governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Jair Bolsonaro (PL) se “estranharam” durante a reunião da bancada do PL que discutiu fechar os votos de forma contrária à aprovação do projeto de reforma tributária, que deverá ser votado nesta quinta-feira (6) pela Câmara dos Deputados.
Na reunião, Tarcísio defendeu que a bancada vote pela aprovação do projeto alegando que a “direita não pode perder a narrativa de ser favorável à reforma tributária”. “Porque senão a reforma tributária acaba sendo aprovada e quem aprovou?”, completou.
Pouco depois, Tarcísio foi interrompido por Jair Bolsonaro, que vem defendendo que a bancada do PL vote “contra tudo” que for apresentado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Pessoal, se o PL estiver unido, não aprovam nada. Vai depender de nós”, disparou o ex-mandatário.
Tarcísio tentou se justificar: “vou deixar uma coisa clara aqui: eu não estou defendendo a votação no dia de hoje, não. O que eu estou querendo explicar e estou vindo aqui explicar, com a maior humildade do mundo, é que eu acho arriscado para a direita abrir mão da reforma tributária”.
A ira de Bolsonaro, que na semana passada foi declarado inelegível por oito anos pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), se deve ao fato de Tarcísio ter defendido na segunda-feira, com poucas ressalvas, o projeto da reforma tributária do governo Lula.
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Enquanto Lula freia venda de Correios e outras estatais, governadores como Tarcísio, Zema, Ibaneis e Leite avançam em planos de privatização.
De acordo com o Metrópoles, a polarização entre esquerda e direita na política brasileira está bem marcada quando o tema é a privatização de empresas estatais. Enquanto o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cumpriu uma promessa de campanha e tirou da fila da venda os Correios e outras seis empresas públicas, governadores que foram eleitos ou reeleitos em cima de uma plataforma liberal na economia estão ampliando esforços, com a finalidade de passar para a iniciativa privada empresas de seus estados.
O freio nos planos de privatização de estatais iniciados no governo de Jair Bolsonaro (PL) foi puxado pelo governo de Lula no início do feriadão da Semana Santa, na quinta-feira (6/4). Além dos Correios, o governo petista tirou do Programa Nacional de Desestatização (PND) estatais como Empresa Brasil de Comunicação (EBC); Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro); e Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev). A ação está alinhada com outras iniciativas realizadas nas primeiras semanas de governo, como a interrupção de estudos sobre a privatização da Petrobras, maior empresa pública do país.
Bandeira histórica do PT, o veto às privatizações tem sido defendido por Lula desde a campanha eleitoral do ano passado, quando o então candidato chegou a advogar pela reversão da venda das ações da Eletrobras – plano que até agora não foi posto em prática.
A convicção de Lula não mudou nem sob a pressão por aumento na arrecadação federal imposta pelos planos apresentados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no projeto do novo arcabouço fiscal, que exige um aumento de até R$ 150 bilhões por ano no montante que entra nos cofres do governo. Para os petistas, empresas estatais são um patrimônio público e devem atuar alinhadas com objetivos traçados pelo estado.
Um dia antes do anúncio do governo Lula, na quarta-feira (5/4), três governadores de partidos mais à direita defendiam um estado mais enxuto e expunham planos de privatização ou concessão de estatais e obras de infraestrutura, como estradas, em um evento promovido pelo Bradesco em São Paulo. Para Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul, Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, e Tarcísio de Freitas (Republicanos, foto em destaque), de São Paulo, a venda das estatais melhora a eficiência dos serviços e evita que os cofres públicos arquem com eventuais prejuízos causados por aparelhamento e má administração.
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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse a aliados ter ficado encantado com o comportamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante encontro no litoral norte de São Paulo, atingido por enchentes no último final de semana. Pelo menos 49 pessoas morreram e cerca de quatro mil estão desalojadas (na casa de parentes ou amigos) e desabrigadas (que precisam da ajuda do Poder Público).
“Tarcísio disse que Lula se comportou como um líder nato e mostrou-se superior a qualquer rixa partidária”, afirmou um dos membros do governo estadual. Ele confessou ainda que havia preocupação de que durante o encontro Lula tentasse colocar o governador numa situação delicada por ter sido eleito no esteio de Jair Bolsonaro (PL), informa o IG.
Se chegou em dúvida sobre como Lula iria se comportar, Tarcísio saiu com ótima impressão. “O governador gostou muito da reunião e considera que o presidente fez o que dele se esperava. Ele chegou a cumprimentar o Lula por deixar divergências de lado”, confirmou outra fonte ouvida pela coluna.
O maior medo de Tarcísio era de ser taxado como um governador bolsonarista e que não demonstra empatia pelo povo paulista. Isso foi descartado em parte pelo comportamento dele, que correu para o litoral pouco depois da tragédia, e em parte porque Lula não alimentou animosidade.
Em conversas privadas pouco antes da reunião, Tarcísio já havia sido orientado a ir sem medo. “O Kassab tinha dito que o Lula jamais iria usar essa situação para humilha-lo”, disse um assessor.
Após o encontro, Tarcísio disse a aliados que é possível fazer um governo amistoso e sem a guerra que viveu enquanto ministro. “Pelo menos não vou morrer de úlcera”, brincou em conversa com seu núcleo duro.
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Ex-governador João Doria discutiu com governo federal inclusão do trecho paulista da via na concessão da Dutra.
Segundo a Folha, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), optou por não participar dos planos e pedidos de parceria de seus antecessores para duplicar o trecho paulista da rodovia Rio-Santos quando comandava o Ministério da Infraestrutura do governo Jair Bolsonaro (PL).
As obras de duplicação da via vão beneficiar o trecho fluminense, entre o Rio e Angra dos Reis, com apenas uma “adequação de capacidade” até Ubatuba, no litoral norte de São Paulo.
Em sua gestão na Infraestrutura (de janeiro de 2019 a março de 2022), em assuntos relacionados ao litoral paulista, Tarcísio também foi alvo de críticas por travar os planos do Governo de São Paulo para construir uma ponte ligando Santos ao Guarujá.
Por outro lado, o então ministro apresentou como grandes feitos para a região as concessões de terminais do Porto de Santos e de um trecho menor da própria Rio-Santos, ofertado junto com a via Dutra.
O governador afirmou à Folha que não atuou no trecho paulista da Rio-Santos por problema de jurisdição, porque essa parte está sob responsabilidade do estado. Acrescentou que em “momento algum” deu a entender ao governo Doria que incluiria essa parte, argumentando que os estudos para a concessão das vias já vinham desde 2017, antes mesmo do início das gestões do tucano e de Bolsonaro.
A Rio-Santos foi duramente afetada pelas fortes chuvas do último fim de semana, que provocaram destruição em cidades do litoral paulista e deixaram pelo menos 48 mortos.
Tarcísio afirmou na segunda (20) que pode não ter sobrado rodovia em alguns trechos da Rio-Santos por causa do temporal.
Os pontos mais atingidos da rodovia ficam no trecho sob responsabilidade do governo estadual. A concessionária CCR Rio-SP, responsável por administrar o trecho federal, mais ao norte, do Rio até Ubatuba, chegou a interromper a circulação do tráfego por questão de segurança, mas depois liberou.
A duplicação de todo o trecho paulista da Rio-Santos começou a ser tratada nos primeiros dias dos governos Doria, em São Paulo, e Jair Bolsonaro, a nível federal.
O então governador e sua equipe se reuniram com o próprio Tarcísio e técnicos do Ministério da Infraestrutura, quando acordaram que fariam estudos para a duplicação da via.
O objetivo era que a concessão do trecho paulista fosse atrelada ao leilão da Dutra. No entanto, o governo federal se desvinculou dos planos paulistas e excluiu do processo o trecho estadual, que representa a maior parte da Rio-Santos em São Paulo.
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“O que suspeitamos é que os policiais ligados à campanha executaram uma pessoa e depois inventaram um suposto atentado para criar um factoide político eleitoral”, diz Ariel Castro Alves, do grupo Tortura Nunca Mais.
Vídeos obtidos pela Fórum mostram que o suposto atentado propalado pela campanha de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), candidato de Jair Bolsonaro (PL) ao governo de São Paulo, em Paraisópolis, na zona sul da capital no dia 17 de outubro, foi uma execução, que assassinou Felipe Silva e Lima, de 27 anos.
“O que nós suspeitamos é que os policiais ligados à campanha do candidato executaram uma pessoa, cometeram um assassinato, e depois inventaram um suposto atentado para criar um factoide político eleitoral. É o que teria ocorrido nesse caso”, diz o advogado Ariel de Castro Alves, presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, que acompanha as investigações sobre o caso.
Segundo ele, o vídeo comprova que Felipe estava desarmado. O rapaz aparece em um primeiro momento pilotando uma moto. No outro vídeo, ele está morto no chão, próximo à moto que está caída.
“Existem outras informações conflitantes divulgadas por membros da polícia, de que teriam sido identificados 8 homens suspeitos e armados nas proximidades do local dos fatos, sendo que dois deles estariam portando fuzis, mas nenhuma comprovação disso veio a público até agora”, diz Alves.
Segundo o advogado, chama a atenção ainda o fato de que até o momento não apareceram imagens gravadas por câmeras nos uniformes dos supostos policiais que teriam participado da ação.
“No dia da ocorrência, o secretário de Segurança Pública, João Camilo Pires de Campos, anunciou que as câmeras usadas no fardamento dos policiais teriam registrado os fatos e seriam usadas nas investigações, mas até o momento não houve nenhuma transparência para que essas imagens fossem reveladas à sociedade, conforme prevê a Constituição Federal e a Constituição Estadual”, afirma.
Em entrevista à Folha de S.Paulo, o cinegrafista Marcos Andrade, da Jovem Pan, disse que filmou um agente da Abin e policiais à paisana, da equipe do próprio Tarcísio de Freitas, disparando tiros em Paraisópolis.
“Aparentemente, ocorreu uma execução, sem confronto nenhum. E diante dos vários disparos feitos pelos PMs, criaram uma versão de confronto, intimidação ou atentado. A pressão para o cinegrafista apagar as imagens, por parte da equipe do candidato Tarcísio, revelada ontem pela Folha, reforça isso”, diz Castro Alves.
A Fórum entrou em contato com lideranças comunitárias de Paraisópolis que dizem não entender até o momento o motivo da agenda de Tarcísio na comunidade, que foi marcada por volta das 21h da noite anterior – domingo, dia 16. Segundo dois líderes ouvidos pela Fórum, não houve convite para a ida do candidato de Bolsonaro a Paraisópolis.
Repórter-cinematográfico afirma que emissora pediu que ele gravasse vídeo para candidato.
Com 30 anos de profissão, o repórter-cinematográfico Marcos Andrade, 49, se viu envolto em uma crise após um integrante da campanha de Tarcísio de Freitas (Republicanos) mandar que ele apagasse imagens de um tiroteio em Paraisópolis.
O caso aconteceu no dia 17, momentos depois de os tiros interromperem uma agenda do candidato ao Governo de São Paulo.
Profissional a serviço da Jovem Pan, com experiência em coberturas difíceis e em áreas de conflito, Andrade foi o único a flagrar os momentos mais tensos do episódio, o que inclui pessoas à paisana atirando após rajadas supostamente disparadas por criminosos.
Ao chegar na base de campanha do candidato, relata ter sido abordado com a ordem para apagar imagens que flagrariam membros da equipe. Desconfiado, gravou a conversa.
O assunto ganhou repercussão e virou munição para o adversário de Tarcísio, Fernando Haddad (PT). A polícia pedirá as imagens para investigação, e o grupo Prerrogativas, formado por juristas e advogados que apoiam a campanha do PT nestas eleições, apresentou nesta quarta (26) uma notícia-crime ao Ministério Público de São Paulo pedindo apuração.
Após o caso ser revelado pela Folha, Andrade diz que seu desligamento foi pedido pela equipe de Tarcísio e que a emissora teria sugerido que ele gravasse um vídeo para o candidato.
Na terça, Tarcísio disse que o “momento de tensão” pode ter levado um integrante da equipe a pedir ao cinegrafista para apagar as imagens para “preservar a identidade de pessoas que fazem parte da nossa segurança” e que “a imprensa passa a ser sensacionalista com isso”.
A campanha de Tarcísio negou qualquer pressão para que o cinegrafista fosse demitido.
“No dia do ocorrido, inclusive, ele fez um vídeo emocionado dentro da van, agradecendo o Tarcísio por tê-lo tirado do local do tiroteio. No dia seguinte, na chegada a uma sabatina da Jovem Pan, o próprio cinegrafista fez questão de receber e agradecer Tarcísio mais uma vez, além de tirar fotos e dizer que toda a família estava muita agradecida pelo que havia sido feito por ele”, diz a equipe do candidato em nota.
A Jovem Pan, por meio de nota, afirmou que exibiu todas as imagens feitas durante o tiroteio. “O trabalho do cinegrafista permitiu que a emissora fosse a primeira a noticiar o ocorrido no local. Não houve contato da campanha do candidato Tarcísio com a direção da emissora com o intuito de restringir a exibição das imagens e, por consequência, o trabalho jornalístico.”
O profissional, agora, diz que pretende se desligar da empresa e que teme as consequências do episódio para sua família. Leia trechos de entrevista à Folha:
TIROTEIO
“Eu começo a escutar uns disparos de arma de fogo, a impressão que eu tinha era umas rajadas de metralhadora. Eu fui para a janela, e olhando para o lado direito eu vi umas motos passando.
Coisa de dez minutos depois as motos deram a volta pelo quarteirão, foram para a rua de cima, e começa o novo tiroteio. Aí eu pego a câmera e vou para janela. Inclusive, todo mundo falava ‘se abaixa’, e houve um pânico generalizado. E eu fui para a janela.
Só que aí eu vejo umas pessoas à paisana na parte de baixo, na porta da escola, disparando arma de fogo no sentido da rua de cima.
Eu vejo o Tarcísio com o pessoal saindo do prédio e indo para o estacionamento. Eu fiz essas imagens, tanto essas como das pessoas embaixo atirando.
Desci. Chego na calçada e vejo lá na esquina, na parte de cima no meio da rua, uma pessoa caída e uma moto no chão.
Eu me abrigo até uma coluna. Quando eu chego para gravar esse corpo e a moto que está no chão, chega uma pessoa falando para eu não gravar.
Na hora que eu vou para a parte de cima, onde o corpo e a moto está caída, eu vejo o rapaz que eu tinha conversado a respeito de pedir reforço. Eu vejo ele armado e com distintivo da Abin [Agência Brasileira de Inteligência]. E outro rapaz que tenta me impedir também está com distintivo, mas eu não consigo ver bem o que era o distintivo dele.
ORDEM
Vi a minha colega [de trabalho] saindo da escola com uma assessora do Tarcísio e indo para van, e elas me chamam: ‘Vamos para van’.
Estou pensado que estão tirando a gente do perigo ali, e, no primeiro momento, fôssemos desembarcar, mas em nenhum momento parou a van, e fomos embora.
Chegando lá [na base da campanha], nós fomos colocados para dentro, para não ter muito a movimentação, porque acho que nem vizinho sabia que aquilo ali era um escritório da base da campanha.
Chega alguém e fala assim: ‘Vamos lá em cima [que querem falar com você]’.
Eu achei esquisito. Ficou uma dúvida, e na dúvida grava. Eu não estou com a câmera na mão. Peguei meu celular e fui gravando áudio com celular na mão.
O cara se apresenta [o homem foi identificado pelo site Intercept Brasil como Fabrício Cardoso de Paiva, um agente licenciado da Abin que foi reconhecido também por Andrade por meio de fotografias]. Aí tem a gravação [em que a voz pergunta sobre o tiroteio e sobre o que havia sido filmado, e manda Andrade apagar as imagens].
Eu achei muito estranho, eu não faria em momento algum por questão da profissão mesmo. Eu não apaguei isso [as imagens já haviam sido enviadas à emissora].
Pode ser que [Tarcísio] estivesse no ambiente, mas não na conversa. A conversa foi de pé de orelha.
Minha opinião [sobre o motivo da ordem] é que alguém que estava lá que não devia estar. É isso.
SEGURANÇAS
Tem muita polícia. Só que você não consegue distinguir quem é quem. Quando você olha para o lado e fala assim: tem um federal aqui, um cara da Abin, um militar. Isso é normal?
Eu já fiz várias campanhas. [Candidato ao governo do] estado, praxe, [é ter] policial militar. Você está acompanhando um candidato à Presidência da República, você vê policiais federais. Agora, um candidato ao governo com esse estafe eu nunca vi. Foge da normalidade.
IMAGENS
Essas imagens ficaram na câmera, no cartão da câmera. Esse é o procedimento nosso.
Não tenho esse controle [se tudo foi ao ar], né? Porque nós somos captação. Decisão do que vai ao ar, o que vai ficar armazenado, já não compete a nós.
PRESSÃO
Ontem [terça, quando o áudio foi divulgado pela Folha] foi um dia muito difícil, né? Porque houve comunicação da equipe [do Tarcísio] com a empresa [Jovem Pan] cobrando uma postura da empresa de desligamento.
Até ontem, a hora que eu saí de lá, eles bateram o pé e desligamento zero. Não falaram o que iam fazer, entendeu? Mas me pediram para eu gravar um vídeo para o Tarcísio. Não sei se para usar para campanha, mas é de um jeito para eles ficarem bem com esse pessoal.
Aquela conversa de que seria legal. Em nenhum momento eles me coagiram a gravar nada, a sugestão era essa.
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Advogados especialistas em direito penal citam possíveis delitos, mas parte avalia ainda não haver elementos suficientes.
Segundo a Folha, a ordem de um integrante da equipe do candidato bolsonarista Tarcísio de Freitas (Republicanos) a um cinegrafista da Jovem Pan para que apagasse as imagens do tiroteio que interrompeu a visita do político à favela de Paraisópolis pode configurar a prática de até cinco crimes diferentes previstos no Código Penal, segundo especialistas ouvidos pela Folha.
Parte dos advogados especializados em direito penal ouvidos pela reportagem vê indícios de possíveis delitos de obstrução à Justiça, favorecimento pessoal, supressão de documento, fraude processual e coação no curso do processo, além de violações à legislação eleitoral.
Outros criminalistas consultados avaliam ainda não haver elementos suficientes no episódio para enquadramento no Código Penal, mas defendem a necessidade de investigação.
O caso aconteceu no último dia 17, na favela de Paraisópolis. O profissional da Jovem Pan fazia imagens da campanha do postulante ao Governo de São Paulo. Tarcísio estava na sede de um projeto social que inaugurou um polo universitário na favela quando um tiroteio entre policiais e suspeitos terminou com uma morte.
Conforme revelou a Folha, em um prédio usado pela campanha, um membro da equipe do candidato questionou o cinegrafista sobre o que havia filmado, citando o tiroteio e pessoas que estavam em uma ONG. “Você tem que apagar”, diz o homem.
A Folha apurou, no entanto, que as imagens já tinham sido enviadas à Jovem Pan. No momento logo após o tiroteio, a emissora passou a exibir imagens do local do tiroteio, da ação da polícia e da retirada às pressas da equipe de Tarcísio.
A Jovem Pan afirmou que exibiu todas as imagens feitas durante o tiroteio. Já a campanha de Tarcísio afirmou que “um integrante da equipe perguntou ao cinegrafista se ele havia filmado aqueles que estavam no local e se seria possível não enviar essa parte para não expor quem estava lá”.
A assessoria ainda disse que, durante a agenda, diversos veículos fizeram imagens da situação e as colocaram no ar.
A advogada criminalista e presidente da comissão da Mulher Advogada da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), subsecção Pinheiros, Ana Carolina Moreira Santos, diz que a conduta da equipe de Tarcísio pode configurar ato de obstrução à Justiça.
“O caso merece uma investigação mais profunda, sobretudo quanto à motivação do pedido ou ordem para apagar o vídeo, bem como sobre as circunstâncias do fato original, mas é possível constatar contornos do crime de favorecimento pessoal ou de embaraço à investigação de infração penal”, afirma.
A pena para o crime de obstrução à Justiça é de reclusão, de três a oito anos, e multa, e o delito de favorecimento pessoal tem como punição detenção, de um a seis meses, e multa.
A criminalista afirma que o ato pode levar os responsáveis a responderem também por um crime que na linguagem técnica é denominado “supressão de documento”, que consiste em destruir ou ocultar documento público ou particular verdadeiro, sobre o qual não se tinha direito.
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Pesquisa ouviu 2.000 pessoas entre 23 e 25 de outubro em 83 municípios paulistas. 21% ainda não sabem apontar espontaneamente em quem votariam para governador.
Pesquisa do Ipec encomendada pela Globo e divulgada nesta terça-feira (25) revela os índices de intenção de voto para governador de São Paulo e indica um empate técnico dentro da margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais. O candidato Tarcísio de Freitas (Republicanos) se manteve com 46%, e o candidato do PT, Fernando Haddad, oscilou para 43%. Este é o segundo levantamento feito pelo instituto após o primeiro turno das eleições.
Foram ouvidas 2.000 pessoas entre os dias 23 e 25 de outubro em 83 municípios paulistas. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número SP-06977/2022.
Entre os eleitores paulistas, 87% afirmam que a decisão do seu voto é definitiva, e 13% declaram que ainda podem mudar de candidato até o dia da eleição. Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos, aqueles que não sabem apontar espontaneamente em quem votariam passaram de 23% para 21%. Os que pretendem votar em branco ou nulo totalizam 10% (somavam 11% no levantamento anterior). Essa proporção de eleitores pode trazer movimentações de última hora.
No primeiro turno, Tarcísio recebeu 9.881.995 votos (42,32%) e Haddad, 8.337.139 (35,70%). O segundo turno está marcado para o próximo domingo (30).
Votos totais
Resposta estimulada e única, em % de votos totais:
Tarcísio de Freitas (Republicanos): 46% (tinha 46% na pesquisa anterior, de 11/10)
Fernando Haddad (PT): 43% (41% na pesquisa anterior)
Brancos e nulos: 7% (9% na pesquisa anterior)
Não sabe: 4% (4% na pesquisa anterior)
Em relação a Tarcísio, suas intenções de voto têm destaque entre eleitores:
Homens (variou de 52% na pesquisa anterior para 51%)
Mulheres (variou de 41% para 43%);
Com renda familiar mensal superior a 5 salários mínimos (variou de 54% na pesquisa anterior para 52%) em relação aos que têm renda de até 1 salário mínimo (foi de 37% para 33%);
Evangélicos (oscilou de 62% para 61%);
Que têm ensino superior (mesmos 49%) ou ensino médio (mantém-se com 48%) na comparação com os menos instruídos (mesmos 40%);
Que vivem no interior do estado (foi de 52% para 50%) em comparação aos moradores da região metropolitana de São Paulo (antes 40% e agora 42%);
Que avaliam como ótima ou boa a gestão do atual governador (foi de 55% para 64%). E decrescem à medida que a avaliação estadual piora, indo para 49% entre quem avalia como regular (eram 50%) e chegando a 31% entre aqueles que avaliam negativamente (eram 39%);
Que moram em domicílio que ninguém recebe benefício do governo federal variou de 48% para 49%) quando comparado àqueles que vivem em domicílios que alguém recebe (mantém-se em 39%);
Já nessa rodada, o candidato passa a se destacar entre eleitores que se autodeclaram brancos (50%) em comparação aos que se autodeclaram pretos/pardos (40%).
Quanto a Haddad, suas menções são mais expressivas entre eleitores:
Com renda familiar mensal de até 1 salário mínimo (mantém-se em 52%);
Que têm outra religião, que não católica ou evangélica, ou sem religião (55%, eram 49%) e católicos (mesmos 45%) na comparação com evangélicos (variou de 28% para 31%);
Que avaliam como ruim ou péssima a gestão do atual governador (variou de 49% para 61%) e decresceu à medida que a avaliação da gestão estadual melhora, indo para 41% entre quem avalia como regular (eram 39%) e chegando a 29% entre quem avalia positivamente (eram 36%);
Que vivem na região metropolitana de São Paulo (mantém-se com 47%) em relação aos que moram no interior (vai de 35% para 38%);
Que têm alguém no domicílio recebendo benefícios do governo federal (mantém-se com 51%);
Passa a se destacar entre eleitores que se autodeclaram pretos/pardos (48%) em comparação aos que se autodeclaram brancos (39%).
*Com G1
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Nova pesquisa do instituto aponta crescimento de Tarcísio e queda de Haddad. A diferença entre eles caiu de 22 pontos percentuais para 14.
O instituto de pesquisas Datafolha divulgou, nesta quinta-feira (1º/9), levantamento de intenções de voto para o governo de São Paulo.
O candidato do PT, Fernando Haddad, manteve a liderança na disputa, com 35% em primeiro turno. Entre os mais apontados pelos entrevistados, Haddad é seguido por Tarcísio de Freitas (Republicanos), que teve 21%, e por Rodrigo Garcia (PSDB), que atingiu 15% da preferência dos eleitores.
A distância entre Haddad e Tarcísio diminuiu em relação ao último levantamento do instituto. Haddad tinha 38% há duas semanas. Nesse período, Tarcísio cresceu de 16% para 21%. Ou seja, a diferença que antes era de 22 pontos percentuais caiu para 14.
Veja os percentuais dos demais candidatos: Carol Vigliar (UP): 2%, Gabriel Colombo (PCB): 1%, Elvis Cezar (PDT): 1%, Vinicius Poit (Novo): 1%, Altino (PSTU): 1%; e Edson Dorta (PCO): 1% e Antonio Jorge (DC): 1%.
Brancos e nulos somaram 12% e os indecisos, 10%. A quantidade de pessoas que declaravam votar branco ou nulo caiu de 17% para 12% em um mês.
A pesquisa Datafolha, contratada pela Folha e pela TV Globo, ouviu 1.808 pessoas entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro, em 74 municípios paulistas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. O levantamento foi registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número SP-04954/2022.
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Taí uma proposta feita no debate entre o petista Fernando Haddad e o bolsonarista Tarcísio de Freitas.
Em uma invertida genial, no debate entre candidatos ao governo de São Paulo, promovido pela Band, depois que Tarcísio diz para a plateia pesquisar no Google “pior prefeito de São Paulo”, Haddad foi curto e grosso, digita também “genocida” para ver o nome que aparece, que matou mais de 600 mil brasileiros.
A resposta foi perfeita, mais que isso, caiu muito bem para virar uma daquelas hashtag que viraliza nas redes, #DigitaGenocida
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