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Pau que dá em Moro dá em Tarcísio de Freitas

Se a lei vale para Sérgio Moro, deve valer também para Tarcísio de Freitas.

Se a Justiça cortou as asinhas do espertalhão Sérgio Moro de ser candidato em São Paulo, porque seu domicílio eleitoral sempre foi no Paraná, por que não fará o mesmo com o carioca Tarcísio de Freitas (PL), candidato ao governo?

O domicílio de Tarcísio Freitas sempre foi no Rio.

Se a coisa fica assim, manca, valendo para um e não valendo para o outro em caso semelhante, perde o sentido.

A régua da Justiça deve ser isonômica. Imagino que, se provocada, será também nesse caso.

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Ajudem Moro a se candidatar a alguma coisa

Como diz a música “O Pato” de Vinícius de Moraes:

Caiu no poço,quebrou a tigela, tantas fez, o moço, que foi pra panela.

Depois de tentar ser candidato à presidência da República e topar com a negativa do partido, União Brasil escanteia o ex-herói Sergio Moro da disputa ao Senado.

O picareta está nesse momento em um não lugar e vaga, como um ovoide, entre o umbral e a erraticidade.

Até o site Antagonista, no qual Moro deu um abraço de afogado, disse, em entrevista com Moro não é nada, nem candidato a deputado e está no limbo.

Mas Moro não desiste e quer concorrer a uma vaga de qualquer coisa. Quem sabe de carregador de chuteira do artilheiro Lula.

O fato é que Moro entalou, tá engasgado, sem respiração, sem ar, sem nada, desesperado em meio à sombras e aflições.

Para piorar, a audiência do Jornal Nacional, que inventou Moro, despenca e amarga os piores números da história.

Ou seja, o náufrago não tem cabelos no mar para se agarrar.

Temos que jogar uma boia pro pato que achou um dia que era o imperador do Brasil.

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Justiça

Desmoronou: STJ reconhece incompetência de Moro e anula sentença do ex-juiz contra executivos do Grupo Schahin

Os réus foram condenados pelo então juiz federal Sergio Moro, em 2017, por supostas irregularidades em contratações para a construção de navios-sonda da Petrobras.

Conjur: A 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça reconheceu nesta terça-feira (24/5) a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar executivos do Grupo Schahin acusados de corrupção e lavagem de dinheiro, irregularidades investigadas no âmbito da extinta “lava jato”.

Com isso, está suspensa a execução da pena contra Milton Taufic Schahin, decisão que também beneficia o executivo Fernando Schahin e os ex-gerentes da Petrobras Demarco Jorge Epifânio e Luís Carlos Moreira da Silva.

Todos os atos e decisões proferidos estão anulados. O processo será agora encaminhado à Justiça Eleitoral, na qual o juízo competente poderá decidir sobre a possibilidade de ratificá-los.

Os réus foram condenados pelo então juiz federal Sergio Moro, em 2017, por supostas irregularidades em contratações para a construção de navios-sonda da Petrobras. A condenação foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região em 2019. Um ano antes, o Grupo Schahin teve a falência decretada.

A ação penal que gerou a condenação não imputou aos réus qualquer cobrança ou pagamento de propina que seria usada em campanhas eleitorais, fato que atrairia diretamente a competência da Justiça Eleitoral. No entanto, toda a investigação é conexa a outra ação penal que possui essa característica.

Isso porque o consórcio curitibano apresentou diversas denúncias sobre irregularidades na contratação de navios-sonda, separando-as por grupos de investigados à medida que delações premiadas eram fechadas e que o inquérito evoluía.

Uma dessas ações levou à condenação do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, sentença que foi anulada pela 5ª Turma do STJ em outubro de 2021. Na ocasião, o colegiado reconheceu igualmente a incompetência manifesta da 13ª Vara Federal de Curitiba.

A conexão com esse caso foi suscitada ao STJ pela defesa dos executivos do Grupo Schahin. Relator, o desembargador convocado Jesuíno Rissatto negou provimento ao recurso por entender que a alegação configurou indevida inovação recursal.

Na tarde desta terça-feira, abriu a divergência o ministro João Otávio de Noronha, ao considerar que a competência para julgar uma ação penal é matéria de ordem pública que pode ser analisada a qualquer tempo, devido à maior gravidade que gera na esfera penal para garantir o devido processo legal.

Para ele, não há como negar a manifesta conexão com o caso de João Vaccari Neto, recentemente anulado pela 5ª Turma. Assim, votou por reconhecer a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba, pela suspensão da execução das penas, pela determinação imediata de soltura dos réus e envio dos autos à Justiça Eleitoral.

Acompanharam o voto divergente os ministros Ribeiro Dantas, Reynaldo Soares da Fonseca e Joel Ilan Paciornik. Ficou vencido o relator, desembargador convocado Jesuíno Rissatto.

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Política

Dia da caça, dia do caçador: Juiz transforma Moro em réu por prejuízos ao país

O ex-juiz Sergio Moro virou réu em uma ação popular em que deputados federais do PT pedem que ele seja condenado a ressarcir os cofres públicos por alegados prejuízos causados à Petrobras e à economia brasileira por sua atuação à frente da Operação Lava Jato, segundo Mônica Bergamo, na Folha.

A ação judicial foi apresentada no dia 27 e enviada à 2ª Vara Federal Cível de Brasília. Os petistas não estipularam o valor da indenização a ser pago em caso de condenação.

Na segunda (23), o juiz Charles Renaud Frazão de Morais recebeu a inicial, o que significa que dará curso à ação. E determinou: “Cite-se o réu”.

Na ação, assinada pelo advogado Marco Aurélio de Carvalho, que coordena o grupo Prerrogativas, os parlamentares afirmam que “o ex-juiz Sergio Moro manipulou a maior empresa brasileira, a Petrobras, como mero instrumento útil ao acobertamento dos seus interesses pessoais”.

“O distúrbio na Petrobras afetou toda a cadeia produtiva e mercantil brasileira, principalmente o setor de óleo e gás.”

A iniciativa da ação é dos deputados petistas Rui Falcão (SP), Erika Kokay (DF), Natália Bonavides (RN), José Guimarães (CE) e Paulo Pimenta (RS).

Moro afirmou na época, em nota, que “o governo do PT foi manchado pelos maiores escândalos de corrupção da história”.

“A gestão desastrosa do PT quase quebrou a Petrobras e o país. O que prejudicou a economia e eliminou empregos foi a corrupção, e não o combate a ela.”

Dizia ainda o comunicado que, com a ação popular, líderes do PT demonstram sua disposição em querer inverter os valores da sociedade e perseguir quem combateu a corrupção.

“É um prenúncio da perseguição que irão realizar caso ganhem as eleições, instaurando um regime autoritário e corrupto.”

Em vídeo nas redes, Moro criticou a ação dos deputados. “Tem horas que você não sabe se o PT é um partido político ou um grupo de comediantes”, diz.

O advogado Marco Aurélio de Carvalho sustenta que não há revanchismo e que “corrupção praticou Moro, ao violar regras do direito”.

“Nós, do Prerrogativas, defendemos que a ele sejam assegurados a presunção de inocência, o devido processo legal e o pleno exercício de defesa, princípios vilipendiados pela Lava Jato.”

Representados por advogados ligados ao grupo Prerrogativas, os cinco parlamentares do PT afirmam que, ao contrário do respeito aos limites legais e à obrigação de imparcialidade, Moro teve “condutas profundamente alheias aos ditames imponíveis à atividade judicial”.

Alegam que desvios de finalidade, excessos e abusos cometidos pela Lava Jato, sobretudo em virtude da “atuação viciada” do ex-juiz, “resultaram em perdas e danos muito superiores ao interesse público”, o que produziu “um cenário de desarranjo econômico de altíssimo custo social em nosso país”.

A peça acusatória diz que empreiteiras e grandes fornecedores de equipamentos para os setores da construção e óleo e gás foram alvejados de forma completamente atípica por Moro.

“A sanha persecutória do magistrado condutor da ‘Lava Jato’ atrofiou as cadeias produtivas dos setores de óleo e gás e construção civil, reduzindo-as a uma fração ínfima do que subsistia anteriormente”, afirmam os representantes do PT.

Para dar suporte às acusações, o grupo cita levantamentos realizados por diferentes entidades, entre eles um mencionado pelo ministro Ricardo Lewandowski, do STF (Supremo Tribunal Federal), por ocasião do julgamento que anulou condenação imposta a Lula no caso tríplex de Guarujá, no ano passado.

O magistrado fez referência a um estudo da professora Rosa Maria Marques, da PUC de São Paulo, baseado em pesquisa do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

“Esse estudo mostra também que se estima que a Lava Jato retirou cerca de R$ 142,6 bilhões da economia brasileira. A operação produziu, pelo menos, três vezes mais prejuízos econômicos do que aquele que ela avalia ter sido desviado com a corrupção. Isso fora os milhões de desempregos que esta operação causou”, afirmou Lewandowski no ano passado.

De acordo com informações disponibilizadas pelo Ministério Público Federal, o saldo de recuperação da Lava Jato no Paraná inclui R$ 4,3 bilhões em valores recuperados e devolvidos aos cofres públicos (União, Petrobras e outros) e R$ 14,8 bilhões em multas compensatórias decorrentes de delações premiadas e acordos de leniência

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Tchau queridos!

Moro e Mamãe Falei dão a ideia da amplitude de uma ambição perigosa. Mas não é só isso que liga os dois.

Quando a mídia nos jogou na condição política de colônia com aquela grosseira farsa do mensalão, por nunca aceitar a vitória de Lula, já no primeiro mandato, por estar enraizado no DNA da classe dominante que traz com ela a nostalgia da escravidão, o saudosismo da servidão e a tradição da casa grande que envenena toda a nação, tirou-nos completamente do conceito de civilização.

Essa técnica da qual hoje Bolsonaro se lambuza, de produzir falsos debates em busca de um assento central na manchete nacional, ele se inspirou em muita gente, como Steve Bannon, mas sua receita principal foi o Bonner do Jornal Nacional, da Globo, a mais efetiva e radical representante da extrema direita brasileira. Também, desse mesmo opulento núcleo de comunicação que virou um império, foi extraído o que de pior tem no fascismo brasileiro.

Por isso, a emissora gasta tanto com prêmios e mimos para que “quem manda” na sociedade poetize a manipulação escancarada com que a Globo jura que faz jornalismo.

Foi da miséria desse ambiente que surgiram esses dois personagens concatenados, não só por serem da mesma terra natal, mas por repartirem as luzes da mídia. Moro, a mídia industrial, sobretudo a Globo e, repartindo com ele a partir de uma outra instrução, a das redes, da internet, do youtube, um pangaré da mesma estirpe de Moro, chamado Mamãe Falei, do fascismo jovem do MBL.

Moro, basicamente, é o padrinho dessa frase “tchau querida”, pois foi através do seu grampo criminoso a presidência da República e o repasse para a Globo, de forma ainda mais criminosa, que Lula fala a Dilma  na despedida do telefonema, “tchau querida”.

Nesse mesmo período, o MBL, patrocinado por empresários que queriam arrebentar com os direitos dos trabalhadores e produzir esse caos em que vivemos, tinha em seu quadro, o tal Mamãe Falei que, mais tarde virou o deputado estadual bolsonarista, Arthur do Val.

Essa figura pernóstica se promoveu via internet, por influência da grande mídia, que já havia envenenado a imagem do PT para que os Marinhos pudessem impor aos brasileiros um novo império do neoliberalismo, delineando as políticas econômicas do golpista Temer e do genocida, Bolsonaro.

Bom, para encurtar a conversa, o sujeito foi cassado ontem, na verdade, bem cassado, com direito a nunca mais ter um facho de luz que lhe deu seguidores frenéticos. Antes, porém, as mesmas redes da mesma internet que tinham lhe dado um busto de salvador da pátria, fez dele um dos políticos mais execrados em praça pública com o vazamento do seu criminoso áudio em que divide com algum interlocutor a nojenta afirmação de que “as mulheres ucranianas eram fáceis por serem pobres”.

Já Sergio Moro, voltando lá atrás, antes mesmo de pagar a sua dívida de gratidão com Bolsonaro, com a cabeça de Lula, dando a ele a própria presidência da República, recebendo e em troca a recompensa de um super ministério, tatuou em sua testa uma espécie de tchau querido, quando, vendo que, mesmo com todo apoio da mídia, não teria a menor chance de enfrentar Bolsonaro, que fará Lula. Moro, praticamente está fora da disputa de qualquer cargo eletivo para o resto da vida, uma espécie de auto cassação, diferente do seu parceiro de partido, à época, Mamãe Falei.

Não há como deixar de registrar esses fatos e o porquê deles, que são sim bem mais complexos e reveladores.

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Bolsonaro ronca e fuça violência armada em seu palanque para não explicar aos tolos a pior inflação desde 1996.

Nesta quarta-feira (11), Bolsonaro apresentou os primeiros sintomas de uma crise nervosa com o aumento da distância entre ele e Lula, revelado pelas pesquisas.

Com a respiração acelerada, no auge da crise, Bolsonaro, ao contrário de mostrar, com seus rompantes, qualquer ato de valentia no seu ataque de raiva, parecia alguém que estava prestes a chorar incontrolavelmente em seu colapso nervoso.

Esses são sinais claros de sobrecarga que apontam, através de suas reações, que ele perdeu sono e começa a ver que o seu isolamento, por negligência com as tarefas de um presidente, está crescendo dia a dia.

Por tudo isso, ficou claro que suas atitudes são de quem está com sintomas de acovardamento, fraqueza, temor, terror e tremor de uma derrota acachapante para Lula.

Seu falso arrojo dando socos no vento, num heroísmo funesto, falando que as eleições no Brasil não são limpas e que o brasileiro tem que andar armado, não é sintoma nenhum de coragem, e sim, de andaço, ou seja, diarreia de quem está se borrando de medo de perder a eleição e o controle das instituições e pessoas, e a disenteria é só uma consequência.

As pesquisas deixam claro que os brasileiros estão de saco cheio dele.

Na verdade, os berros que ele deu hoje em Curitiba, foram contra ele próprio que aumentou o diesel em mais de 9% e a gasolina que bateu recorde de aumento.

Lógico que o berreiro que Bolsonaro produziu em Curitiba faz parte do seu teatro para ver se o brasileiro esquece que ele é o presidente que mais produziu morte por covid no planeta.

Por isso também roncou e fuçou no palanque para não ter que explicar aos tolos como ele conseguiu produzir a maior inflação no Brasil desde 1996. Como a cenoura ficou 178% mais cara, o tomate 103% e o alface 45%.

Possivelmente nesta quinta, Bolsonaro dirá que não tem culpa desse leque de aumento de preço dos combustíveis e alimentos. Ele dirá, sem corar, que a culpa não é dele, mas de um tal Jair Messias.

Seja como for, é bem possível que Bolsonaro esteja tentando negociar em meio as suas arruaças, uma anistia ampla, geral e irrestrita para ele e todo seu clã.

E nunca se esqueça. robô de internet não ganha jogo. O robô que, em 2018, deu vitória a Bolsonaro, e ele sabe disso, porque negociou diretamente com ele, tem nome, Sergio Moro.

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Para Cantanhêde, Moro implodiu, fez um pá, pé, pi, pó, pu!

Eliane Cantanhêde diz que Moro virou um nada, foi do pó ao pu, implodiu, fazendo o caminho inverso da fênix, do estrelato às cinzas. Sim, tudo isso é verdade, pelo menos é assim que a literatura vai ter como referência o herói que virou um camundongo, apesar dos clarins da mídia para saldar e timbrar todos os apoteóticos passos daquele que foi capa de todas as revistonas e jornalões desse país, fora a condição de solista virtuose com que o Jornal Nacional lhe rendia homenagens diárias, fazendo toda a mídia entoar o mesmo coro.

Agora, ver uma das tietes de Moro, Eliane Cantanhêde, fixando na lápide do político Sergio Moro, a tônica de sua própria falência. Não há como não provocar gargalhadas.

Não sobrou nada de Moro, disse Cantanhêde, ele virou um nada, virou pó. Seu prestígio como juiz foi convertido a uma fração mínima, que hoje não se tem certeza de que ele se arriscará numa disputa para a Câmara Federal ou se  colocará a viola no saco para cair no mundo do esquecimento.

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Cai a dama do castelo de cartas da Lava Jato: STF anula as ações de Gabriela Hardt

Uma operação policial eminentemente política que resultou num golpe de Estado em Dilma e na prisão absurda de Lula, por motivos eleitorais, já que se tratava de um candidato com potencial de vencer a eleição no primeiro turno, assistimos agora uma espécie de Lava Jato reversa, se é que pode ser chamada assim a grif criada por Moro para fazer negócios políticos e empresariais.

Na época em que surgiu a Lava Jato, Moro basicamente brilhava sozinho, mas já tinha no gatilho seus substitutos para galgar a vida política rumo à ambição de se tornar presidente, e a juíza Gabriela Hardt funcionou como uma dama de um castelo de cartas armado por Moro, que acaba de ser implodido de vez pela ONU.

Coincidência ou não, o ministro do STF, Lewandowski, no mesmo dia da decisão da ONU sobre Lula, reduz a pó os restos mortais da maior farsa e o maior balcão de negócios jurídicos da história contra o blefe de Sergio Moro, tirando a validade completa de todas as decisões de sua substituta, e assim esvazia de vez aquele que foi o maior projeto de marketing político que emergiu de dentro do sistema de justiça no Brasil, contaminando não só o ambiente político nacional, como todo o aparelho de justiça do Estado brasileiro.

A isso, pode-se dizer, porque é assim que o povo pensa, que a democracia brasileira teve mais uma grande vitória sobre uma farsesca peça da estrutura de poder que Moro tentou construir utilizando a toga como mola propulsora.

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ONU dá 180 dias para Brasil reparar Lula dos danos causados pela Lava Jato

Comitê de Direitos Humanos da ONU também determinou ao governo brasileiro a tradução e divulgação ampla do conteúdo da decisão do órgão que concluiu que Moro e procuradores atuaram de forma ilegal e contra tratado internacional para perseguir Lula.

Na decisão do Comitê de Direitos Humanos da ONU que reconheceu parcialidade do ex-juiz Sergio Moro no processo contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) no âmbito da Operação Lava Jato, o órgão também determina ao governo brasileiro a reparação de todos os danos causados a Lula e a adoção de medidas de prevenção para evitar violações similares a qualquer outro cidadão brasileiro.

No documento emitido de Genebra, tornado público nesta quinta-feira (28), as Nações Unidas também exigem que o Brasil traduza, publique e divulgue amplamente o conteúdo da decisão enviada à defesa de Lula e ao governo federal. No prazo de 180 dias, as autoridades brasileiras deverão prestar informações sobre as medidas tomadas para efetivar as exigências da ONU.

Nesta quarta (27), dos 18 peritos do Comitê de Direitos Humanos, 16 concluíram que o ex-presidente foi processado, julgado e condenado de forma parcial, ou seja, com intenção de incriminar. E que Sergio Moro, ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro e agora ex-presidenciável, também violou os direitos políticos de Lula em 2018.

Com isso, abriu caminho para a vitória de Jair Bolsonaro na eleição daquele ano. O comitê entendeu que Lula teve seus direitos violados ao ser levado pela Polícia Federal, em 2016 a uma sala do aeroporto de Congonhas para prestar depoimento, de maneira arbitrária e com toda a mídia convocada. A parcialidade dos processos e dos julgamentos, concluiu a ONU, ficou evidente pela difusão de mensagens de caráter privado de seus familiares e diante do impedimento da candidatura Lula em 2018.

Com isso, abriu caminho para a vitória de Jair Bolsonaro na eleição daquele ano. O comitê entendeu que Lula teve seus direitos violados ao ser levado pela Polícia Federal, em 2016 a uma sala do aeroporto de Congonhas para prestar depoimento, de maneira arbitrária e com toda a mídia convocada. A parcialidade dos processos e dos julgamentos, concluiu a ONU, ficou evidente pela difusão de mensagens de caráter privado de seus familiares e diante do impedimento da candidatura Lula em 2018.

Vitória da democracia

Na decisão, os peritos afirmam que as autoridades brasileiras passaram por cima de uma liminar da ONU, concedida em agosto de 2018, que pedia a manutenção dos direitos políticos de Lula até que seu caso fosse avaliado pelo Supremo Tribunal (STF) e que o mérito fosse tratado por Genebra. Porém, a liminar foi ignorada pelo então governo do golpista Michel Temer.

Em coletiva de imprensa, na manhã de hoje, os advogados do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Zanin Martins, destacaram a decisão da ONU como “histórica e uma vitória não apenas do presidente Lula, mas de todos aqueles que acreditam na democracia e no Estado de Direito”.

“Essa foi a posição adotada pela ONU e que recebemos com muita alegria. Pois esse foi um processo que nós iniciamos em 2016, atualizamos ao longo de todos esses anos, inclusive submetidos a um tratamento incompatível com as nossas prerrogativas profissionais pela operação Lava Jato, particularmente pelo ex-juiz Sergio Moro e pelo procurador Deltan Dallagnol e seus colegas de operação. Mas nós conseguimos não apenas no Brasil o reconhecimento de que tudo era ilegal e arbitrário em relação ao ex-presidente Lula, mas também em uma Corte mundial que é o Comitê de Direitos Humanos reconhecer que a operação Lava Jato, que o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol atuaram de forma ilegal, arbitrária e afrontando um tratado internacional da ONU”, enfatizaram.

*Com RBA

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Justiça

União deve indenizar advogado de Lula por grampo em escritório, decide TRF-3

A 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), na terça-feira (26/4), condenou a União a indenizar em R$ 50 mil o advogado Roberto Teixeira — responsável pela defesa do ex-presidente Lula em processos relativos à “lava jato” — devido à interceptação telefônica de seu número de celular e à quebra do sigilo das comunicações de seu escritório.

As decisões foram proferidas em 2016 pelo então juiz Sergio Moro, que tornou públicos os diálogos de Lula com Teixeira. Ele alegou não ter identificado “com clareza” a relação de cliente e advogado, já que Teixeira não estava listado como representante de Lula em um dos processos na Justiça Federal do Paraná. Na mesma ação, contudo, constava o nome do advogado Cristiano Zanin Martins, sócio do escritório de Teixeira.

Moro havia considerado as medidas necessárias devido a supostos “indícios do envolvimento direto” de Teixeira na aquisição do sítio em Atibaia (SP) que era alvo das investigações. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a suspeição de Moro e a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar Lula, e com isso o processo foi anulado. A ratificação da denúncia foi mais tarde rejeitada.

À época das decisões, o advogado acionou a Justiça pedindo reparação por ter sido monitorado no exercício de sua profissão e sofrido prejuízos pessoais e profissionais. Por unanimidade, os desembargadores do TRF-3 consideraram ilegal a conduta de Moro e definiram a responsabilidade da União pela indenização, mas ressaltaram que a ré ainda pode buscar ressarcimento junto ao ex-juiz.

O relator, Helio Nogueira, ressaltou a “indevida violação do sigilo”, em “desconformidade com os limites constitucionais e as normas estabelecidas pela legislação de regência”, além da ilegalidade da divulgação das conversas interceptadas. Assim, ficou “caracterizada a lesão a direitos extrapatrimoniais”. As informações são do G1.

*Com Conjur

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