Categorias
Uncategorized

Somente depois da intervenção de Lula, presidente da China, Xi Jinping, aceitou conversar com Bolsonaro

Dois dias depois de Lula enviar uma carta a Xi Jinping se desculpando, em nome do povo brasileiro, pela degradante agressão de Eduardo Bolsonaro à China, assim como Ernesto Araújo, com consentimento de Bolsonaro, o presidente chinês, que não atendeu a mais de um telefonema de Bolsonaro, resolveu, sem dúvida alguma, perdoar o Brasil, em nome dos cidadãos brasileiros e da relação dos governos Lula e Dilma com a China, período em que houve os maiores avanços nas relações diplomáticas e comerciais entre os dois países, culminando na criação do BRICS.

Bolsonaro, lógico, ignorou em seu twitter a intervenção de Lula, assim como a própria Globo fez de conta que a carta de Lula ao presidente chinês nunca existiu.

Mas não há como negar que Lula extraoficialmente, em nome do prestígio que goza com o Partido Comunista Chinês, reatou as relações diplomáticas com a China.

Isso mostra a montanha que separa um estadista como Lula de um imbecil como Bolsonaro.

Lula tem reserva moral na bagagem para fazer tal pedido e ser prontamente atendido pelo líder da segunda maior economia do planeta.

Bolsonaro, de forma vergonhosa, já havia sido espinafrado por um jornal oficial do Partido Comunista Chinês que avisou que não toleraria agressões, lembrando a ele que o Brasil, com Lula e Dilma, estabeleceu relações comerciais extremamente vantajosas. Isso, logo no começo do governo Bolsonaro que, para agradar Trump, de forma estúpida resolveu agredir a China.

O fato é que Bolsonaro não governa nada e a cada dia que passa fica mais desacreditado dentro e fora do país, tendo que contar com o capital político de Lula e Dilma que os credencia a falarem a vários países em nome do povo brasileiro para que Bolsonaro não isole ainda mais o país diante da comunidade internacional. Este é o fato.

Leia aqui a íntegra carta de Lula a Xi Jinping:

São Bernardo, Brasil,
20 de março de 2020

“Caro presidente Xi Jinping,

Em nome da amizade entre os povos do Brasil e da China, cultivada por sucessivos governos dos dois países ao longo de quase cinco décadas, venho repudiar a inaceitável agressão feita a seu grande país por um deputado que vem a ser filho do atual presidente da República do Brasil.

Tal atitude, ofensiva e leviana, contraria frontalmente os sentimentos de respeito e admiração do povo brasileiro pela China. Creio expressar o sentimento de uma Nação, que tive a responsabilidade de presidir por dois mandatos, ao pedir desculpas ao povo e ao governo da China pelo comportamento deplorável daquele deputado.

Como é de seu conhecimento, setores expressivos da sociedade brasileira condenaram aquela agressão, incluindo os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal do Brasil.

Lamento, entretanto, que o atual governo brasileiro não tenha feito ainda esse gesto pelos canais diplomáticos e por meio do próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, que deveria ter sido o primeiro a tomar tal atitude. Seu silêncio envergonha o Brasil e comprova a estreiteza de uma visão de mundo que despreza a verdade, a Ciência, a convivência entre os povos e a própria democracia.

Lamento especialmente que esta agressão tenha ocorrido na conjuntura de um contencioso comercial entre a China e os Estados Unidos, país ao qual a política externa brasileira vem sendo submetida de maneira servil por este governo. Bolsonaro rebaixa as relações do Brasil com países amigos e se rebaixa como reles bajulador do presidente Donald Trump.

Este governo passará, sem ter estado à altura do Brasil, mas nada poderá apagar os laços de amizade e cooperação que vimos construindo desde 1974, quando o então presidente Ernesto Geisel restabeleceu as relações entre o Brasil e a República Popular da China.

Praticamente todos os presidentes brasileiros, desde então, fortaleceram nossa relação nos mais diversos campos. Recordo que, ainda em 1988, o presidente José Sarney assinou os acordos para a construção do satélite sino-brasileiro, que viria a ser lançado no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Em 1994, os presidentes Itamar Franco e Jiang Zemin estabeleceram a Parceria Estratégica Brasil e China, que tem frutificado em benefício mútuo. Desde 2009 a China é o maior parceiro comercial do Brasil. Em meu governo, o Brasil reconheceu a China como economia de mercado e construímos juntos os BRICS, inaugurando um novo capítulo na ordem mundial.

Recentemente, expressei minha solidariedade ao povo e ao governo da China no enfrentamento ao coronavírus. Recebo agora a notícia de que os esforços admiráveis nesse combate resultaram na interrupção, pelo segundo dia consecutivo, da transmissão do vírus em seu país. Parabéns por esta vitória e sigam lutando.

Esta é a verdadeira imagem da China que nós, brasileiros e brasileiras, aprendemos a admirar, numa convivência de mútuo respeito. Um país com o qual desejamos manter e aprofundar as melhores relações de amizade e cooperação, inclusive no combate à grave pandemia que também nos atinge.

Receba minha saudação respeitosa e fraterna, que se estende a todo o povo chinês,

Luiz Inácio Lula da Silva

 

*Da redação

Categorias
Uncategorized

Em carta a Xi Jinping, Lula pede desculpas em nome do povo brasileiro pelas agressões da família Bolsonaro à China

Ex-presidente repudiou atitude de filho de Bolsonaro e condenou o pai por se portar como “reles bajulador de Donald Trump”

Em carta enviada ao presidente da República Popular da China, Xi Jinping, o ex-presidente Lula pediu desculpas ao governo e ao povo chinês pela “inaceitável agressão” do deputado Eduardo Bolsonaro àquele país. Lula lamentou que Jair Bolsonaro não tenha sido o primeiro a tomar tal atitude, depois que seu filho acusou a China de ter espalhado o coronavírus.

“Seu silêncio envergonha o Brasil e comprova a estreiteza de uma visão de mundo que despreza a verdade, a Ciência, a convivência entre os povos e a própria democracia”, escreveu Lula, em referência a Jair Bolsonaro. Nem o presidente do Brasil nem o Itamaraty se desculparam pelo episódio que, além de demonstrar ignorância, afeta as relações do Brasil como nosso maior parceiro comercial.

“Lamento especialmente que esta agressão tenha ocorrido na conjuntura de um contencioso comercial entre a China e os Estados Unidos, país ao qual a política externa brasileira vem sendo submetida de maneira servil por este governo”, acrescentou Lula. “Bolsonaro rebaixa as relações do Brasil com países amigos e se rebaixa como reles bajulador do presidente Donald Trump.”

A carta de Lula foi entregue sexta-feira (20) à embaixada China em Brasília e chegou ao presidente Xi Jinping neste domingo. Lula cumprimentou o governo e o povo chinês pelas vitórias alcançadas no combate ao coronavírus. “Esta é a verdadeira imagem da China que nós, brasileiros e brasileiras, aprendemos a admirar, numa convivência de mútuo respeito.”

Leia aqui a íntegra carta de Lula a Xi Jinping:

São Bernardo, Brasil,
20 de março de 2020

“Caro presidente Xi Jinping,

Em nome da amizade entre os povos do Brasil e da China, cultivada por sucessivos governos dos dois países ao longo de quase cinco décadas, venho repudiar a inaceitável agressão feita a seu grande país por um deputado que vem a ser filho do atual presidente da República do Brasil.

Tal atitude, ofensiva e leviana, contraria frontalmente os sentimentos de respeito e admiração do povo brasileiro pela China. Creio expressar o sentimento de uma Nação, que tive a responsabilidade de presidir por dois mandatos, ao pedir desculpas ao povo e ao governo da China pelo comportamento deplorável daquele deputado.

Como é de seu conhecimento, setores expressivos da sociedade brasileira condenaram aquela agressão, incluindo os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal do Brasil.

Lamento, entretanto, que o atual governo brasileiro não tenha feito ainda esse gesto pelos canais diplomáticos e por meio do próprio presidente da República, Jair Bolsonaro, que deveria ter sido o primeiro a tomar tal atitude. Seu silêncio envergonha o Brasil e comprova a estreiteza de uma visão de mundo que despreza a verdade, a Ciência, a convivência entre os povos e a própria democracia.

Lamento especialmente que esta agressão tenha ocorrido na conjuntura de um contencioso comercial entre a China e os Estados Unidos, país ao qual a política externa brasileira vem sendo submetida de maneira servil por este governo. Bolsonaro rebaixa as relações do Brasil com países amigos e se rebaixa como reles bajulador do presidente Donald Trump.

Este governo passará, sem ter estado à altura do Brasil, mas nada poderá apagar os laços de amizade e cooperação que vimos construindo desde 1974, quando o então presidente Ernesto Geisel restabeleceu as relações entre o Brasil e a República Popular da China.

Praticamente todos os presidentes brasileiros, desde então, fortaleceram nossa relação nos mais diversos campos. Recordo que, ainda em 1988, o presidente José Sarney assinou os acordos para a construção do satélite sino-brasileiro, que viria a ser lançado no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.

Em 1994, os presidentes Itamar Franco e Jiang Zemin estabeleceram a Parceria Estratégica Brasil e China, que tem frutificado em benefício mútuo. Desde 2009 a China é o maior parceiro comercial do Brasil. Em meu governo, o Brasil reconheceu a China como economia de mercado e construímos juntos os BRICS, inaugurando um novo capítulo na ordem mundial.

Recentemente, expressei minha solidariedade ao povo e ao governo da China no enfrentamento ao coronavírus. Recebo agora a notícia de que os esforços admiráveis nesse combate resultaram na interrupção, pelo segundo dia consecutivo, da transmissão do vírus em seu país. Parabéns por esta vitória e sigam lutando.

Esta é a verdadeira imagem da China que nós, brasileiros e brasileiras, aprendemos a admirar, numa convivência de mútuo respeito. Um país com o qual desejamos manter e aprofundar as melhores relações de amizade e cooperação, inclusive no combate à grave pandemia que também nos atinge.

Receba minha saudação respeitosa e fraterna, que se estende a todo o povo chinês,

Luiz Inácio Lula da Silva

 

*Do Lula

Categorias
Uncategorized

Moro e o seu troféu Boca Aberta

O chilique do deputado Éder Mauro, do PSD do Pará, e o troféu entregue pelo deputado Boca Aberta, do PROS do Paraná, formam, junto com a tropa histérica de puxa sacos da base governista, o mosaico do que restou de apoio a Sérgio Moro, no Parlamento e, por extensão, na sociedade.

As manifestações do dia 30 de julho, curiosamente chamadas de “protestos de apoio”, demonstraram com bastante clareza o refluxo desse apoio, que pode ser medido pelo número de quarteirões ocupados por esses inusitados protestantes, nos maiores centros urbanos do País.

Fustigado pelos vazamentos do Intercept Brasil, para os quais montou uma estratégia de defesa confusa e errática, Moro tem se virado como pode.

No Senado Federal e na Câmara dos Deputados, comportou-se como um autômato, focado no treinamento de media training que o orientou a fugir das perguntas irrespondíveis e se apegar, não sem algum constrangimento, à bajulação ensaiada dos beócios que hoje compõem a base de apoio do governo Bolsonaro.

A fala final, na Comissão de Constituição de Constituição e Justiça, do deputado Glauber Braga, do PSOL do Rio, acionou todos os gatilhos emocionais dessa gente. Ao chamar Moro de “juiz ladrão”, como antes, no processo de impeachment, havia colado na testa de Eduardo Cunha a pecha de “gangster”, Braga abriu a Caixa de Pandora onde repousavam os piores demônios aliados do ministro da Justiça.

Éder Mauro, delegado de polícia do Pará, foi o primeiro a surtar. Quase perdeu a peruca ao vociferar contra Braga, a quem chamou de “viado”, um xingamento cafona, ridiculamente homofóbico, mas que pode lhe custar uma cassação de mandato. Isso, claro, se ainda houver algum respeito ao regimento interno da Câmara.

Boca Aberta foi mais além, embora sem tantos faniquitos. Sacou um troféu de honra ao mérito para Moro. Segundo ele mesmo, uma taça “à maior estrela do combate à corrupção, no País”. Merecia, ele mesmo, troféu semelhante, de maior puxa saco de Moro. Sem falar na faixa de Miss Brasil Sem Noção.

Ali, naquele momento, reverenciado por esse gueto de loucos e fascistas, Moro

percebeu que, daqui para frente, será só ladeira abaixo.

 

*Por Leandro Fortes/247