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Salário de coronel amigão de Bolsonaro na Petrobras chega a R$ 130 mil

Coronel Ricardo Marques foi apontado pelo próprio filho como autor de relatório que subnotificou casos de coronavírus.

O coronel reformado Ricardo Marques, amigo do presidente Jair Bolsonaro, nomeado como Gerente Executivo de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras, ganha salário de R$ 70 mil mensais que, somado aos benefícios variáveis chega a R$ 130 mil por mês.

Ricardo Marques foi colega de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e é pai de Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, auditor que produziu o relatório fake do Tribunal de Contas da União (TCU).

O coronel é apontado pelo próprio filho como responsável pelo vazamento do documento, que deu suporte para Bolsonaro falar que o número de mortos pela Covid-19 seria a metade do que foi divulgado pelo próprio Ministério da Saúde em 2020.

Ricardo Silva Marques se formou na AMAN em 1977, mesmo ano em que o presidente se graduou na academia. Em 2019, ainda na ativa, ganhou o cargo na gerência executiva de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras. No ano passado, Marques foi para a reserva.

Também em 2019, Alexandre Marques, que é amigo dos filhos de Jair Bolsonaro, foi indicado para uma diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O nome do auditor, no entanto, foi barrado pelo próprio TCU, que apontou conflito de interesse, uma vez que o BNDES é um dos órgãos fiscalizados pelo tribunal de contas.

*Com informações da Forum/Lauro Jardim

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Caos em aeroporto isola milhões de afegãos e ONU negocia ponte aérea

O caos no aeroporto de Cabul que fez pelo menos 20 mortos desde o domingo passado ameaça agora deixar o Afeganistão sem o abastecimento de remédios e alimentos, aprofundando uma crise humanitária de proporções inéditas nos 40 anos de guerras no país e, de fato, isolando milhões de pessoas sob o regime do Talibã.

Diante desse cenário, a OMS e a Unicef fizeram um apelo para que um acesso imediato seja assegurado para fornecer medicamentos, alimentos e outros materiais que salvam vidas a milhões de pessoas, incluindo para 300 mil pessoas deslocadas somente nos últimos dois meses.

O aeroporto se transformou numa espécie de espelho do caos vivido pelo Afeganistão, depois que o grupo fundamentalista avançou sobre a capital e levou milhares de pessoas a tentar fugir. O uso de jatos comerciais foi suspenso e, agora, os estoques de remédios e alimentos dão sinais de esgotamento.

“Embora o foco principal nos últimos dias tenha sido as grandes operações aéreas para a evacuação de afegãos, as enormes necessidades humanitárias enfrentadas pela maioria da população não devem – e não podem – ser negligenciadas”, declararam as entidades.

Mesmo antes dos eventos das últimas semanas, o Afeganistão representava a terceira maior operação humanitária do mundo, com mais de 18 milhões de pessoas necessitando de assistência. Metade das crianças está desnutrida e o número de pessoas que depende de ajuda para sobreviver quadruplicou em cinco anos.

Tanto a OMS como a Unicef insiste que estão comprometidas a permanecer e a entregar ajuda ao povo do Afeganistão. “Entretanto, sem aviões comerciais atualmente autorizados a aterrissar em Cabul, não temos como conseguir suprimentos para o país”, indicaram as organizações.

Ponte aérea humanitária

O sistema da ONU negocia neste momento a criação de uma ponte aérea humanitária para a entrega de ajuda ao Afeganistão.

“Conflito, deslocamento, seca e a pandemia da COVID-19 estão todos contribuindo para uma situação complexa e desesperada no Afeganistão”, alertaram.

“As agências humanitárias precisam ser apoiadas e facilitadas para atender às enormes e crescentes necessidades do Afeganistão, e garantir que ninguém morra desnecessariamente devido à falta de acesso à ajuda”, completaram.

Antes da tomada de Cabul pelo Talibã, a ONU havia recebido das grandes potências apenas um terço dos recursos que solicitou para atender aos 18 milhões de afegãos em crise humanitária.

*Jamil Chade/Uol

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Política

Em bom português, o que a juíza disse quando rejeitou a denúncia contra Lula no caso do sítio de Atibaia é que a acusação é ridícula

Juíza de Brasília rejeita denúncia contra Lula sobre sítio de Atibaia devido à parcialidade de Moro.

Não há como não colocar mais uma vez, para que jamais seja esquecida, a sentença que Glauber Braga deu a Moro, na cara dele em audiência na Câmara, “um juiz corrupto e ladrão”, com um enredo impecavelmente ilustrativo, de que Moro, que condenou Lula para fazer de Bolsonaro presidente e, consequentemente assumir o papel de babá da milícia através das pastas da Justiça e Segurança Pública, num governo que, aí sim, como a CPI do genocídio está revelando, o mais corrupto da história da República.

A juíza Pollyanna Kelly Alves, substituta da 12ª Vara da Justiça Federal em Brasília, rejeitou a denúncia contra Lula e todos os acusados no sítio de Atibaia. A decisão, publicada neste sábado, praticamente enterra a investigação do sítio, já que o caso volta à estaca zero.

Portanto, ao fim e ao cabo, a juíza Pollyanna Kelly Alves, com a decisão que proferiu, reforçou a fala de Glauber Braga quando a acusação tentou reabrir a ação do sítio de Atibaia contra Lula em que Moro contou com a parceria de Gabriela Hardt, que ficou conhecida como a juíza copia e cola, que apresentou como prova do crime de Lula um email do caseiro Maradona avisando que o gambá tinha comido a galinha.

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Cúpula da XP se estressa com a pesquisa da gestora que apontou maior vantagem de Lula para Bolsonaro

Foi grande o estresse na cúpula da XP logo após a divulgação da mais recente pesquisa que a gestora publica mensalmente em parceria com o Ipespe.

O levantamento apontou na terça-feira um alargamento da vantagem de Lula para Jair Bolsonaro, de 12 para 16 pontos percentuais em relação à pesquisa anterior.

Bruno Constantino, CFO e um dos mais relevantes sócios da XP, estrilou internamente. Reclamou por WhatsApp e por telefone com os responsáveis pela produção do material. Chegou até a questionar a metodologia da pesquisa, que, aliás, é a mesma desde 2018.

*Lauro Jardim/O Globo

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Política

Toma lá, dá cá: Bolsonaro oferece mais quatro ministérios ao Centrão, que não deve deixá-lo antes de abril

Jair Bolsonaro botou nas mãos de Ciro Nogueira uma guloseima apetitosa.

Ofereceu mais quatro ministérios para o Centrão — ainda sem definição de quais seriam exatamente. Dois irão para o Senado escolher e mais dois para a Câmara.

A propósito, um escolado líder do Centrão respondeu assim à possibilidade de a facção deixar o governo Bolsonaro: “Antes de 2 de abril, ninguém sai”. A data, seis meses cravados antes da eleição, é o prazo final para a desincompatibilização de quem disputará as urnas de outubro.

Não é à toa que um ministro do STF, com fina ironia, costuma sentenciar: “Este governo foi desapropriado pelo Centrão.

Como disse o próprio Ciro Nogueira, “Até o Talibã aderiu ao Centrão. kkkk.”

O Talibã afegão, não se sabe ainda. Mas o brasileiro, ninguém tem dúvida.

*Lauro Jardim/O Globo

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Política

Estadão x Bolsonaro: Arruaceiro golpista x arruaceiro golpista

Gambá cheira gambá.

O Estadão, que apoiou o golpe contra Dilma e a prisão sem provas de Lula, publicou o famoso editorial “uma escolha difícil” entre Haddad e Bolsonaro, no período das eleições de 2018, em plena véspera do segundo turno, pela pena de Vera Magalhães, com um olho no peixe e, outro, no gato, típica de um patriarca da terceira via, solta uma nova pérola intitulada “Um arruaceiro na Presidência”.

Sim, o alvo é Bolsonaro, mas o tiro é com uma garrucha de dois canos, daquelas dos fazendeiros, dos barões do café, de quem o Estadão é cria. Neste caso, ele consegue fazer um malabarismo retórico, com uma comparação bolsonarista, entre Bolsonaro e o PT ao dizer que o presidente quando faz um pedido inócuo de impeachment de Alexandre de Moraes, do STF, quer apenas fazer arruaça, assim como, segundo o jornalão conservador, é como o PT fazia contra o governo de FHC.

É nesse momento em que a boca torta pelo velho cachimbo da oligarquia aparece e se iguala a Bolsonaro, que acaba mais uma vez de criminalizar os movimentos sociais e tirando o direito de greve dos trabalhadores.

Não adianta, o DNA do Estadão é o mesmo de Bolsonaro.

Não é por acaso que a figuraça Vera Magalhães, no mais recente Roda Viva, reproduziu na entrevista de Martinho da Vila o mesmo preconceito que quer associar sempre manifestações culturais protagonizadas pelos negros no Brasil à bandidagem, fazendo com Martinho da Vila o que fez com o Emicida que, também não por acaso, têm um posicionamento progressista.

Por isso a moça não consegue esconder o ranço escravocrata, como disse o grande Milton Santos, isso é fruto de uma civilização herdeira da escravidão no Brasil.

As coisas nesse país, por mais absurdas que pareçam, têm no seu lado mais conservador, uma grosseira estrutura toda concatenada entre os períodos de escravidão, exceção e democracia de mercado, não importando se com o arruaceiro Bolsonaro ou com o arruaceiro Estadão.

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Cotidiano

Vídeo – Wassef: “Fui agredido por ser advogado do presidente”

Em vídeo divulgado nas redes, Frederick compara a sua facada com a de Bolsonaro e afirma que foi vítima de um atentado.

Após deixar a delegacia, o advogado da Família Bolsonaro declarou que foi vítima de um atentado. “Eu sofri uma tentativa de homicídio a faca, assim como fizeram com o presidente Bolsonaro e tentaram esfaqueá-lo na barriga, tentaram me esfaquear hoje”.

Na sequência, o advogado da família Bolsonaro nega as acusações de que tenha assediado uma mulher.

“Tudo está filmado no circuito de segurança do restaurante, o restaurante inteiro é testemunha. Fui agredido pelo simples fato de ser advogado do presidente e da família Bolsonaro”.

Após negar o assédio, Wassef afirma que a mulher que o agrediu – relatos anteriores dão conta de que o marido dela o perseguiu com faca – é “esquerdista”.

“Uma senhora de mais de 60 anos de idade que disse que odeia o presidente, que odeia o presidente Bolsonaro, uma esquerdista, uma pessoa de esquerda está me atacando por eu exercer a minha função”, disse.

Por fim, o advogado afirma que é vítima de uma campanha difamatória. “Estou denunciando isso ao Brasil: estou sofrendo uma campanha de massacre midiático, onde estão jogando a população contra mim. Quase eu perdi a minha hoje, tive que correr e fugir”.

Wassef é perseguido por homem armado com faca

O advogado do presidente Bolsonaro, Frederick Wassef assediou uma mulher em um restaurante na QI 11, do Lago Sul, área nobre de Brasília, na tarde deste sábado (21) e acabou sendo perseguido pelo marido que estava armado com uma faca.

De acordo com informações do Metrópoles, Wassef fugiu correndo do marido que o ameaçava com uma faca. A Polícia Militar foi acionada e saiu em perseguição do homem que perseguia o advogado.

Policiais do 10º DP foram ao local em busca de registros da briga, tais como imagens de câmeras e depoimentos de testemunhas da briga.

O advogado Wasssef e o homem, que ainda não foi identificado, estão no DP prestando depoimento.

*Com informações da Forum

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Humor

Vídeo: Reação de Bolsonaro quando soube que Lula vencerá em 2022

Veja a reação de Bolsonaro quando soube que Lula, inevitavelmente, vencerá a eleição de 2022. Não deve ser fácil pra ele.

Assista:

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Política

Se for dentro da lei, que o impeachment de Bolsonaro seja feito, diz Santos Cruz

Ex-ministro também rechaçou a tese propagada pelo mandatário de que as Forças Armadas sejam um ‘poder moderador’.

O ex-ministro da Secretaria de Governo de Jair Bolsonaro general Carlos Alberto dos Santos Cruz rechaçou nesta quinta-feira 19 a tese propagada pelo mandatário de que as Forças Armadas sejam um ‘poder moderador’ e que, portanto, um golpe seria ‘constitucional’. A advertência do militar da reserva foi dada em entrevista ao programa 4 Ases no YouTube.

“Não tem nenhuma base legal, jurídica. Nenhum amparo legal, nenhum cabimento. Essa história é um absurdo, está sendo explorada de maneira absurda pelo Poder Executivo”, advertiu o general sobre a forçosa interpretação do artigo 142 da Constituição feita pelo presidente e seus pares. “As Forças Armadas são para proteger os Poderes. Não tem nenhuma pista na Constituição que fale em poder moderador”, acrescentou.

A hipótese aventada pelo presidente e repetida exaustivamente pelos seus aliados é a de que no artigo 142 da Constituição Federal estaria o amparo legal para uma ruptura vinda das Forças Armadas, cumprindo um suposto ‘papel moderador’. A tese, no entanto, não é verdadeira e repreendida por juristas e especialistas.

Sem ‘restrições’ ao impeachment’

Durante a conversa, Santos Cruz destacou também não ver nenhuma restrição ao impeachment de Jair Bolsonaro, apoiado por 58% da população, desde que atendido os trâmites legais para o processo.

“Não vejo nenhuma restrição. Se for dentro da lei, que seja feito”, explicou sua posição.

O general ainda avaliou a condução do seu ex-aliado durante a pandemia e atribuiu o caos atual no setor às características de Bolsonaro: “falta de características pessoais de liderança” e “falta de coragem de assumir responsabilidades”, justificou.

*Com informações da Carta Capital

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Política

Está formada a tempestade perfeita contra Bolsonaro

Luis Nassif – Forma-se a tempestade perfeita. E, desta vez, contra Bolsonaro. Aparentemente, o pesadelo bolsonarista entra na fase agônica. Em breve, será substituído por outros pesadelos, de um país que abdicou do senso civilizatório.

O jogo é simples de entender.

Em qualquer organização criminosa, a coesão depende da capacidade do chefe de se mostrar poderoso. Quando começa a vacilar, ocorre o desembarque dos aliados de ocasião e, principalmente, daqueles envolvidos em ações criminosas.

Era essa a percepção de Bolsonaro, quando ampliou-se seu conflito com o Supremo Tribunal Federal (STF). Gradativamente, seus principais seguidores foram sendo engolfados por denúncias e ações judiciais – os irmãos Weintraub, Ricardo Salles, general Pazuello. A CPI do Covid acelerou o processo, denunciando os militares envolvidos na esbórnia da saúde.

Montou-se um cabo de guerra, tendo de um lado Alexandre de Morais, MInistro do STF, e de outro Bolsonaro. Entende-se por aí o desespero de Bolsonaro. Se ele não enfrentasse e vencesse a contenda, haveria a debandada de seu grupo.

No desespero, tentou de tudo. Apelou para as Forças Armadas, blefou o quanto pôde, fez paradas de motos, convocou seguidores para manifestações, valeu-se o quanto pôde do Gabinete do Ódio. Nada deteve a marcha do STF.

E aí revelaram-se dois Bolsonaros, o da realidade virtual e o do mundo real.

O da realidade virtual tem a assessoria profissional de Steve Bannon, no objetivo único de animar seguidores. O do mundo real é cercado de uma mediocridade ampla e irrestrita, de generais da reserva oportunistas, sem lastro intelectual e sem conhecimento político. Só um completo analfabeto político faria como o Ministro da Defesa, Braga Netto, de blefar na ameaça ao Congresso, e não ter mais nenhuma carta à mão quando Congresso e STF pagaram para ver.

Paralelamente, o governo Bolsonaro passou a ser totalmente desacreditado no front econômico. No início, Guedes se sustentou com sua conversa de vendedor de biotônico e sua disposição de entregar ao mercado os grandes negócios da privatização. Era uma maneira de disfarçar sua gritante anomia em relação aos problemas reais da economia.

Gradativamente, as magias de Bolsonaro e Guedes foram cansando por falta de inovação. Sempre a mesma coisa, Bolsonaro criando eventos para chocar e Guedes manipulando conclusões econômicas falsas. O avanço inexorável da realidade esvaziou ambos os discursos.

Agora se tem a derrota plena de Bolsonaro nas seguintes frentes:

  • perdeu a batalha para o STF, depois de uma tentativa desastrada de tentar individualizar os alvos – Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. Conseguiu a unanimidade do Supremo em defesa dos seus.
  • O blefe do impeachment de ambos os Ministros. Teve que voltar atrás na forma mais atabalhoada possível: em uma mesma live, dizendo-se aberto para rever a ambos e, ao mesmo tempo, reiterando as críticas. Um bufão!
  • O blefe da intervenção militar, claramente exposto pelo cantor Sérgio Reis. Bolsonaro só conseguiria mobilizar as Forças Armadas no bojo de grandes movimentações populares em defesa do golpe. Não conseguiu uma coisa nem outra. Já Sérgio Reis conseguiu um processo do qual não irá se livrar facilmente.
  • O blefe da ameaça de Braga Netto ao Congresso. Teve que aceitar uma convocação para uma audiência na qual ouviu de um deputado da oposição – Paulo Teixeira, do PT – que, se não acatasse a Constituição, seria preso.
  • A total desarticulação de Paulo Guedes com a reforma tributária, e tentando se equilibrar entre o auxílio-emergêncial – essencial para a recondução de Bolsonaro – e a Lei do Teto.
  • As declarações do presidente do Senado, que desceu do muro para atacar as ameaças às eleições.
  • O cerco implacável ao Procurador Geral da República Augusto Aras, obrigando-o a atuar com firmeza na denúncia dos quadros bolsonaristas que ameaçavam manifestações no dia 7 de Setembro.

Derretimento gradativo de sua popularidade

 

Agora, o primarismo de Bolsonaro, que o habilita no máximo a jogos de porrinha, terá que enfrentar um xadrez complexo.

Se avançar mais, será impichado.

Se não avançar, perderá sua base.

Não tem a menor condição de propor um pacto nacional, por não ter dimensão política, nem credibilidade.

O pior é que, para ele, não há empate. Sendo apeado do poder, será julgado, condenado e amargará prisão por seus crimes. Não apenas ele como todos seus filhos.

Ele não tem nem dimensão política para negociar uma lei da anistia, igual àquela que preservou da Justiça militares sanguinários, que voltaram ao poder com ele.

Luis Nassif/GGN

*Foto destaque: George Gianni

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