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O que pode sair do PL, partido comandado por vigaristas como Valdemar da Costa Neto e Bolsonaro?

Comecemos pelo começo para falar da defesa canina dos milionários feita pelos pilantras do Congresso.

É o Congresso do “povo” rico.

E rico fica mais rico comprando gente de folha corrida como as de Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto.

Hugo Motta é bucha de canhão de Athur Lira, mega vigarista confessadamente atrelado ao pé da mesa dos banqueiros que sugam a nação.

Gente que nunca trabalhou e sempre viveu de agiotagem às custas do sangue dos trabalhadores brasileiros.

Banqueiro não é categoria, é raça, raça ruim, ou não seria banqueiro. É a escória da sociedade, o esgoto mais fétido e contaminado com as piores bactérias letais para um país.

Diante disso, a tela do Congresso via PL e cia, não poderia dar noutra coisa.

Essa gente toda é comandada pelo duo mais bandido da política nacional. Bolsonaro e Valdemar não têm um único feito em favor do Brasil e dos brasileiros. Os caras são pilantras 24 horas por dia, há décadas.

O resultado contra o IOF em favor dos milionários já era pra lá de esperado de um Congresso infestado de ratos de esgoto num país em que a mídia industrial é sucursal da agiotagem nacional.


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Fogo amigo: PL demite Wajngarten, ex-braço direito de Bolsonaro, após confusão com Michelle

Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, demitiu Fabio Wajngarten da assessoria de Bolsonaro a pedido da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

O PL demitiu nesta terça-feira (20) o ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social de seu governo, Fabio Wajngarten, após serem divulgadas mensagens dele com críticas a uma possível candidatura de Michelle Bolsonaro à Presidência no lugar de Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível.

Wajngarten era um dos principais auxiliares de Bolsonaro e atuava como seu assessor direto para assuntos com a imprensa. Ele não comentou a demissão, que ocorre em um momento de fortalecimento da ex-primeira-dama como sucessora do marido.

A demissão foi feita após o UOL divulgar na sexta-feira (16) mensagens de celular entre o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e Wajngarten em janeiro de 2023, em que ambos fazem críticas à possibilidade de que a ex-primeira-dama seja a candidata, segundo Raphael Di Cunto, ICL.

Os arquivos constam da perícia no celular do ex-ajudante de ordens do ex-presidente.

Fabio Wajngarten, alter ego de Jair Bolsonaro, contra as privatizações de Tarcísio de Freitas.

No dia 27 de janeiro de 2023, Wajngarten encaminha a Cid uma notícia de que Michelle era cotada pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, para concorrer à Presidência. Cid responde: “Prefiro o Lula”, com uma gargalhada. Wajngarten concorda e pergunta “em que mundo o Valdemar está vivendo?”.

Cid então envia um áudio em que faz críticas à ex-primeira-dama. “Cara, se a dona Michelle tentar entrar pra política num cargo alto, ela vai ser destruída, porque eu acho que ela tem muita coisa suja… não suja, mas ela né, a personalidade dela, eles vão usar tudo contra pra acabar com ela”.

Como mostrou a Folha no sábado, Bolsonaro tem demonstrado a aliados resistência em indicar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como sucessor ao Palácio do Planalto em 2026.

Bolsonaro se queixou a aliados de que seu ex-ministro não estaria demonstrando solidariedade o suficiente, segundo esses relatos. Também apontam que as pontes que o governador tem com o STF (Supremo Tribunal Federal) não se traduzem em alívio para o seu grupo político.

Nesse cenário, Bolsonaro tem sinalizado preferência por indicar alguém do seu clã, como Michelle ou seu filho Eduardo (PL), que promoveu um auto exílio nos Estados Unidos e se licenciou do mandato de deputado federal.

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Política

O ambicioso Nikolas Ferreira foi traído por Bolsonaro com um mata-leão “do bem”

Há evidências sólidas de que Bolsonaro traiu Nikolas Ferreira em relação à candidatura ao governo de Minas Gerais.

Não ouve notificação direta de ruptura ou promessa quebrada.
Ninguém passa recibo de traidor.

Contexto
Apoio inicial de Bolsonaro: Em novembro de 2024, Bolsonaro elogiou Nikolas Ferreira publicamente, indicando-o como um candidato possível ao governo de Minas Gerais em 2026, mas roeu a corda do fedelho.

Ele destacou a projeção nacional de Nikolas e sugeriu conversar com ele sobre a candidatura, embora tenha mencionado que Nikolas “peca às vezes” devido à juventude.

Tensões recentes: Há relatos de distanciamento entre Nikolas e o clã Bolsonaro, especialmente após Nikolas criticar acordos do PL com o Centrão e apoiar Pablo Marçal (PRTB) na disputa pela prefeitura de São Paulo, contrariando a estratégia bolsonarista.

Bolsonaro também expressou irritação com a ambição de Nikolas.
O genocida afirmou que ele precisava crescer e virar homem antes de buscar cargas mais altas, como o Senado, e chegou a descartar uma candidatura de Nikolas ao Senado em 2026 por questões de idade e maturidade.

Interesse de Nikolas no governo de MG: Nikolas Ferreira confirmou publicamente que não descartou concorrer ao governo de Minas Gerais em 2026, especialmente após o fim do segundo mandato de Romeu Zema (Novo), que não poderá se reeleger.

Apoio do PL de Bolsonaro
Lideranças do PL, incluindo Valdemar Costa Neto, discutem a candidatura de Nikolas ao governo de Minas, vendo-o como um nome forte da direita, dado o seu desempenho eleitoral em 2022 (1,49 milhões de votos).

Mas isso bate de frente com os interesse do clã Bolsonaro.

Nesse quesito, Valdemar é a Rainha da Inglaterra do PL, mas quem manda e desmanda na birosca fascista, é o genocida.

Críticas nas redes via Carluxo
Postagens no X do gabinete do ódio bolsonarista comandado por Carluxo, acusam Nikolas de deslealdade a Bolsonaro, indicando que ele busca construir seu próprio espaço político, o que gerou atritos com apoiadores do clã

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Bolsonaro teme ter sido traído por Valdemar Costa Neto, mas não foi

O que o presidente do PL quis dizer com a decisão de falar à Polícia Federal.

No início desta semana, Bolsonaro não escondia sua preocupação com a decisão de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido onde ele se abriga, de responder a todas as perguntas que a Polícia Federal lhe fizesse no depoimento marcado para ontem.

E se Costa Neto pisasse sem querer na bola e entregasse algo que pudesse incriminar ainda mais Bolsonaro? Ou pior: e se Costa Neto viesse a colaborar de fato com as investigações sobre o golpe planejado por Bolsonaro para manter-se no poder?

Costa Neto ajudou, sim, a criar o clima para que o golpe acontecesse. Terminada a eleição de 2022, derrotado Bolsonaro, o PL pediu ao Tribunal Superior Eleitoral a recontagem dos votos no segundo turno. Com isso, sugeria que poderia ter havido fraude.

O tribunal negou o pedido, mas Costa Neto fizera sua parte para ajudar a trama golpista. A trama estendeu-se do início de novembro daquele ano até o fim de dezembro, quando Bolsonaro concluiu que não tinha apoio suficiente para dar o golpe e fugiu.

Tão cedo se saberá o que Costa Neto disse em mais de três horas de depoimento à Polícia Federal. Mas é improvável que ele tenha jogado mais lenha na fogueira onde Bolsonaro está sendo frito. Bolsonaro é um ativo político no qual Costa Neto investiu uma fortuna.

Um ativo político que, mesmo debilitado, poderá ser muito útil para que o PL eleja este ano um gigantesco número de prefeitos e vereadores. Por que estragá-lo? Costa Neto quis apenas se diferenciar do bloco dos depoentes de farda que preferiram o silêncio.

No tribunal da opinião pública, quem cala é porque tem muito a esconder e quase sempre é culpado pelo que lhe acusam. Costa Neto quis dizer com seu gesto: me incluam fora dessa. Ou: aproximem-se para longe. E assim tirar alguma vantagem. Esperto, o rapaz.

*Blog do Noblat

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Vídeo: Bolsonaro se enfurece com elogios de Valdemar a Lula e diz que PL pode “implodir”

“Se continuar assim, vai implodir o partido. Pessoa do partido dando declaração absurda, como ‘o Lula é extremamente popular'”, disse Bolsonaro, sem citar Valdemar Costa Neto.

Jair Bolsonaro (PL) afirmou que seu partido pode “implodir” devido as declarações elogiosas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) feitas pelo presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, qualificadas por ele como “absurdas”.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a afirmação do ex-mandatário foi gravada em vídeo durante uma conversa que ele manteve com apoiadores do Rio de Janeiro. “Tudo na vida puxa um pouquinho para vida familiar de cada um de nós. Problemas têm. Essa semana tive um problema sério, não vou falar com quem. Se continuar assim, vai implodir o partido. Pessoa do partido dando declaração absurda, como ‘o Lula é extremamente popular’. Manda ele tomar uma [cachaça] 51 ali na esquina ali. [Lula] Não vem”, diz Bolsonaro no vídeo sem citar Valdemar diretamente.

Valdemar Costa Neto, por sua vez, defendeu-se, alegando que um vídeo editado foi divulgado de forma enganosa, retirando trechos de suas declarações, e atribuiu a divulgação do vídeo a uma estratégia da oposição para criar divisões entre ele e Bolsonaro, explorando essa situação nas eleições municipais, especialmente em São Paulo.

No vídeo, Valdemar elogia Lula, destacando seu prestígio e popularidade, mas também menciona as qualidades de Bolsonaro, como seu carisma. Contudo, o dirigente do PL alega que sua fala foi tirada de contexto, sendo parte de uma comparação entre os dois líderes políticos. “Valdemar diz ainda que a repercussão do vídeo foi ‘coisa do PT’, e minimizou o episódio, dizendo que Bolsonaro nem ligou para ele por isso”.

https://twitter.com/i/status/1746925465531474235

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Política

Com discurso de derrotado, Bolsonaro recebe ordem de silêncio até julgamento do TSE

Bolsonaro disse em discurso no PL que está ‘mais pra lá do que pra cá’ e que ‘se prepara para buscar alternativas’

A ordem é submergir. Jair Bolsonaro foi fortemente orientado por aliados e advogados a evitar os holofotes e ficar em silêncio até o dia 22, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inicia o julgamento que pode torná-lo inelegível.

O discurso do ex-presidente nesta quarta-feira, durante a filiação do ex-ministro Marcelo Queiroga ao PL, foi visto por aliados como uma aceitação prévia da derrota na corte eleitoral, diz Bela Megale,  O Globo.

— A vida de candidato ao Executivo não é fácil […] Tenho mais de 500 processos, mais como gestor, bem mais pra lá do que pra cá, acho que contribui bastante para o futuro do meu país, juntamente com muitos de vocês, e posso contribuir ainda, aconteça o que acontecer — disse Bolsonaro, sem citar diretamente o julgamento.

O ex-presidente recebeu a ordem de silenciar sobre e tema do judiciário e não provocar os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial, Alexandre de Moraes, que é presidente do TSE.

Tratando-se de Bolsonaro, porém, o ex-presidente não seguiu à risca a orientação, apesar de ter evitado o confronto direto com os magistrados.

— A gente sabe como é a politica brasileira e já sabemos como é a Justiça no Brasil. A gente se prepara para que, aconteça o que acontecer, com muita altivez, para buscar alternativas — afirmou o ex-presidente no evento do PL, sem fazer referências diretas ao julgamento.

Hoje, uma das maiores preocupações no partido é a possibilidade de Bolsonaro ser derrotado por unanimidade no TSE, ou seja, que os sete ministros votem para que ele se torne inelegível. Como informou a coluna, há queixas dentro da sigla sobre como o afastamento entre Bolsonaro e o ministro que nomeou para o Supremo.

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Por que Michelle Bolsonaro descarta candidatura em 2026

Cúpula do PL vê dois motivos para declaração da ex-primeira-dama, que diz não ter pretensões políticas.A afirmação de Michelle Bolsonaro a deputadas do PL, na terça-feira, de que não pretende disputar cargo eletivo em 2026, não foi levada a ferro e fogo pela cúpula do partido.

Segundo Bela Megale, O Globo, a avaliação de membros do PL é que a ex-primeira-dama só se manifestou nesta linha por dois motivos. O primeiro, seria uma tentativa de se blindar da fritura e de ataques da oposição.

O segundo tem relação com o marido. Como informou a coluna, Jair Bolsonaro mostrou incômodo e ciúmes com o lançamento do nome da ex-primeira-dama para 2026. O capitão fez chegar ao presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, sua insatisfação com a colocação do nome de Michelle para o Palácio do Planalto.

Na semana passada, o senador Flávio Bolsonaro passou a defender a candidatura do pai à presidência da República novamente. No partido, é unânime a previsão de que Jair Bolsonaro será tornado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para a cúpula do PL, Michelle é o nome que deve ser trabalhado, pois teria o capital político do marido, mas não a rejeição dele.

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Política

‘Valdemar dizia que o Bolsonaro era burro’, afirma Maria Christina, ex-mulher do presidente do PL

Estabelecida em Miami, socialite dispara contra o ex-marido e outros figurões de República.

Maria Christina Mendes Caldeira é a primeira a admitir: nasceu para ser socialite. Oriunda de uma família de empreiteiros de São Paulo, teve uma educação requintada. Aprendeu diversos idiomas e viajou o mundo. “Tudo isto para algum dia ser a mulher ideal de um homem rico e poderoso”, afirma.

Teve três maridos, e o terceiro se encaixa nessa descrição: é o deputado federal Valdemar Costa Neto, líder do Centrão e presidente do PL, atual partido de Jair Bolsonaro. Aliás, foi graças a ele que o nome de Maria Christina começou a sair na imprensa fora das colunas sociais.

Já separada do parlamentar, ela deu um depoimento contundente à CPI do Mensalão, em 2005, denunciando falcatruas que teria presenciado enquanto estiveram casados. Valdemar acabou sendo condenado a sete anos e dez meses de reclusão, e preso em 2012. Em 2015, foi indultado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e retomou a sua carreira política.

Maria Christina se mudou para os Estados Unidos em janeiro 2017, onde diz ter conseguido asilo político. “Existem 22 queixas-crime do PL contra mim. Sofri três acidentes de carro. Num deles, em maio de 2009, capotei quatro vezes, depois de ser abalroada por um veículo que vinha a mais de 100 km por hora. E tive um revólver apontado para a minha cabeça uma dez vezes. Era um modus operandi. Antes de cada operação estourar, vinha alguém me ameaçar: ‘Se você falar alguma coisa, a gente te mata’.”

Mas, apesar das ameaças que diz ter sofrido, ela sempre falou. E fala até hoje. Numa live transmitida pelas redes sociais em 18 de novembro do ano passado, Maria Christina voltou a atacar o ex-marido. Estava indignada com o pedido que o PL fizera ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para desconsiderar os votos computados em urnas “antigas” e contabilizar apenas os das urnas “auditáveis”, o que supostamente daria a vitória a Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais.

”Ô, Valdemar, me poupe, né, querido? Sou sua ex-mulher. Eu fui casada com o dono do bordel do Congresso e conheço bem como é que você se movimenta”, diz ela no vídeo. E arremata: “Eu vou fazer da sua vida um inferno”.

Maria Christina conheceu Valdemar em 1992, quando já estava separada de seu primeiro marido, o empresário Fady Saad Tabet. O encontro ocorreu no restaurante Roppongi, em São Paulo, onde iria jantar com uma amiga. Valdemar se encantou na hora, diz Christina. Mas não foi correspondido. Na época, ela saía com Gilberto Miranda, ex-senador pelo Amazonas.

”Eu ia visitar o Gilberto no Congresso, e o Valdemar ficava me seguindo pelos corredores”, conta. Durante anos, diz, o deputado insistiu mandando flores e convites para jantar. “De vez em quando eu ia, mas levava uma amiga junto para ver se ele se interessava por ela.” Acabaram se perdendo de vista. Maria Christina se casou com o lobista americano James Rubin, então porta-voz da secretaria de Estado do governo Clinton, e foi morar com ele nos EUA. Rubin, posteriormente, passaria 20 anos casado com a jornalista Christiane Amanpour, da CNN.

Em 1999, novamente separada, voltou ao Brasil e pediu ajuda a Valdemar para repatriar móveis e objetos pessoais, que estavam armazenados em Miami. “Ele mandava nos aeroportos”, afirma ela. Os dois foram jantar fora e, dessa vez, pintou um clima. “Como todo bom político, o Valdemar é muito sedutor. Não é um homem culto, mas é focado, esperto, muito inteligente. E era absolutamente louco por mim.”

Com o relógio biológico batendo forte, Maria Christina sentiu que estava na hora de sossegar. “Eu queria ter filho, queria ter uma família”, conta. Os dois passaram a viver juntos em 2002 e oficializaram a união no ano seguinte, em Las Vegas.

Mas ainda nem eram casados quando foram notícia juntos pela primeira vez. Foi em 4 de janeiro de 2003, quando voltavam de jatinho de Buriti Alegre (GO), onde haviam comparecido a uma festa do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, poucos dias depois da primeira posse de Lula (PT) como presidente da República.

O avião deslizou sobre um lençol d’água na pista do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, despencou de um barranco e só parou na calçada da avenida Washington Luís, ferindo um pipoqueiro e danificando o carrinho de pipoca. Valdemar e Maria Christina saíram correndo da aeronave e pegaram um táxi, sem passar pelo terminal do aeroporto. “O Valdemar estava bêbado”, ri Maria Christina. “Ele não podia dar entrevista naquele estado.”

Durante algum tempo, Maria Christina foi a anfitriã das reuniões que Valdemar promovia com políticos em sua casa em Brasília. “Eu servia suco de maracujá feito com água exorcizada. Não era benta, era exorcizada mesmo, por um padre de Brasília, um dos poucos padres exorcistas que existiam no Brasil.”

O idílio, segundo ela, começou a se dissipar em fevereiro de 2004, durante uma viagem oficial a Taiwan. “Éramos convidados do governo de lá, outros políticos foram também”, conta. “Num almoço no Ministério taiwanês de Relações Exteriores, o ministro pediu para eu traduzir ao português o que ele iria falar em inglês para o Valdemar. E eu quase caí para trás. O cara disse: ‘A gente deu para você US$ 2 milhões [cerca de R$ 11 milhões pelo câmbio atual] para abrir um escritório comercial de Taiwan no Brasil. E até hoje, nada’. O Valdemar havia embolsado o dinheiro. Eu tinha ido dormir com o Martin Luther King e acordado com o Al Capone.”

”Essa foi a primeira ‘red flag’ [bandeira vermelha, em inglês, expressão que significa sinal de alerta]. Dali para a frente, comecei a implicar com tudo. Via uma mala e perguntava: ‘De onde veio? Para onde vai? O que tem dentro?’.”

”Na Páscoa daquele ano, fomos a Punta del Este [no Uruguai] com um grupo de amigos. Quando eu desci do quarto e entrei no cassino do hotel, me disseram: ‘O Valdemar já perdeu um milhão de dólares’. Fiquei indignada, quis ir embora. Mas ele reclamou: ‘Onde é que você vai com a minha sorte, sua f.d.p?’ O casamento terminou ali. Subi para o quarto, ele foi atrás e ainda me deu um tapa. Depois, voltou para o cassino e passou a noite inteira jogando.”

”Nós nos separamos de vez em junho de 2004. Para fazer picuinha, Valdemar mandou cortar a luz da minha casa. Cortou mesmo, diretamente num poste. Então eu contratei um caminhão-gerador, desses que se usam em festas.”

”No ano seguinte, o Roberto Jefferson me chamou para depor na CPI do Mensalão. Ele queria ferrar com o José Dirceu e o José Múcio Monteiro [atual ministro da Defesa do governo Lula]. Me mandou um script, mas eu não sou atriz. Mandou também uma mala com R$ 700 mil. Claro que eu não aceitei. Se eu quisesse dinheiro, teria me casado com um príncipe europeu.”

Maria Christina borda durante acareação na CPI do Mensalão, no Senado, em Brasília – Alan Marques – 27.out.2005/Folhapress
“O Lúcio Funaro tentou me comprar para eu falar mal do Vald

“O Lúcio Funaro tentou me comprar para eu falar mal do Valdemar, mas eu só falo a verdade”, diz ela, se referindo ao doleiro que se envolveu em diversos escândalos de corrupção e acabou se tornando delator da Operação Lava Jato.

”O Lúcio era o mais perigoso de todos. Lembra da advogada Beatriz Catta Preta? Um dia ela chegou em casa, e lá estava o Lúcio brincando com o filho dela na sala. Com um revólver na mão.” Maria Christina afirma ainda que Catta Preta, defensora de vários réus da Lava Jato, abandonou a carreira alegando que sofria ameaças veladas de morte —mas é contestada pela advogada (veja abaixo).

A ex-mulher de Valdemar garante que não guarda mágoas do parlamentar —”ele foi o maior professor que eu tive”—, mas, sim, de sua própria família. Segundo ela, seus dois irmãos e seu tio manobram na Justiça para que ela não tenha acesso à herança do pai, que morreu em 2009. “Eu sou uma vítima da violência patrimonial”, se queixa.

Suspeita até que seus parentes estejam de conluio com o ex-marido, que teria influência no Tribunal de Justiça de São Paulo, onde corre a ação do espólio.

”O Valdemar pôs no nome do partido um monte de coisas que já eram minhas antes de nos casarmos. E ainda quer mais.” O PL move uma ação para receber R$ 408 mil do espólio do pai de Maria Christina. A quantia teria sido gasta por ela em diversas despesas, durante o período em que esteve casada com o deputado.

”Ciro Nogueira, Roberto Jefferson, Valdemar, eles são todos iguais. Atuam do mesmo jeito. Não são políticos. São homens de negócios.”

E o que ela acha da recente aliança do deputado com o agora ex-presidente? “O Valdemar sempre disse que o Bolsonaro é burro e do baixo clero. Mas ele fez uma conta política. Hoje está liderando esses malucos da extrema direita. Ele é uma águia, já sabia quantos votos ia ter em cada urna antes mesmo da eleição. Só que eu não sei quanto tempo vai aguentar esse arranjo. Afinal, o Bolsonaro equivale a umas cinco mulheres com TPM ao mesmo tempo.”

*Mônica Bergamo/Folha

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Justiça

O apelo inútil de Moro a Bolsonaro

Sérgio Moro recorreu a Jair Bolsonaro para tentar convencer Valdemar Costa Neto a retirar o pedido de cassação do mandato de senador eleito pelo Paraná. Se a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) movida pelo diretório estadual do PL prosperar, a legenda ganha mais um senador, passando a ter 17 parlamentares no Senado.

Em reunião com Bolsonaro na quarta-feira, Moro então, pediu que o ex-chefe converse com o presidente do PL. Moro alegou, inclusive que toparia se filiar ao PL de Valdemar para que o mandato fique na legenda. Nenhum dos dois apelos, portanto, foram levados em consideração pelo presidente do PL, afirmam aliados.

A ação, que corre em segredo de justiça, vai continuar tramitando na Justiça Eleitoral e o ex-juiz da Lava Jato não tem chance alguma de se filiar ao PL.

*Lauro Jardim/O Globo

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PL de Bolsonaro trai Moro e faz investida na Justiça Eleitoral para cassar mandato de senador eleito

Partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL entrou com um pedido na Justiça Eleitoral para cassar o mandato do senador eleito Sérgio Moro (União Brasil-PR). Em um processo sigiloso movido pelo diretório do Paraná, o partido moveu uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral.

O movimento se dá poucos meses depois de Sergio Moro ter apoiado publicamente Jair Bolsonaro e até mesmo acompanhado o então candidato à reeleição nos debates televisivos do segundo turno da eleição presidencial. Segundo apurou o Estadão, apesar de patrocinado pelo diretório no Paraná, a ação conta com o aval do presidente nacional Valdemar Costa Neto.

Moro foi eleito senador pelo Paraná com 33,82% dos votos, em uma disputa apertada com o segundo colocado, o deputado federal Paulo Martins (PL), que alcançou 29,12% dos votos. Segundo apurou o Estadão, internamente, a esperança é de que a legenda consiga alijar o ex-juiz da Operação Lava Jato do Senado e ficar com a vaga de Moro.

Procurado, o presidente da legenda no Paraná, Fernando Giacobo, afirmou que não se manifestaria porque o processo está sob sigilo. Valdemar Costa Neto também não se manifestou. A assessoria de imprensa do PL Nacional apenas informou que a ação é patrocinada pela legenda no Estado.

Os detalhes da ação estão sob sigilo, mas o Estadão apurou que o PL deve questionar irregularidades nos gastos de campanha do ex-juiz. O partido vem de um grande desgaste no Poder Judiciário, após ter questionado as urnas do segundo turno das eleições presidenciais e ser penalizado pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, uma multa de R$ 22 milhões por litigância de má fé.

Procurado, Moro disse que desconhece a “existência de eventual ação do PL” e nada tem “a recear quanto à lisura, regularidade, transparência e seriedade das doações e despesas eleitorais.”

A ofensiva contra Moro também seria uma forma de agradar setores do Judiciário que desde sempre se posicionaram de maneira crítica à Lava Jato, mas que se revoltaram com a ofensiva contra as urnas, que atendeu a interesses do presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado em 2022.

A medida contra Moro representa uma dura investida contra um aliado importante do presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2022. A presença do ex-ministro nos debates presidenciais, que havia acusado o presidente de intervir politicamente na PF e ensejado a abertura de um inquérito no STF, foi a grande novidade e carta na manga de Bolsonaro no segundo turno.

A legenda toma como precedente político para tentar tirar Moro do Senado o caso da ex-juíza Selma Arruda, que foi cassada por irregularidades na prestação de contas e cuja vaga foi preenchida pelo terceiro colocado nas eleições ao Senado daquele ano. Conhecida como linha dura do Judiciário matogrossense, e famosa por impor duras penas ao grupo político do ex-governador Silval Barbosa – que, hoje, é delator – , Selma ficou conhecida como “Moro de saias”.

*Com Estadão

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