passam a boiada e o país continua sendo sabotado por suas próprias instituições capturadas por múltiplos interesses, tendo no poder militar a proteção que, enquanto o mesmo Bolsonaro avança sobre parte considerável da mídia, comprando espaços, impondo seus lacaios em programas estratégicos para defender o império da milícia carioca.

Por isso o que não falta nas TVs são imagens de policiais cumprindo mandados sem que nenhum deles passe perto da principal pergunta que os brasileiros não param de fazer: presidente, por que sua esposa Michelle, recebeu R$ 89 mil de Queiroz?

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

 

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Vídeos: Jornalista vaza matéria censurada sobre Flávio Bolsonaro envolvendo milhões

O jornalista Samuel Pancher divulgou no Twitter documentos sobre as movimentações financeiras do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e de Fabrício Queiroz, ex-assessor do parlamentar. De acordo com o jornalista, “o Ministério Público do Rio de Janeiro descobriu mais de 400 depósitos de assessores de Flávio nas contas de Fabrício Queiroz. O valor atingia milhões de reais”.

“Fabrício Queiroz fez pagamentos em dinheiro vivo para Flávio Bolsonaro e sua esposa. Até registros de câmeras de segurança provam os pagamentos. O dinheiro, segundo o MP, vinha do esquema de corrupção no gabinete de Flávio”, acrescentou.

A divulgação dos documentos ocorre dias após a Globo ser censurada. A juíza Cristina Serra Feijo, 33ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio, proibiu a emissora de exibir qualquer documento ou peça do processo contra Flávio Bolsonaro sobre o esquema de “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O parlamentar era deputado estadual antes de ser eleito para o Senado. A magistrada teria atendido um pedido feito pela defesa do senador.

Preso em junho no município de Atibaia (SP), Queiroz também havia depositado 21 cheques na conta de Michelle, entre 2011 a 2016, totalizando R$ 72 mil. Márcia Aguiar, sua esposa, depositou outros seis, totalizando R$ 17 mil.

Ao ser detido por policiais em junho, Queiroz estava escondido em um imóvel que pertence a Frederick Wassef, então advogado de Flávio – depois ele deixou a defesa do parlamentar. O ex-assessor é investigado por envolvimento em um esquema de “rachadinha” que ocorria na Alerj.

Segundo relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz fez movimentações financeiras atípicas. Foram R$ 7 milhões de 2014 a 2017, apontaram cálculos do órgão.

 

*Com informações do 247

 

 

 

 

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Como o Rio pode dar certo sendo sede do Clã Bolsonaro, da Globo, Crivella prefeito e Witzel governador?

Não bastasse a tragédia do Rio de Janeiro ser a sede do que se tem de pior em termos de caráter, (referindo-me aos três políticos que figuram na foto em destaque, além da Globo, é claro), agora estoura mais um escândalo de corrupção do clã Bolsonaro.

Carluxo, com seus fantasmas e laranjas, não nega a raça e mostra que aprendeu a lição direitinho dentro de casa com o papa da picaretagem, Jair Bolsonaro.

Quando se lembra que estavam todos juntos, Globo, Crivella, Witzel na campanha de Bolsonaro em 2018, ao lado dos filhos picaretas do vigarista mor dos fantasmas e laranjas, entende-se porque o Rio de Janeiro está como está.

Que lugar no planeta sobrevive a essa gente toda unida?

São os Marinho lavando dinheiro com Dario Messer e posando de vigilante da moral paratatá, é o corrupto Witzel dando tiro na cabecinha de preto e pobre nas favelas “contra o crime”, é Crivella que representa o próprio charlatanismo de Edir Macedo que também tem sede no Rio, e o clã que vai dos filhos às ex-mulheres e atual mulher de Bolsonaro.

Faltou mencionar que trata-se da mesma cidade em que mora ninguém menos que Queiroz, o gerente geral do clã que contrata milicianos e famílias para participarem da farra com milionárias verbas públicas.

Como o Rio chegou a esse ponto, ninguém explica, mas uma coisa é certa, um troço desses nunca vai dar certo em nenhuma parte do planeta.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

 

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68% dos brasileiros querem saber: por que Queiroz depositou R$89 mil na conta Michelle Bolsonaro?

Pesquisa PoderData mostra que 68% dos brasileiros acham que o presidente Jair Bolsonaro deve explicar os depósitos de R$ 89.000 feitos por Fabrício Queiroz e sua mulher, Márcia Aguiar, na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Para 19%, o chefe do Executivo não deve nenhuma explicação.

Queiroz é investigado por suposto esquema de “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro, quando o agora senador pelo Republicanos era deputado estadual no Rio de Janeiro.

Segundo reportagem da revista Crusoé, o ex-assessor repassou R$ 72.000 a Michelle Bolsonaro de 2011 a 2016. Já Márcia Aguiar teria feito depósitos no valor de R$ 17.000 em 2011.

O PoderData explicou o tema aos entrevistados. A pergunta teve o seguinte enunciado: “Há informações de que o ex-assessor Fabrício Queiroz e sua mulher depositaram R$ 89.000 na conta da primeira-dama, Michelle Bolsonaro. Na sua opinião, o presidente Jair Bolsonaro deveria explicar o que foram esses depósitos?”.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, divisão de estudos estatísticos do Poder360. A divulgação do levantamento é realizada em parceria editorial com o Grupo Bandeirantes.

Os dados foram coletados de 31 de agosto a 2 de setembro, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 509 municípios, nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. Saiba mais sobre a metodologia lendo este texto.

Os questionamentos sobre os depósitos de Queiroz e Márcia a Michelle se intensificaram no fim de agosto.

“Vontade de encher sua boca de porrada”, disse Bolsonaro em 23 de agosto a 1 repórter da Globo que lhe perguntou sobre os repasses à primeira-dama. A declaração figurou entre os assuntos mais comentados do Twitter. Internautas também replicaram a pergunta em seus perfis milhares de vezes.

A declaração do presidente foi criticada por congressistas, integrantes do Judiciário e entidades da sociedade civil.

O PoderData separou recortes para as respostas à pergunta sobre a necessidade de 1 esclarecimento de Bolsonaro sobre o tema. Foram analisadas as respostas por sexo, idade, nível de instrução, região e renda.

Os mais jovens (de 16 a 24 anos), os que têm nível superior de ensino e os nordestinos são os que mais acham que Bolsonaro deve explicar os repasses à primeira-dama. São 77% os que fizeram essa afirmação em ambos os grupos. A taxa também é maior entre quem recebe mais de 10 salários mínimos: 78%.

Já os que ganham de 5 a 10 salários mínimos (32%), os sulistas (29%) e os que têm 60 anos ou mais (26%) são os que menos pedem esclarecimentos do presidente.

Avaliação de Bolsonaro X depósitos de Queiroz

Os que avaliam positivamente o presidente da República são também os que mais acreditam não haver a necessidade de explicações de Bolsonaro sobre as movimentações bancárias.

Do grupo que considera o trabalho do chefe do Executivo “bom” ou “ótimo”, 41% acham que Bolsonaro não precisa explicar os repasses para a conta da primeira-dama.

Já entre os que rejeitam o presidente (avaliando-o como “ruim” ou “péssimo”), 91% querem que o caso seja esclarecido.

No grupo do “regular”, essa taxa também é alta: 82% querem explicações, enquanto 8% acham não ser necessário.

 

*Com informações do Poder 360

 

 

 

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Os segredos da advogada que conviveu com Fabrício Queiroz

Em entrevista à Veja, Ana Rigamonti confirma que Frederick Wassef era o “Anjo” e diz que sofre ameaças.

Quando Ana Flávia Rigamonti viu Fabrício Queiroz pela primeira vez, em junho do ano passado, não tinha a menor ideia de quem ele era nem desconfiou que estava diante de um dos personagens mais intrigantes da República. Um mês antes, ela havia recebido uma proposta de trabalho de Frederick Wassef, advogado do presidente Jair Bolsonaro. Os dois se conheceram nos tribunais, atuaram juntos em algumas causas e estudavam estender a parceria. Wassef propôs que ela trocasse Ipiguá, cidade no interior de São Paulo com 5 000 habitantes, pela capital. Sugeriu também que, enquanto ela procurasse um imóvel para alugar, poderia morar no próprio escritório dele, em Atibaia, que funcionava numa casa confortável, localizada num lugar afastado e tranquilo, que nem parecia escritório.

Pouco tempo depois de se instalar, Rigamonti foi informada que teria companhia. Dividiria o espaço com uma pessoa que estava doente e precisava de um lugar para ficar. A advogada só soube mais tarde que o homem que falava pouco, quase não saía de casa e se apresentava como “Felipe” era o famoso Fabrício Queiroz. Escondido desde que explodiu o escândalo da rachadinha, o policial aposentado estava sendo investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro como suspeito de ter comandado um esquema de arrecadação de parte dos salários dos funcionários do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho do presidente.

Ao descobrir a verdadeira identidade do vizinho de quarto, a advogada, de início, ficou preocupada. Mas ela logo se aproximou de Márcia de Aguiar, esposa de Queiroz, que a tranquilizou, explicando que o marido não oferecia qualquer risco e que não era foragido da Justiça. Rigamonti acabou se transformando na única companhia de Queiroz. Os dois iam ao mercado juntos, cozinhavam juntos e gastavam o tempo de confinamento conversando. Ela chegou a acompanhar o ex-­policial a um tratamento médico num hospital e até emprestou o próprio carro para que ele viajasse ao Rio de Janeiro para visitar a família. As regras da casa eram rígidas.

Queiroz foi orientado a não utilizar o telefone celular nem qualquer cartão de crédito. As compras deveriam ser feitas apenas em dinheiro. Ao sair na rua, era obrigatório usar óculos e boné. Certa vez, ele esqueceu o disfarce e foi reconhecido dentro de um supermercado. Ficou assustado quando alguém sussurrou seu nome, mas serviu de lição. Para não ser seguido, costumava se deslocar de uma cidade para outra durante a madrugada. Sempre discreto, o ex-policial não comentava praticamente nada da vida pessoal, especialmente sobre sua relação com a família Bolsonaro. Dizia apenas que era muito amigo do presidente, por quem tinha um sentimento de gratidão, e que o senador Flávio Bolsonaro, seu ex-­chefe, era “muito gente boa”. Todos os dias acompanhava o noticiário e gostava de falar de política.

O confinamento e as rígidas regras de segurança aos poucos foram se transformando em problema. A defesa de Queiroz apostava que conseguiria anular a investigação do caso da rachadinha. A ideia era manter o ex-­policial escondido até que isso acontecesse. Em novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou uma ação que poderia resultar no arquivamento do inquérito. Nesse período, Rigamonti e Márcia trocaram uma série de mensagens por telefone. “A gente não é foragido. Ah, que saco. Eu já não estou aguentando mais essa situação, amiga. Não estou. Ganhando ou não ganhando, o nosso nome vai ficar na mídia, o nome do Queiroz vai ficar na mídia por muito tempo”, desabafou a mulher do policial aposentado.

Essa troca de mensagens cita que um tal “Anjo” havia traçado um plano para que Queiroz sumisse dali em caso de derrota no STF. A ideia era que o ex-assessor de Flávio Bolsonaro se mudasse com a família para uma casa alugada em Atibaia. Rigamonti chegou a procurar algumas opções de imóveis, em endereços mais discretos. Mas a mulher de Queiroz resistia à proposta. Conforme VEJA revelou em agosto, Rigamonti disse para Márcia: “Ele (Queiroz) falou para o ‘Anjo’ que não aguenta mais isso, que está cansado e que ele quer ir embora”. O ex-policial acabou sofrendo uma derrota no Supremo. O clima ficou muito tenso. No mesmo mês, o Ministério Público fez uma busca na casa de Márcia e apreendeu o celular dela, onde foram encontradas as mensagens citadas nesta reportagem. Em junho deste ano, Queiroz foi preso sozinho dentro do escritório de Wassef na Operação Anjo.

Pelo contexto das mensagens, promotores desconfiam que o tal “Anjo” seja Frederick Wassef. Em entrevista a VEJA, o advogado negou. “Nunca alguém me chamou de Anjo. Nunca o presidente Bolsonaro me chamou de Anjo e duvido que ele chamou alguém de Anjo na vida. Ninguém na família Bolsonaro me chamou de Anjo e eu nunca tive apelido de Anjo. Agora, se alguém inventou isso, eu não sei”, afirmou, ressaltando ter dado abrigo a Queiroz por razões humanitárias. Na época, o ex-po­licial fazia tratamento contra um câncer. Logo depois da prisão de Queiroz, VEJA também questionou Ana Rigamonti sobre a identidade do “Anjo”:

A senhora é o “Anjo”? Isso não faz nenhum sentido.

Quem criou esse apelido? Não fui eu que criei esse apelido. Não sei o que significa esse apelido e quem inventou esse apelido. Quando conheci o Queiroz e a Márcia, esse apelido já existia. Não fui eu que inventei. Eram eles que usavam esse apelido.

Eles usavam esse apelido para se referir a Frederick Wassef? Sim.

A senhora sabe por que eles se referiam a Wassef como “Anjo”? Como eu te falei, desde quando eu os conheci, já era chamado assim.

Entre eles? Wassef, Márcia e Queiroz? Isso.

Procurada novamente por VEJA, a advogada disse que não queria mais falar sobre o assunto. “As pessoas me vincularam ao caso simplesmente porque eu estava ali no local e conheci as pessoas. Caí de paraquedas nessa história. Foi uma situação muito difícil para mim e para minha família”, desabafou. Após a prisão de Fabrício Queiroz, Rigamonti recebeu ameaças e foi aconselhada a esquecer o que viu e ouviu no escritório de Atibaia. Ela voltou a morar em Ipiguá e, no momento, ganha a vida vendendo lingerie.

 

*Da Veja

*Foto destaque: Veja

 

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