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Se não tivesse petróleo na Venezuela, Estados Unidos estariam preocupados com as eleições e democracia lá?

É só olhar ao redor e ver a quantidade de produtos sintéticos, derivados do petróleo para, de estalão, entender o que está por trás do interesse de quem mais promoveu ditaduras, patrocinou golpes, jogou bomba atômica em milhares de civis e patrocina o genocídio de Israel em Gaza.

É nítido o controle dos EUA sobre a mídia nativa, é só observar que não se vê uma linha crítica àquele conceito civilizatório que os EUA vendem como fábula, mas escondem como de fato são.

Certamente, jamais os EUA, seguidos pela mídia lambe-botas do tio San, não dariam a menor confiança ou gastaria um minuto de atenção para a política venezuelana, se o país não estivesse em cima do maior barril de petróleo do planeta.

Ou seja, essa gente insiste em acreditar que todo o mundo é tolo.

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O que os EUA querem da Venezuela é roubar seu petróleo com base em mentiras, assim como fez com o Iraque

Os EUA, que acusam Maduro de fraude na eleição da Venezuela, é o mesmo que invadiu o Iraque, alegando que Sadan Russein tinha arma química, o que se mostrou uma acusação mentirosa. O motivo é o mesmo, roubar o petróleo da Venezuela como fizeram com o Iraque.

Nisso tudo, o que mais impressiona é a amnésia da mídia brasileira para aquela armação, montada por Bush e, agora, decalcada por Biden.

O nome da operação deveria ser, operação papel carbono e, lógico, a mídia brasileira seguirá fazendo cara de paisagem para essa aberração plagiada de uma das maiores mentiras criadas pelos EUA para justificar o roubo do petróleo do Iraque.

Isso mostra que o repertório americano para saquear, esmagar e colonizar outros países que não têm força militar para enfrentá-lo, mas tem reserva bilionária de petróleo, segue a mesma cartilha, pior, falando em defesa da “democracia”.

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A geopolítica na América Latina e os ataques contra a Venezuela

O resultado das eleições presidenciais na Venezuela, reelegendo o presidente Nicolás Maduro (PSUV), movimentou todo o aparato da mídia burguesa internacional. A narrativa de que as eleições foram fraudadas é reproduzida a todo instante nos meios de comunicação alinhados com o neoliberalismo e a política externa dos Estados Unidos.

O ataque ao processo democrático da Venezuela não é fortuito, ele é parte da estratégia imperialista dos EUA para dominar politicamente e militarmente o território latino-americano. Segundo dados da própria CIA, a agência de inteligência dos EUA, a Venezuela possui as maiores reservas de petróleo do mundo. A tentativa de intervencionismo no processo político, tem como objetivo desestabilizar o governo Maduro e obter o controle geopolítico das reservas de petróleo por representantes presidenciais alinhados a política privatista, neoliberal e submissa aos interesses dos EUA.

A política adotada pelo governo Maduro segue as diretrizes do programa da Revolução Bolivariana, iniciada por Hugo Chávez, em 1999, que rompe com a doutrina neoliberal, nacionaliza as reservas e a produção de petróleo. E distribui a riqueza gerada por meio de políticas públicas, elevando a dignidade do povo venezuelano com a ampliação e garantia de direitos. Além disso, a Revolução Bolivariana é marcada por uma forte atuação política internacional, de forma solidária, que aposta na integração das nações latino-americanas e no rompimento da submissão à política externa norte americana.

EUA tem interesse no petróleo do país
As contestações da oposição aos resultados eleitorais sempre ocorreram na Venezuela, desde as vitórias de Chavez. Porém, nunca conseguiram apresentar provas que atestassem uma possível irregularidade. E, ao contrário do que diz a oposição, centenas de observadores internacionais do processo eleitoral atestam que há plena segurança, transparência e respeito à legislação venezuelana.

Golpe lá e cá

No Brasil, também temos tido contestações daqueles candidatos neoliberais derrotados nas urnas. Em 2014, Aécio Neves reivindicou recontagem dos votos, o que abriu um clima para o golpe em 2016 contra Dilma Roussef. Em 2022, Bolsonaro não aceitou o resultado eleitoral e tentou um processo golpista, tendo como marco o atentado em 8 de janeiro de 2023.

Todos esses ataques à democracia tiveram a mídia burguesa como principal articuladora. A ação orquestrada para deslegitimar a vontade popular do povo venezuelano é mais um golpe conduzido pela política imperialista dos EUA. A solidariedade e defesa da revolução bolivariana é um dever, nestes tempos, daqueles que defendem uma América Latina mais justa e soberana.

*Brasil de Fato

*Charge: Nando Motta

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Maduro pede que EUA ‘tirem o nariz’ da Venezuela e chama opositor de ‘Guaidó 2′

Declaração foi dada após chefe da diplomacia americana ter reconhecido vitória de Edmundo González.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, mandou os Estados Unidos “tirarem o nariz” da Venezuela, depois de o chefe da diplomacia em Washington, Antony Blinken, reconhecer vitória da oposição nas eleições presidencias do último domingo, 28.

“Os Estados Unidos saem para dizer que a Venezuela tem outro presidente. Os Estados Unidos devem tirar o nariz da Venezuela, porque o povo soberano é quem governa na Venezuela, quem nomeia, quem escolhe”, disse Maduro, que foi proclamado reeleito pela autoridade eleitoral, de viés governista, em meio à denúncias de fraude da oposição.

Mais cedo na quinta-feira, 1º, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou que o candidato opositor venezuelano, Edmundo González Urrutia venceu as contestadas eleições presidenciais.

“Dada a esmagadora evidência, está claro para os Estados Unidos e, mais importante, para o povo venezuelano, que Edmundo González Urrutia ganhou a maioria dos votos nas eleições presidenciais da Venezuela em 28 de julho”, disse Blinken em um comunicado.

Blinken não disse que os Estados Unidos estavam reconhecendo González como presidente da Venezuela.

“Parabenizamos Edmundo González Urrutia por sua campanha bem-sucedida”, disse Blinken. “Agora é o momento para os partidos venezuelanos começarem as discussões sobre uma transição respeitosa e pacífica, de acordo com a lei eleitoral venezuelana e os desejos do povo venezuelano.”

Em uma entrevista coletiva com jornalistas internacionais após o comunicado de Blinken, Maduro acusou os Estados Unidos e a imprensa estrangeira de incitar uma “guerra civil” na Venezuela. Ele descreveu González como um “Juan Guaidó Parte 2″, em referência ao ex-líder da oposição que se declarou presidente interino da Venezuela e foi reconhecido como tal pelos Estados Unidos e uma série de outros países, mas, no final das contas, não conseguiu destituir Maduro.

O anúncio dos EUA ocorreu após apelos de vários governos, incluindo aliados próximos de Maduro, para que o Conselho Eleitoral Nacional da Venezuela divulgasse contagens detalhadas de votos, como fez em eleições anteriores. Também nesta quinta-feira, Brasil, Colômbia e México emitiram uma declaração conjunta pedindo às autoridades eleitorais da Venezuela que “avancem rapidamente e divulguem publicamente” dados detalhados da votação.

Maduro foi anunciado como o vencedor da eleição de domingo pelo Conselho Nacional Eleitoral, controlado pelo governo chavista, com 51% dos votos contra 44% de González. A oposição, enquanto isso, diz que os próprios registros do governo, assim como pesquisas de boca de urna independentes, indicam que González ganhou o dobro de votos.

Pouco antes da declaração de Blinken, Maduro escreveu em um post no X que “sempre dialogou, se o governo dos EUA estiver disposto a respeitar a soberania e parar de ameaçar a Venezuela, podemos retomar o diálogo”.

*Com Agências internacionais

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Lula e a ata da Venezuela

Não há nada mais transparente e objetivamente claro do que o posicionamento de Lula na busca por solução do impasse criado pela extrema direita venezuelana, tradicionalmente golpista.

Abaixo o que Lula disse textualmente:

Tem uma briga, como vai resolver essa briga? Apresenta a ata. Se ata tiver dúvida entre oposição e situação, oposição entra com recurso e vai esperar na Justiça tomar o processo. Aí vai ter a decisão, que a gente tem que acatar. Eu estou convencido que é um processo normal.

Existe uma ata.
Se ela existe é porque está dentro da lei. Basta Maduro apresenta-la. Isso mata qualquer duvida criada contra a legitimidade das eleições na Venezuela. Fim!

A quem interessa essa confusão? Primeiro, vamos lembrar o caso brasileiro:

Não foi na Venezuela que as eleições foram fraudadas em 2018. Muito menos foi Maduro quem fraudou. A fraude criminosa, armada por dois dos maiores pilantras do Brasil, chamados Moro e Bolsonaro, foi no Brasil em 2018. Lula foi preso sem qualquer prova de crime para Bolsonaro virar presidente e Moro “super ministro”.

Alguma dúvida? Não, mais transparente, impossível.

Um outro aspecto extremamente relevante e estratégico para o Estado terrorista de Israel:

Com o Estado terrorista e nazista de Israel amargando o repudio mundial nas olimpíadas pelo holocausto promovido em Gaza, sobretudo contra crianças e mulheres, a sionistada da mídia mundial quer usar a Venezuela de corta luz para mudar o foco altamente negativo que Israel enfrenta nos jogos olímpicos de Paris.

Para a Globonews, por exemplo, Israel, que é um Estado colonial, pirata, assassino, racista, terrorista ou qualquer coisa que personalize a barbárie sionista, é a maior democracia do Oriente Médio. Já a Venezuela, por ter o maior barril de petróleo do mundo, que os sionistas dos EUA querem roubar, é ditadura.

Vai entender os interesses que entremeiam a gordurosa visão norte-americana, comprada e propalada em cem por cento pelos Marinho.

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Empresa ligada ao governo dos EUA é a fonte das acusações de fraude eleitoral na Venezuela

Empresa ligada ao governo dos EUA é a fonte das acusações de fraude eleitoral na Venezuela.

Por Benjamín Norton, jornalista independente e editor do Geopolitical Economy Report

A oposição venezuelana afirmou ter vencido as eleições de 28 de julho, acusando o presidente Nicolás Maduro de “fraude”.

A alegação que os líderes da oposição venezuelana e os seus aliados citaram para justificar esta afirmação é uma pesquisa boca de urna feita por uma empresa intimamente ligada ao governo dos EUA e que trabalha para veículos de propaganda estatais estadunidenses fundados pela CIA.

Uma empresa sediada em Nova Jersey chamada Edison Research publicou uma pesquisa de boca de urna no dia da eleição que previa que o candidato de direita Edmundo González Urrutia venceria com 65% dos votos, contra apenas 31% de Maduro.

Esta pesquisa foi citada por um líder da oposição de extrema-direita da Venezuela, Leopoldo López , bem como por meios de comunicação ocidentais, como o Washington Post, o Wall Street Journal e a Reuters .

Muitas empresas de pesquisa na Venezuela são dirigidas por figuras da oposição e são conhecidas pelo seu viés político. A empresa de pesquisas independente mais respeitável do país é a Hinterlaces , que estimou em sua pesquisa de boca de urna que Maduro obteve 54,6% dos votos, em comparação com os 42,8% de González.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela informou que Maduro venceu as eleições com 51,2% dos votos, enquanto González recebeu 44,2% e os outros oito candidatos da oposição receberam 4,6% dos votos. Esses resultados foram próximos ao que a Hinterlaces projetou, mas longedistantes do que a Edison Research afirmou.

O Departamento de Estado dos EUA, que apoiou várias tentativas de golpe na Venezuela, recusou-se a reconhecer a vitória de Maduro. O secretário de Estado, Antony Blinken, questionou os resultados.

Por outro lado, os observadores eleitorais internacionais afirmaram que a votação foi livre e justa. Observadores independentes National Lawyers Guild dos EUA escreveram que a sua delegação na Venezuela “observou um processo de votação transparente e justo, com atenção minuciosa à legitimidade, acesso às urnas e ao pluralismo”. Eles condenaram veementemente os “ataques da oposição ao sistema eleitoral, bem como o papel dos Estados Unidos em minar o processo democrático”.

Embora a pesquisa de boca de urna da Edison Research tenha sido amplamente citada pelos meios de comunicação dos EUA para lançar dúvidas sobre os resultados eleitorais da Venezuela, a empresa não se trata de um observador imparcial. Na verdade, os principais clientes de Edison incluem meios de propaganda do governo dos EUA ligados à CIA, como a Voice of America, a Radio Free Europe/Radio Liberty e a Middle East Broadcasting Networks.

Estes meios de comunicação estatais são operados pela Agência dos EUA para a Mídia Global, um órgão com sede em Washington usado para espalhar desinformação contra adversários dos EUA.

A Edison Research também trabalhou com a mídia estatal do Reino Unido, a BBC.

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Protestos aumentam após reeleição de Maduro; jornal cita 7 mortos

Segundo o anúncio de uma ONG, uma pessoa morreu durante as manifestações. Jornal espanhol cita até sete mortes.

Após o anúncio da reeleição do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, os protestos aumentaram no país, especialmente na capital Caracas, inclusive em bairros populares, algo inédito desde a ascensão do chavismo ao poder. O pleito foi realizado no último domingo (28/7) e, desde então, tem gerado manifestações no país.

A oposição contesta o resultado das eleições, afirmando que uma contagem realizada a partir de atas de votação disponibilizadas aos fiscais de seu grupo político (cerca de 40% do total) sinalizaram que o candidato opositor, Edmundo González Urrutia, caminhava para receber 70% dos votos.

A desconfiança em relação ao resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) também foi exacerbada pela ausência de divulgação de todas as atas da eleição.

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Maduro denuncia nova tentativa de golpe de Estado na Venezuela diante dos resultados eleitorais

“Eu poderia chamar isso de uma espécie de Guaidó 2.0”, afirmou o presidente venezuelano.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou nesta segunda-feira (29) que há uma tentativa em curso na Venezuela de impor um novo golpe de Estado em decorrência dos resultados das eleições presidenciais do país.

“Há uma tentativa de impor novamente um golpe de Estado na Venezuela, de natureza fascista e contrarrevolucionária, eu poderia chamar isso de uma espécie de Guaidó 2.0”, disse Maduro.

Nesta segunda-feira, Maduro foi proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) como presidente reeleito para o período de 2025-2031.

“O Conselho Nacional da Venezuela, de acordo com suas atribuições, confirma que o cidadão Nicolás Maduro é o presidente eleito para um período de seis anos nas eleições presidenciais realizadas em 28 de julho, de acordo com a constituição do país”, declarou o presidente do CNE, Elvis Amoroso.

Maduro afirmou que recebe com “humildade” a credencial do CNE que o proclama presidente reeleito para os próximos seis anos.

“Recebo esta credencial constitucional e legal do poder encarregado de tratar das questões eleitorais da Venezuela, que emitiu uma decisão que recebo com humildade […] e assumo o mandato do povo para ser seu presidente e liderar nosso país para a paz e a prosperidade, para a unidade nacional através do diálogo”, disse Maduro na sede da CNE em Caracas.

As eleições venezuelanas ocorreram no último domingo (28). Segundo o resultado divulgado pelo CNE, Maduro obteve 51,2% dos votos expressos, enquanto o adversário Edmundo González ficou em segundo lugar com 44,2%.

*Sputnik

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Pesquisas apontam vitória de Nicolás Maduro na Venezuela

Dados das agências Hinterlaces e Lewis & Thompson indicam que candidato chavista terá entre 54% a 55% dos votos.

A agência de inteligência venezuelana Hinterlaces publicou mais cedo neste domingo (28) uma pesquisa que aponta vitória de Nicolás Maduro, candidato progressista do Grande Polo Democrático, nas eleições presidenciais que ocorrem no país.

Segundo a Hinterlaces, o atual presidente aparece com 54,57% dos votos, o que lhe garante a conquista para o terceiro mandato. Vale recordar que o mandatário do país é eleito através de um pleito direto e de turno único, ganha quem tiver o maior número de votos. Não há segundo turno.

Além disso, a Constituição venezuelana não impõe um limite de reeleições ao cargo de Chefe de Estado.

De acordo com a Hinterlaces, Edmundo González Urrutia, candidato da oposição pelo Plataforma Unitária, ficará em segundo lugar, com 42,82%.

A pesquisa também indicou que a participação popular no pleito será em torno de 61,5%. Na Venezuela, para votar, é preciso ter ao menos 18 anos e o voto não é obrigatório.

Por sua vez, a agência de análise de dados norte-americana Lewis & Thompson, em seu recorte até o meio dia deste domingo (horário local), indicou também vitória de Maduro com 55% contra 34% de Urrutia.

Respeito ao resultado
Maduro votou neste domingo em uma escola no centro de Caracas e disse estar confiante em sua vitória e do chavismo, enfatizando que “esta eleição está acontecendo em clima de paz e confiamos que seguirá assim até o final da jornada”.

Perguntado sobre a possibilidade de vitória eleitoral da oposição, Maduro afirmou que em um hipotético triunfo do candidato opositor Edmundo González, ele entregará o poder.

Na declaração, ele acrescentou uma provocação à oposição, ao lembrar que ele e outros sete candidatos assinaram o documento solicitado do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) se comprometendo em reconhecer o resultado da apuração oficial, e que González Urrutia foi um dos dois candidatos que não assinou esse documento.

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Maduro afirma que Venezuela corre o risco de “banho de sangue” e “guerra civil”, se ele não vencer eleições

Votação está marcada para 28 de julho, sob desconfiança da comunidade internacional se o pleito será livre e democrático.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou durante um comício na quarta-feira (17) que o país pode enfrentar um “banho de sangue” e uma “guerra civil” se ele não for reeleito nas eleições previstas para o próximo dia 28 de julho.

“O destino da Venezuela, no século 21, depende de nossa vitória em 28 de julho”, disse Maduro. “Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo.”

A declaração foi feita em um evento público na Parroquia de la Vega, um distrito popular na Zona Oeste de Caracas. “Quanto mais contundente for a vitória, mais garantias de paz vamos ter”, enfatizou Maduro.

Corrida eleitoral

A Venezuela se prepara para eleições em 28 de julho, sob a desconfiança da comunidade internacional quanto à realização de votações livres e democráticas, contrariando um compromisso formal assinado em outubro de 2023.

O principal adversário de Maduro é o ex-diplomata Edmundo González, escolhido por uma coalizão de partidos opositores. Maduro busca seu terceiro mandato consecutivo, tendo iniciado seu primeiro em 2013. González foi indicado pela Plataforma Democrática Unitária (PUD) após Corina Yoris ser impedida de participar da disputa presidencial. Em março, a PUD afirmou que o “acesso ao sistema de inscrição” da candidata foi bloqueado.

Antes disso, a opositora María Corina Machado, uma das favoritas para derrotar Maduro, foi excluída da corrida eleitoral pelo Supremo Tribunal de Justiça, alinhado ao governo chavista.

Em outubro, o governo Maduro e a oposição assinaram o Acordo de Barbados, comprometendo-se a realizar eleições democráticas na Venezuela.

O governo do Brasil manifestou apoio ao processo eleitoral, afirmando não haver motivos para barrar a candidatura de Yoris. Em resposta, o regime de Maduro disse que a nota brasileira parecia ter sido “ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”.

Além do Brasil, pelo menos 11 países expressaram preocupação com as eleições na Venezuela: Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Chile, Equador, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.