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Depois de se vender como ‘nova política’, Bolsonaro diz que é centrão desde criancinha

O discurso que Bolsonaro utilizou para consumo eleitoral e, covardemente, para fugir do debate, era que ele, a partir de “valores morais” estava completamente afastado da suposta velha política.

Essa foi a maneira que ele encontrou de se refugiar com um autoelogio de um debate efetivamente político.

O principal inimigo de Bolsonaro era o PT, porém, usou o centrão como exemplo de precariedade ética, mesmo sendo eleito deputado pelo PP, quando se candidatou à presidência da República, mas dizendo que, apesar disso, não cheirava igual aos políticos dos partidos do centrão.

Mas que ele sim, tinha uma boa causa para o país em busca de prosperidade, reduzindo ao máximo qualquer influência política na escolha dos quadros do seu ministério que, segundo ele, além de terem uma moralidade inabalável, seus ministros teriam uma capacidade técnica que os permitiriam assumir os referidos ministérios.

Na verdade, Bolsonaro veio de um gueto político, para ser mais explícito, de uma rapa do tacho do próprio centrão, o centrão que, agora, o mesmo Bolsonaro usa como escudo de seu mandato, pois do contrário, cai.

E aonde foi parar aquele discurso cheio de princípios contra o centrão? Desapareceu, pior, Bolsonaro multiplicou a importância do centrão para saúde da vida nacional e disse que, mais do que essa aliança, ele, originalmente, é do centrão.

Nada como um dia após o outro para se ver o que as cartas reservaram para os hipócritas.

Bolsonaro, com essa declaração dada hoje, confessa-se incapaz de fazer qualquer coisa para salvar o seu mandato sem a muleta do centrão, apoio que naturalmente vai lhe custar ainda mais caro. Afinal, poucos conhecem tão bem quanto ele como é feito o cálculo político dentro do centrão.

Como a sua continuação na cadeia da presidência está ainda mais subordinada ao centrão, porque não tem condições de continuar a caminhar sozinho, por total falta de apoio político, Bolsonaro que entregou os anéis, os dedos e terá que entregar a partir de então, as mãos, os braços e as pernas para não perder a cabeça.

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Bolsonaro fez maior “toma lá, dá cá” da história, mas economiza com vacina

O caminho de Jair Bolsonaro para a Presidência da República foi pavimentado pela promessa de acabar com o que chamou de velha política. Inflamado, o candidato dizia que daria ao relacionamento entre Executivo e Legislativo um formato diferente da tradicional troca de apoio parlamentar por verbas e cargos. Seria o fim do “toma lá, dá cá”.

Cansado de escândalos de corrupção envolvendo políticos, o eleitor incauto acreditou na bravata – mesmo com Bolsonaro tendo passado 28 anos no Congresso beneficiando-se do fisiologismo praticado pelos partidos que integrou.

Bastou um atrapalhado início de gestão, com seguidas derrotas na Câmara e no Senado, para o presidente jogar pela janela a promessa de campanha.

Por intermédio do ministro chefe da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, se acertou com o Centrão. Como fizeram seus antecessores, recorreu ao escambo.

Bolsonaro, no entanto, não fez um simples “toma lá, dá cá”.

Praticou, na verdade, o maior “toma lá, dá cá” da história.

Conforme noticiaram os jornalistas Breno Pires e Patrik Camporez, no jornal Estado de S. Paulo, somente para garantir a eleição do presidente da Câmara dos Deputados, o governo liberou nada menos que R$ 3 bilhões em obras a 250 deputados e 35 senadores.

Antes desse momento, emendas já tinham sido direcionadas aos aliados, recursos para combate a covid tiveram como destino prioritário os parceiros e outras verbas serviram para conquistar novos amigos no Congresso.

A partir de agora, ministérios, cargos em estatais e outras bocas estarão sob domínio do Centrão.

Enquanto abre o cofre para negociatas, Bolsonaro economiza onde deveria gastar.

Reportagem de Vinicius Sassine, na Folha de S. Paulo, revelou que dos R$ 24,5 bilhões liberados em caráter de urgência, entre agosto e dezembro, para compra e desenvolvimento de vacinas contra a covid-19, o governo gastou somente R$ 2,2 bilhões.

Com o total de mortos por coronavírus no país perto dos 240 mil e quase um mês de média móvel de óbitos acima de mil por dia, é dispensável citar a importância das vacinas nesse momento trágico. Apesar disso, o Ministério da Saúde não usou mais que 9% do dinheiro disponível para garantir os imunizantes.

Esse é um dos motivos pelo qual as campanhas de vacinação iniciadas pelo país correm o risco de interrupção nos próximos dias.

Não há melhor forma de medir as prioridades de um governo que observar onde gasta os recursos que tem.

A generosidade de Bolsonaro ao conquistar o Centrão na base do “toma lá, dá cá” (que tanto disse rejeitar) contrasta com a parcimônia na hora de garantir o único medicamento que pode salvar milhares de vidas na pandemia. Isso diz muito sobre o ocupante do Palácio do Planalto e sua equipe.

*Chico Alves/Uol

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Liquidação total em Brasília: Bolsonaro promove o maior toma lá da cá da história da república

Bolsonaro chamou para conversar no pé de orelha os presidentes do DEM, ACM Neto, e do MDB, Baleia Rossi.

Siglas como PP, Republicanos, PSD e PL também participarão da farra dos cargos no governo em que Bolsonaro tentará formar uma base de sustentação no Congresso.

Como é que é mesmo aquele discurso de três dias atrás em Brasília que Bolsonaro fez de cima da caminhonete para o gado do AI-5 que queria fechar o STF e o Congresso?

“Não quero negociar com ninguém!”

“Chega de patifaria!”

Bolsonaro só se esqueceu de combinar com os patifes que agora ele compra com cargos para se tornarem aliados.

Aí o gado pira.

É a velha política que ele tanto fingia combater, mas que praticou durante três décadas no Congresso.

A “Nova política” de Bolsonaro é tão nova quanto sua incapacidade de produzir algo de útil para o país.

Bolsonaro, que já se reuniu até com os ex-presidiários Valdemar Costa Neto e Roberto Jefferson, fechando aliança com os dois, agora vai de braços abertos e sorriso de orelha a orelha para o submundo do baixo clero.

Haja passada de pano para os bolsominions.

 

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Vídeo: Cada vez mais isolado e moribundo, Bolsonaro apela para Augusto Nunes e Roberto Jefferson, a xepa da escória

Bolsonaro, neste domingo, novamente foi às ruas se encontrar com manifestantes, num dos atos mais desesperados desde que tomou posse, mostrando que, se dias atrás estava na beira do barranco, o barranco começa a desmoronar engolindo o “mito” como se estivesse em cima de areia movediça.

O discurso foi transmitido ao vivo pelas redes sociais do próprio presidente. “Todos no Brasil têm que entender que estão submissos à vontade do povo brasileiro”. E complementou dizendo que não ia fazer a velha política.

É louvável a tentativa de Bolsonaro de manter seu gado mugindo o grito de mito, mito, mito, já que dentro das quatro linhas do jogo político, ele teve que apelar para a escória do baixo clero no Congresso e na mídia, valendo-se de Roberto Jefferson e Augusto Nunes, o lixo do lixo. Muito diferente daquele Bolsonaro festejado por toda a direita dentro do Congresso e nas manchetes garrafais da própria mídia.

Bolsonaro está por um fio, daí seu comportamento suicida. Ele não tem mais o apoio do Congresso, da mídia, nem dos governadores e prefeitos.

A falta de apoio, hoje, no Congresso e na mídia reflete também a falta de apoio do mercado, quem de fato o elegeu. Isso está cada dia mais claro.

Bolsonaro sabe que não tem povo nenhum que lhe apoia ou não teria menos de 2% de assinaturas para criar o seu partido, mesmo utilizando assinaturas de pessoas mortas e o apoio de vários partidos das maiores igrejas evangélicas.

O que se vê nas ruas é uma pequena burguesia, a maioria dos manifestantes é formada por pessoas da pequena indústria e do comércio, que já enfrentava uma enorme dificuldade econômica bem antes da pandemia com as políticas de austeridade de Paulo Guedes que secaram o poder de compra dos trabalhadores e, consequentemente, a lambança refletiu no caixa do comércio e da indústria e, por conseguinte, no caixa do governo, produzindo um baque que resultou num PIB de 1% quando o prometido era 3%.

O que significa que, se tudo estivesse normal, o Brasil naturalmente teria um PIB negativo de 2% em 2020. A fuga recorde de capitais internacionais em 2019 e a disparada do dólar já denunciavam.

É certo que o mundo todo sofrerá um grande baque econômico depois que o coronavírus varrer o planeta, mas no caso do Brasil, a coisa tomará uma dimensão inimaginável.

É exatamente isso que apavora o mercado que, certamente já jogou a toalha porque sabe que Bolsonaro não tem autoridade e, muito menos competência para lidar com uma crise dessa magnitude.

Por isso Bolsonaro se agarra, como boia de salvação, a dois excrementos, Roberto Jefferson e Augusto Nunes, escancarando que não tem mais o que e a quem recorrer além dessa xepa e de alguns bolsonaristas dementes que estão tão ou mais desesperados que seu mito diante da inevitável crise econômica que espera o Brasil na primeira esquina depois da pandemia.

Daí o seu desespero de ir às ruas potencializar, junto com as amebas que lhe restam, a contaminação do vírus Brasil afora.

https://twitter.com/delucca/status/1251921165679046658?s=20

 

*Carlos Henrique Machado Freitas