Categorias
Política

Mais um: PF põe tornozeleira no senador Marcos do Val

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) foi levado hoje (4) pela Polícia Federal (PF) para a instalação de uma tornozeleira eletrônica. A medida foi ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Do Val foi levado para colocar o equipamento ao desembarcar no aeroporto de Brasília, após viagem para a Flórida, nos Estados Unidos. A ordem de Moraes determinou ainda a apreensão do passaporte diplomático utilizado pelo parlamentar para deixar o país.

O ministro justificou a decisão afirmando que o senador descumpriu medidas cautelares impostas anteriormente, como a entrega de todos os seus passaportes para que não pudesse deixar o país.

Na decisão desta segunda-feira, Do Val foi ainda proibido de deixar sua casa à noite e também aos fins de semana, feriados e dias de folga. Moraes ameaçou prender o senador caso ele descumpra novamente as medidas cautelares impostas pelo Supremo.. Moraes reafirmou a proibição de que ele use redes sociais. No fim do mês passado, o ministro havia determinado também o bloqueio de contas bancárias do senador.

O senador é investigado pelo STF pela suposta campanha de ataques nas redes sociais contra delegados da Polícia Federal que foram responsáveis por investigações envolvendo apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele também é suspeito de arquitetar um plano para anular as eleições de 2022.

Pedido negado
Em meados de julho, antes de sair do país, o senador pediu a Alexandre de Moraes autorização para viajar, mas o pedido foi negado. Não está claro como o parlamentar deixou o país mesmo com uma ordem pendente de apreensão de seu passaporte.

“A conduta do investigado demonstra uma absoluta afronta à determinação do Poder Judiciário, uma vez que Marcos Ribeiro do Val requereu autorização para viajar ao exterior, tendo sido indeferido o pedido, e claramente burlou as medidas cautelares impostas”, escreveu Moraes em sua decisão.

Apesar de ter feito buscas em endereços de Do Val em Brasília e em Vitória, no Espírito Santo, no ano passado, a Polícia Federal não havia conseguido cumprir anteriormente a ordem de apreender todos os passaportes de Do Val. A medida fora determinada por Moraes, e depois foi confirmada pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal.

Em nota, Do Val disse que “repudia a narrativa de que teria havido descumprimento de medida cautelar imposta pelo Supremo Tribunal Federal”. O texto acrescenta que “em nenhum momento o senador esteve proibido de se ausentar do país, tampouco houve risco de fuga”.

Também em nota, o gabinete do senador afirmou que Do Val “sequer é réu ou foi condenado em qualquer processo”. Além disso, acrescentou que as medidas impostas pela Justiça impediriam o pleno exercício do mandato do senador.

“A defesa do parlamentar acompanha o caso de perto e adotará as medidas jurídicas cabíveis para garantir o pleno respeito aos direitos e garantias constitucionais assegurados a qualquer cidadão, em especial a um senador em pleno exercício do mandato”, acrescentou o gabinete de Do Val.

*Agência Brasil


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg

Categorias
Política

In fux we trust: Fux se isola ao votar contra a tornozeleira para Bolsonaro; medida confirmada por 4 a 1

O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou contra o uso de tornozeleira eletrônica e a aplicação de outras medidas cautelares a Jair Bolsonaro (PL). O magistrado abriu divergência com a maioria já formada na Primeira Turma, que confirmou a decisão do ministro Alexandre de Moraes contra o ex-presidente.

Fux ficou isolado no julgamento, que terminou com o placar de 4 votos a 1. Além de Moraes, votaram a favor das medidas os ministros Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

O ministro afirmou que a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-geral da República (PGR) não apresentaram novas provas de “qualquer tentativa de fuga empreendida ou planejada pelo ex-presidente” e que, portanto, “não se vislumbra nesse momento a necessidade, em concreto, das medidas cautelares impostas”.

Fux acrescentou ainda que a proibição do uso de redes sociais, de forma prévia e abstrata, “confronta-se com a cláusula pétrea da liberdade de expressão”.

“A amplitude das medidas impostas restringe desproporcionalmente direitos fundamentais, como a liberdade de ir e vir e a liberdade de expressão e comunicação, sem que tenha havido a demonstração contemporânea, concreta e individualizada dos requisitos que legalmente autorizariam a imposição dessas cautelares”, afirmou.

O ministro é visto com simpatia por aliados de Bolsonaro. Pessoas que acompanham as discussões sobre as recentes sanções impostas pelo governo dos EUA a ministros do STF afirmam que Fux foi poupado da revogação de visto aplicada a Moraes e outros integrantes da corte.

No julgamento da trama golpista, Fux tem questionado a confiabilidade da delação do tenente-coronel Mauro Cid, além de ter criticado a tramitação do caso na Primeira Turma da corte.

No voto divergente, Fux disse que, apesar da acusação de que Bolsonaro e seu filho que está nos Estados Unidos, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), fazem uma articulação com o governo dos EUA para pressionar o STF no julgamento da trama golpista, os integrantes do tribunal não são permeáveis a “pressões dos setores que manifestam desagrado com as suas decisões”.

Para o ministro, “juízes julgam conforme a sua livre convicção, em análise dos elementos fáticos e jurídicos constantes de cada caso”.

Na sexta-feira (18), Moraes autorizou uma operação da Polícia Federal contra o ex-presidente e impôs medidas contra ele, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de comunicação com Eduardo.

Fux diverge de relator sobre “questões econômicas”
O STF está em recesso até o fim do mês, mas a sessão extraordinária foi marcada poucas horas depois da operação.

Na decisão, Moraes lista publicações nas redes sociais e entrevistas de Jair e Eduardo, além de uma manifestação do presidente americano Donald Trump citando o ex-presidente, e diz que as condutas “caracterizam claros e expressos atos executórios e flagrantes confissões da prática dos atos criminosos”.

O ministro cita as tarifas impostas por Trump como parte de uma articulação envolvendo Jair e Eduardo para praticar os crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e atentado à soberania.

Segundo Moraes, Jair e Eduardo Bolsonaro atuaram para induzir, instigar e auxiliar um governo estrangeiro na prática de atos hostis contra o Brasil e na ostensiva tentativa de submeter o Supremo Tribunal Federal aos Estados Unidos, com o objetivo de “arquivar ou extinguir” a AP 2668, ação penal que investiga o núcleo central da trama golpista.

Ao divergir do relator, Fux diz que as questões econômicas “devem ser resolvidas nos âmbitos políticos e diplomáticos próprios”, citando o papel do presidente da República e do Congresso Nacional, diz o ICL

Antes do voto de Fux, o ministro Flávio Dino acompanhou a posição de Moraes e, no voto, se manifestou sobre a ofensiva de Trump contra o Brasil. Segundo o magistrado, as declarações e ações do americano são uma “intolerável estratégia de retaliação política”.

“Os eventos deflagradores desta decisão em referendo têm direta conexão com deliberações de governo estrangeiro, explicitamente voltadas contra competências exclusivas do STF”, disse o ministro.

A referência do ministro é à ofensiva do presidente Trump contra o Brasil, com o anúncio de uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros e acusações contra o sistema de justiça do país quanto ao julgamento de Bolsonaro no caso da trama golpista de 2022.

“Esta coação assume uma forma inédita: o ‘sequestro’ da economia de uma Nação, ameaçando empresas e empregos, visando exigir que o Supremo Tribunal Federal pague o ‘resgate’, arquivando um processo judicial instaurado a pedido da Procuradoria-geral da República, sob a regência exclusiva das leis brasileiras”, escreveu Dino no voto.


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg

Categorias
Política

PF faz buscas em casa de Bolsonaro e crava-lhe uma tornozeleira

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está sob investigação da Polícia Federal, com medidas sendo executadas nesta sexta-feira (18), incluindo a instalação de uma tornozeleira eletrônica, a mando do STF.

Além de um processo por suposto envolvimento em um plano golpista, ele enfrenta outras investigações. A tornozeleira permitirá o monitoramento de Bolsonaro, que se dirige à sede da Polícia Federal em Brasília.

Esse desdobramento acontece em meio a uma aproximação do bolsonarismo com a administração de Donald Trump, com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está morando nos EUA.

As buscas realizadas na  residência de Bolsonaro e na sede do PL foram determinadas a partir de um procedimento sigiloso autuado no STF.

O contexto político se intensificou após Trump impor uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, citando o processo contra Bolsonaro no STF. O ex-presidente, em resposta, tentou desvincular-se da responsabilidade pela decisão da sobretaxa, agradecendo a Deus pela vitória de Trump e tecendo críticas ao governo Lula (PT), acusando-o de ser o responsável por problemas nas relações comerciais com os EUA.

Bolsonaro, pressionado pela nova tarifa, alegou não ter plena autonomia nas negociações com Trump, mas solicitou a restituição de seu passaporte para dialogar sobre a questão nos EUA. Apesar de ter sido mencionado por Trump na carta informando sobre as tarifas, ele deslegitimou o governo Lula e as taxas aplicadas, ignorando o fato de que medidas semelhantes não ocorrem apenas com o Brasil.

As tentativas de Eduardo Bolsonaro de solicitar sanções aos EUA em apoio ao pai também foram ignoradas, enfatizando a precariedade da situação política de Bolsonaro, que é acusado de consequências das ações golpistas.

Trump caracterizou a situação do ex-presidente como “horrível” e questionou se a exigência de anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de Janeiro por parte de Trump seria um pedido excessivo.Essa operação não é inédita; em fevereiro de 2024, Bolsonaro foi alvo de mandados de busca e apreensão relacionados à tentativa de golpe.

Durante seu governo, ele promoveu discursos golpistas, ameaçou a realização das eleições de 2022 e incentivou deslegitimação do sistema eleitoral, resultando na insatisfação de seus apoiadores após a derrota para Lula.Atualmente, Bolsonaro é réu no STF por supostamente liderar um plano golpista e está inelegível até 2030.

Caso seja condenado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado, a pena pode passar de 40 anos de prisão.


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg

Categorias
Política

Moraes ordena prisão do homem que quebrou relógio no 8/1 e manda investigar juiz que o soltou

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu nesta quinta-feira (19) pela nova prisão de Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado por quebrar um relógio histórico durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Ferreira havia sido liberado no dia anterior pelo juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro, que determinou sua progressão para o regime semiaberto, alegando que ele cumprira o tempo necessário para tal mudança.

Moraes, contradizendo o juiz, afirmou que ele não tinha competência para essa decisão, pois Ferreira não cumpriu tempo suficiente na prisão para se beneficiar da mudança de regime.

O mecânico havia sido condenado a 17 anos de prisão, tendo cumprido apenas dois anos e quatro meses. O juiz justificou a soltura alegando a “boa conduta carcerária” de Ferreira e a inexistência de faltas graves, mas Moraes ressaltou que o condenado, por seus crimes de violência, deveria cumprir, no mínimo, 25% da pena em regime fechado antes de considerar a progressão.

Moraes ainda ordenou que a conduta do juiz fosse investigada pela polícia.Ferreira foi solto sem tornozeleira eletrônica, já que o juiz argumentou sobre a falta de equipamentos disponíveis em Minas Gerais.

A Secretaria de Justiça do estado, entretanto, contestou essa alegação, afirmando haver mais de 4.000 vagas no sistema de monitoramento. A pasta também explicou que Ferreira, por residir em outra comarca, poderia ser solto sob prisão domiciliar sem monitoramento, de acordo com o ICL.

O relógio destruído, que pertencia a dom João VI, era uma peça única, projetada por Boulle e fabricada por Balthazar Martinot, e foi restaurado e devolvido ao Palácio do Planalto em janeiro deste ano após a invasão golpista.


Apoie o Antropofagista com qualquer valor
PIX: 45013993768
Agradecemos imensamente

Siga-nos no Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/HlpAeWDAUrD8Qq1AjWiCK5

Siga-nos no Facebook: https://www.facebook.com/profile.php?id=100070790366110

Siga-nos no X: https://x.com/Antropofagista1

Siga-nos no Instagram: https://www.instagram.com/blogantropofagista?igsh=YzljYTk1ODg3Zg==

 

Categorias
Política

Medo de prisão ou tornozeleira fez Bolsonaro não ir ao STF na quarta

Desde a terça, advogados de Bolsonaro se mostravam preocupados com rumores de que STF decretaria prisão ou tornozeleira após ele virar réu.

O temor de que o STF decretasse a prisão preventiva ou o uso de tornozeleira eletrônica em Jair Bolsonaro logo após ele virar réu foi um dos principais motivos que levaram o ex-presidente a não comparecer ao segundo dia do julgamento de sua denúncia na Corte, nesta quarta-feira (26/3).

Conforme a coluna noticiou mais cedo, desde a noite da terça-feira (25/3), aliados e advogados de Bolsonaro se mostravam preocupados com rumores de que o ministro Alexandre de Moraes poderia aproveitar a presença do ex-presidente no Supremo e decretar a prisão ou o uso de tornozeleira, diz Igor Gadelha, Metrópoles.

A preocupação foi tamanha que advogados de Bolsonaro se reuniram às pressas para discutir o assunto, na noite da terça, em um jantar em um restaurantes de carnes no Lago Sul, área nobre de Brasília. O encontro reuniu os advogados Celso Vilardi e Fabio Wajngarten, segundo apurou a coluna.

Pela tese de bolsonaristas, a ausência de Lula e dos presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), favoreceria esse cenário, na medida em que deixaria Bolsonaro sem ter a quem recorrer em caso de eventual prisão. Os três estão no Japão.

Diante dos rumores, auxiliares de Bolsonaro passaram a procurar integrantes do Judiciário em Brasília ainda na terça. Ministros de tribunais superiores, no entanto, minimizaram as chances. A avaliação é de que apenas a aceitação da denúncia não seria motivo suficiente para isso.

“Só se existir um outro motivo. Mas apenas em razão do recebimento da denúncia não teria sentido algum”, avaliou à coluna sob reserva um influente magistrado de Brasília, lembrando que, para ser alvo de alguma medida cautelar agora, Bolsonaro teria de interferir de alguma forma no andamento do processo.

Categorias
Política

A herança de Bolsonaro: militar de farda com tornozeleira eletrônica

Que vergonha para as Forças Armadas…

Bolsonaro detém muitos títulos. Foi o terceiro militar a se eleger presidente pelo voto popular. (Os dois primeiros: Hermes Rodrigues da Fonseca, de 1910 a 1914, e Eurico Gaspar Dutra, de 1946 a 1951). Foi o único presidente depois do fim da ditadura militar de 1964 a conspirar contra a democracia.

Foi também o único presidente eleito que tentou se reeleger e não conseguiu. Nem os governos da ditadura empregaram tantos militares quanto o de Bolsonaro. Nem os generais da ditadura, que presidiram o país, ousaram defender a tortura. Bolsonaro ousou, e se dependesse dele, a ditadura teria matado 30 mil pessoas.

“O Exército é meu”, proclamou Bolsonaro mais de uma vez. Nenhum general jamais disse algo parecido em público. Somente Bolsonaro quis usar aviões supersônicos para voar baixinho sobre o prédio do Supremo Tribunal Federal e estilhaçar suas vidraças. O ministro da Defesa, um general, discordou e acabou demitido.

ão havia registro de governante que tenha imitado um doente a morrer sufocado por falta de oxigênio – Bolsonaro imitou em meio à pandemia da Covid-19. Nem registro de governante que roubou joias dadas do Estado, vendeu-as no exterior para forrar seus bolsos e recomprou-as quando o crime foi descoberto – agora há.

Na caserna, Bolsonaro será lembrado para sempre porque foi graças a ele que um tenente-coronel se tornou o primeiro militar da ativa a fazer delação premiada. Mauro Cid, ex-ajudante-de-ordem de Bolsonaro, desfilará atado a uma tornozeleira eletrônica que informará à Polícia Federal sobre todos os seus passos.

Foi para ser solto que Mauro Cid delatou. O tempo do verbo está certo: delatou. Ao homologar o acordo de delação de Mauro Cid com a Polícia Federal, Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, deu-se por satisfeito com tudo o que ele já contou e com as provas que ofereceu.

Haverá novas operações policiais para apreensão de documentos e detenção de suspeitos na esteira das revelações feitas por Mauro Cid, cuja carreira chegou ao fim. Ele ainda poderá ser ouvido para esclarecer detalhes e ajudar a Polícia Federal nas investigações. Já entregou, porém, o que prometera em troca da liberdade.

A angústia mudou de lado: abandonou Mauro Cid, devolvido à sua família, e transferiu-se para Bolsonaro, seus filhos Zero e Michelle. O ex-presidente e os que o cercam estão simplesmente em pânico, embora a ordem entre eles é de fingir que passam bem. Aflitos e impacientes, os bolsonaristas de raiz aguardam orientação.

O clima entre os militares é de angústia e de alívio. Sabem que outros fardados foram citados por Mauro Cid na delação e que serão punidos. O alívio decorre do fato de que mais rapidamente o manto de suspeição deixará de cobrir as Forças Armadas. Se esse é o preço a pagar, que seja pago. Aprendam a lição!

*Blog do Noblat

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Pix: 45013993768

Agradecemos o seu apoio

Categorias
Política

Vídeo: Deputada bolsonarista posta vídeo de noiva que teria participado dos atos golpistas usando tornozeleira eletrônica e véu com bandeira brasileira

A deputada federal bolsonarista Bia Kicis (PL-DF) publicou nas redes sociais o vídeo do casamento de uma mulher que supostamente foi presa durante os ataques golpistas ocorridos em Brasília, em 8 de janeiro deste ano. Em suas contas no Twitter e posteriormente no Instagram, a parlamentar de direita afirma que a noiva, que entra na igreja com um véu temático da bandeira do Brasil e usa uma tornozeleira eletrônica, teria sido presa durante os atos ocorridos nas sedes dos Três Poderes este ano.

“Casamento de uma das mulheres presas em Brasília, usando tornozeleira. Como véu, a bandeira do Brasil. Impossível não se emocionar”, publicou Kicis. O uso do acessório de vigilância costuma ocorrer quando o investigado responde em liberdade, mas cumpre medidas cautelares, diz O Globo.

Em janeiro, após os ataques em Brasília, mais de 1,1 mil extremistas foram detidos nas cadeias do Distrito Federal. Nesta sexta-feira, a última mulher presa na Colmeia, unidade de detenção em Brasília, foi liberada após decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Alguns parlamentares da base do ex-presidente adotaram como rotina publicar em suas redes e acompanhar a rotina dos extremistas presos. Além de Bia Kicis, o senador Magno Malta (PL-ES), e a deputada federal Julia Zanatta (PL_SC) também postam fotos e vídeos sobre presos e ex-presos na Papuda e Colmeia.

Na última semana, a presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, marcou os primeiros julgamentos das pessoas que se tornaram réus devido aos ataques golpistas do dia 8 de janeiro. As análises ocorrerão em 13 e 14 de setembro em sessões extraordinárias.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Pix: 45013993768

Agradecemos o seu apoio

Categorias
Opinião

O Sul de Minas nas batalhas gloriosas de 8 de janeiro

Luis Nassif*

O Sul de Minas ainda está em polvorosa com os expedicionários que participaram da gloriosa expedição de 8 de janeiro para Brasília.

A volta não foi das mais gloriosas. Gordinho, de óculos, Miguel da Laranja, de Areado, foi visto pisoteando o Supremo Tribunal Federal. Voltou para Areado com tornozeleira eletrônica e ainda recebeu uma bronca pública da senhora Miguel das Laranjas:

“Seu abestado, você não tem dinheiro para me levar em Alterosa e vai aprontar em Brasília. E ainda volta com esse troço na canela”.

Outro personagem épico, uma espécie de Anita Garibaldi da Mantiqueira, foi uma senhora de Poços de Caldas, de 83 anos. Ela encrespou na saída, quando descobriu que o motorista do ônibus era petista. Tiveram que convencê-la de que ele era apenas um trabalhador.

Mas o petista salvou pelo menos 19 passageiros.

Na verdade, chegaram um pouco atrasados para a grande batalha épica. Resolveram sair duas da manhã para não atrapalhar o movimento das suas lojas. Quando chegaram, a bagunça já estava armada

O motorista petista, então, deu ideia de uma fuga estratégica. Levou o ônibus para Luziânia, de lá para Uberlândia, depois para Uberaba até voltar para o sul de Minas.

Só ficou em Brasília a Anita Garibaldi idosa, que acabou voltando para Poços de tornozeleira.

Agora, o pânico grassa na região. Sabendo disso, um advogado espertalhão chegou na região e convenceu alguns viajantes que estavam fichados. Dispôs-se a acompanhá-los até a delegacia da Polícia Federal de Pouso Alegre mediante honorários módicos de R$ 15 mil.

Os incautos foram convencidos a tempo que, posto que nem desceram dos ônibus, não estavam sendo procurados.

Um deles, um pouco mais assustado, foi se refugiar na casa de um tio, na zona rural. Ficou escondido, sem avisar sequer a família.

Mas quase se entregou quando chegou outro tio, acompanhado de um fotógrafo de O Alfenense. O tio tinha trazido um bolo de chocolate meio grande e pediu para o fotógrafo ajudar a carregar. Só isso. Mas provocou uma fuga do sobrinho pela janela dos fundos, escondendo-se no mapa até os visitantes iram embora.

Só ficou em Brasília a Anita Garibaldi idosa, que acabou voltando para Poços de tornozeleira.

Agora, o pânico grassa na região. Sabendo disso, um advogado espertalhão chegou na região e convenceu alguns viajantes que estavam fichados. Dispôs-se a acompanhá-los até a delegacia da Polícia Federal de Pouso Alegre mediante honorários módicos de R$ 15 mil.

Os incautos foram convencidos a tempo que, posto que nem desceram dos ônibus, não estavam sendo procurados.

Um deles, um pouco mais assustado, foi se refugiar na casa de um tio, na zona rural. Ficou escondido, sem avisar sequer a família.

Mas quase se entregou quando chegou outro tio, acompanhado de um fotógrafo de O Alfenense. O tio tinha trazido um bolo de chocolate meio grande e pediu para o fotógrafo ajudar a carregar. Só isso. Mas provocou uma fuga do sobrinho pela janela dos fundos, escondendo-se no mapa até os visitantes irem embora.

*GGN

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental.

Caixa Econômica, Agência: 0197

Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Por risco de fuga, Tacla Durán pede tornozeleira e retenção de passaporte de Moro

O advogado Tacla Duran, que denuncia ser alvo de uma tentativa de extorsão para que não fosse preso no âmbito da “lava jato”, reivindicou em suas redes tornozeleira e a retenção do passaporte de Sergio Moro diante do risco de fuga do Brasil, segundo o 247.

A fala do advogado ocorre após Moro sinalizar renúncia do cargo de senador e saída do Brasil, após seu colega, Deltan Dallagnol, ter sido cassado pelo TSE. De acordo com o jornalista Daniel Cesar, do portal IG, “O ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL) sondou amigos e aliados que moram nos EUA na busca por um emprego, que lhe garantiria a permanência no país americano”.

“Não seria o caso de tornozeleira e retenção do passaporte, já que o Russo é investigado?”, questionou.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Justiça

Moraes manda soltar Anderson Torres e determina uso de tornozeleira

Ministro tomou a decisão após a defesa, em 2 e 4 de maio, reiterar o pedido de “revogação da prisão preventiva”.

O ministro Alexandre de Moraes concedeu na tarde desta quinta-feira (11/5) liberdade provisória ao ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. O ministro tomou a decisão após a defesa, em 2 e 4 de maio, reiterar o pedido de “revogação da prisão preventiva” ou, “ano menos, substituí-la por uma das cautelares elencadas no art. 319 do CPP ou pela prisão domiciliar”.

O ministro Alexandre de Moraes concedeu na tarde desta quinta-feira (11/5) liberdade provisória ao ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. O ministro tomou a decisão após a defesa, em 2 e 4 de maio, reiterar o pedido de “revogação da prisão preventiva” ou, “ano menos, substituí-la por uma das cautelares elencadas no art. 319 do CPP ou pela prisão domiciliar”.

A prisão será substituída por monitoração eletrônica, com proibição de ausentar-se do Distrito Federal; proibição de manter contato com os demais investigados e afastamento do cargo da Polícia Federal.

Torres está preso desde 14 de janeiro em função das investigações sobre possíveis omissões de autoridades durante os atos golpistas ocorridos em Brasília, em 8 de janeiro. Ele chefiava a Segurança Pública do DF quando ocorreram as invasões nas sedes do Congresso, STF e Palácio do Planalto.

O ex-ministro cumpre a prisão no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará (DF), desde que voltou ao Brasil.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor acima de R$ 1,00

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição