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Na OMS, Queiroga mente e omite dados sobre ação do governo contra covid-19

Um dia depois de o presidente Jair Bolsonaro promover um ato no Rio de Janeiro e gerar aglomerações, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira na OMS (Organização Mundial da Saúde) que o governo vem adotando a “firme recomendação” para a população no sentido de evitar contágios. Ele ainda inflacionou o número de pessoas vacinadas e, ao pedir mais ajuda internacional para a campanha de imunização, omitiu o fato de o governo ter optado por não comprar doses em 2020 quando foi oferecido.

No fim de semana e sem máscara, Bolsonaro e o ex-ministro Eduardo Pazuello, participaram de um passeio com motociclistas que terminou com um discurso em que atacou governadores e prefeitos que decretaram restrições devido à pandemia do novo coronavírus. Segundo ele, as restrições são adotadas “sem qualquer comprovação científica”, na contramão do que dizem epidemiologistas, que recomendam medidas de distanciamento social.

24 horas depois, em uma mensagem durante a abertura da Assembleia Mundial da Saúde e diante de ministros de todo o mundo, Queiroga tinha uma outra posição sobre o que estava ocorrendo no Brasil.

“A pandemia impôs enormes desafios aos sistemas de saúde ao redor do mundo. No Brasil, investimos recursos financeiros e humanos na promoção da saúde e na retomada da economia. A isso, somamos nossa firme recomendação de medidas não-farmacológicas para toda a população”, disse o ministro.

Na OMS, o posicionamento adotado oficialmente por Queiroga de promoção de medidas de distanciamento social, uso de máscara e evitar aglomerações era visto como uma esperança de que o Brasil poderia mudar de rumo ao lidar com a crise sanitária.

Mas o discurso do chefe da pasta da Saúde também se contrasta com a aglomeração promovida por Bolsonaro, na sexta-feira, no Maranhão. Naquele mesmo dia, o estado registrava os primeiros casos da variante indiana do vírus.

Números inflacionados de vacinação

Quanto aos números nacionais de vacinação, Queiroga apresentou um cenário que não condiz com o levantamento realizado diariamente pelo consórcio de imprensa do qual o UOL faz parte.

“Hoje, nossa maior esperança para permitir o retorno gradual e seguro à normalidade é a ampla vacinação. Até o momento, o SUS já distribuiu mais de 90 milhões de doses de vacinas e vacinou mais de 55 milhões de pessoas, dentre as quais mais de 80% de indígenas”, disse o ministro na OMS.

Nos números do consórcio, porém, são 41,9 milhões de brasileiros que receberam pelo menos uma dose de imunizante. Até o momento, 20,6 milhões de pessoas foram beneficiados por duas doses.

Segundo Queiroga, o Brasil “coloca sua capacidade produtiva à disposição para aumentar a produção de meios de diagnósticos, tratamentos e vacinas para a covid-19”. Mas prefere falar em transferência de tecnologia, e não em suspensão de patentes, conforme é proposto por mais de 60 países em desenvolvimento.

“Para tal fim, devemos reforçar a cooperação técnica e a transferência de tecnologia, de modo que estamos engajados nas discussões sobre produção local e propriedade intelectual”, disse. “O aumento da capacidade produtiva global é essencial para garantirmos o acesso justo e equitativo à vacinação”, apontou o ministro.

Maior acesso às vacinas, mas sem referência à decisão do governo de não comprar doses

Queiroga também usou seus minutos diante dos governos de todo o mundo para insistir na necessidade de acesso às vacinas. Mas não citou como o governo esnobou ofertas por parte de empresas farmacêuticas durante meses.

“Temos capacidade para imunizar, de forma célere, toda nossa população, desde que mais vacinas estejam disponíveis” disse o ministro, dando a entender que a culpa não era das autoridades nacionais.

Durante o discurso, o ministro ainda acenou com uma postura de que países mais afetados pela covid-19 devem receber um maior número de doses. “Entendemos ser fundamental o uso de critérios epidemiológicos no processo de alocação de vacinas”, disse Queiroga.

Mas até hoje o governo não explicou o motivo de ter ficado de fora do lançamento inicial da Covax e o fato de que, quando aderiu, optou por se comprometer a comprar vacinas que seriam suficientes para apenas 10% de sua população, e não 50% como poderia ter o direito.

No discurso, porém, ele optou por dizer que o Brasil apoiava a Covax e que tinha “orgulho” de fazer parte da iniciativa.

O lobby brasileiro por mais doses da OMS, porém, não vem surtindo efeitos. Dentro da agência, o foco não é o de garantir mais vacinas ao Brasil, mas sim conseguir que a produção mundial chegue a um número maior de países que, até hoje, não conseguiram vacinar nem seus médicos e enfermeiras.

Reforma da OMS: Brasil é contra total independência para agência investigar surtos

Em seu discurso, Queiroga ainda acenou o apoio do governo brasileiro por uma reforma da OMS. Mas não citou como o Itamaraty foi instruído a não apoiar medidas e propostas para dar maior independência para que a agência possa agir em casos de eclosão de surtos pelo mundo.

Ao fazer seu pronunciamento, Queiroga foi vago. “Para prevenir futuras crises sanitárias, o Brasil apoia as discussões em torno de possíveis instrumentos sobre pandemias que levem em conta os processos de reforma da OMS, o papel central do Regulamento Sanitário Internacional, e a necessidade de cronograma adequado para avanços consensuais”, disse.

“Estamos hoje reunidos para unir esforços e oferecer uma mensagem de que podemos, juntos, vencer a pandemia de covid-19 e prevenir as próximas”, afirmou o ministro.

*Jamil Chade/Uol

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Terceira onda da covid-19 se aproxima e pode ser mais letal

O Brasil mal começou a reduzir a segunda onda de infecções pelo novo coronavírus e já pode estar às vésperas de ser inundado por uma terceira onda, ainda mais letal, com a chegada do inverno, o ritmo lento de vacinação e o afrouxamento da quarentena, dizem especialistas ouvidos pelo UOL.

Alguns desses motivos foram apontados como as causas para a terceira onda na Alemanha no começo do ano. Na Europa, ela também atingiu países como França, Itália, Polônia, República Tcheca e Hungria, onde a vacinação demorou a avançar, enquanto o Reino Unido evitou outra onda ao imunizar em massa.

Mas, afinal, há sinais de que a pandemia está prestes a se intensificar no Brasil?

O que define uma nova onda?

“Onda de infecção não é um termo técnico e, por isso, não existe uma definição clara”, afirma o infectologista Renato Grinbaum, consultor da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia). “Tem sido usada pela imprensa como aumento rápido e expressivo de casos novos na epidemia, que num gráfico aparece como uma onda.”

Professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, o infectologista Marco Aurélio Sáfadi reforça a ausência de “definição consensual”, mas cita a OMS (Organização Mundial da Saúde), para quem “o vírus tem que ser controlado e os casos caírem substancialmente”.

Ele diz que uma das formas de avaliar uma onda é observar a chamada taxa efetiva de reprodução, ou Rt. Quando esse índice é 1, cada infectado contamina outra pessoa. Se for maior, pode infectar mais de uma. Para que a transmissão seja contida, o Rt precisa ficar abaixo disso.

Como está o Rt no Brasil?

Esse índice esteve acima de 1 desde o início da segunda onda, em novembro, e permaneceu assim até início de fevereiro. Depois, voltou a subir e só ficou abaixo de 1 em 18 de abril. Em 4 de maio, voltou a ficar acima de 1.

Na última quinta-feira (20), a média brasileira estava em 1,02. Veja de acordo com as regiões:

Nordeste: 1,09

Sul: 1,03 Norte:

0,97 Sudeste e

Centro-Oeste: 0,94.

Número pequeno de vacinados somado a uma abertura abrupta e intensa numa condição em que as pessoas voltem a se aglomerar: este é o risco de termos uma nova onda.”.

 

Atual ritmo de vacinação vai conter terceira onda?

Conforme mostrou o UOL, a vacinação no Brasil caiu 17% em maio na comparação com abril. Uma das razões foi a paralisação da produção de vacinas por falta de insumos.

A produção da CoronaVac foi interrompida em 14 de maio pelo Instituto Butantan, que espera receber novo lote de matéria-prima no próximo dia 26. Na quinta (20), foi a vez de a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) desligar a linha de montagem da vacina da AstraZeneca, com queda de quase 3 milhões de doses por semana nas entregas ao Ministério da Saúde.

Até agora, a queda afetou a segunda dose: sua aplicação despencou 43% entre a última semana de abril e a primeira de maio, com nova queda de 24% na semana seguinte, segundo a Info Tracker, plataforma das universidades estaduais Unesp e USP para monitoramento da covid-19.

“A recomendação do governo de utilizar todo o estoque de vacinas para impulsionar a imunização em abril foi pautada no pressuposto de que a produção dos imunizantes fosse contínua, o que não aconteceu”, diz Wallace Casaca, coordenador da Info Tracker.

Para Sáfadi, a rapidez na vacinação “é crucial” para a imunização de rebanho. Do contrário, “em um ano será preciso revacinar os primeiros imunizados”.

A reinfecção é possível e vale para quem foi vacinado também. Sem o obstáculo da vacina ao vírus, essa probabilidade é maior, independentemente de novas variantes.”.

Ana Marinho, imunologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, afirma que a baixa cobertura vacinal aliada à flexibilização da quarentena e às novas cepas do vírus formam uma combinação “que elevará o número de casos”.

“A redução do isolamento tinha de acontecer à medida que as coberturas vacinais fossem avançando, de forma coordenada”, defende.

*Com informações do Uol

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Política Saúde

Estudo: pico de mortes diárias pode chegar a 5 mil

Um estudo da UFF (Universidade Federal Fluminense) estimou que o Brasil ainda viverá o pico de mortes por covid-19 nos próximos meses. Entre abril e o começo de maio, o país pode registrar até 5 mil mortes pela doença em 24 horas. A pesquisa acredita nisso porque entende que a covid-19 segue uma sazonalidade. E só a vacinação pode evitar que o Brasil atinja essa marca de 5 mil mortes diárias.

“Aqui, o pico de óbitos será provavelmente em abril ou início de maio, com um valor estimado entre 3 mil a 5 mil óbitos diários. O valor real do pico dependerá da velocidade da vacinação nos próximos meses e das medidas de distanciamento adotadas”, alerta o professor do Departamento de Estatística, Márcio Watanabe, que desenvolveu o estudo.

Sobre a vacinação, Watanabe enxergou um problema no PNI (Plano Nacional de Imunização), que não dá prioridade para pessoas com 50 a 60 anos.

“Indivíduos de 50 a 60 anos são responsáveis por uma expressiva parcela das internações e óbitos, mas não estão relacionados como grupo de risco no plano nacional de imunização-PNI. Enquanto o país não vacinar esse grupo de pessoas, e também os idosos e aqueles com comorbidades, ainda teremos um grande número de óbitos”, ressalta Wattanabe.

Enquanto a vacinação em massa não ocorre, só as restrições e medidas de distanciamento social são vistas como soluções. Wattanabe alerta para uma possível falha nos planos dos governadores. “É essencial reduzir aglomerações como ônibus lotados, que têm sido ignorados pelo poder público ao longo da pandemia”.

O estudo da UFF também apresenta uma perspectiva sobre o futuro e aponta que é preciso entender a sazonalidade da doença para fazer um planejamento público de combate. Mas Wattanabe entende que mesmo assim a covid-19 deve ficar endêmica na sociedade.

“Poderemos conviver com a COVID-19 da mesma forma que convivemos com outras doenças respiratórias, como a pneumonia, quando vacinarmos a grande maioria da população. Mas mesmo com a vacina, a doença será endêmica, ou seja, sempre haverá casos. Assim, um ponto fundamental para o futuro é a ciência encontrar algum tratamento que seja significativamente eficaz para pacientes hospitalizados com coronavírus”, concluiu o pesquisador.

*Com informações do Uol

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A batata de Bolsonaro está assando

“O único pacto que pode salvar o país é o pacto por sua remoção da Presidência. É para um pacto que desta ordem que apontam os movimentos em curso na superestrutura do país – dos governadores, do capital, do próprio Centrão”.

O pior tipo de ignorante é aquele que se acha sábio, diz o senso comum, ou autor que desconheço. O pior tipo de ignorante é aquele que fabrica outros ignorantes, emendo com Marcel Proust. Jair Bolsonaro se enquadra nas duas condições. Agarrado à sua ignorância e aos que fabrica e atrai, não percebe que pode estar em curso a convergência política para a salvação nacional, que exigirá sua remoção do cargo.

Não estou afirmando que isso vá acontecer, através do impeachment ou de um processo por crime comum, mas que há uma batata assando, isso há. Pode ser que um milagre apague o fogo, mas amplia-se, a olhos vistos, seu isolamento. Cresceu entendimento de que, se ele não for parado, viveremos um desastre bíblico.

Bolsonaro não compreendeu a crispação de sua relação com o Centrão a partir da molecagem que cometeu na escolha do novo ministro da Saúde. Nem o quanto pesou, para os congressistas, a morte do senador Major Olímpio, um aliado de primeira hora que dele não mereceu uma só palavra de pesar.

Não compreende a natureza essencial do Centrão, um bloco parlamentar conservador que, em primeiro lugar, é súdito do poder econômico. Que só servem a governantes de plantão enquanto têm o aval dos verdadeiros donos do poder. Quando o capital disser “basta”, o Centrão será o primeiro a obedecer.

Bolsonaro não entendeu importância da Carta do Capital, o documento que mais de 1500 empresários, executivos e economistas do campo liberal já assinaram, apontando o fracasso do governo no enfrentamento da pandemia, enumerando os erros crassos que vêm sendo cometidos, condenando o negacionismo e pedindo alinhamento com a ciência, mudança de rumo e adoção das medidas necessárias. Disseram tudo isso sem escrever o nome dele e sem mencionar a necessidade de seu impedimento, seja por que via for.

Bolsonaro respondeu com a arrogância dos ignorantes: não vai mudar porque ninguém o convenceu ainda de que as medidas de isolamento podem acabar com o vírus. Então, ele não mudará, seguirá, como diz, defendendo a economia. Lorota, porque quanto mais dura a pandemia, com isolamentos parciais que nada resolvem, e a vacinação caminha a passos de cágado, mais sofre a economia.

Quanto a acabar com o vírus, ninguém jamais afirmou que o isolamento, brando ou mais duro, na forma do lockdown, produzirá este resultado. Mas o isolamento contém a circulação do vírus, que como diz o doutor Miguel Nicolelis, hoje domina completamente o Brasil. E reduzindo o número de infectados, o isolamento evita o colapso da rede hospitalar, a falta de oxigênio e de remédios para uso nas UTIs, mazelas que já estamos enfrentando.

Fato é que Bolsonaro não entendeu o recado do capital, acha que tem o Centrão na mão e há poucos minutos, enquanto escrevo, perdeu no STF, pelo voto do ministro relator, Marco Aurélio Mello, a ação que moveu contra os governadores que estão adotando medidas mais duras.

Com o país à beira do abismo, ele só conta mesmo hoje com os bolsões radicais da extrema direita. Os militares? Seguem no governo, agraciados com 22% das verbas do Orçamento, ocupando cargos importantes. Um ministério até será criado para garantir ao general Pazuello o foro especial do STF, por conta dos crimes cometidos na pandemia, especialmente os de Manaus. Mas há fricções. A citação reiterada das Forças Armadas, nas ameaças de golpe que Bolsonaro faz e depois nega, para manter o país acuado, vêm irritando setores militares. Apoio para uma quartelada Bolsonaro não terá deles.

O que está em curso – ainda que possa não chegar ao desfecho desejado – é a formação de uma coalizão para a salvação nacional. E com Bolsonaro, não haverá salvação. Se chegar a tomar forma, ela contará com a oposição de esquerda, com boa parte da direita liberal, com toda a ciência e com os setores mais decisivos do capital (porque o agronegócio sofre mas segue calado). Deste ensaio fazem parte as conversas para uma aproximação PT-PSDB.

O Centrão? Quando vier a ordem para jogar Bolsonaro ao mar, não hesitará. Foi assim com Dilma.

Mas Bolsonaro segue impávido em suas convicções, fazendo cada vez mais por merecer o epíteto de genocida. Não vai renunciar a ser o que é. Não fará concessões, como se verá no teatrinho de amanhã, quando se reunirá com os chefes dos outros poderes para discutir um pacto contra a pandemia.

O único pacto que pode salvar o país é o pacto por sua remoção da Presidência. É para um pacto que desta ordem que apontam os movimentos em curso na superestrutura do país – dos governadores, do capital, do próprio Centrão. Enquanto isso, a economia sangra, os brasileiros morrem, alguns asfixiados, cadáveres se amontam, já acontecem enterros à noite, porque o dia é curto para tanta morte, mais pessoas vão morar na rua, mais pessoas passam fome.

O povo está cansado, sofrido e sangrando. Mais uma vez, a crise talvez exija um pacto pelo alto, reunindo inclusive os que nos levaram a ter Bolsonaro na Presidência.

*Tereza Cruvinel/247

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Política

Lula obriga Bolsonaro a fazer bolsonarista defender a vacinação

Depois de obrigar Bolsonaro a usar máscara, colocar um globo em cima da mesa de sua live mostrando que a terra é redonda, agora, Bolsonaro se sentiu obrigado por Lula a mandar o gado defender a vacinação com o Zé Goteira, uma cópia mal-ajambrada do Zé Gotinha de metralhadora em formato de seringa nas mãos. Coisa de miliciano que até numa campanha de vacinação defende grupos de extermínio.

Seja como for, Lula, com dois dias que recuperou a sua elegibilidade, já fez mais pelo povo brasileiro no combate à pandemia do que Bolsonaro em 1 ano, inclusive na busca por vacinas com a Rússia e a China para imunizar a sociedade.

Ou seja, Lula, na base do dois toques, literalmente colocou Bolsonaro na roda. Desde então, o bobo não para de correr atrás da bola, tendo a companhia do gado que, cegamente, o acompanha para todo lugar que ele vai.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

O louco não vai parar se não for parado à força

No Brasil, 5.470 pessoas morreram de covid nos últimos três dias e Bolsonaro segue com a campanha de proliferação do coronavírus.

Bolsonaro não parou um minuto sequer de estimular uma convulsão bélica na sua guerra biológica e associação à covid.

Só que o grave problema brasileiro já atravessou as fronteiras e o mundo já entendeu que, muito mais que um negacionista, Bolsonaro é um militante alucinado que trabalha pela contaminação em massa no Brasil e, consequentemente, no mundo, já que as variantes criadas aqui já partiram para diversos países.

Mais que isso, Bolsonaro patrocina programas na Jovem Pan, Record e outros de meios de comunicação para espalhar mentiras ou fake news, como queiram chamar. Ou seja, usa o dinheiro da população para promover uma guerra biológica contra o próprio povo.

E o que não falta são mercenários na mídia contratada por ele para cumprir esse papel criminoso sem sequer ser incomodada pela justiça.

Nos últimos três dias, os registros dão conta da morte de 5.470 pessoas por covid. O próprio ministério da Saúde, ou pelo menos o que resta dele, já que se encontra em total desmonte, já admite que o Brasil passará de 3 mil mortes diárias ainda em março.

Cientistas como Miguel Nicolelis e Natalia Pasternak dizem que, se não tiver lockdown e vacinação em massa, a tragédia tomará dimensões incalculáveis.

Por outro lado, Bolsonaro dobra a aposta na carnificina pagando a peso de ouro gente da grande mídia para convocar brasileiros a protestarem contra qualquer medida de restrição, no mesmo momento em que cria factoides sobre compra de vacinas sem comprovar nada do que diz.

Na verdade, parece que Bolsonaro se nutre de energia com cada feição de pavor e de tristeza que a covid está provocando no Brasil, porque ele é um louco, um alucinado que a vida inteira se nutriu de sangue alheio. Ele não vai parar se não for parado à força.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Por que vacinação sem lockdown pode tornar Brasil ‘fábrica’ de variantes superpotentes

Pesquisadores britânicos apontam que contato em larga escala entre vacinados e variante de Manaus pode gerar mutações capazes de driblar totalmente a eficácia das vacinas.

O cenário atual no Brasil, que combina início da vacinação com transmissão descontrolada da covid-19, pode tornar o país uma “fábrica” de variantes potencialmente capazes de escapar por completo da eficácia das vacinas. Esta é a avaliação de cientistas britânicos diretamente envolvidos em algumas das principais pesquisas sobre mutações do coronavírus.

Pesquisadores da universidade Imperial College London e da Universidade de Leicester ouvidos pela BBC News Brasil afirmam que lockdowns e outras medidas de contenção são particularmente necessários durante a vacinação de uma população.

Eles explicam que é justamente o contato entre vacinados e variantes que propicia o aparecimento de mutações “superpotentes”, capazes de driblar totalmente a ação do imunizante.

E, no Brasil, há uma combinação explosiva para que isso ocorra: vacinação ainda em ritmo lento, variante com a mutação E484k (que dribla anticorpos) e altas taxas de infecção.

Variante de Manaus pode favorecer mutação antivacina

O maior perigo está no contato da variante de Manaus, apelidada de P.1, com pessoas recém-vacinadas, explica o virologista Julian Tang, da Universidade de Leicester, no Reino Unido.

Segundo ele, ao entrar na célula humana e se deparar com uma quantidade ainda pequena de anticorpos da vacina, a variante, ao se replicar, pode promover mutações mas resistentes a esses anticorpos.

“Se você é vacinado numa segunda-feira, você não está imediatamente protegido. Leva algumas semanas para os anticorpos da vacina aparecerem e você ainda pode se infectar pelo vírus original ou pela variante P.1”, explica Tang.

Hospitais em Porto Alegre alcançam 100% da ocupação em UTIs.

“Se esses anticorpos da vacina surgem enquanto a infecção está ocorrendo e replicando no seu corpo, o vírus pode se replicar de maneira a evadir o anticorpo que está sendo produzido. As mutações mais benéficas ao vírus sobrevivem e se replicam, num movimento de seleção natural.”

Esse movimento é parte do processo de evolução do vírus, que tenta se adaptar a “adversidades”. A pessoa vacinada, porém infectada, pode passar o vírus mutante adiante se não houver medidas de controle em vigor, como quarentenas, fechamento de comércio e locais de lazer.

O risco de isso acontecer seria menor se a variante de Manaus não estivesse se espalhando pelo país e se as infecções estivessem sob controle. Isso porque a chance de o vírus original conseguir se fixar em grandes quantidades nas células de uma pessoa vacinada é pequena, já que os imunizantes foram produzidos exatamente para impedir a eficácia dessa ligação.

Mas a mutação E484k, presente na variante de Manaus, afeta exatamente o principal ponto de ligação entre o vírus e as células, tornando o “encaixe” mais eficaz e reduzindo a eficácia dos chamados anticorpos neutralizantes.

Pesquisas preliminares apontam redução da eficácia da vacina Oxford-AstraZeneca contra a variante da África do Sul com a mutação E484K e o Instituto Butantan está pesquisando o impacto delas no percentual de proteção da CoronaVac.

“Se há uma replicação descontrolada do vírus, ou seja, transmissão num ambiente sem regras de distanciamento social, lockdown e uso de máscaras, as pessoas suscetíveis vão se misturar com as vacinadas. Sem barreiras, o vírus pode se transmitir de uma população para outra, potencialmente gerando variantes que escapam à vacina”, disse Tang à BBC News Brasil.

O professor de Saúde Global Peter Baker, da Imperial College London, também afirma que o contato em larga escala de variantes do coronavírus com pessoas vacinadas gera uma “pressão” biológica para que essas variantes evoluam, criando mutações que driblem melhor os anticorpos.

“Isso vai acontecer principalmente se você tiver uma situação de epidemia de grande porte num país com sucesso moderado de vacinação. Você alcança assim o equilíbrio perfeito entre pessoas imunes e infectadas. E, quando essas populações se misturam, há risco de surgir uma nova variante resistente às vacinas”, disse à BBC News Brasil.

Descontrole da epidemia no Brasil

O Brasil vivencia exatamente essa confluência entre vacinação em estágio precoce e pico de casos de covid-19. O país superou os Estados Unidos no infeliz recorde de infecções em 24 horas.

Dados publicados nesta quinta-feira (24) pela Organização Mundial da Saúde apontam que foram registrados 59,9 mil casos de covid-19 no Brasil no período de 24 horas. Nos EUA, foram 57,8 mil.

O número de mortes diárias também não para de subir e bater recordes. Na quarta (3), foram registradas 1,8 mil mortes num dia – o maior número desde o início da pandemia. Em mais da metade dos estados brasileiros, a ocupação de leitos de UTI supera 80%.

Brasil tem quase 260 mil mortos por covid-19

Diante do colapso dos sistemas de saúde em vários municípios, governadores decretaram lockdown ou medidas de distanciamento social. Apesar do descontrole de infecções, o presidente Jair Bolsonaro declarou mais uma vez ser contra as restrições.

“No que depender de mim nunca teremos lockdown. Nunca, uma política que não deu certo em lugar nenhum do mundo”, afirmou o presidente.

Mas os dados desmentem a fala de Bolsonaro.

No Reino Unido, o lockdown em vigor em todo o país desde o início de janeiro reduziu em dois terços as infecção por covid-19. Em Londres a diminuição foi de 80%, segundo pesquisa da Imperial College London.

“Do ponto de vista científico, fechar fronteiras e implementar quarentenas em casa são eficazes em diminuir a infecções. E há benefícios em reduzir infecções. Você diminui o risco de surgirem variantes, ganha tempo para a campanha de vacinação avançar e para pesquisas concluírem vacinas adaptadas às variantes existentes hoje”, diz o professor Peter Baker.

Variante de Manaus pode dominar infecções no país

Um estudo liderado por Whittaker mostrou que a variante de Manaus é entre 1,4 e 2,2 vezes mais transmissível que o vírus original. A pesquisa revela ainda que a P.1 é capaz de evadir o sistema imune de infecções prévias em 25% a 61% dos casos. Ou seja, ela pode provocar reinfecções em indivíduos que já haviam sido contaminados pela covid-19.

E reinfecções são outro ingrediente importante para mutações perigosas, diz Peter Baker, da Imperial College London.

“Quando essas variantes entram em contato com pessoas que já foram infectadas, há uma pressão para que elas mutem mais, encontrem uma maneira de reinfectar pessoas previamente imunizadas”, diz.

“A combinação de uma epidemia prévia com uma nova grande epidemia, em que pessoas que já teriam imunidade são reinfectadas, gera um ambiente propenso a mutações. Achamos que isso é o que aconteceu no contexto brasileiro.”

Aparição de variantes no Brasil gera risco ao mundo todo

Além de já estar se espalhando pelo território brasileiro, a variante de Manaus já foi detectada em 25 países, apesar de várias nações terem cancelado voos para o Brasil e imposto quarentenas e testes de covid-19 a quem desembarcar vindo do país.

Isso revela que o descontrole da doença num país coloca em risco outras nações.

“Se você deixar o Brasil replicar o vírus de maneira descontrolada, essas variantes podem surgir e viajar para qualquer lugar”, diz o virologista Julian Tang, da Universidade de Leicester.

Universidade de Leicester.

“Se você tem um celeiro de produção de vírus num país, se você não controla a transmissão, vai ter mutação ocorrendo e prevalecendo por seleção natural, se essas variantes viajam pelo mundo e algumas delas escapam totalmente ou parcialmente às vacinas, é claro que é um risco.”

Os pesquisadores ouvidos pela BBC News Brasil avaliam que vacinação em massa, combinda com medidas de restrição de contato social, como lockdowns, uso de máscaras e fechamento de comércio são importantes para conter altas taxas de infecções e impedir novas mutações, enquanto a imunização avança.

“Ninguém está seguro enquanto todos não estivermos seguros. E garantir que estamos seguros significa limitar a chance de variantes surgirem. Medidas de controle são úteis para alcançar isso, mas talvez mais importante ainda seja garantir uma estratégia global equitativa de vacinação. Isso significa que nenhum país deve ser deixado para trás”, defende Charlie Whittaker, da universidade Imperial College London.

*Da BBC Brasil

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Brasil tem novo recorde de mortes por covid, 1.726 em um dia, enquanto Bolsonaro, sem freios, sabota a vacinação

A impressão que se tem é a de que o Brasil está sendo envenenado de dentro do Palácio do Planalto. É como se Bolsonaro passasse o dia inteiro derramando toneladas do veneno mais letal do mundo, composto por cinco componentes que, juntos, provocam um quadro macabro: descaso com a vida dos brasileiros e o sofrimento de seus familiares, fixação pela morte como trunfo político, cinismo cáustico, desprezo pelo país e um ódio que rompe todos os limites do imaginário humano.

Não bastasse isso, temos um Ministério Público totalmente dominado pelo monstro, um Congresso que, se não tem no Senado um cachorrinho adestrado como o presidente da Câmara, tem um presidente que não vê crime nas atitudes de Bolsonaro porque, segundo Rodrigo Pacheco, no Roda Viva, Bolsonaro não cometeu crime, porque causou dolo a ninguém. Ou seja, para o presidente do Senado, Bolsonaro nunca negou a covid, nunca fez campanha de morte contra o isolamento, uso de máscara, distanciamento social e, sobretudo, não sabota a vacinação dos brasileiros. Sem falar que tentou substituir tudo isso por Cloroquina que não tem qualquer eficácia, mas deve render a ele um bom retorno.

Assim, ou o senador não sabe que já morreram quase 260 mil brasileiros por covid, ou acha que isso foi mera obra do acaso, fazendo comparações toscas, risíveis e ridículas com outros países, quando, na verdade, o Brasil só perde em número de mortes para os Estados Unidos, por dois motivos, porque lá teve um jumento com um instinto tão assassino quanto o de Bolsonaro, chamado Trump e por não ter um sistema público de saúde e, consequentemente nenhum Plano Nacional de Imunização como no Brasil.

Na realidade, a estrutura do sistema público de saúde do Brasil tem capacidade para vacinar até 1 milhão de pessoas por dia, assim como o atendimento do SUS é reconhecido como o maior do mundo.

Nesse caso, em comparação com os EUA que não tem nada disso, a proporção de mortes por covid no Brasil equivale ao dobro de mortes daquele país.

O pior é que Bolsonaro segue matando e a cada dia aumentando o número de vítimas, mas continua livre de qualquer sanção ou ameaça à sua cadeira.

Alguém minimamente são acredita que Bolsonaro não produzirá amanhã mais mortes do que hoje e depois de amanhã mais do que amanhã e, assim por diante?

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Política

Enquanto Rui Costa chora pelas vítimas da Covid, Bolsonaro dá gargalhadas da dor dos brasileiros

Enquanto nada de concreto é feito para frear o instinto assassino de Bolsonaro, seguiremos vendo cenas tão gritantemente opostas às do presidente, se é que se pode chamá-lo assim.

Enquanto Rui Costa comove a todos com o seu choro convulsivo, pedindo que os comerciantes da Bahia entendam que são só mais 48 horas de lockdown para salvar vidas, Bolsonaro tripudia e se diverte com a dor de milhões de brasileiros, não só os 255 mil que morreram, mas dos parentes e amigos que sofrem com a perda de uma pessoa querida que foi tragada por um vírus aliado a um verme, criando uma cepa que só tem no Brasil, com capacidade letal típica de um pistoleiro do esquadrão da morte que se confunde com a própria história das milícias.

Este é o verdadeiro drama porque passa o Brasil. Os governadores precisando de apoio federal para impor restrições urgentes e Bolsonaro, como se fosse dono do destino das pessoas, de suas vidas, de seus filhos e pais, não só nega, mas faz campanha cerrada contra qualquer as medidas de prevenção da pandemia, inclusive máscaras e vacinação.

O Brasil está sequestrado por um criminoso que está matando a esmo diante de outros poderes que se mantêm em silêncio e que não cobram uma operação policial para arrancar da cadeira da presidência um insano que, a cada movimento, produz milhares de vítimas fatais.

Na história da humanidade não se tem notícias de um chefe de Estado que tenha assumido o comando de um genocídio. Não se tem notícias de que, mesmo os mais cruéis ditadores, sacripantas que já passaram pela terra e foram direto para o inferno, de uma atitude tão despudorada de extermínio em massa de seu próprio povo.

Tem haver um BASTA! E é pra já, é pra ontem.

É louvável qualquer CPI contra Bolsonaro, mas o momento exige urgência. Bolsonaro mata por hora uma média de 55 brasileiros, praticamente um a cada minuto e as instituições assistem caladas a essa carnificina sem uma atitude concreta contra Bolsonaro que suspenda o abate em série que ele promove.

Ou os poderes constituídos e as instituições tomam uma medida agora, ou o que já é trágico se tornará ainda mais cruel para o povo brasileiro.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Por pandemia e Amazônia, Brasil será visto como país que põe Humanidade em risco

Monica de Bolle, pesquisadora da Universidade Johns Hopkins e do Peterson Institute, ambos em Washington (EUA), acredita que a vacinação desigual amplia as dificuldades de recuperação econômica de países emergentes, com muitos isolados da indústria do turismo, por exemplo. A economista brasileira, que se especializou em imunologia genética pela Universidade de Harvard e integra o Observatório Covid, alerta que o risco é global: ao ficar sem vacinas, países mais pobres podem favorecer que mais mutações surjam, ameaçando todo o planeta. Para o Brasil, contudo, prevê um cenário ainda pior, com a ampliação do debate ambiental somado ao sanitário.

Efeito Bolsonaro: Intervencionismo do governo dificulta atrair investimento para projetos de infraestrutura.

A economia será impactada pelos diferentes ritmos de vacinação entre os países?

As diferentes velocidades de aplicação da vacina no mundo certamente geram um cenário de risco de defasagens de recuperação em alguns países. Todos os países atrasados na vacinação correm o risco de estagnação, ou de uma recuperação muito aquém do que poderia ser com a vacinação no mesmo ritmo dos países desenvolvidos. Alguns devem sofrer consequências diretas, internas, e também externas. A atividade turística será prejudicada nessas nações, afetando a economia.

Isso pode gerar mais pobreza e desigualdade?

A ampliação da desigualdade entre os países já está ocorrendo, pela diferença na velocidade da vacinação. Há o risco do aumento da pobreza relativa pelo mundo. Mas, na verdade, essa defasagem de vacina coloca em risco a saúde e a economia do mundo inteiro.

Como assim?

A epidemia descontrolada em alguns países amplia a chance de surgimento de novas variantes do vírus. Isso coloca em risco o mundo inteiro. Não adianta Israel se vangloriar que vacinou todos e no Egito, digamos, o vírus siga descontrolado.

E como está o Brasil?

O Brasil, hoje, está entre os países atrasados na vacinação que terão uma recuperação mais lenta. Isso devido à incrível falta de visão do governo, que poderia ter articulado mais vacinas.

A questão ambiental se soma à saúde em como o Brasil é visto?

Há a perspectiva de que vamos sair da pandemia aguda para entrar na pandemia crônica. Ou seja, vamos ter debates sobre atualização de vacinas, fluxo de novas cepas. E haverá a preocupação do surgimento de novos vírus. E aí entra a questão do meio ambiente. Quanto mais a gente entra nos habitats naturais, onde estão os repositórios naturais destes vírus, mais a humanidade fica exposta, de modo geral, ao contato de novos vírus. As atenções, em relação ao Brasil, vão estar cada vez mais voltadas ao desmatamento na Amazônia. Não se trata apenas de uma questão climática, tem a questão pandêmica. Está cheio de repositório viral na Amazônia. O Brasil será visto não apenas como um país que não conseguiu controlar sua pandemia, atrasou na vacinação, mas como um país que está colocando o resto da Humanidade em risco, se continuar com as atuais políticas ambientais.

Na Europa está forte o debate sobre a criação de passaportes de vacinação. Isso pode afetar os países atrasados?

É inevitável. Não há a menor dúvida de que viagens internacionais estarão condicionadas a carteiras de vacina, assim como já ocorre hoje com a vacina da febre amarela. E, com a falta de vacina por problemas de planejamento, o isolamento do Brasil tende a ser maior, inclusive maior isolamento comercial.

É possível vacinação mais igual?

Há uma chance: acredito que, por volta de julho e agosto, vamos ter uma ideia melhor de quantas doses de vacina irão sobrar nos países ricos. Então provavelmente haverá uma reordenação destas vacinas, o que pode suprir um pouco essa defasagem de doses em muitos países emergentes.

Este é o cenário positivo. Há chances de o ritmo de vacinação piorar?

Sim. As vacinas dos países desenvolvidos usam um pedaço da proteína spike do vírus, não o vírus inteiro. E as mutações que temos visto até o momento alteram justamente esta proteína. Se surgir uma cepa com mutações a ponto de requerer uma atualização das vacinas, estamos falando de todas as vacinas dos países ricos. A possível exceção é a das vacinas de vírus inativado, que usam o vírus inteiro e podem ter uma resposta melhor a mutações da proteína spike. Entre elas estão a Coronavac e as vacinas indianas. Se elas se saírem melhor, o mundo inteiro pode, enquanto estiver atualizando suas vacinas, ficar dependente da China e da Índia, atrasando toda a vacinação global e gerando uma nova disputa por imunizantes. Mas é uma hipótese.

Trump piorou a coordenação internacional da pandemia?

Sem Donald Trump, a cooperação internacional seria melhor, não só devido à sua posição negacionista, mas por ter retirado os EUA da Organização Mundial da Saúde (OMS), que perdeu recursos. Agora, se Trump não fosse presidente dos EUA, o mundo estaria cooperando lindamente? Não. Nessas horas os países ficam com a mentalidade de cada um por si, a vacina vira uma questão de política interna, não tem jeito. Agora China, Índia e Indonésia estão ampliando a doação de vacinas. Não tenho dúvida de que estes países vão ganhar espaço geopolítico.

A pandemia gerou o debate mundial de que ter uma cadeia de fármacos própria é algo relevante e estratégico?

Sim, este debate está na ordem do dia. Aqui nos EUA, por exemplo, há uma enorme preocupação para que o país tenha a capacidade de produzir tudo relacionado à vacinação e à pandemia, inclusive máscaras, que hoje vêm da China. É uma cadeia enorme. E as coisas mais básicas, como seringa, tubo de ensaio, luvas, estava tudo direcionado para a importação da China e da Índia. Máscaras agora são vistas como item necessário para a segurança nacional.

*Foto destaque/Revista Galileu

*Com informações de O Globo

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