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Chanceler do Irã anuncia reunião com Putin e diz: ‘Diplomacia não é opção’

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, anunciou que se reunirá com o presidente russo, Vladimir Putin, em Moscou, na segunda-feira, 23 de junho de 2025, após ataques dos Estados Unidos a três instalações nucleares iranianas (Fordow, Natanz e Isfahan).

Araghchi destacou uma “parceria estratégica” entre o Irã e a Rússia, afirmando que ambos os países sempre consultam e coordenam suas posições.

A reunião ocorre em meio a escaladas na região, com o Irã condenando os ataques como uma “traição à diplomacia” e reservando o direito de autodefesa. A Rússia, aliada de Teerã, condenou os bombardeios americanos como “irresponsáveis” e uma “escalada perigosa”.

A reunião entre o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, e o presidente russo, Vladimir Putin, está marcada para segunda-feira, 23 de junho de 2025 , em Moscou.

“A Rússia é amiga do Irã, e desfrutamos de uma parceria estratégica”, completou Araghchi na ocasião – uma entrevista coletiva, em Istambul, na Turquia.

Ele descartou uma saída diplomática neste momento. Para ele, o governo de Donald Trump escolheu “lançar a diplomacia pelos ares” após o ataque desta noite.


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Putin expressa preocupação com o risco de uma Terceira Guerra Mundial; “é perturbador”

O presidente Vladimir Putin, em entrevista à Reuters durante o Fórum Econômico de São Petersburgo em 20 de junho de 2025, expressou preocupação crescente com a possibilidade de a tensão global se transformar num conflito de escala mundial, especialmente por conta da escalada entre Irã e Israel. Segundo Putin, “é perturbador” ver como o risco de uma “Terceira Guerra Mundial” está se intensificando bem diante de nós

Principais pontos destacados por Putin
Situação no Oriente Médio

O conflito iniciado em 13 de junho, com ataques israelenses a instalações iranianas e resposta com mísseis e drones iranianos, aumentou significativamente o risco global.

Putin mencionou que a condição atual da região é “perturbadora” e requer atenção redobrada .

Função da Rússia

Moscou está em contato com ambos os lados (Irã e Israel), oferecendo propostas, embora se recuse a assumir um papel formal de mediador.

A Rússia alerta para os riscos em instalações nucleares iranianas, onde participa de obras, chamando atenção especial ao potencial de impacto catastrófico.

Advertências sobre contaminação nuclear e conflitos regionais.

Putin expressou preocupação com o que descreveu como um “grande e crescente potencial de conflito” no cenário internacional. Ele afirmou que esse risco “nos afeta diretamente”.

“O que está acontecendo em torno dessas instalações é motivo de preocupação”, avaliou.


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Vídeo – Risco mundial: Rússia e China acusam EUA pelos bombardeios contra o Irã

Reunião da principal instância das Nações Unidas teve troca de acusações entre as principais potências, segundo Uol.

Representantes da Rússia e da China aproveitaram a reunião do Conselho de Segurança, principal instância da Organização das Nações Unidas (ONU), para acusar Israel e também os Estados Unidos pelo agravamento da situação no Oriente Médio a partir do bombardeio lançado por Tel Aviv contra o território do Irã, nesta sexta-feira (13/06). A informação é do colunista do UOL Jamil Chade.

A reunião do Conselho aconteceu nesta mesma sexta, e foi marcada por uma forte declaração do embaixador russo, Vasily Nebenzya, que afirmou ter “a impressão de que a liderança de Israel está convencida de que tem total liberdade na região e provavelmente pensa que pode desrespeitar todas as normas legais e substituir todos os órgãos internacionais, inclusive o Conselho de Segurança e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)”.

“A Federação Russa condena veementemente essa ação. A aventura militar empurra a região para a beira de uma guerra em grande escala, e a responsabilidade por todas as consequências dessas ações recai totalmente sobre a liderança israelense e aqueles que a incentivam”, disse.

Já a China disse condenar “as ações de Israel que violam a soberania, a segurança e a integridade territorial do Irã e se opõe à intensificação das tensões e à expansão dos conflitos, e está profundamente preocupada com as possíveis consequências graves das operações israelenses”.


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“O aquecimento abrupto da região não serve aos interesses de ninguém. Pedimos a Israel que cesse imediatamente toda aventura militar, evite aumentar ainda mais as tensões e conclame todas as partes relevantes a respeitar a Carta das Nações Unidas e o direito internacional, resolva as disputas por meios políticos e diplomáticos e mantenha conjuntamente a paz e a estabilidade regionais”, acrescentou o representante chinês.

Em seguida, a China fez uma alusão aos Estados Unidos, ao dizer que “os países com influência significativa sobre Israel devem praticamente um papel construtivo” para resolver a situação.

O Conselho de Segurança analisa os dois ataques lançados por Israel contra o território do Irã. O encontro foi convocado após Teerã entregar uma carta oficial às autoridades da ONU acusando Tel Aviv de cometer “uma agressão ilegal e imprudente” e enumerando as violações ao direito internacional que o país governado pelo sionista Benjamin Netanyahu teria perpetrado com suas operações militares.

A missiva iraniana, assinada pelo chanceler Seyed Abbas Araghchi, também fala no direito da república islâmica de enviar uma “resposta decisiva e proporcional” contra o território israelense. Teerã lançou uma retaliação antes da conclusão do Conselho.

A Guarda Revolucionária iraniana disse que as forças do país realizaram uma “resposta precisa e esmagadora” contra dezenas de alvos, incluindo centros militares e bases aéreas. Sirenes de alarme e explosões foram ouvidas em Tel Aviv, onde prédios chegaram a tremer em função dos estrondos, além de Jerusalém e outras áreas do país.

Não há confirmação de quantos mísseis foram lançados. A imprensa israelense dá conta entre 100 e 150 foguetes. A Irna, disse que alguns desses lançamentos atingiu o Ministério da Guerra de Israel, além de “outros alvos específicos”

O jornal israelense Haaretz, citando fontes dos serviços de emergência local, relata que 15 pessoas ficaram feridas no centro do país, incluindo uma com ferimentos moderados. Pelo lado do Irã, 78 pessoas morreram e 329 ficaram feridas.

*Ansa/Opera Mundi

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Mundo Política

Lula reafirma que guerra em Gaza é genocídio e que judeus são contra

Presidente reitera pedido de paz também entre Rússia e Ucrânia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou o posicionamento brasileiro em defesa do fim dos conflitos que estão ocorrendo entre Israel e Palestina; e entre Rússia e Ucrânia. As afirmações foram feitas neste domingo (1º) em Brasília, durante o encerramento da convenção do PSB, partido que integra a base do governo federal.

Durante o discurso, o presidente brasileiro leu a íntegra da nota emitida hoje pelo Itamaraty, condenando “nos mais fortes termos” o anúncio feito por Israel, de que aprovava mais 22 assentamentos israelenses na Cisjordânia – território que, segundo a nota, é “parte integrante do Estado da Palestina”.

Israel x Palestina
Sob os gritos de “Palestina Livre” por parte dos presentes, Lula reiterou afirmações feitas anteriormente, de que essa guerra não é desejada nem pelo povo judeu, nem pelo povo de Israel. “Essa guerra é uma vingança de um governo contra a possibilidade da criação do Estado Palestino. Por detrás do massacre em busca do Hamas, o que existe na verdade é a ideia de assumir a responsabilidade e ser dono do território de Gaza”, disse Lula.

“O que nós estamos vendo não é uma guerra entre dois exércitos preparados, em campo de batalha com as mesmas armas. É um exército altamente profissionalizado matando mulheres e crianças indefesas na Faixa de Gaza. Isso não é uma guerra. É um genocídio contra e em desrespeito a todas as decisões da ONU, que já pediu o fim essa guerra”, acrescentou.

Palestinos se reúnem em local de ataque a casa em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza
22/04/2025 Reuters/Hatem Khaled/Proibida reprodução

Rússia x Ucrânia
Lula manifestou também posição contrária à guerra entre Rússia e Ucrânia. Ele lembrou das conversas que teve com o presidente Russo, Vladimir Putin, na qual teria falado que já estava na hora de os dois países fazerem um acordo, dando fim ao conflito.

“O Brasil também foi contra a ocupação territorial feita pela Rússia. A gente não quer guerra. O mundo está precisando de paz, de harmonia, o mundo está precisando de livros e não de armas. É dessas coisas que as pessoas têm de compreender”, disse Lula.

“O mundo gastou o ano passado US$ 2,4 trilhões em armas, enquanto 733 milhões de seres humanos vão dormir toda a noite sem ter o que comer. Não por falta de alimento, mas por falta de dinheiro para as pessoas comprarem os alimentos. Se esse dinheiro gasto em armas fosse gasto em comida, teríamos todo mundo com a barriga cheia, todo mundo saudável”, argumentou o presidente.

Hospital atingido por drone russo em Sumy, Ucrânia
28/09/2024
Serviço de Emergência da Ucrânia/Divulgação via Reuters

Reformas no Conselho de Segurança
Lula voltou a defender mudanças no Conselho de Segurança da ONU, como forma de dar mais força a uma entidade que, segundo ele, tem se mostrado frágil e desrespeitada por conta de decisões unilaterais de membros de seu conselho.

“Os EUA invadiram o Iraque por conta própria, sem consultar a ONU. A França e a Inglaterra invadiram a Líbia sem consultar ninguém. E Israel fez o que está fazendo sem consultar ninguém. A Rússia também invadiu a Ucrânia sem consultar ninguém. Se os membros do Conselho de Segurança da ONU não se respeitam e não discutem coletivamente, a ONU perdeu credibilidade”, afirmou Lula.

O presidente brasileiro disse que luta para mudar este conselho, de forma a incluir, entre seus integrantes, Alemanha, África, Índia, Japão e Brasil, além de México e Argentina. “O que nós queremos é que o mundo esteja melhor representado na ONU, para que a gente possa evitar esse desconforto”, complementou.

*BdF

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Mundo Política

Lula e o encontro com Putin

Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta quinta-feira, 8, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante um jantar em Moscou. Os dois têm uma reunião agendada para esta sexta, 9. Lula foi um dos  chefes de Estado a ir à Rússia para a celebração de hoje do Dia da Vitória, que marca o triunfo dos Aliados sobre a Alemanha na 2.ª Guerra.

Putin fez questão de ter Lula ao seu lado durante o jantar.

O gesto simbólico de Putin reforça a relevância diplomática de Lula em um momento delicado da geopolítica global. Sua presença na capital russa contrasta com a ausência de líderes ocidentais nas cerimônias, ressaltando o papel de mediação que o Brasil tem buscado ocupar no cenário internacional.

Em postagem nas redes sociais, Lula disse:

“Hoje, participei da recepção oferecida pelo presidente Vladimir Putin aos chefes de Estado que estão na Rússia para a comemoração dos 80 anos do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial.”

ImageImage

https://twitter.com/i/status/1920564551176630512

Fita de São Jorge: símbolo histórico no paletó de Lula
Durante o jantar e os eventos oficiais, Lula apareceu usando no peito a fita de São Jorge – uma insígnia listrada de preto e laranja associada à bravura militar. Originalmente criada como condecoração pelo Império Russo no século XVIII, o símbolo foi resgatado durante a Segunda Guerra Mundial pela União Soviética e hoje é amplamente usado na Rússia como expressão de respeito aos soldados que combateram o nazismo.

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Mundo

Rússia repele ataque de drones da Ucrânia às vésperas da chegada de Lula

O Ministério da Defesa russo informou nesta segunda-feira (5) que 26 drones foram interceptados e destruídos durante a última madrugada em uma tentativa de ataque da Ucrânia em diversas regiões russas, inclusive em Moscou. Anteriormente, a Ucrânia rejeitou a proposta russa de um cessar-fogo de três dias para as comemorações do Dia da Vitória, que contarão com a presença do presidente Lula.

“Durante o período das 23h, horário de Moscou, em 4 de maio, até 2h30, horário de Moscou, em 5 de maio, os sistemas de defesa aérea em serviço interceptaram e destruíram 26 veículos aéreos não tripulados ucranianos”, diz o comunicado do ministério.

De acordo com a pasta, 17 drones de ataque foram interceptados sobre o território da região de Bryansk, cinco sobre o território da região de Kaluga e quatro sobre o território da região de Moscou.

O prefeito de Moscou, Sergei Sobyanin, tambémas declarou que forças de defesa aérea do Ministério da Defesa repeliram um ataque de quatro drones que voavam na direção de Moscou. De acordo com o prefeito, os drones foram interceptados ao sul da capital, na região de Podolsk.

“De acordo com dados preliminares, não há danos ou vítimas no local da queda dos destroços. Especialistas dos serviços de emergência estão trabalhando no local do incidente”, declarou Sobyanin.

A atuação da defesa aérea russa para repelir ataques de drones passou a ser uma constante após a Ucrânia intensificar o uso de veículos não tripulados para buscar atacar a Rússia, em particular após um ataque em 3 de maio de 2023, justamente às vésperas do Dia da Vitória. Na ocasião, dois drones foram lançados em direção ao Palácio do Senado, dentro do Kremlin. Os projéteis foram repelidos, mas um dos domos do prédio chegou a ser atingido, causando uma pequena explosão.

O vice-presidente do Comitê de Defesa da Duma Estatal, Yuri Shvytkin, declarou no último domingo (4) que as Forças Armadas Russas e o Ministério da Defesa estão fazendo todos os esforços para garantir a segurança completa dos participantes do Desfile da Vitória e dos convidados de Moscou no feriado de 9 de maio.

Anteriormente, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou que Kiev não pode garantir a segurança dos líderes estrangeiros que virão a Moscou para a parada militar do Dia da Vitória.

“Nossa posição é muito simples: não podemos ser responsabilizados pelo que está acontecendo no território da Federação Russa. Eles [os russos] estão garantindo a segurança de vocês, e não daremos nenhuma garantia, porque não sabemos o que a Rússia fará nessas datas”, disse Zelensky.

Yuri Shvytkin afirmou que Kiev está fazendo todo o possível para minimizar a presença de líderes internacionais no Dia da Vitória, em Moscou. Segundo ele, o número de líderes de outros países que visitarão a Rússia em 9 de maio a convite do presidente Vladimir Putin será “uma evidência da importância do feriado”.

“Para manter a segurança, serão envidados esforços pelas agências de segurança pública e pelo Ministério da Defesa, sistemas de defesa aérea e outras diversas forças e meios. Medidas operacionais preventivas serão executadas na véspera de 9 de maio, além de garantir diretamente a ordem pública, a segurança e concentrar as forças de defesa aérea em possíveis direções de ataque à nossa capital”, disse Shvytkin.

Lula à caminho de Moscou
A Rússia recebe nesta semana delegações de 19 países para as comemorações do Dia da Vitória, em 9 de maio, que marca os 80 anos da vitória soviética contra o nazismo na Segunda Guerra Mundial. O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, chega a Moscou na quarta-feira (7) é um dos principais nomes dos convidados internacionais.

A primeira-dama Janja já está no país para cumprir agenda de promoção da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa lançada pela presidência rotativa do Brasil à frente do G20. A comitiva do presidente Lula também contará com a presença presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP)

Além do presidente brasileiro, o líder da China, Xi Jinping, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, também estão entre as presenças confirmadas no 80º aniversário da vitória na Segunda Guerra Mundial. Líderes da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) – bloco de países da antiga União Soviética -, Vietnã, Sérvia, Eslováquia, Palestina, Burkina Faso completam a lista.

Após a visita à Rússia, o presidente Lula segue para a China, onde participará da Cúpula China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), que será realizada nos dias 12 e 13 de maio. Lula também terá uma reunião bilateral com o líder chinês, Xi Jinping.

*BdF

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A Europa se prepara para a guerra

Há sinais de fumaça no horizonte de que os países europeus preparam-se para a guerra. Que guerra? Contra a Rússia.

Tomemos a Alemanha como exemplo.

Primeiro exemplo: a Volkswagen, empresa que há quase um século está vinculada à identidade nacional alemã, vai fechar três de suas fábricas, devido à crise econômica que assola o país e o continente.

Mas há uma empresa interessada na compra das três. Qual? a Rheinmetall, uma das principais produtoras de armamentos na Alemanha.

Por quê? Porque seus diretores preveem uma margem de lucro considerável, graças ao anúncio, por parte da presidenta da Comissão Europeia, Úrsula von der Leyen, de que a União vai investir 800 bilhões de euros em armamentos para incrementar a defesa do continente.

Exemplo 2: paradoxalmente, o diretor de uma das agências do serviço secreto alemão, Bruno Kahl, do Bundesnachrichtendienst, manifestou, em entrevista à Deutsche Welle, em 03/03/2025, a preocupação com a possibilidade de que a guerra na Ucrânia tenha um “fim rápido”.

Por quê? Segundo ele, porque isto liberaria a Rússia para ameaçar o restante da Europa antes de 2029 ou 2030, isto é, antes de que os outros países do continente estejam preparados para enfrentar o “inimigo”.A afirmativa, que provocou indignação em Kiev, mostra que

há uma estratégia pensada a respeito da possibilidade e previsão da guerra.

E a indústria da guerra parece ser um dos vetores mais importantes para a recuperação econômica da Alemanha e do continente.

A Alemanha ocupa o quinto lugar entre os maiores exportadores de armas do mundo.

São eles, em ordem crescente, segundo o Instituto Internacional de Investigação para a Paz, sediado em Estocolmo: Israel, Coreia do Sul, Espanha, Reino Unido, Alemanha, China, França e Rússia praticamente empatadas, e Estados Unidos.

Há duas enormes discrepâncias entre estes países. Primeira: de Israel à China, o percentual de participação nas exportações mundiais de armas fica em um dígito, de 1 a 5%.

Com Rússia e França, o índice dá um salto, para 10,5 e 10,9%, respectivamente, sendo que a França superou a Rússia porque as exportações desta caíram, graças à guerra com a Ucrânia e os aliados que a apoiam.

Com os Estados Unidos, o salto é maior ainda: o índice de sua participação é de 40% do mercado mundial.

Segunda discrepância: nos últimos dez anos o valor destas exportações caiu, em oito dos dez países. A duas grandes exceções são a França e os Estados Unidos. No caso destes, o aumento foi de 24%.

Das 100 maiores empresas privadas de produção de armamentos, 41 são norte-americanas, e 27 europeias, excluindo-se a Rússia, que tem apenas 2 empresas entre elas.

Invertendo-se a perspectiva, verifica-se que o país que mais importa armas no mundo é a Ucrânia, com quase 9% do setor. E seus principais fornecedores são os Estados Unidos, a Alemanha e a Polônia.

Assinale-se uma curiosidade: nenhum país da América Latina figura entre os principais exportadores ou importadores de armas.

Aqueles números acima mostram que, como no passado, infelizmente a guerra ou sua perspectiva permanecem sendo um bom negócio para afastar o fantasma de recessões econômicas para quem produza armas, não para quem suporte seus efeitos.

Como afirmei no começo, há sinais de fumaça no horizonte apontando na direção de uma guerra. Sabe-se que onde há fumaça, há fogo.

Sempre que os países da Europa prepararam-se para uma guerra, a guerra aconteceu. E este continente propiciou as duas guerras que em toda a história humana ganharam o triste título de “mundiais”.

*Por Flávio Aguiar

*Publicado originalmente na Rádio França Internacional (Brasil).

*Flávio Aguiar, jornalista e escritor, é professor aposentado de literatura brasileira na USP. Autor, entre outros livros, de Crônicas do mundo ao revés (Boitempo

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Mundo

Acredite, Zelensky pede apoio ao Brasil

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apresentou seu “plano de paz” durante uma reunião com líderes europeus, rejeitando qualquer tipo de concessão à Rússia. Ele também solicitou o apoio do Brasil, que tem defendido consistentemente a inclusão de ambas as partes em qualquer processo de negociação para resolver o conflito.

Em postagem na plataforma X neste sábado (15), Zelensky pediu um contingente de soldados estrangeiros na Ucrânia como uma “garantia de segurança”, proposta que enfrenta resistência de muitos países aliados do regime de Kiev.

“O contingente deve ser estacionado em solo ucraniano. Esta é uma garantia de segurança para a Ucrânia e uma garantia de segurança para a Europa. Se Putin quer trazer algum contingente estrangeiro para o território da Rússia, isso é problema dele. Mas não é problema dele decidir nada sobre a segurança da Ucrânia e da Europa”, escreveu.

Ele também citou o Brasil e a China como países que podem contribuir para o seu plano e acusou a Rússia de violar um “acordo” que ainda não foi firmado, enquanto vê a situação no campo de batalha se deteriorar.

“Precisamos unir não apenas a Europa e o G7, mas também todos os outros países ao redor do mundo em prol da paz. Muitos de vocês têm conexões ao redor do globo – na América Latina, Ásia, África, região do Pacífico. Queremos acabar com esta guerra de uma forma justa e final. Mobilizamos a diplomacia ao máximo para conseguir isso. O mundo deve entender que a Rússia é o único obstáculo que impede a paz”, disse.

“Peço que você fale com todos – do Brasil à China, das nações africanas aos países asiáticos – sobre o fato de que a paz real é necessária. Paz através da força. Paz através de forçar a Rússia a tomar todas as medidas necessárias em prol da paz”, acrescentou.

Por fim, rejeitou qualquer concessão a Moscou. “A paz é possível. É possível quando todos nós trabalhamos juntos – pela paz, por garantias de segurança, para garantir que o agressor não ganhe nada com esta guerra”, disse.

Na terça-feira (11), uma reunião entre as delegações dos Estados Unidos e da Ucrânia ocorreu em Jeddah, na Arábia Saudita. O gabinete de Zelensky publicou um comunicado conjunto após as negociações, no qual Kiev se declarou pronta para aceitar a proposta dos EUA de um cessar-fogo de 30 dias com a Rússia, com possibilidade de extensão mediante acordo mútuo.

O documento também afirmou que os Estados Unidos retomariam imediatamente a ajuda à Ucrânia e suspenderiam a pausa no compartilhamento de inteligência.

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Ciência

Rússia lança vacina contra o câncer

A Rússia desenvolveu uma vacina personalizada contra o câncer que será lançada no ano que vem , disse Alexander Gintsburg, diretor do Centro Nacional de Pesquisa Gamaleya de Epidemiologia e Microbiologia em Moscou, à RT.

A vacina foi desenvolvida pela Universidade de Ciência e Tecnologia Sirius e pelo Centro Nacional de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, juntamente com os maiores centros de câncer da Rússia.

Guintsburg disse que cada vacina será criada individualmente para o paciente , já que não há dois tumores iguais.

Segundo o diretor do Centro Gamaleya, a vacina será baseada em uma plataforma de mRNA e treinará o sistema imunológico do corpo humano para atacar células malignas . Graças à vacina, células que reconhecem proteínas estranhas aparecerão no corpo, aderirão ao tumor e liberarão enzimas ativas.

Algumas enzimas criarão buracos nas células afetadas, enquanto outras penetrarão através delas e destruirão as proteínas do tumor. Graças a esse mecanismo, a inflamação é prevenida e não apenas o tumor é destruído, mas também as células que metastatizam

Atualmente, os testes estão sendo realizados em animais, mas a expectativa é que a vacina seja usada em humanos em setembro ainda deste ano.

Gintsburg observou que o desenvolvimento da vacina começou em meados de 2022 por especialistas da mesma equipe que criou a Sputnik VI, a vacina russa contra a Covid-19.

“Em 10 a 15 anos, a humanidade também expandirá sua capacidade de viver sem essas doenças”, previu Gintsburg, acrescentando que, com o tempo, o conceito atual de câncer como doença mudará”.

*Com RT


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Mundo

Rússia adverte Europa que enviar tropas à Ucrânia será ‘entendido como guerra direta’

Chanceler Sergei Lavrov afirmou que Moscou passará a considerar os países que tomem essa iniciativa como seus inimigos.

Em declaração feita nesta quinta-feira (06/03), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, lançou uma advertência aos países aliados da Ucrânia, sobre o risco de uma escalada da guerra caso os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) enviem tropas para apoiar Kiev no campo de batalha.

“Consideraremos a presença dessas tropas de qualquer outro país em território ucraniano exatamente da mesma forma com a que tratamos a possível presença da OTAN na Ucrânia, como uma declaração de guerra feita diretamente à Rússia”, disse o chanceler.

Lavrov explicou que “não importa sob quais bandeiras esta operação seja hasteada, se a da União Europeia ou as bandeiras nacionais dos países que enviam suas tropas, continuam sendo tropas da OTAN”.

O comentário fez referência às ameaças feitas pelo presidente da França, Emmanuel Macron, e pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, sobre um possível plano para enviar tropas europeias ao território ucraniano.

“Não vemos espaço para esse tipo de compromisso. A discussão (sobre o envio de tropas) está sendo conduzida com um propósito abertamente hostil. Eles (Macron e Starmer) nem estão escondendo para que precisam dela”, disse o chanceler russo.

Críticas a Macron e Starmer
Lavrov também ironizou um comentário de Macron, que justificou a proposta de envio de tropas à Ucrânia dizendo que elas atuariam “em paralelo a uma possível negociação de um acordo sobre os termos da paz”.

*Opera Mundi