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FED, o BC dos EUA, telegrafa a Trump, suas fórmulas de gestão não passam de generalidades

Para desespero de Trump, o FED jogou água fria na fogueira fumacenta do troglodita. .

Lógico, deixou claro que o potencial de suas ações para a economia do país, é zero.

Daí a manutenção dos juros, em caixa alta.

Ou seja, o remédio de Trump para a sonhada volta à “América Grande” é só para uso veterinário.
A diarreia aguda, que Trump chama de “ações” com DNA nazista, não melhora em nada a economia americana.

Um capitalismo, que não para de capotar, não terá solução com as ideias neofascistas do bolostrô.

O desarranjo neoliberal deve ser enfrentado de forma responsável e realista.

Não é a maquiagem bufônica do titã da carochinha, invertendo a ordem natural da economia, que inocentará a lambança globalizada que o próprio império pariu.

O que Trump tirou da cartola para lidar com a crise do capitalismo só produzirá desemprego, fome, desamparo, desesperança, colapso ambiental, científico e cultural.

Trazer de volta as milícias do racismo, da xenofobia, da misoginia, da homofobia, da desinformação, do fanatismo e do obscurantismo, só vai piorar a vida do povo norte-americano.

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Trump tem a segunda derrota na justiça

Juíza bloqueia decreto de Trump que suspende verba pra programas sociais, mostrando que o bolostrô não terá vida fácil no judiciário dos EUA.

Babou a política de exclusão social de Trump que a suspendia trilhões de dólares em subsídios, empréstimos e financiamentos de programas do governo, para revisá-los e garantir que eles estejam de acordo com a agenda de Donald Trump.

A juíza Loren AliKhan, do Distrito de Colúmbia, aceitou uma ação movida pela ONG Democracy Forward, que alegou que a ordem de

Trump violava a Primeira Emenda da Constituição dos EUA

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O forte recuo das ações da Nvidia foi apenas um cheiro da China no cangote de Trump. O pior ainda está por vir

Queda histórica da Nvidia é só o começo. Isso é um alerta, um alerta para novos ajustes em ações de tecnologia.

Investidores que seguiram cegamente a euforia de Wall Street, com ações ligadas à inteligência artificial (IA), ainda sentirão um repuxo muito maior e mais profundo na pele.

Futuro assombroso!

Quedas futuras podem ser duas ou até três vezes maiores do que o recuo de 17% registrado pela Nvidia, que perdeu quase US$ 600 bilhões em valor de mercado, isso em um único dia.

Detalhe macabro: Foi a maior perda já registrada para uma empresa.
Par3ece que foi somente o começo, o começo de uma adaptação à realidade.

Agora, é perceptível que não é mais algo infalível.

Há uma pequena rachadura no vidro.

No meio do caminho tinha uma China.
Tinha uma China no meio do caminho.

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Insatisfeitos com Trump, moradores da Califórnia coletam assinaturas para plebiscito sobre independência

Uma nova proposta para realizar um plebiscito sobre a separação da Califórnia dos Estados Unidos foi aprovada pelas autoridades locais para a fase de coleta de assinaturas, informou a CBS News.

A iniciativa surge em um contexto de tensão política, com o retorno de Donald Trump, um republicano, ao poder, enquanto a Califórnia continua sendo um bastião democrata. Além disso, os moradores têm criticado a resposta insuficiente das autoridades aos incêndios devastadores que atingiram Los Angeles nas últimas semanas.

A medida propõe que os eleitores respondam à seguinte questão na votação de novembro de 2028: “A Califórnia deveria deixar os Estados Unidos e se tornar um país livre e independente?”

A secretária de Estado Shirley Weber anunciou que Marcus Ruiz Evans, principal defensor da proposta, precisará reunir ao menos 546.651 assinaturas de eleitores registrados até 22 de julho de 2025 para que a questão possa ser incluída na cédula de votação.

“Calexit significa que nossas leis são determinadas pelo povo da Califórnia, e não por burocratas não eleitos em Washington que não escolhemos”, afirma o site de Ruiz Evans, residente da cidade de Fresno.

Em entrevista ao jornal The Independent, Ruiz Evans afirmou que os californianos estão indignados com a vitória eleitoral de Trump e expressou confiança de que pode mobilizar apoio suficiente para tornar seu sonho de independência uma realidade.

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Gustavo Petro eleva o tom contra os EUA em carta a Donald Trump: ‘Resisti à tortura e resisto a você’

Presidente da Colômbia disse que os EUA podem tentar um golpe ‘como fizeram com Allende’, mas que o governo vai resistir.

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, se posicionou neste domingo (26) contra as ameaças do chefe do Executivo dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar as tarifas contra produtos colombianos. Em carta publicada nas redes sociais, o mandatário afirmou que os EUA “não dominarão” os colombianos e que o “bloqueio não assusta” Bogotá.

No texto, Petro afirma também que “não gosta do petróleo dos EUA” e que Trump vai acabar com o mundo com a sua “ganância”. Ele ainda conclui afirmando que a Casa Branca pode tentar dar “um golpe de Estado” e repetir o que foi feito com o ex-presidente chileno Salvador Allende, mas que fracassará ao tentar enfrentar o povo latinoamericano.

“Com a sua força econômica e arrogância, pode tentar um golpe de Estado como fizeram com Allende. Mas eu morro na minha lei, resisti à tortura e resisto a você. Não quero traficantes de escravos perto da Colômbia, já tivemos muitos e nos libertamos. O que quero ao lado da Colômbia são os amantes da liberdade. Se você não puder me acompanhar, irei para outro lugar. A Colômbia é o coração do mundo e você não entendeu”, disse no texto.

As falas vem na esteira de uma troca de declarações entre os dois mandatários, depois que o colombiano rejeitou receber dois aviões militares com colombianos deportados dos EUA. Segundo o mandatário, os colombianos não podiam ser tratados como criminosos, já que o direito à migração está previsto no direito internacional. Em resposta, o governo estadunidense ameaçou impor tarifas de 25% aos produtos colombianos, caso as deportações não fossem aceitas.

Os dois governos negociaram e chegaram a um acordo ainda no domingo (26). Segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, as tarifas e sanções financeiras impostas pelos EUA serão suspensas temporariamente. No entanto, as sanções de visto contra autoridades colombianas, bem como as inspeções alfandegárias mais rigorosas de cidadãos colombianos e navios de carga continuarão em vigor até que o primeiro avião com deportados chegue à Colômbia.

Petro também disse na nota que os EUA não gostam da liberdade dos colombianos e que o seu governo não vai se “ajoelhar” frente à política da Casa Branca. Ele afirmou também que, se o governo estadunidense coloca tarifas de 50% ao “fruto do trabalho humano”, Bogotá também iria fazer o mesmo com os produtos dos Estados Unidos.

“A Colômbia agora deixa de olhar para o Norte, olha para o mundo. O nosso sangue vem do sangue do Califado de Córdoba, da civilização daquela época, dos romanos latinos do Mediterrâneo, da civilização daquela época, que fundou a república, democracia em Atenas. Nosso sangue tem os negros resistentes transformados em escravos por você. Na Colômbia é o primeiro território livre da América, antes de Washington, em toda a América, lá me refugio nas suas canções africanas”, disse.

Em seu texto, o presidente também fez referências a lideranças históricas tanto latinoamericanas, como o liberador Simón Bolívar, quanto intelectuais estadunidenses como Noam Chomsky. Segundo Petro, esses são exemplos de figuras que ajudaram e ajudam a pensar possibilidades para os povos americanos.

Ele afirmou também que o “bloqueio não assusta” o governo colombiano e que o país está “aberto ao mundo” para construir a liberdade.

“Seu bloqueio não me assusta; porque a Colômbia, além de ser o país da beleza, é o coração do mundo. Eu sei que você ama a beleza como eu, não a desrespeite e ela lhe dará sua doçura. A Colômbia está aberta ao mundo todo a partir de hoje, de braços abertos, somos construtores de liberdade, vida e humanidade”, concluiu.

*BdF

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Querendo ser Trump, Milei anuncia muro contra bolivianos

Em conexão com a xenofobia e a saga anti-imigração dos Estados Unidos, Milei deve adotar medida semelhante no quintal da América Latina.

Em um movimento que ecoa as políticas migratórias xenófobas de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, a Argentina anunciou a construção de um alambrado de 200 metros na cidade de Aguas Blancas, na província de Salta, ao norte do país, que faz fronteira com Bermejo, na Bolívia. Veja mais sobre a política de Milei na TVT News.

Milei adota tática semelhante a de Trump
A construção de alambrado de 200 metros, na cidade de Aguas Blancas na fronteira com a Bolívia, foi apresentada como uma resposta ao fluxo migratório na região, mas tem gerado debates e críticas de setores da sociedade e especialistas em direitos humanos. As informações são do Uol.

A decisão, anunciada pelo governo de Javier Milei, reflete a proximidade ideológica de extrema direita entre o presidente argentino e o presidente dos Estados Unidos. Durante seu primeiro mandato, Trump defendeu e implementou a construção de um muro na fronteira com o México como parte de sua política de combate à imigração ilegal, um símbolo de sua postura dura contra imigrantes. Agora, em seu retorno, já começou a expulsar imigrantes. Os casos envolvem, inclusive, suspeitas de tortura.

Milei, que expressa abertamente sua admiração por Trump, parece seguir os passos do líder americano ao adotar uma abordagem semelhante, ainda que em escala menor.

Em um movimento que ecoa as políticas migratórias xenófobas de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, a Argentina anunciou a construção de um alambrado de 200 metros na cidade de Aguas Blancas, na província de Salta, ao norte do país, que faz fronteira com Bermejo, na Bolívia. Veja mais sobre a política de Milei na TVT News.

Milei adota tática semelhante a de Trump
A construção de alambrado de 200 metros, na cidade de Aguas Blancas na fronteira com a Bolívia, foi apresentada como uma resposta ao fluxo migratório na região, mas tem gerado debates e críticas de setores da sociedade e especialistas em direitos humanos. As informações são do Uol.

A decisão, anunciada pelo governo de Javier Milei, reflete a proximidade ideológica de extrema direita entre o presidente argentino e o presidente dos Estados Unidos. Durante seu primeiro mandato, Trump defendeu e implementou a construção de um muro na fronteira com o México como parte de sua política de combate à imigração ilegal, um símbolo de sua postura dura contra imigrantes. Agora, em seu retorno, já começou a expulsar imigrantes. Os casos envolvem, inclusive, suspeitas de tortura.

Milei, que expressa abertamente sua admiração por Trump, parece seguir os passos do líder americano ao adotar uma abordagem semelhante, ainda que em escala menor. *Com TVT.

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Sobre a deportação em massa de Trump, diz Bolsonaro, “eu faria a mesma coisa”

O ex-presidente disse que muitos imigrantes não têm sequer “qualificação” para morar nos EUA.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse na última sexta-feira (24) que faria “a mesma coisa” que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação à política de deportações em massa. Em entrevista à CNN Brasil, Bolsonaro defendeu a iniciativa de Trump, justificando que muitos dos imigrantes não tinham sequer “qualificação” para ir aos EUA.

“Lá é a casa dele. Aqui é a nossa. Quem não está de forma legal tem que se regularizar. Não são apenas brasileiros. Se calcula que sejam um pouco mais de 10 milhões de ilegais lá. Uma parte disso foi gente que não tinha qualquer qualificação para ir para lá. Empurraram para lá ‘muito tipo de gente’ que frequentava presídios em outros países. Ele está fazendo a coisa certa […] No lugar dele eu faria a mesma coisa”, disse Bolsonaro.

O ex-presidente também fez uma comparação da situação dos imigrantes com ocupações do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). “É a regra do jogo. O que você acha do MST que invade uma fazenda e permanece lá dentro. Eles estão atrás de oportunidades, não tem onde plantar. Mas e o dono da fazenda, como fica? Então tem que ser dessa maneira. Quem quer ir para lá, busque uma maneira legal, como temos muitos brasileiros de forma legal lá. E conversando com esses brasileiros, eles eram favoráveis a não deixar aquela fronteira aberta como fez o (Joe) Biden”, completou.

A entrevista de Bolsonaro ocorreu antes da polêmica envolvendo a chegada de um voo com deportados no Brasil. Segundo relatos, o grupo, que tinha 88 brasileiros, chegou algemado e acorrentado, e sofreu agressões físicas e psicológicas nos agentes americanos. O governo federal e a Polícia Federal determinaram a soltura imediata dos deportados. A Força Aérea Brasileira (FAB) enviou um avião para resgatá-los e levá-los até o destino final, que era o Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, diz Otavio Rosso, 247.

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Trump eleva tarifas contra Colômbia e ameaça Petro após Colômbia não permitir pouso de avião com deportados

“Essas medidas são apenas o começo”, afirmou Trump. Presidente colombiano reagiu: “a partir de hoje, a Colômbia se abre ao mundo”.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo uma série de sanções contra a Colômbia após o presidente do país, Gustavo Petro, impedir a entrada de voos com colombianos deportados. Em postagem nas rede sociais, Trump anunciou tarifas emergenciais, sanções de visto para membros do governo colombiano e sanções bancárias.

Confira as sanções anunciadas por Trump:

  • Tarifas de emergência de 25% sobre todos os bens que entram nos Estados Unidos. Em uma semana, as tarifas de 25% serão elevadas para 50%.
  • Proibição de viagens e revogação imediata de vistos para funcionários do governo colombiano e todos os aliados e apoiadores.
  • Sanções de visto para todos os membros do partido, familiares e apoiadores do governo colombiano.
  • Inspeções aprimoradas de Alfândega e Proteção de Fronteiras de todos os cidadãos e cargas colombianos por motivos de segurança nacional.
    Sanções do Tesouro, Bancos e Finanças do IEEPA serão totalmente impostas.

Segundo Trump, a não permissão para a chegada dos voos com os deportados na Colômbia representa um risco à segurança dos americanos. “A negação desses voos por Petro colocou em risco a Segurança Nacional e a Segurança Pública dos Estados Unidos, então ordenei à minha Administração que imediatamente tome as seguintes medidas retaliatórias urgentes”, escreveu.

Após anunciar as medidas, o presidente fez novas ameaças a Petro, afirmando que essas medidas são “só o começo”. “Essas medidas são apenas o começo. Não permitiremos que o Governo Colombiano viole suas obrigações legais com relação à aceitação e retorno dos Criminosos que eles forçaram a entrar nos Estados Unidos”, completou.

Em postagem nas redes sociais, Petro reagiu. Ele disse que, “a partir de hoje, a Colômbia se abre ao mundo, com os braços abertos. Somos construtores da liberdade, vida e humanidade”.

Petro também afirmou na postagem: “me derrube, presidente, e as Américas e a humanidade responderão”; “me matará, mas sobreviverei no meu povo que é anterior ao seu, nas Américas” e “pode, com sua força econômica e sua soberba, tentar dar um golpe de Estado como fizeram com (Salvador) Allende. Mas eu morro na minha lei. Resisti à tortura e resisto a você”.

Entenda – As tensões entre os governos colombiano e norte-americano começaram após Gustavo Petro criticar a política migratória de Donald Trump e anunciar que iria proibir a chegada de voos com colombianos deportados ao país. Em resposta, a Embaixada dos EUA na Colômbia informou que iria parar de emitir vistos.

Na sequência, Petro determinou que os mais de 15 mil norte-americanos sem visto que vivem na Colômbia se apresentassem no serviço imigratório do país para regularizar a situação. “Há 15.660 estadunidenses estabelecidos na Colômbia de maneira irregular. Eles devem se aproximar do nosso serviço migratório para regularizar sua situação”, disse.

Após essa medida do presidente colombiano, Trump anunciou as sanções econômicas.om 247.

 

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Enquanto Trump passa o rodo geral na deportação de brasileiros, sendo a maioria bolsonarista, Bolsonaro passa pano para Trump

Sabe aquela história de que quem cala, consente?

Pois é, a atitude de silêncio de Bolsonaro e, de aparente ausência de conteúdo, é uma gritante forma de concordar com Trump, uma vez que não acrescenta nenhuma evidência contra ele.

Dito isso, Bolsonaro só está sendo Bolsonaro.

É o político mais aranha, mais traíra da história do Brasil.

Ele deveria se ligar na fala de Brizola, que diz que “a política adora uma traição, mas suporta o traidor”.

Bolsonaro, que mandou dois penetras, Michelle e Eduardo Bolsonaro, para a posse de Trump, sentiu o amargo da exclusão por depreciação.

Mas mesmo com o choque de ventos contrários, o infeliz, como fazem os covardes, fez cara de paisagem, enquanto os dois enviados para a posse viraram piada nacional por ficarem de fora do Capitólio.

Contudo, o vigarista inventa mil coisas em suas redes para não falar do assunto da deportação de brasileiros algemados e agredidos.

Enquanto Lula pede explicação de Trump por essa atitude canalha e fascista, Bolsonaro se nega a falar sobre o caso para não magoar seu amo.

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Brasil pedirá explicações a Trump por ‘desrespeito aos direitos fundamentais’ de 88 brasileiros deportados algemados dos EUA

Este é o primeiro episódio de tensão entre os governos de Lula e do novo presidente dos Estados Unidos.

O Brasil pedirá explicações ao governo de Donald Trump pelo que chamou de “desrespeito aos direitos fundamentais” de 88 migrantes irregulares brasileiros deportados dos Estados Unidos, que foram algemados durante a viagem, informou o Ministério de Relações Exteriores brasileiro.

Este é o primeiro episódio de tensão entre os governos do novo presidente dos Estados Unidos e de Luiz Inácio Lula da Silva, que manifestou seu desejo de preservar a “relação histórica” entre Washington e Brasília no dia da posse de Trump, em 20 de janeiro.

Segundo o Itamaraty, será apresentado um “pedido de explicações ao governo norte-americano sobre o tratamento degradante dispensado aos passageiros no voo” procedente dos EUA que aterrissou na noite de sexta-feira (24) em Manaus, afirmou a chancelaria brasileira em sua conta no X.

Um nota oficial do governo no sábado confirmou um total de 88 brasileiros a bordo da aeronave.

A ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, disse à imprensa que na aeronave também havia “crianças com autismo, com algum tipo de deficiência, que passaram por situações muito graves”.

“A gente ia amarrado no pulso, na cintura e na perna, não tinha água, a gente pedia para ir no banheiro e não deixavam”, declarou à AFP Edgar Da Silva Moura, um técnico de informática de 31 anos que chegou deportado no voo após sete meses detido nos EUA. “Estava muito quente, pessoas desmaiaram”, adicionou.

Luis Antonio Rodrigues Santos, um trabalhador autônomo de 21 anos relatou o “pesadelo” de pessoas com “problemas respiratórios” que passaram “quatro horas sem ar condicionado” devido a problemas técnicos, que também afetaram “uma turbina que não estaria funcionando”.

“Já mudou muita coisa [com Trump] (…), imigrantes tratados como criminosos”, afirmou.

‘Desrespeito aos direitos fundamentais’

O Ministério da Justiça ordenou “a retirada imediata das algemas” quando o avião chegou ao país, e repudiou o que chamou de “flagrante desrespeito aos direitos fundamentais” dos seus cidadãos.

As autoridades brasileiras enfatizaram que “a dignidade da pessoa humana” é “um dos pilares do Estado Democrático de Direito” e configura “valores inegociáveis”.

A aeronave tinha como destino Belo Horizonte, mas devido a um problema técnico teve que aterrissar em Manaus, cidade prevista originalmente como escala. “Os brasileiros que chegaram algemados foram imediatamente liberados das algemas”, informou a PF, “em garantia da soberania brasileira em território nacional”.

As autoridades forneceram colchões, atendimento médico e água para os passageiros, que precisaram permanecer a noite toda em uma sala do aeroporto.

O presidente Lula ordenou no sábado que um avião da Força Aérea fizesse o transporte dos deportados para o seu destino final. O voo chegou às 21h10 a Belo Horizonte segundo a Força Aérea. O voo, que tinha como destino o Aeroporto Internacional de Confins, na capital mineira, precisou fazer um pouso de emergência em Manaus devido a problemas técnicos.

Na manhã de sábado (25), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, informou Lula sobre uma tentativa de autoridades dos Estados Unidos de manter cidadãos brasileiros algemados durante o voo de deportação para o Brasil. O ministério tomou conhecimento da situação dos brasileiros pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodrigues.

Ao tomar conhecimento da situação, o presidente determinou que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) fosse mobilizada para transportar os brasileiros até o destino final

Política anti-imigrante

Nos primeiros dias de seu mandato, Trump ordenou várias medidas contra os imigrantes em situação irregular no país, incluindo deportações, o envio de tropas à fronteira com o México e a prisão de 538 pessoas em situação irregular, conforme relatado pela Casa Branca.

Na sexta-feira, 265 pessoas foram deportadas dos Estados Unidos para a Guatemala.

Trump atacou durante sua campanha os imigrantes ilegais, descrevendo-os como “selvagens”, “animais” e “criminosos”. O republicano prometeu a maior campanha de deportações da história dos Estados Unidos, onde vivem cerca de 11 milhões de pessoas em situação irregular.

Uma fonte do governo brasileiro disse que os deportados que chegaram a Manaus viajaram “com seus documentos pessoais”, o que mostra que estavam “de acordo” com o retorno ao país. Eles poderão “permanecer em liberdade” no Brasil, após terem sido detidos nos Estados Unidos com “decisão final de deportação sem possibilidade de recurso”, detalhou a fonte.

*BdF