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Ernesto Araújo, que vai depor daqui a pouco na CPI, magoado, preocupa governo

O ex-chanceler Ernesto Araújo, que já foi considerado o pior diplomata do mundo e conseguiu desmoralizar o Itamaraty, ao levar teorias olavistas para dentro da instituição, depõe nesta terça-feira à CPI da Pandemia, com transmissão aqui no Antropofagista, e preocupa o Palácio do Planalto. Isso porque fontes do governo avaliam que ele se sente abandonado pelo Palácio do Planalto após ter sido demitido. Ernesto foi um dos principais responsáveis pela tragédia brasileira, ao sabotar os esforços para a compra de vacinas e atacar a China, maior fornecedor de insumos.

Alinhado com a extrema-direita internacional, ele atacava o que chamava de “comunavírus”. O diplomata também participou de uma misteriosa missão a Israel, supostamente para adquirir “spray nasal”, mas que foi colocada em sigilo.

“No caso de Ernesto, a preocupação é que os integrantes independentes e da oposição da CPI explorem uma eventual mágoa do ex-ministro das Relações Exteriores com o Planalto após uma saída turbulenta da pasta”, informa reportagem do Valor.

“Diferente de Eduardo Pazuello, Ernesto não contou com o mesmo respaldo da Advocacia-Geral da União (AGU) às vésperas de seu depoimento. Fontes relatam que o próprio ex-chanceler preferiu contar com um advogado privado, mas havia a preocupação de que ele passasse por ‘uma síndrome do abandono’”.

*Com informações do 247

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Advogado, além de entregar irmão, diz que foi usado como laranja por Aécio Neves

Agenda do Poder – A PGR analisa a delação já homologada pejo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal, em que o advogado José Antônio Fichtner, um dos maiores especialistas em arbitragem no país, delata o próprio irmão, o ex-todo poderoso chefe da Casa Civil de Sérgio Cabral, Régis Fichtner, e revela ter sido usado como laranja pelo deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) na compra de um imóvel em Santa Catarina.

No depoimento, dado há dois anos e revelado nesta segunda-feira pela Folha de S.Paulo, José Antônio disse que, após quatro anos com o apartamento em seu nome, o vendeu para a mãe do deputado e devolveu o montante em dinheiro vivo para a irmã de Aécio, Andrea Neves.

De acordo com o relato do advogado, o empresário Alexandre Accioly o procurou para que comprasse o imóvel para Aécio. Fichtner relatou que recebeu o dinheiro para a aquisição por meio de honorários advocatícios superfaturados, vinculados a serviço que já prestava para o empresário.

A compra ocorreu em julho de 2010 por R$ 380 mil, segundo dados declarados na matrícula do imóvel em cartório de Florianópolis. Segundo o advogado, Accioly relatou que o imóvel seria usado pela esposa de Aécio, a modelo Letícia Weber.

Accioly é descrito por José Antônio como uma espécie de agenciador de atividades do deputado. Ele relatou que o empresário lhe disse que administrava uma conta na Suíça de propriedade real de Aécio.

Sob sigilo há dois anos, a delação do advogado já gerou uma ação penal contra ele, que confessou ter usado dinheiro vivo do irmão, Régis, para o pagamento, por fora, de uma fazenda em Wanderley (BA).

A transação foi declarada em R$ 4 milhões, mas houve um pagamento não informado às autoridades fiscais de R$ 400 mil, em espécie. Segundo José Antônio, seu irmão afirmou a ele que essa parte do dinheiro tinha como origem sobras de campanha eleitoral de Cabral.

Para o MPF, trata-se de dinheiro do esquema de propina do ex-governador, preso há quatro anos. Régis é réu sob acusação de envolvimento no caso.

Os advogados Geraldo Prado e Antônio Pedro Melchior, que representam Régis Fichtner, afirmam que o ex-secretário “sempre atuou com retidão, honestidade e seriedade na vida pública e em âmbito privado, repelindo qualquer insinuação de que possa ter praticado irregularidade de alguma natureza.

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Casa Branca teria aprovado venda de armas de US$ 735 milhões a Israel em meio a tensões com Hamas

Segundo matéria publicada na Sputnik, governo dos EUA aprovou a venda para Israel de armas guiadas de precisão no valor de US$ 735 milhões (R$ 3,87 bilhões), informou hoje (17) The Washington Post citando fontes no Congresso americano.

De acordo com o jornal, o Congresso foi oficialmente notificado da proposta de venda em 5 de maio, vários dias antes de o movimento palestino Hamas iniciar primeiros ataques de foguetes contra Israel na sequência de tumultos em Jerusalém Oriental, quando várias famílias árabes foram forçadas a deixar suas casas no distrito de Sheikh Jarrah após decisão de um tribunal israelense.

Furo jornalístico: a Administração Biden aprovou a venda de armas guiadas de precisão no valor de US$ 735 milhões para Israel, criando alarme para alguns democratas da Câmara mais abertos ao questionamento do apoio de Washington a Netanyahu, sugerindo que a venda seja usada como meio de influência.

Trata-se de venda de Munições de Ataque Direto Conjunto (JDAMS, na sigla em inglês), que é um kit de orientação que converte bombas não guiadas, ou as chamadas “bombas burras”, em munições “inteligentes”.

Anteriormente Israel já havia comprado JDAMS, explicando que durante os ataques aéreos contra Gaza as munições guiadas de precisão ajudam a evitar mortes entre civis.

Fumaça e chamas durante ataques aéreos israelenses na cidade de Gaza, 14 de maio de 2021
Fumaça e chamas durante ataques aéreos israelenses na cidade de Gaza, 14 de maio de 2021

Alguns democratas da Câmara dos Representantes querem conhecer os detalhes da venda de armas proposta, uma vez que considera que a escolha do momento pode ser usada como meio de influência, avança jornal.

Após receberem a notificação formal da administração do presidente dos EUA sobre a venda de armas, os legisladores têm 20 dias para contestar com uma resolução não vinculativa de desaprovação.

Tal como muitos outros países, os EUA exigem um cessar-fogo imediato em Gaza, no entanto, Washington sustenta que Israel tem o direito de se defender contra o Hamas.

No domingo (16), Riyad al-Maliki, o ministro das Relações Exteriores da Palestina, disse que as famílias palestinas estão enfrentando horrores indescritíveis enquanto os ataques na Faixa de Gaza continuam.

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China anuncia apoio à quebra de patentes das vacinas contra Covid e Lula diz, “gesto histórico”

O governo da China declarou-se favorável à quebra de patentes das vacinas contra a covid-19 para acelerar a imunização da população. A declaração foi feita nesta 2ª feira (17.mai.2021) pelo porta-voz do Ministério do Exterior chinês, Zhao Lijian, em uma entrevista coletiva.

Zhao Lijian disse que o país fará de tudo para ajudar os países em desenvolvimento na luta contra o coronavírus.

A Índia e a África do Sul defenderam a medida na OMC (Organização Mundial do Comércio) em 2020, como uma maneira de reforçar a produção e garantir que os países mais pobres sejam imunizados.

Em 5 de maio, os Estados Unidos também declararam apoio à suspensão das patentes das vacinas contra a covid-19 para acelerar a vacinação no mundo. A União Europeia disse que discutirá a possibilidade.

No Twitter, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentou a decisão chinesa. “Mais um gesto histórico rumo à suspensão das patentes das vacinas contra o Covid-19. O mundo aos poucos voltará a respirar ares mais humanos e de solidariedade. Parabéns, presidente Xi Jinping”, escreveu.

Confira:

*Com informações do Poder360

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CPI vai pressionar Pazuello sobre terceiros, e Planalto teme depoimento de Ernesto

Avaliação do governo é que os dois ex-ministros têm características preocupantes: falta de habilidade política e temperamento explosivo.

Senadores independentes e de oposição preparam a estratégia para forçar o ex-ministro Eduardo Pazuello a dar detalhes das negociações para compra de vacinas e para aquisição de remédios que compõem o chamado tratamento precoce.

Os parlamentares articulam formas de conseguir informações sobre o trabalho do general enquanto esteve à frente do Ministério da Saúde após a decisão do ministro Ricardo Lewandowski de obrigá-lo a falar a verdade sobre terceiros, inclusive em relação ao presidente Jair Bolsonaro, mas com a possibilidade de ficar em silêncio em casos que possam levar à própria incriminação.

Senadores aliados do presidente, por sua vez, temem que esta seja a semana de maior desgaste para o Palácio do Planalto na CPI da Covid —e não apenas por Pazuello.

O depoimento marcado para terça-feira (18) de Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores, também é considerado preocupante.

A avaliação de correligionários do chefe do Executivo é que os dois ex-ministros têm duas características em comum que botam em risco estratégia traçada para diminuir o desgaste do governo na comissão: falta de habilidade política e temperamento explosivo.

Ernesto era o responsável por manter relações com outros países para compra de insumos necessários no combate à Covid-19 e também com entidades como a OMS (Organização Mundial da Saúde).

O ex-ministro, porém, era da chamada ala ideológica do governo e, enquanto esteve no cargo, fez críticas, por exemplo, à China, uma das maiores fornecedoras do mundo de equipamentos de saúde.

Além disso, também agiu, conforme revelou a Folha, para garantir o fornecimento de cloroquina ao Brasil, remédio recomendado por Bolsonaro e seus aliados para cura do coronavírus, apesar de não ter comprovação científica.

Assim, senadores acreditam que Ernesto poderá fornecer informações importantes e preparar o terreno da CPI da Covid para o dia seguinte, quarta-feira (19), quando ocorrerá o depoimento de Pazuello.

General do Exército, Pazuello foi alçado ao posto de ministro da Saúde após o chefe do Executivo se desentender com seus dois antecessores, Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, que pregavam medidas de contenção da Covid como isolamento social, criticada por Bolsonaro, e se opunham ao tratamento precoce.

No cargo, Pazuello seguiu as ordens de Bolsonaro e ajudou, por exemplo, na distribuição da cloroquina para todo o país. Ele também se aproximou de outro personagem considerado importante por integrantes da CPI para desvendar todos os movimentos do governo que não evitaram a propagação da Covid-19, o empresário Carlos Wizard.

*Matheus Teixeira e Washington Luiz/Folha

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CPI deve quebrar sigilos de Carlos Bolsonaro

CPI deve quebrar sigilos de Carlos Bolsonaro, Fábio Wajngarten, Filipe Martins e outros nesta terça.

Senadores da CPI da Covid pretendem quebrar os sigilos telefônico e telemático do vereador Carlos Bolsonaro. Também estão na mira do colegiado Filipe Martins, assessor internacional da Presidência, e o coronel Élcio Franco, número 2 do Ministério da Saúde na gestão do general Eduardo Pazuello, entre outros

A CPI da Covid no Senado devem aprovar nesta terça-feira (18) a quebra de sigilo do vereador Carlos Bolsonaro, de Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação da Presidência, além de Filipe Martins, assessor internacional da Presidência, do coronel Élcio Franco, número 2 do Ministério da Saúde na gestão do general Eduardo Pazuello, e de Marcos Eraldo Arnoud, o Markinhos Show, marqueteiro que atuava como assessor especial do ministério.

De acordo com reportagem do colunista Josias de Souza, no UOL, os senadores pretendem quebrar os sigilos telefônico e telemático, que inclui a troca de mensagens por aplicativo e e-mails, de Carlos Bolsonaro. Os demais também poderão ter abertos os sigilos bancário e fiscal.

A expectativa é que os requerimentos sejam votados até esta terça-feira (18), data em que o ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo irá depor na CPI. Na quarta será a vez do general e ex-ministro da Saúde Henrique Pazuello e na quinta de Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho, conhecida como a Capitã Cloroquina.

*Do 247

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Bolsonaristas perdem força em debate sobre CPI da Covid no Twitter

O depoimento do ex-secretário Especial de Comunicação do governo federal Fabio Wajngarten representou uma virada esta semana para o desempenho da base bolsonarista nas redes sociais, quando o assunto é a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado.

Dados levantados pela consultoria Arquimedes, a pedido do GLOBO, revelam que perfis alinhados ao presidente Jair Bolsonaro perdem espaço no debate digital a partir da sessão que contou com a participação de Wajngarten na última quarta-feira.
Entre os dias 8 e 11 de maio, dia em que o presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres depôs à CPI, a base bolsonarista concentrou 43% das menções à CPI no Twitter contra 57% da oposição. No dia 12, quando Wajngarten foi ouvido, esse percentual caiu para 28% ante 72% de perfis antibolsonaristas. Já na última quinta-feira, quando o presidente da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, falou aos senadores, os governistas somaram 29% das menções. Ao todo, foram analisadas pela Arquimedes mais de 900 mil mensagens.
Em seu depoimento, Wajngarten buscou poupar Bolsonaro de críticas pela condução da crise na pandemia, mas fortaleceu o discurso de oposição ao entregar à CPI uma carta enviada pela Pzifer em setembro do ano passado oferecendo vacinas ao Brasil. O documento ficou dois meses sem respostas das autoridades brasileiras.
O pesquisador Pedro Bruzzi, sócio da Arquimedes, explica que o tom adotado pela base bolsonarista diante das revelações da CPI tem perdido fôlego porque se resume a ataques ao senador Renan Calheiros (MDB-AL) e demais parlamentares da comissão, a exemplo da reação de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) ao chamar o relator de “vagabundo”.
A mesma estratégia é observada nos grupos de WhatsApp monitorados pelo professor da Universidade da Virgínia, nos EUA, David Nemer, que estuda o comportamento da base de Bolsonaro na plataforma. Na última quarta-feira, por exemplo, em 37 de 73 grupos analisados, vídeos com o ataque de Flávio a Renan foram amplamente reproduzidos e compartilhados logo após a declaração do senador.
— É fácil trazer ataques ao Renan Calheiros porque ele já foi alvo da base antes mesmo da CPI começar a funcionar. Já há material, inclusive, pronto para isso. Mas ao longo das sessões, o que observamos é uma desorganização dessa base, que não sabe lidar com a velocidade dos acontecimentos na CPI e precisa de tempo para estruturar sua narrativa. Aquela máquina vista nas eleições 2018 está mais fraca e ineficiente — conclui Nemer, que vê um tom mais reativo entre os apoiadores do presidente.
Além de nomes tradicionais do campo bolsonarista, como os filhos do presidente e parlamentares, como a deputada Carla Zambelli (PSL-SP), o senador Marcos Rogério (DEM-RO), membro da CPI, ganhou protagonismo na defesa do governo Bolsonaro no Twitter. Desde 1º de maio, o senador triplicou o número de seguidores no Twitter, de 8,3 mil para 23,7 mil na última sexta-feira.
No Instagram, a alta é de 70%, com 17 mil novos seguidores, nas últimas duas semanas. Uma de suas postagens com maior repercussão é uma resposta ao youtuber Felipe Neto, que o chamou de “vergonha como representante do povo”. Trechos das falas de Marcos Rogério nas sessões também têm circulado entre perfis bolsonaristas e já chegaram a ser compartilhados pelos filhos de Bolsonaro.

Na oposição, postagens do senador Randolfe Rodrigues têm se destacado (Rede-AP). Um dos fatores é o fato de o parlamentar, que é membro da CPI, interagir com usuários da rede e levar temas discutidos nas plataformas digitais para os trabalhos da comissão. Um exemplo foi a revelação da live de Wajngarten e Eduardo Bolsonaro (DEM-SP) sobre a campanha “O Brasil não pode parar”, postada pelo perfil “Jair, Me Arrependi”, que tem 200 mil seguidores no Twitter. Randolfe respondeu ao perfil na rede indicando que passaria o conteúdo aos membros da CPI. O vídeo acabou reproduzido na sessão pelo senador Rogério Carvalho (PT-SE).

No áudio, de março do ano passado, Wajngarten revela que continuava trabalhando, mesmo após ser diagnosticado com Covid-19, o que contradiz sua versão em depoimento aos senadores de que não acompanhou a campanha publicitária contra o isolamento social porque estava afastado das funções.

— O Twitter está participando ativamente da CPI, municiando os senadores de oposição com informações, e se organiza para além de agrupamentos de partidos políticos. O Renan Calheiros é do MDB, o Omar Aziz é do PSD. Há uma frente ampla se compondo tanto na CPI quanto no Twitter para além de ideologia e partidos políticos — avalia Bruzzi.

*Marlen Couto/O Globo

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CPI vai descobrindo quem mandou e quem obedeceu nos crimes da pandemia

Pazuello vai ter de decidir se conta o que sabe ou acaba como bode expiatório.

Segundo Celso Rocha de Barros, na Folha, a CPI da Covid está descobrindo evidências de um assassinato em massa. Segundo o depoimento do gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, Bolsonaro desprezou várias ofertas de vacinas da empresa. Na estimativa do epidemiologista Pedro Hallal, só essa decisão de Bolsonaro causou entre 5.000 e 25 mil mortes.

Só essa decisão: não estamos levando em conta os ataques de Bolsonaro à Coronavac, que é responsável por cerca de 80% das vacinas do Brasil; nem da adesão tardia e parcial ao consórcio Covax Facility (entramos comprando 10% de nossas necessidades, poderíamos ter pedido até 50%); nem das vacinas já aplicadas que podem perder eficácia porque o governo federal mandou estados e municípios gastarem as reservas de Coronavac que guardavam para a segunda dose, inflando assim o número de vacinados; nem de toda a sequência de crimes documentados de Bolsonaro durante a pandemia que não se relacionam a vacinas.

A verdade é que, não fossem os adversários, reais (Doria) ou imaginários (China), de Bolsonaro, o número de brasileiros vacinados seria próximo de zero. A OMS, organizadora do consórcio Covax, também foi alvo constante de ataques bolsonaristas.

Os depoimentos à CPI também vêm reforçando a impressão de que o negacionismo bolsonarista no combate à pandemia teve base ideológica. Segundo os depoimentos, extremistas como Carlos Bolsonaro e Filipe Martins participavam das reuniões com vendedores de vacina sem terem qualquer qualificação na área médica, em suas próprias especialidades ou em qualquer outro ramo da aventura humana. Se estavam ali, era para garantir a aposta na imunidade de rebanho, na guerra contra a China e contra os “globalistas” da OMS.

E além dos capangas e soldados rasos do “Consultório do Crime”, começam a aparecer os suspeitos de serem as fontes de dinheiro e assessoria técnica. O ex-ministro Mandetta já havia declarado que Bolsonaro parecia ignorar os conselhos da área técnica porque tinha um aconselhamento paralelo.

As atenções da CPI agora se viram para o empresário Carlos Wizard, que pode ter sido o chefe dessa rede, e para a médica Nise Yamaguchi. Segundo o depoimento do presidente da Anvisa, o almirante Barra Torres, Yamaguchi defendeu a proposta de mudar a bula de remédios para mentir que eles curavam Covid-19.

É bom lembrar: Bolsonaro mandou os trabalhadores para a morte com a ilusão de que os remédios falsos os manteriam seguros. Nunca acreditou, de fato, na eficácia da cloroquina. Em suas memórias, o ex-ministro Mandetta diz que “nunca houve na cabeça dele a preocupação da cloroquina como um caminho de saúde. A preocupação dele era sempre ‘vamos dar esse remédio porque com essa caixinha de cloroquina na mão os trabalhadores voltarão a produzir’”. (p.133).

A próxima grande atração da CPI será o general Pazuello, ministro da Saúde durante a maior parte da mortandade. Pazuello ficou famoso por cancelar uma compra de Coronavac a mando de Bolsonaro, dizendo que “um manda e o outro obedece”.

Agora vai ter que decidir se acaba como bode expiatório da pandemia ou se conta para os senadores quem lhe deu ordem para deixar que centenas de milhares de brasileiros morressem sem vacina.
E aí, Pazuello, vai ser homem?

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Quem é piolho de quem, Ciro de João Santana ou Santana de Ciro?

Quem é piolho de quem, Ciro de João Santana ou este de Ciro?

Faço essa pergunta porque Ciro, em entrevista com Gabriella Prioli, disse que quem anda pela cabeça dos outros, é piolho. E como Ciro se contenta em ser usado pela cabeça de um marketeiro, pior, vendo seu eleitorado atrofiar, só pensa no que se chama de consumo eleitoral, ou seja, o debate político é substituído pelas pesquisas de intenção de voto.

Mas pesquisas não são debate político, e o resultado não poderia ser outro. O que se tem é um Ciro completamente distante de ideias e valores, por isso não dá para esperar nada dele, além de condimentar seu discurso carregado de azedume absolutamente contraditório ao de Lula.

Não quero aqui discutir a sua panaceia que diviniza a técnica em nome de uma racionalidade sem razão, típica do processo econômico que sai do pensamento neoliberal.

O que não dá para aceitar é estar no meio de uma pandemia em que uma média de 2 mil pessoas morrem por dia por culpa das mazelas de Bolsonaro, e o alvo de Ciro seja Lula, o que é pior, requentando o discurso de Bolsonaro e Moro que, juntos, em proporções diferentes, estão amargando o gosto do próprio esgoto que criaram.

Não dá para entender o que leva um sujeito a aceitar cumprir um discurso de ódio contra Lula acreditando numa suposta objetividade de seu marketeiro.

Ciro fica cada dia mais abandonado, justamente porque vive num emaranhado de contradições. A esperança que ele quer vender ou pelo menos promete, é de algo extremamente possível numa interpretação de mundo futuro, reduzindo a precariedade em que vive a maior parte da população a uma ideia de moralidade e modernidade na busca por alguns efeitos retóricos em sua campanha.

Diferente disso, Ciro segue fazendo seus discursos ornamentais carregados de tolices e choramingas sem apresentar um projeto concreto com uma formação social mais equilibrada para o país.

Na verdade, o discurso de Ciro é direcionado à classe média e não para a totalidade da população, por isso seu palavrório que não cumpre o papel de  intelectual e nem o de um político popular, reserva um lugar cada dia mais estreito na lanterna da disputa presidencial de 2022.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Fachin autorizou PF a buscar provas contra Toffoli

Dados de duas operações relacionadas à Lava Jato do Rio foram utilizadas em relatório da PF.

Segundo matéria de Fabio Serapião e Camila Mattoso, na Folha, o ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou a Polícia Federal a usar dados de duas operações relacionadas à Lava Jato do Rio em uma apuração preliminar que resultou no pedido de inquérito contra Dias Toffoli.

As informações foram utilizadas para embasar relatório em que a PF diz que é preciso apurar suposto crime de corrupção do ministro em venda de decisões judiciais. A solicitação de investigação foi revelada pelo Painel na última terça (11).

Antes da permissão dada por Fachin, o juiz Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, negou o compartilhamento por envolver pessoas com foro, e o procurador-geral da República, Augusto Aras, se manifestou contra porque a PF não indicou quem eram os investigados.

Fachin concordou com o argumento da Polícia Federal de que o acordo de colaboração de Sérgio Cabral tem uma cláusula que prevê o uso de informações coletadas nas operações Calicute e Boca de Lobo —a primeira prendeu o ex-governador, em 2016, e a outra, seu sucessor, Luiz Fernando Pezão, em 2018.

O material então foi utilizado nos pedidos de 20 inquéritos para apurar possíveis crimes praticados por pessoas com foro nas cortes superiores. ​

No caso de Toffoli, três dias depois da decisão de Fachin, em 26 de abril, a PF produziu um relatório em que elenca documentos da Calicute e Boca de Lobo que, na visão dos delegados, corroboram a acusação de Cabral sobre o ministro ter recebido R$ 3 milhões para beneficiar o prefeito de Volta Redonda (RJ), Antônio Francisco Neto (MDB).

A PF usa, por exemplo, emails apreendidos na Calicute para mostrar que o ex-secretário de Obras do Rio Hudson Braga se reuniu várias vezes com José Luiz Solheiro.

Braga, diz Cabral, foi responsável por operacionalizar os pagamentos a Toffoli, e Solheiro teria intermediado o contato entre o ex-governador e o ministro, por meio de sua mulher, a advogada Roberta Rangel.

A PF também se vale de conversas por aplicativo de celular entre Braga e Solheiro.

Da operação Boca de Lobo, investigadores utilizam os registros no celular de encontros do ex-governador Luiz Fernando Pezão para mostrar seus vínculos com Solheiro e com o advogado Bruno Calfat, que defendia o prefeito de Volta Redonda no processo de cassação.

Os registros também mostram encontros de Pezão e Toffoli. Na delação, Cabral afirma que seu sucessor era próximo do prefeito.

Em 27 de abril, a PF elaborou outro relatório em que usa mais informações cujo acesso foi autorizado por Fachin. Dessa vez, o material teria relação com suposta venda de uma decisão por Dias Toffoli, pelo valor de R$ 1 milhão, que suspendeu a cassação da então prefeita de Bom Jesus de Itabapoana Branca Motta (MDB).

Uma das supostas provas é um email enviado em 18 de novembro de 2015 em que Branca Motta pede apoio a Cabral para a fase final do seu processo no TSE.

Um ano antes, Toffoli havia concedido uma liminar de suspensão da cassação imposta pela Justiça Eleitoral do Rio, mas o processo ainda estava em andamento.

Na mensagem, ela diz que seu advogado em Brasília é Daniane Mângia Furtado, ex-sócio de Roberta Rangel, e que seus adversários políticos estariam se organizando em Brasília para prejudicá-la.

Do material compartilhado, a PF usou ainda um arquivo que mostra os contatos de Branca Motta na agenda de Cabral e uma anotação apreendida em sua casa sobre “pendências” atreladas ao nome da ex-prefeita.

Desde que o Painel revelou o pedido da PF para investigá-lo, Toffoli tem dito não ter conhecimento dos fatos mencionados e que jamais recebeu os supostos valores ilegais.

Na sexta (14), como antecipou a coluna Mônica Bergamo, da Folha, Fachin acatou a posição da PGR e proibiu a PF de investigar Dias Toffoli, mas durante a apuração preliminar ele rechaçou a manifestação contrária da PGR e liberou o uso material no âmbito do acordo de Cabral.

A busca pelas provas utilizadas contra Toffoli e os outros alvos dos inquéritos da PF começaram em janeiro —nesse período, o diretor-geral do órgão ainda era Rolando de Souza.

No dia 25 de janeiro, o juiz Marcelo Bretas aceitou o pedido da PF e deu acesso aos dados da Boca de Lobo, mas explicou que a ação penal da Calicute estava no TRF-2.

Como Abel Gomes estava em férias, em 29 de janeiro, o juiz Gustavo Arruda Macedo, convocado para substituí-lo, pediu esclarecimentos sobre o “contexto dos fatos e possíveis crimes apurados” para entender qual o “nexo de causalidade e correlação” com as provas a serem acessadas.

No dia 1º de fevereiro a PF insistiu no pedido e explicou, sem citar nomes, que as informações seriam utilizadas na “instrução dos relatos apresentados” por Cabral relacionados a autoridades com foro no STF e STJ.

A citação a pessoas com foro nas cortes superiores acendeu o alerta no gabinete do TRF-2. Gomes interrompeu as férias e despachou sobre o tema em 19 de fevereiro.

Contra o compartilhamento, ele argumentou ser necessária “avaliação cautelosa”, uma vez que a jurisprudência do STF indica que somente os ministros podem decidir em casos de investigados detentores de foro.

A PF, em 26 de fevereiro, pediu pela primeira vez a Fachin o acesso às provas, e o ministro encaminhou para manifestação da PGR. Augusto Aras alegou que o pedido de compartilhamento não fazia menção a pessoas com foro no STF e foi contra a medida.

A polícia rebateu a posição da PGR e, em novo pedido a Fachin, disse que o material seria utilizado nos inquéritos abertos em 2020 com a primeira leva de depoimentos de Cabral, em dois casos que tramitam no STJ e na “apuração preliminar dos relatos complementares que vêm sendo apresentados pelo colaborador”.

Em 23 de abril, Fachin expediu sua decisão em que aceitava parte do pedido da PF. Segundo o ministro, a PF poderia utilizar as provas “com o fim de subsidiar os casos criminais novos de competência” do STF.

Sobre os casos arquivados e os do STJ, Fachin indicou à PF que procurasse os ministros relatores de cada inquérito.

Na prática, o ministro liberou o compartilhamento e uso das informações das duas operações nas 20 apurações preliminares nas quais a PF trabalhava à época com base nos relatos da delação de Cabral.

A Folha procurou Fachin para comentar a respeito da autorização que deu. Ele respondeu, por meio da assessoria do Supremo, que “encontra-se pautado para julgamento em plenário virtual agravo regimental que abarcará as questões suscitadas”.

O ministro também afirmou que há pedido expresso da PGR a ser dirimido com revisitação da possibilidade da PF firmar acordo de colaboração premiada.

Sobre ter arquivado os inquéritos, seguindo a Procuradoria, ele disse que “quando na visão da PGR o conjunto de elementos são inidôneos para instaurar há pronunciamento peremptório do titular da ação penal. E o juiz não deve acusar nem defender.”

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